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    PREDIÇÃO E DIAGNÓSTICO DO CRESCIMENTO INTRAUTERINO RESTRITO

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    O termo Crescimento intrauterino restrito (CIR) refere-se ao feto que não conseguiu atingir o seu potencial de crescimento geneticamente determinado, ou seja, disfunção no crescimento que não permite ao feto atingir, em massa corporal, seu alvo genético. Estima-se a prevalência de 7 a 10% entre todas as gestações. A correta distinção entre os fetos com restrição de crescimento intrauterino, daqueles que ao nascer são considerados constitucionalmente pequenos para idade gestacional (PIG) é importante. Os fetos com diagnóstico de CIR devem ser submetidos ao protocolo de seguimento apropriado de alto risco, pois a abordagem inadequada pode concorrer com prematuridade iatrogênica e os não classificados corretamente, ou tardiamente, podem evoluir para desfecho adverso. Apresentam elevada morbimortalidade perinatal com risco de danos permanentes, e o risco de óbito intrauterino é de 5 a 10 vezes maior. Ainda não há tratamento definitivo para CIR e estratégias de manejo para gestações complicadas por CIR baseiam-se em evidências limitadas. O presente estudo observacional, transversal e analítico, tem a proposta de analisar a melhor abordagem diagnóstica dos fetos acometidos por CIR e sugerir o seguimento pré-natal adequado a depender do risco identificado no rastreio do CIR. Ao longo dos anos, muitas escolas através de diversos estudos estabeleceram definições e abordagens sobre esta condição. O estabelecimento do consenso possibilitará diagnóstico precoce e seguimento obstétrico adequado. Em 2013, foram publicados os protocolos assistenciais da Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ME/UFRJ) que recomendam a realização do rastreio do primeiro trimestre, no qual é calculado o risco de desenvolvimento de CIR. O programa aplicado desenvolvido pela Fetal Medicine Foundation (FMF) é um algoritmo que combina fatores maternos e biofísicos, o exame ser positivo, ou seja, maior ou igual 1/150 não define o diagnóstico e sim maior probabilidade de apresentar CIR. Após o primeiro rastreio o acompanhamento ultrassonográfico realizado é o mesmo que aplicado nas gestações de risco habitual, o que torna necessário avaliar a necessidade e até mesmo, se possível,  estabelecer seguimento pré-natal diferenciado às gestantes com rastreio positivo para CIR. A amostra do estudo é composta por gestantes que realizaram os exames de rastreio do primeiro trimestre na ME/UFRJ, e a rotina ultrassonográfica do pré-natal de outubro de 2010 e julho de 2017. O trabalho propõe, através da análise de resultados de pacientes que já foram rastreadas, avaliar os resultados da ultrassonografia obstétrica com dopplerfluxometria que é realizada para avaliação morfológica entre 22 e 24 semanas, a ultrassonografia com doppler com 32 e 38 semanas,  que tem objetivo a avaliação do crescimento e bem estar fetal, e aplicar os critérios diagnósticos que emergiram do estudo Delphi para traçar o perfil das gestações com rastreio positivo e propor seguimento adequado. Conseguinte ao término da coleta os dados serão transferidos para o pacote estatístico e os resultados analisados pelo programa STATA versão 13.0.Palavras-chave: crescimento intrauterino restrito; pequeno para idade gestacional; seguimento pré-natal

    O IMPACTO DO USO DA ASPIRINA NA PREVALÊNCIA DA PRÉ-ECLÂMPSIA E EM SUAS REPERCUSSÕES PERINATAIS

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    A pré-eclâmpsia (PE) está relacionada a altos índices de morbidade e mortalidade ao redor do mundo. Tem uma prevalência estimada em torno de 2-8% e está correlacionada com muitos casos de partos pré-termo e crescimento intrauterino restrito (CIR). Múltiplos fatores de risco podem estar presentes, sendo a história obstétrica pregressa de PE considerada um fator de alto risco, dentre outros. A fisiopatologia da PE não é totalmente compreendida e algumas teorias tentam justificar a sua ocorrência. A invasão trofoblástica anormal dos vasos uterinos, a intolerância imunológica entre os tecidos maternos e feto-placentário, a má-adaptação às alterações cardiovasculares ou inflamatórias da gravidez e anormalidades genéticas estão entre as possíveis hipóteses. Em função da morbidade causada pela PE severa diversas estratégias de prevenção são estudadas. Baixas doses de aspirina promovem redução do risco de PE em mulheres de alto risco. Se administrada precocemente, pode diminuir os casos de partos prematuros relacionados à PE e suas sequelas, além de reduzir a morbidade materna. Dentre os objetivos estão:1) Comparar a prevalência da PE e de suas principais complicações na Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ME-UFRJ) dos anos de  2015 e 2016 com a dos anos de 2011 e 2012, 2) Contrastar a prevalência da PE nas gestantes, de acordo com o local onde foi realizado o pré-natal e com o uso da aspirina, 3) Divulgar o protocolo de prevenção da PE a partir do uso da aspirina, através de palestras/cursos dirigidos às equipes de saúde da rede básica, responsáveis pela assistência pré-natal, cumprindo assim o compromisso da instituição com a educação em saúde. Trata-se de um estudo observacional,  transversal,  descritivo e analítico. A população estudada será de gestantes admitidas na ME-UFRJ com idade gestacional no parto maior que 22 semanas, no período de 01 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2016, independente do local  e/ou da realização de pré-natal. Serão calculadas as prevalências da PE e de suas principais complicações (prematuridade, óbito fetal e recém-nascidos com baixo peso ao nascimento) nos anos de 2015 e 2016 e comparadas com as prevalências do biênio 2011/2012 pela razão das prevalências (RP) e seu intervalo de confiança (IC) 95%. Será considerada significativa se os limites do IC não alcançarem 1. Também será realizado teste de qui-quadrado comparando as proporções entre os dois períodos, considerando significativo se  p-valor < 0,05.   Palavras-chaves: pré-eclâmpsia; aspirina; prematuridade
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