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    Gestão escolar: agindo dentro e fora dos muros da escola

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    trodução tem por objetivo apresentar, em linhas gerais, a temática, o desenvolvimento e o embasamento desse Memorial de Formação. Escolher um eixo temático para desenvolver esse trabalho não foi tarefa fácil. Foi necessário focar minha prática profissional sob a influência de toda a bagagem teórica que a graduação em Pedagogia me proporcionou para, partindo disso, encontrar o tema de maior relevância nesse cenário. Ao cursar a disciplina de Gestão Escolar tive contato com uma idéia de gestão bastante diferente daquela por mim vivenciada. Uma gestão democrática, que envolve todos os atores do processo educativo na busca por soluções aos problemas enfrentados por aquela Unidade Escolar em especial. Essa Gestão Democrática requer uma supervisão diferente, capaz de utilizar conhecimentos teóricos na organização da ação dos indivíduos, envolvidos no paço escolar. Para Rangel (2006, p. 95): Nesse sentido, a supervisão na sua visão sobre tem a sua especialidade nucleada na conjugação dos elementos do currículo: pessoas e processos. Desse modo, a especialidade supervisora caracteriza-se pelo que congrega , reúne, articula. Enfim, soma e não divide. Mas para se compreender a importância desse tipo de gestão é necessário compreender a escola como um espaço social de transformação e de mudanças. Entender a escola dessa forma nos obriga a vê-la como espaço político do país. Sob esse aspecto, meu Memorial de Formação fará uma breve análise do contexto político do país ao longo do tempo e suas implicações na história da educação brasileira. Além disso, pensar na escola como espaço político é aceitar que suas ações estão estreitamente ligadas aos interesses da sociedade. Como afirma Veiga (1995, p. 13): Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária. É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. A dimensão política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica (Saviani 1983, p.93). Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. O registro de minhas memórias de formação pretende mostrar que, na busca por uma gestão participativa, faz-se necessário à construção de um projeto políticopedagógico que atenda às necessidades, objetivos e realidade de cada escola, derrubando as bases da burocracia presente nas hierarquias de trabalho. Para Veiga (1995, p. 13 e 14): O projeto político-pedagógico, ao se construir em processo democrático de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças e hierarquiza os poderes de decisão. Desse modo, o projeto político-pedagógico tem a ver com a organização da escola como um todo e como organização da sala de aula, incluindo sua relação com o contexto social imediato, procurando preservar a visão de totalidade. Como parte do projeto político-pedagógico, o currículo carrega consigo, explicitamente, a responsabilidade de melhora na qualidade do ensino, e implicitamente, os interesses da sociedade, Segundo Sacristán (2000, p. 17): O currículo, em seu conteúdo e nas formas através das quais se nos apresenta e se apresenta aos professores e aos alunos, é uma opção historicamente configurada, que se sedimentou dentro de uma determinada trama cultural, política, social e escolar; está carregado, portanto, de valores e pressupostos que é preciso decifrar. Tarefa a cumprir tanto a partir de um nível de análise político-social quanto a partir do ponto de vista de sua instrumentação mais técnica, descobrindo os mecanismos que operam em seu desenvolvimento dentro dos campos escolares. Além das teorias acerca da educação, alguns documentos oficiais publicados pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) também mencionam a Gestão Escolar. A Lei No 9394/96 que define as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) em seu artigo 8, parágrafo 1o, define que Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais (BRASIL, 1996, p. 2). Já em seu artigo 12, define a incumbência dos estabelecimentos de ensino como sendo: I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; (...) VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola. (BRASIL, 1996, p.2). Com base nos estudos acerca da Gestão Escolar, em documentos oficiais federais, estaduais e municipais e em observações feitas em minha prática pedagógica, pretendo desenvolver meu Memorial de Formação que receberá o nome Gestão Escolar: agindo dentro e fora dos muros das escolas
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