Padrão de Resistência aos Antibióticos entre Cepas de Serratia Marcescens Isoladas de Pacientes Imunossuprimidos

Estudamos a epidemiologia e a resistência antimicrobiana de 47 cepas de Serratia isoladas de material clínico em pacientes imunossuprimidos. A maioria das cepas mostrou-se resistente à carbenicilina, ampicilina e cloranfenicol. A cefalotina foi eficaz contra apenas 26% das cepas isoladas. Entre todas, as drogas mais ativas foram amicacina, tobramicina, gentamicina, colistina

Resistência da Pseudomonas Aeruginosa à Carbenicilina. Avaliação do Teste de Difusão em Placa

Neste estudo, examinamos a relação entre a sensibilidade encontrada à carbenicilina no antibiograma realizado pelo método de difusão em placa e no realizado pelo método de diluições progressivas, a fim de confirmar o alto grau de resistência observada no Hospital

Infecção em Pacientes Neutropênicos: AvaIiação Retrospectiva de Fatores de Risco e da Eficácia Terapêutica

Com o objetivo de avaliar fatores de risco durante episódios infecciosos em pacientes neutropênicos, foi realizado um estudo retrospectivo onde analisamos os prontuários de 209 pacientes internados no Instituto Nacional de Câncer, que apresentaram 317 episódios febris durante um período de 36 meses. A evolução dos processos infecciosos nos pacientes neutropênicos foi profundamente alterada por fatores de risco, tais como o grau de neutropenia, a presença de bacteriemias, infiltrados pulmonares e trombocitopenias graves (menos de 30 mil células por mm3). Numa análise univariada, a ocorrência desses fatores correspondeu a uma alta taxa de mortalidade. Todas essas variáveis de risco apresentaram uma incidência significativamente aumentada em pacientes gravemente neutropênicos (menos de 100 células por mm3). Houve uma correlação expressiva entre a gravidade da neutropenia e a presença concomitante de bacteriemias, infiltrados pulmonares e trombocitopenias graves. Os pacientes que desenvolveram bacteriemias ou apresentaram um baixo número de plaquetas tiveram maior incidência de infiltrados pulmonares e, conseqüentemente, alta taxa de mortalidade. Não houve diferença estatística significativa quanto à eficácia terapêutica antimicrobiana entre as diversas associações empregadas. Porém, a presença da amicacina no esquema inicial terapêutico foi responsável por uma alta taxa de eficácia e, nos esquemas em que foi introduzida após modificações, correspondeu a um percentual adicional importante de melhora clínica do processo infeccioso

Análise dos Fatores Relacionados à Incidência de Infecções Urinárias em Pacientes com Câncer

A infecção urinária adquirida no hospital está entre as mais comuns de todas as infecções hospitalares. Na maioria dos hospitais gerais ela ocupa o primeiro lugar em incidência. Dados de diversos hospitais têm mostrado que 30 a 40% de todas as infecções hospitalares envolvem o trato urinário. No INCA, hospital em que a maioria das doentes é portadora de doença maligna, essa incidência é de 19%.'*Com a finalidade de uma análise dos fatores relacionados com sua incidência em nosso Hospital, as infecções urinárias foram estudadas no período de junho de 1981 a junho de 1982

Estudo da microfolora do esôfago e estômago em doentes com tumores gástricos e esofagianos

Pacientes com carcinoma do esôfago e estômago foram estudados quanto à flora microbiana desses órgãos. Candida albicans, Bacteroides melanigogenicus e Poptostreptococcus foram as bactérias mais comumentes isoladas. A sensibilidade das bactérias aos antibióticos foi estudada. Nós mostramos que aproximadamente 50% das bactérias isoladas em infecções pós-operatórias estavam presentes no momento da endoscopia prévia

Sensibilidade “In Vitro" e “In Vivo" das Cepas de Staphylococcus Epidermidis Isoladas em Pacientes com Câncer

Diversas cepas de S. epidermidis isoladas no hospital foram testadas quanto à susceptibilidade a diversos agente antimicrobianos pelos métodos de difusão em placa e microdiluição em caldo. Diferenças nos padrões de susceptibilidade aos antibióticos foram discutidas, com base em duas implicações epidemiológicas e terapêuticas

Meningite por Listeria Monocytogenes em um Caso de Doença de Hodgkin

A Listeria monocytogenes constitui uma importante causa de bacteriemia e meningite em pacientes imunossuprimidos1,2,3. Trata-se de um bacilo gram-positivo, que cresce facilmente na maioria dos meios de cultura. Ganhou seu nome devido à sua habilidade de produzir importante monocitose em coelhos. A maioria dos casos de infecção por Listeria monocytogenes têm sido reportados em pacientes imunossuprimidos, principalmente naqueles com diminuição da imunidade celular, resultante da presença de doença maligna linforreticular ou em uso de drogas quimioterápicas. Neste trabalho, nós descreveremos um caso de meningite por Listeria monocytogenes, ocorrido em nosso hospital, em um paciente com Doença de Hodgkin. Fazemos uma revisão da literatura e discutimos a eficácia dos esquemas terapêuticos empregados

O Papel do Leucócito na Defesa do Hospedeiro Contra Candida Albicans

O artigo estuda o papel do PMN na defesa do organismo nas infecções por Candida, e o significado da permanência da Candida viva no interior dos neutrófilos

Controle de Infecção Hospitalar. Experiência de Dois Anos

Nesta revisão nós deveremos discutir alguns conceitos gerais no que diz respeito a infecções hospitalares, e tentaremos reforçar os papéis do estudo epidemiológico, da Comissão de Infecção e das técnicas de isolamento, três aspectos vitais nos programas de controle e prevenção das infecções hospitalares. A maioria dos trabalhos indicam que 5 a 10% dos pacientes internados em hospitais gerais poderão desenvolver uma infecção hospitalar.1,2 No Hospital do Instituto Nacional de Câncer, com uma população de doentes com câncer, 7,7% do total de pacientes internados em 1982 desenvolveram infecção hospitalar. Aproximadamente, 25% das infecções foram respiratórias, 36% foram cirúrgicas, 15% urinárias e 11% septicemias.3 Aquelas infecções que ocorrem após a alta, como abscessos cirúrgicos tardios e hepatite B, são frequentemente perdidas para o seguimento e portanto não estão incluídas nesta estatística

Estudo da Resposta de Cepas de Pseudomonas Aeruginosa a Quatro Antibióticos B-lactâmicos e três Aminoglicosídeos “in vitro”

Até o aparecimento da carbenicilina no fim da década de 60, praticamente nenhuma penicilina ou cefalosporina exibia atividade significante contra a Pseudomonas aeruginosa. Nos últimos dez anos, um número cada vez maior de antibióticos B-lactâmicos têm sido isolados; porém no INCa, somente a cefalotina, cefalexina, ampicilina e a carbenicilina estão disponíveis para o uso clínico. O baixo grau de sensibilidade da P. aeruginosa à carbenicilina em nosso hospital e a detecção de micro-epidemia por cepas resistentes à amicacina, o que pode acarretar na transmissão desta tendência às de mais cepas existentes no hospital, levaram-nos a estudar comparativamente a resposta da Pseudomonas aeruginosa, “in vitro", aos antibióticos B-lactâmicos e aos aminoglicosídeos mais utilizados