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Triexifenidila: caracterização de seu consumo abusivo por um grupo de usuários na cidade de São Paulo
O abuso de drogas anticolinérgicas na indução de estados mentais alterados, como alucinações e delírios, é amplamente conhecido. Entre essas, a triexifenidila (TEF) (Artane®) parece ser a mais abusada. No Brasil, seu consumo já foi observado entre pacientes psicóticos, estudantes de 1º e 2º graus da rede pública, meninos de rua e usuários de crack. Diante da carência de relatos brasileiros que retratassem o consumo inadequado da triexifenidila, esse estudo foi conduzido para caracterizar a população usuária e as razões subjacentes ao seu abuso. Utilizando-se de metodologia qualitativa e amostra intencional selecionada por critérios (21 usuários e 16 ex-usuários), observou-se a predominância de homens solteiros, poliusuários e sem vínculos empregatícios, que relataram o abuso da droga na obtenção, principalmente, de alucinações e delírios. A TEF, consumida em associação a álcool, outras drogas lícitas (BZD) e ilícitas, interfere nas funções cognitivas, como memória, atenção e aprendizado, prejudicando os usuários no desempenho de muitas de suas atividades cotidianas. Por ser relatada como medicamento de fácil acesso, baixo custo e com efeitos drásticos na vida do usuário, os resultados apontam para a necessidade de medidas mais efetivas em sua liberação, além da necessidade de adoção de medidas preventivas para que seu abuso seja evitado.The abuse of anticholinergic drugs to induce mental alterations as hallucinations and delirium is widely known. Trihexyphenidyl (Artane®), among these drugs, seems to be the most abused. In Brazil, its use has been already observed among psychotic patients, first and second grade students, street children and crack-cocaine addicts. Faced to the lack of Brazilian reports describing such inadequate use of trihexyphenidyl, this study was conducted to characterize recreacional use as well as reasons that justify the misuse. Adopting qualitative methodology and a Purposeful Sampling achieved by a Criterion Sampling (21 users and 16 ex-users), it was observed predominance of single poliusers men, without employment bonds, who abused of trihexyphenidyl in the attainment of mental alterations, mainly hallucinations and deliriums. Trihexyphenidyl is consumed in association with alcohol, other licit drugs (BDZ) and illicit drugs, impairing cognitive functions as memory, attention and learning, intervening with some activities of users' daily life. Reported as an easy access medicine, with low-cost and resulting in drastic effects in the life of the user, these results pointed to the necessity of more effective measures in its release, beyond the necessity of adoption of prevention measures to avoid its abuse
Memory retrieval improvement by Heteropterys aphrodisiaca in aging rats
Few data exists about the pharmacological properties of Heteropterys aphrodisiaca O. Mach. (Malpighiaceae), which is native to the scrubland regions of Brazil. The present study investigated the effects of oral treatment with H. aphrodisiaca extract (BST0298) on the learning and memory of young (3-6 months) and aged (21-23 months) rats, and compared the in vitro antioxidant activity of three lots collected in different years. An improvement in the number of sessions to learn the task was observed in the left/right discrimination test in aged rats treated for 45 days with 25 mg/kg (7.0 ± 0.5; p=0.005) or 50 mg/kg (7.6 ± 0.6; p=0.012) compared with control old rats (11.0 ± 1.6). On the other hand, pre-treatment did not improve the performance of scopolamine-treated mice in the passive avoidance test. The in vitro malondialdehyde test showed that all three different extracts presented similar antioxidant activity. The flavonoids astilbin, isoastilbin and neoastilbin were isolated from the extract and may contribute to the biological activity. These results suggest that repeated treatment with H. aphrodisiaca improves learning and memory, probably by a non-muscarinic mechanism.Existem poucos dados disponíveis sobre as propriedades farmacológicas da Heteropterys aphrodisiaca O. Mach. (Malpighiaceae), nativa da região do pantanal brasileiro. O presente estudo investigou o efeito do tratamento oral com um extrato de H. aphrodisiaca (BST0298) sobre a memória e aprendizagem de ratos jovens (3-6 meses) e idosos (21-23 meses) e comparou a atividade antioxidante in vitro de três lotes, coletados em diferentes anos. Melhora quanto ao número de sessões necessárias para aprender a tarefa foi observada no teste de discriminação direita/esquerda em ratos idosos tratados por 45 dias com doses de 25 mg/kg (7,0 ± 0,5; p=0,005) e 50 mg/kg (7,6 ± 0,6; p=0,012) comparados com ratos idosos controle (11,0 ± 1,6). Por outro lado, o pré-tratamento com o extrato não melhorou o desempenho de camundongos tratados com escopolamina no teste da esquiva passiva. Em relação à avaliação da atividade antioxidante in vitro pelo teste do malonodialdeído, os três lotes analisados apresentaram atividade antioxidante semelhante. Os flavonóides astilbina, isoastilbina e neoastilbina foram isolados do extrato e podem contribuir para a atividade biológica. Estes resultados sugerem que a administração repetida de H. aphrodisiaca melhora a memória e aprendizagem provavelmente por um mecanismo não muscarínico
Memory retrieval improvement by Heteropterys aphrodisiaca in aging rats
Few data exists about the pharmacological properties of Heteropterys aphrodisiaca O. Mach. (Malpighiaceae), which is native to the scrubland regions of Brazil. The present study investigated the effects of oral treatment with H. aphrodisiaca extract (BST0298) on the learning and memory of young (3-6 months) and aged (21-23 months) rats, and compared the in vitro antioxidant activity of three lots collected in different years. An improvement in the number of sessions to learn the task was observed in the left/right discrimination test in aged rats treated for 45 days with 25 mg/kg (7.0 ± 0.5; p=0.005) or 50 mg/kg (7.6 ± 0.6; p=0.012) compared with control old rats (11.0 ± 1.6). On the other hand, pre-treatment did not improve the performance of scopolamine-treated mice in the passive avoidance test. The in vitro malondialdehyde test showed that all three different extracts presented similar antioxidant activity. The flavonoids astilbin, isoastilbin and neoastilbin were isolated from the extract and may contribute to the biological activity. These results suggest that repeated treatment with H. aphrodisiaca improves learning and memory, probably by a non-muscarinic mechanism.Existem poucos dados disponíveis sobre as propriedades farmacológicas da Heteropterys aphrodisiaca O. Mach. (Malpighiaceae), nativa da região do pantanal brasileiro. O presente estudo investigou o efeito do tratamento oral com um extrato de H. aphrodisiaca (BST0298) sobre a memória e aprendizagem de ratos jovens (3-6 meses) e idosos (21-23 meses) e comparou a atividade antioxidante in vitro de três lotes, coletados em diferentes anos. Melhora quanto ao número de sessões necessárias para aprender a tarefa foi observada no teste de discriminação direita/esquerda em ratos idosos tratados por 45 dias com doses de 25 mg/kg (7,0 ± 0,5; p=0,005) e 50 mg/kg (7,6 ± 0,6; p=0,012) comparados com ratos idosos controle (11,0 ± 1,6). Por outro lado, o pré-tratamento com o extrato não melhorou o desempenho de camundongos tratados com escopolamina no teste da esquiva passiva. Em relação à avaliação da atividade antioxidante in vitro pelo teste do malonodialdeído, os três lotes analisados apresentaram atividade antioxidante semelhante. Os flavonóides astilbina, isoastilbina e neoastilbina foram isolados do extrato e podem contribuir para a atividade biológica. Estes resultados sugerem que a administração repetida de H. aphrodisiaca melhora a memória e aprendizagem provavelmente por um mecanismo não muscarínico
The effects of long-term administration of guarana on the cognition of normal, elderly volunteers
Paulinia cupana (guarana) is a Brazilian plant given great prestige in popular medicine, for example as being a potent stimulator of brain functions. The authors assessed the effects of the long-term administration of guarana on the cognition of normal, elderly volunteers. Forty-five volunteers were studied, with a random distribution in three experimental groups: placebo (n=15), caffeine (n=15), and guarana (n=15), in a double-blind study. There were no significant cognitive alterations in these volunteers