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    No Círio de Nazaré, as filhas da Chiquita também fazem a festa: resistência, conflitos e reinvenção de uma urbe amazônica

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    Realizado desde 1793, em Belém, Pará, o Círio de Nazaré é uma das maiores festas religiosas do mundo. Nos anos 1970, os frequentadores do Bar do Parque, ícone da boêmia paraense, inspiraram-se no movimento que lutava pelos direitos dos homossexuais nos anos 60, e criaram o que hoje é conhecida como a Festa da Chiquita, elemento profano mais polêmico do Círio. Voltada para o público LGBT, a festa já passou por vários conflitos e sofre com a tentativa constante de desvinculá-la do evento religioso. Buscamos refletir sobre a relação dessa manifestação cultural com a cidade de Belém, levando em conta sua capacidade de transformá-la e produzir novas experiências sensíveis. Nossa estrutura teórica baseia-se em Maffesoli (2009), com a noção da vida cotidiana como obra de arte e sua capacidade de agregação; La Rocca (2015), sobre a construção de uma poética capaz de (re)desenhar os ambientes urbanos; e a ideia de Harvey (2014) sobre o direito à cidade principalmente para as pessoas oprimidas
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