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CONHECIMENTO E ADESÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM AOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
RESUMO Objetivo: investigar o conhecimento e a adesão do uso dos equipamentos de proteção individual pelas equipes de Enfermagem das estratégias de saúde da família. Método: estudo descritivo, transversal de abordagem quantitativa. Participaram 48 profissionais. Foi aplicado questionário semiestruturado, contendo questões fechadas de múltipla escolha. Resultados: ficou evidente o conhecimento dos profissionais sobre o que é risco ocupacional. Houve conhecimento equivocado quanto à definição de riscos biológicos; 75% dos entrevistados não souberam associar os agentes aos tipos de riscos. A maioria relatou utilizar os equipamentos de proteção individual em todos os procedimentos; 13 profissionais referiram ter sofrido acidente de trabalho, sendo que quatro deles não estavam utilizando equipamentos de proteção. Conclusão: conhecimento parcial acerca da temática e adesão ao uso dos equipamentos, entretanto, os mais utilizados foram jaleco e luva. Sendo assim, é necessário realizar educação permanente para incentivar os profissionais a utilizarem os equipamentos na prática profissional
A influência da postura corporal nos parâmetros do sistema de oscilometria de impulso em crianças
Oscilometria de impulso (IOS) é um método alternativo e complementar de avaliação da mecânica respiratória, mas cuja técnica de execução ainda necessita padronização. Objetivo: Analisar e comparar os resultados de parâmetros do IOS quando realizado em escolares nas posições ortostática e sentada. Método: estudo analítico observacional transversal. Escolares saudáveis de 6 a 12 anos foram submetidos à espirometria e dois exames de IOS randomizados quanto à postura (sentada e ortostática). Os dados foram analisados no SPSS 20.0. Utilizou-se o teste Shapiro-Wilk e, segundo a normalidade dos dados, aplicou-se o teste de Wilcoxon ou t de Student para comparação das posturas. Na correlação entre dados antropométricos e as variáveis oscilométricas empregou-se o teste de Pearson ou Spearman, com p < 0,05. Resultados: participaram 72 crianças, idade média de 8,42 ± 1,26. Não houve diferença entre as variáveis oscilométricas nas duas posturas. Na posição sentada, houve correlação negativa baixa entre altura de tronco (Altronco) e variáveis: resistência a 20Hz (R20) (p = 0,034) e a 5Hz (R5) (p = 0,041), resistência central (Rescent) (p = 0,018) e impedância (Z) (p = 0,030). Em ortostatismo verificou-se correlação negativa baixa entre idade e resistência periférica (Resper) (p = 0,011), R5 (p = 0,014) e Z (p = 0,009). Conclusão: Não houve diferença nos valores das variáveis oscilométricas entre a postura sentada e ortostática. Contudo, a resistência das vias aéreas foi influenciada pela Altronco, estatura e idade. O ortostatismo parece ser a melhor posição para análise da Resper
Potenciais interações entre medicamentos alopáticos e fitoterápicos/ plantas medicinais no Município de Rondonópolis – MT
Introdução: no Brasil, a utilização de fitoterápicos e plantas medicinais é uma prática amplamente difundida, todavia, o consumo destes compostos em associação com medicamentos alopáticos caracteriza um risco à saúde devido potenciais interações medicamentosas e seus efeitos. Objetivo: analisar as potenciais interações envolvendo fitoterápicos e plantas medicinais com medicamentos alopáticos na população de Rondonópolis, MT. Metodologia: trata-se de um estudo transversal de base populacional com 370 participantes. Os dados foram coletados em visitas domiciliares com um instrumento estruturado e padronizado. Para identificar as potenciais interações foi utilizada a base de dados Medscape® e literatura nacional e internacional. Resultados: 131 (35, 40%) indivíduos informaram consumir plantas medicinais e ou fitoterápicos concomitante a medicamentos alopáticos. A interação entre fitoterápicos e medicamentos alopáticos mais frequente foi entre Passiflora incarnata e cinarizina, para plantas medicinais foi entre hortelã e sinvastatina. As consequências mais prevalentes decorrente das interações foram intensificação da depressão do Sistema Nervoso Central, aumento da anticoagulação e risco de hipoglicemia. Conclusão: os dados analisados no presente estudo possibilitaram identificar potenciais interações existentes entre medicamentos alopáticos e plantas medicinais/fitoterápicos na população de Rondonópolis-MT e apontam para a necessidade de se estimular o uso racional da fitoterapia no âmbito da saúde pública
Uma reflexão bioética sobre a perspectiva de acadêmicos de medicina sobre abortamento e descriminalização
O abortamento é definido, pela Organização Mundial da Saúde, como a interrupção da gravidez antes da viabilidade fetal. Apesar de uma definição clara, o abortamento ou aborto aparece como uma questão de relevância bioética com diversas controvérsias muito discutida na “bioética de situações persistentes”. Este artigo tem por objetivo avaliar a opinião de acadêmicos de medicina de universidades públicas e privadas a respeito do abortamento, descriminalização e dos deveres do médico diante de uma situação de aborto provocado. Foram incluídas nesta pesquisa respostas de acadêmicos de Medicina (n=110) a questionário estruturado autoaplicado a respeito da descriminalização do abortamento. Os resultados demonstraram que a maioria dos alunos (89%) é favorável à descriminalização do aborto em várias situações, incluindo casos em que a lei brasileira ainda não permite o abortamento, como em caso de malformações compatíveis com a vida e alterações cromossômicas. Além disso, os alunos defendem que os principais responsáveis pela decisão sobre a realização do aborto sejam os dois progenitores. Discussões a respeito das implicações bioéticas do aborto e os direitos e deveres do médico nesse contexto são fundamentais, haja vista a ignorância que ainda existe sobre esse assunto.Abortion is defined by the World Health Organization as the termination of pregnancy before fetal viability. Despite the clear definition, abortion is a matter of bioethical relevance with several much-discussed controversies in the “bioethics of persistent situations." This article aims to assess the opinion of medical students from public and private universities regarding abortion, decriminalization, and the physician's duties in the face of an induced abortion. This survey included responses from medical students (n=110) to a self-administered structured questionnaire regarding the decriminalization of abortion. The results showed that most students (89%) are in favor of decriminalizing abortion in several situations, including cases where Brazilian law still does not allow it, such as in the case of malformations compatible with life and chromosomal alterations. In addition, students defend that the pregnant woman and the father should be the main ones responsible for deciding to carry out an abortion. Discussions about the bioethical implications of abortion and the physician's rights and duties in this context are fundamental, given the general ignorance on this subject
Restrictive and driving factors for teamwork in primary health care
To identify, from the professionals' perspective, restrictive and driving factors for teamwork, in the Family Health Strategy. Descriptive study / qualitative approach, carried out with a Family Health Strategy team, in a municipality in the interior of Minas Gerais. Population constituted of nine professionals working in the team for at least six months, interviewed in August / 2016. Data analysis followed content analysis, thematic modality. Nine professionals participated: six community health agents, one physician, one dentist and one oral health aide. The results that emerged from the interviews were grouped by content affinity, in four thematic units, of which two referred to difficulties (restrictive factors) and two, to facilities (driving factors) for teamwork. Restrictive factors for teamwork were included in thematic units: Inadequate organization and resources and weakened interpersonal relationships. It has been shown that inadequate organization / resources and fragile interpersonal relationships restrict and limit teamwork in the Family Health Strategy. The driving factors for teamwork were gathered in thematic units: In-service training and interpersonal relationships based on appropriate collaboration and communication. It was verified that in-service training and interpersonal relationship, based on collaboration, mutual aid and communication, impelled the said teamwork. Both the restrictive and the driving factors for teamwork are linked to the conditions for carrying out the work and the relationship between team agents. The evidence found in this research can lead to advances in organizational behavior, with emphasis on management practices aimed at ensuring and supporting the effective development of the teamwork modalit
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL: IDENTIFICAÇÃO DE COMPORTAMENTOS PARA TRABALHO EM EQUIPE EM UNIDADE CORONARIANA
RESUMO Objetivo: identificar, na equipe multiprofissional da unidade coronariana, comportamentos facilitadores e dificultadores, para o trabalho em equipe, na perspectiva do relacionamento interprofissional. Metodologia: pesquisa descritiva/ abordagem qualitativa, utilizando-se técnica do incidente crítico, desenvolvida em unidade coronariana de um hospital público de Minas Gerais, Brasil. Coleta realizada em 2014, por meio de entrevista semiestruturada. Participaram 45 profissionais da equipe multiprofissional. Critério de inclusão: trabalhar na referida unidade há, no mínimo, 12 meses; critério de exclusão: estar afastado do trabalho à época da coleta definitiva dos dados e não ser localizado após três tentativas para agendamento/realização da entrevista. Análise de dados pautada na análise de conteúdo e na técnica do incidente crítico. Resultados: ocorrência de 218 comportamentos, sendo 113 positivos e 105 negativos, relacionados ao trabalho em equipe, quanto ao relacionamento interprofissional, emergindo três categorias: colaborar com o colega, trocar informações com outro agente e interagir com colega. Predomínio de comportamentos facilitadores para trabalho em equipe, destacando-se a comunicação entre os agentes. Conclusões: evidenciaram-se investimento e esforço dos profissionais para transpor obstáculos, na tentativa de implementar o trabalho em equipe como potência para atuar sobre o objeto de trabalho e atingir, com êxito, a finalidade do trabalho em saúde