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    Ecodesenvolvimento, Desenvolvimento Sustentável e Economia Ecológica: em que sentido representam alternativas ao paradigma de desenvolvimento tradicional?

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    The reasons why scholars choose one paradigm to the detriment of another are not only scientific but also epistemological. This theoretical-epistemological amalgam, in its turn, provides a certain specific kind of economic development proposals. Neoclassical economics is closely connected with logical positivism (as an epistemological approach) and favors the conception that the virtually unlimited economic growth would be a necessary (and sufficient) condition to economic development. The strong reliance on economic growth in GDP-terms as an adequate indicator of economic development reflects and exemplifies the dominance of the mainstream in Economics at all three levels: methodological/epistemological, theoretical and pragmatic/political. When faced with new challenges such as the need for a Sustainable Development, for instance, and the persistence (or even the increase) of the economic inequality between North and South, the shortcomings of the dominant paradigm become accentuated. In this paper we argue that, in order to overcome this state of affairs, alternatives to the mainstream ought to be discussed and articulated at all three levels mentioned above, and that this goal has been followed by the Eco-development/Sustainable Development proposal

    Economia do Setor Público

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    O devir das ciências: isenção ou inserção de valores humanos? Por uma ciência econômica ética, social e ecologicamente comprometida

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    Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas . Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas.Há uma certa imagem de ciência que remonta a Galileu (sec. XVII). Ela corresponde à idéia de que a ciência poderia "descobrir" as leis impessoais que governam a natureza. Porquanto detentora de uma racionalidade "neutra" (a-histórica, a-moral e a-temporal), capaz de acesso privilegiado a essas leis impessoais, a ciência consistiria, consequentemente, em uma forma de investigação da realidade superior a qualquer outra. Segundo essa perspectiva, a ciência logrou desenvolver uma metodologia que exclui os valores dos momentos cruciais de suas práticas. Essa abordagem é bem conhecida e endossada e constitui, ainda hoje, em uma espécie de "senso comum" da tradição científica. Segundo alega a ortodoxia da filosofia da ciência, qualquer papel desempenhado por valores (morais, sociais) constituiria uma espécie de "intrusão" de subjetividade que ameaçaria a possibilidade de objetividade científica. Já que juízos de fatos (ou resultados dos conhecimentos científicos) não podem ser inferidos de valores, inversamente, não poderíamos esperar que a ciência pudesse nos ajudar a resolver nossos problemas éticos mais fundamentais. O filósofo Hugh Lacey, inserindo-se em uma longa tradição crítica, contesta a imagem de ciência como uma instância independente da subjetividade humana. Ele propõe um modelo, segundo o qual todo conhecimento científico é produzido mediante a subordinação a alguma estratégia de pesquisa, que carrega consigo a marca dos valores sociais mais prementes, e que impõe limites à parcela da realidade que será "tocada" pela investigação. Segundo sua abordagem, há (e deve haver) uma interação profunda entre ciência e valores, que é essencial para a metodologia científica. O objetivo desse trabalho é estender o modelo laceyano a um caso diverso daquele por ele já tratado (nas ciências naturais). Partindo de sua tese, argumentamos que a ortodoxia da ciência econômica moderna (teoria neoclássica), através da incorporação do paradigma mecanicista da física clássica, bem como de todo instrumental analítico das estratégias materialistas, representa não um tipo de compreensão "neutra" dos fenômenos econômicos # todos agora expressos ou refletidos no movimento dos preços. Ao invés disso, propomos que ela representa uma sutil, porém particularmente notável manifestação dos valores predominantes nessa sociedade (capitalista, tecnológica, industrial, liberal), da qual faz parte. Assim, procuramos mostrar que, também no âmbito social, a preeminência dos aspectos nomológicos e quantitativos da realidade na formulação das teorias econômicas de tradição neoclássica, os próprios valores cognitivos espelham valores sociais altamente estimados nas sociedades modernas. Como propostas alternativas, surgem, no nível teórico, a proposta da Economia sistêmica, na esfera pragmática, o paradigma do Ecodesenvolvimento aparece como um novo modelo, capaz de dar conta da complexa problemática sócio-ambiental. Ambos projetos compatíveis com a proposta de Lacey: de que, ao pluralismo dos sistemas de valores existentes em uma sociedade, diversas alternativas possíveis para a investigação científica, norteadas pelas estratégias de pesquisa correspondentes, devem ser fomentadas. A co-existência de várias ciências desse tipo # "não#neutras" #, nas mais diversas áreas de investigação, seria um pré-requisito necessário para a realização do antigo ideário Iluminista -- de construção de uma sociedade mais humana

    Popper, Hayek e a (im)possibilidade de predições específicas nas ciências sociais

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    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas.Em suas duas obras de meados dos anos quarenta (A Miséria do Historicismo e A Sociedade Aberta e seus Inimigos) Popper defende a posição de que não existem diferenças metodológicas ou epistemológicas significativas entre as ciências naturais e sociais. Cada uma delas teria como objetivo elaborar explicações causais dos enômenos observados e a seguir testá-los por meio de predições específicas. Em seus últimos ensaios, entretanto, esse ponto de vista é reformulado, já que a importância da causalidade é enfraquecido frente a necessidade do falseacionismo. Hayek, por seu turno, em seus trabalhos sobre a metodologia das ciências sociais, sempre defendeu que as predições nessa classe de fenômenos (que ele classifica como complexos) não podem se referir a eventos discretos, mas sim à classes de eventos. Meu objetivo é confrontar essas duas posições, argumentando que Popper gradualmente incorpora as propostas de Haye

    POPPER, HAYEK E A (IM)POSSIBILIDADE DE PREDIÇÕES ESPECÍFICAS EM CIÊNCIAS SOCIAIS

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    In The Poverty of Historicism and in The Open Society and its Enemies, Popper argues for the idea that there is no essential methodological or epistemological distinction between human and natural sciences. Each of them, he claims, endeavors to elaborate causal explanations of the phenomenal world and to test them by means of specific predictions. In his latest essays, however, he reviews this viewpoint, since the importance of causality declines vis-à-vis the necessity of the falseacionism. Hayek, on the other hand, in his writings about the methodology of the social sciences has always maintained that predictions in the social sciences (which he classifies as complex phenomena) are not of discreet events, but of classes of events. My aim here is to confront this two positions, arguing that Popper gradually incorporates Hayek's proposals.Em A Miséria do Historicismo e A Sociedade Aberta e seus Inimigos Popper defende a posição de que não existem diferenças metodológicas ou epistemológicas significativas entre as ciências naturais e sociais. Cada uma delas teria como objetivo elaborar explicações causais dos fenômenos observados e a seguir testá-las por meio de predições específicas. Em seus últimos ensaios, entretanto, esse ponto de vista é reformulado, já que a importância da causalidade é enfraquecida frente à necessidade do falseacionismo. Hayek, por seu turno, em seus trabalhos sobre a metodologia das ciências sociais, sempre defendeu que as predições nessa classe de fenômenos (que ele classifica como complexos) não podem se referir a eventos discretos, mas sim a classes de eventos. O objetivo deste trabalho é confrontar essas duas posições, argumentando que Popper gradualmente incorpora as propostas de Hayek

    “Esquemas e Correções”:

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    Hempel, Semmelweis e a verdadeira tragédia da febre puerperal

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    In his introductory textbook, Philosophy of natural science, Hempel presents, as an illustration and a starting point for an analysis of the processes of inventing and testing scientific theories, an account of the researches of Semmelweis the Hungarian physician who, in the middle of the xixth century, discovered the cause of puerperal fever and an effective method of prevention. The account does not involve anything that is factually untrue, but it is quite succinct, leaving out many important aspects of the case. Our thesis is that, although those omissions are justified in view of the aims of the account, they are also convenient to Hempel, because they help to propagate an image of science which goes much beyond the processes of invention and test. It is an image which reflects the positivist conception of science, and thus, whatever the intentions of the author, contributes to the dissemination and strengthening of that conception, but which, at least in this case, does not correspond to reality. To demonstrate the thesis, we give an account of the parts of Semmelweis's story omitted by Hempel, and we show how they do not fit in with the positivist image of science. Along the way, we distinguish three types of critique of positivist historiography: the Kuhnian, the post-modern, and the engagé. In the conclusion, we present some considerations concerning the medical research of today.Em seu manual introdutório Filosofia da ciência natural, Hempel apresenta, enquanto ilustração e ponto de partida para uma análise do processo de invenção e teste de teorias científicas, um relato do caso Semmelweis - o médico húngaro que, em meados do século xix, em Viena, descobriu a causa da febre puerperal e um método eficaz de prevenção. O relato, se por um lado não incorre em inverdades factuais, por outro, é bastante sucinto, omitindo uma série de aspectos importantes do caso. A tese deste artigo é a de que, embora tais omissões se justifiquem plenamente em função dos objetivos do relato, elas são também convenientes para Hempel, na medida em que ajudam a transmitir uma imagem da ciência que vai muito além dos processos de invenção e teste de teorias, que reflete a concepção positivista de ciência - e assim, quaisquer que tenham sido a intenções do autor, contribuiu para sua disseminação e fortalecimento. Uma imagem que, pelo menos neste caso, não corresponde à realidade. Para demonstrar a tese, expomos as partes da história de Semmelweis omitidas por Hempel e mostramos como elas não se coadunam com a imagem positivista da ciência. Ao longo desse percurso, distinguimos três tipos de crítica à historiografia positivista: a kuhniana, a pós-moderna e a engajada. Na conclusão, tecemos algumas considerações sobre a pesquisa médica nos dias de hoje

    Sobre o estatuto epistemológico da racionalidade econômica segundo Karl Popper

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    Três tipos de críticas são comumente levantados contra a utilização do postulado da racionalidade na ciência econômica. A primeira delas associa-se ao argumento da circularidade, a segunda diz respeito à blindagem da teoria contra a refutação e a terceira – e mais importante delas – refere-se à inadequação empírica. O presente artigo busca encaminhar esta última, à luz do tratamento dado por Popper ao longo de sua carreira para a questão de qual seria o estatuto epistemológico do princípio da racionalidade nas teorias econômicas. Três possíveis respostas a esta questão são aqui examinadas, explicitando-se suas respectivas estruturas lógicas. A primeira delas propõe que o postulado da racionalidade desempenhe o papel de lei geral do comportamento humano. A segunda requer que ele funcione como um axioma da teoria. Finalmente, a terceira proposta sugere que o postulado da racionalidade seja entendido como regra metodológica. Conclui-se o artigo sugerindo que esta última solução satisfaz ao apelo que o tipo de crítica aqui examinada faz ao conceito de racionalidade. Não obstante, ao situar-se no contexto metateórico, o postulado da racionalidade mantém importância inegável na teoria econômica. Sem ele, não se disporia de instrumentos que conduzissem à seleção de dados empíricos voltados ao teste das teorias.  Three types of criticism are currently raised against the acceptance of the rationalityprinciple in economic science. The first relates to the circularity of the reasoning, thesecond concerns the protection of the theory against refutation, and the third – the mostrelevant – concerns the empirical inadequacy of the concept. This article aims to discussthe last criticism, considering the work performed by Popper, in different moments of his career, devoted to determine the epistemological status of the rationality principle.There are three main possible answers to be examined below. The first suggests thatthis postulate be considered as a general law of human behavior. The second requires itto function as an axiom of the theory. Finally, the answer to the third criticism sees therationality postulate as a methodological rule. The article is finished with a statementthat the last solution is a good answer to the core of the above referred criticisms tothe conventional concept of rationality. Therefore it is concluded that, as far as it issituated in a metatheoretical context, the rationality postulate embraces undeniableimportance as a foundation of economic theory. Its absence or non-existence wouldimply the unavailability of instruments leading to the very selection of the empiricaldata designed to submit the theory to tests
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