17 research outputs found

    O pâncreas na desnutrição protéico-calórica na infância

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    A disfunção pancreática tem sido freqüentemente associada à desnutrição protéico-calórica e aparece mais freqüentemente quando há uma ingesta relativamente alta de alimentos ricos em amido, com deficiência na ingesta de proteínas. As alterações pancreáticas encontradas são globais. Há diminuição do número e tamanho de algumas organelas intracelulares, com marcada depressão nos níveis e na atividade das enzimas lipase, amilase, tripsina, quimotripsina e ribonuclease, além de atrofia, fibrose e calcificações do órgão. Hipoalbuminemia, hiperglob~linemia e esteato~réia são achados também freqüentes em pacientes com desnutnção. A dosagem de tripsinogênío catiôníco sérico é um método bastante acurado para o diagnóstico de insuficiência pancreática. Atualmente, tem-se dado destaque para o esteatócrito como método de triagem. Com aporte dietético adequado, a deficiência enzimática desaparece progressivamente, na maioria das vezes não sendo necessária a utilização de enzimas pancreáticas exógenas

    Estimated number of individuals with chronic myeloid leukemia and overall survival in Rio Grande do Sul, Brazil

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    A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) é uma doença rara. No entanto, os avanços nas pesquisas básica e clínica nos últimos anos, colocaram a LMC em evidência sendo hoje uma neoplasia maligna potencialmente curável. O diagnóstico e tratamento desta doença são, no entanto, extremamente caros. Não havendo dados sistemáticos nem registros de incidência da LMC no Rio Grande do Sul ou no Brasil, o levantamento de dados baseado em registros dos centros de referência se justifica também para planejar ações em saúde. Entre 1996 e 2000, 276 casos foram diagnosticados. A estimativa de casos novos anuais foi de aproximadamente 0,6:100.000 habitantes, e a idade média no momento do diagnóstico foi 42 anos e 4 meses (±16 anos e 2 meses). Quanto ao tratamento e evolução destes pacientes, dos 257 avaliados, 56 (21,8%) foram submetidos ao transplante alogênico de medula óssea, com taxa de sobrevida em 5 anos de 75% e 27% para as fases crônica e acelerada/blástica, respectivamente. O tempo médio de sobrevida para os 257 pacientes foi de 47,7 meses (IC 43,3 - 52,1). Comparando ao relatado na literatura, encontramos um menor número anual de novos casos e também uma média de idade no diagnóstico mais baixa. Isto poderia ser explicado pela menor referência de idosos a serviços terciários de saúde. Para os pacientes transplantados, os resultados foram semelhantes aos relatados na literatura.Although rare, the advances made in basic and clinical research throughout the last years have thrown a spotlight on CML. Diagnosis and treatment of CML is of high cost. Since there is no systematic data or information about the incidence of CML in Rio Grande do Sul or Brazil, the data obtained from reference centers serve to estimate the number of CML cases in our state to better plan health actions. Between 1996 and 2000, 276 cases were diagnosed. The annual estimate of new cases was approximately of 0,6:100,000 inhabitants, and the median age at diagnosis was 42 years and 4 months (±16 years and 2 months). The mean overall survival time for the 257 patients was 47,7 months (CI 43,3-52,1). That could be explained by the lack of referral for older patients. Regarding treatment and evolution, of the 257 valuable patients, 56 (21,8%) were submitted to allogeneic BMT with a five-year survival of 75% and 27% for chronic and accelerated/blastic phases, respectively. In conclusion, we found a lower estimated incidence and a lower median age at diagnosis. For the transplanted patients the results were similar to those reported in the literature

    Estimated number of individuals with chronic myeloid leukemia and overall survival in Rio Grande do Sul, Brazil

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    A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) é uma doença rara. No entanto, os avanços nas pesquisas básica e clínica nos últimos anos, colocaram a LMC em evidência sendo hoje uma neoplasia maligna potencialmente curável. O diagnóstico e tratamento desta doença são, no entanto, extremamente caros. Não havendo dados sistemáticos nem registros de incidência da LMC no Rio Grande do Sul ou no Brasil, o levantamento de dados baseado em registros dos centros de referência se justifica também para planejar ações em saúde. Entre 1996 e 2000, 276 casos foram diagnosticados. A estimativa de casos novos anuais foi de aproximadamente 0,6:100.000 habitantes, e a idade média no momento do diagnóstico foi 42 anos e 4 meses (±16 anos e 2 meses). Quanto ao tratamento e evolução destes pacientes, dos 257 avaliados, 56 (21,8%) foram submetidos ao transplante alogênico de medula óssea, com taxa de sobrevida em 5 anos de 75% e 27% para as fases crônica e acelerada/blástica, respectivamente. O tempo médio de sobrevida para os 257 pacientes foi de 47,7 meses (IC 43,3 - 52,1). Comparando ao relatado na literatura, encontramos um menor número anual de novos casos e também uma média de idade no diagnóstico mais baixa. Isto poderia ser explicado pela menor referência de idosos a serviços terciários de saúde. Para os pacientes transplantados, os resultados foram semelhantes aos relatados na literatura.Although rare, the advances made in basic and clinical research throughout the last years have thrown a spotlight on CML. Diagnosis and treatment of CML is of high cost. Since there is no systematic data or information about the incidence of CML in Rio Grande do Sul or Brazil, the data obtained from reference centers serve to estimate the number of CML cases in our state to better plan health actions. Between 1996 and 2000, 276 cases were diagnosed. The annual estimate of new cases was approximately of 0,6:100,000 inhabitants, and the median age at diagnosis was 42 years and 4 months (±16 years and 2 months). The mean overall survival time for the 257 patients was 47,7 months (CI 43,3-52,1). That could be explained by the lack of referral for older patients. Regarding treatment and evolution, of the 257 valuable patients, 56 (21,8%) were submitted to allogeneic BMT with a five-year survival of 75% and 27% for chronic and accelerated/blastic phases, respectively. In conclusion, we found a lower estimated incidence and a lower median age at diagnosis. For the transplanted patients the results were similar to those reported in the literature

    Trombocitose essencial: o que é essencial saber

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    A trombocitose essencial (TE) faz parte do grupo de síndromes mieloproliferativas (SMP) cromossomo Philadelphia(Ph) negativas. Caracteriza-se pela hiperproliferação megacariocítica com consequente trombocitose periférica, favorecendo fenômenos trombo-hemorrágicos. Esta entidade estava esquecida até meados de 2005, quando as recentes publicações sobre as alterações moleculares na atividade da enzima tirosina quinase, JAK2, desencadeou um novo interesse sobre a patogenia, aspectos clínicos e terapêuticos da TE. A identificação das mutações de JAK2 e do gene MPL W515K, W515L e S505N impulsionou a nova proposta da Organização Mundial de Saúde (OMS) para reformular os critérios diagnósticos, reduzindo o número de plaquetas para 450x10(9)/L. O alicerce do tratamento são agentes redutores das contagens plaquetárias: hidroxiureia, anagrelide ou interferon associados à prevenção das complicações trombo-hemorrágicas. Não há um tratamento curativo para a TE, mas despontam perspectivas de que terapias alvo, bloqueadoras da mutação JAK2, possam incrementar o desfecho da doença. Inibidores de JAK2, específicos e inespecíficos, estão sendo estudados em fase I e II e parecem promissores num futuro próximo

    Prospective study of strongyloidosis in patients with hematologic malignancies

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    Immunocompromised individuals infected with Strongyloides stercoralis may develop severe hyperinfection or disseminated disease with high mortality. Patients with hematological malignancies are at risk because of immunodepression produced either by the disease or its treatment. A prospective study was undertaken at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, from July 1994 to July 1995. Seventy-two (HIV negative), had 3 stool samples collected at different days and had not received recent anti-helmintic therapy. Larvae, isolated in a modified Baermann method, were found in 6 patients, with a resultant prevalence of 8.3%. No complicated strongyloidosis was documented. The positive result for S. stercoralis larvae was significantly associated (p < 0.001) with eosinophilia. Knowledge of prevalence figures and incidence of severe disease is important to adequate guidelines for empirical treatment besides the rigorous search for strongyloidosis in patients with hematological malignancies
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