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Prevalence of Syphilis and associated factors in homeless people of Sao Paulo, Brazil, using a Rapid Test
Introduction: Homeless people are a vulnerable group to sexually transmitted diseases (STD) with high prevalence of syphilis and hepatitis. Objectives: To estimate the prevalence of syphilis infection and its association with risky behaviors for STDs in a sample of homeless people, and to assess the feasibility of the use of rapid syphilis test (RST) in this population. Methods: Cross-sectional study, in a convenience sample of homeless people assisted in social support services of São Paulo, between 2006 and 2007. A structured questionnaire was applied and RST was performed. In addition, a blood sample for syphilis detection was also collected. The sensitivity and specificity of the RST was estimated using conventional laboratory diagnosis (VDRL + TPHA) as reference. Results: 1,405 volunteers were included in the study. The prevalence rate of syphilis was 7.0%, and was associated with homosexual practices (ORadj 4.9; 95%CI 2.6 - 9.4), prior history of STD (ORadj 2.6; 95%CI 1.7 - 4.0) and with self-referred non-white race (ORadj 1.9; 95%CI 1.1 - 3.4). The sensitivity and specificity of the RST for syphilis were, respectively, 81.4 and 92.1%. Conclusion: The high prevalence of syphilis infection among homeless people shows the need for actions for its control and the utilization of RST that can be considered an efficient strategy due to its sensitivity and specificity. Public Health policymakers must strengthen actions for syphilis control, with screening tests for syphilis and early treatment, decreasing morbidity with the improvement of sexual and reproductive health of the population in general and especially the most vulnerable
DESCRIÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E AVALIAÇÃO DE DESFECHOS CLINICOS EM PACIENTES VIVENDO COM HIV SUBMETIDOS CUIDADOS PALIATIVOS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO ATENDIMENTO A PESSOAS QUE VIVEM COM HIV E AIDS
Introdução: em 2021 pela 1ª vez a Organização Mundial de Saúde (OMS) dedica um capítulo para cuidados paliativos (CP) em pessoas vivendo com HIV e aids (PVHA) em seu Guia. A unidade de internação (UI) do Centro de Referência e Treinamento em DST/AIDS de São Paulo (CRT DST/AIDS) consta com 20 leitos e possui uma equipe de CP desde 08/2021, composta por 3 infectologistas (uma com formação em CP), psiquiatra, assistente social, nutricionista, fisioterapeuta, enfermeiras e psicóloga. Objetivo: descrever o perfil de pacientes internados em um centro de referência para tratamento de PVHA e acompanhados pela equipe de CP. Métodos: estudo retrospectivo realizado por análise de prontuários de pacientes admitidos na UI do CRT DST/AIDS e em CP. Os pacientes foram seguidos pela equipe da internação, junto com a equipe de CP. Analisados variáveis sociodemográficas, laboratoriais (CD4 e carga viral), causa da internação, motivo de encaminhamento à equipe de CP, tempo de internação hospitalar e desfechos clínicos. Resultados: entre 10/2021 e 05/2023, 9 pacientes foram encaminhados para avaliação e seguimento da equipe de CP, sendo 7 (77%) masculinos, média de idade 50 anos, tempo médio de infecção pelo HIV de 14 anos. Na admissão 25% eram pessoas vivendo em instituições de longa permanência, 50% viviam com suas famílias, e 25% estavam em situação de rua. Sete pacientes (75%) tinham histórico prévio ou atual de interrupções de tratamento, por dificuldade de adesão e 25% foram diagnosticados tardiamente. A média de LTCD4+ na admissão foi de 211 cels/mm3. Quatro (54%) dos participantes tinham CV indetectável. As principais causas de internação foram síndromes neurológicas (75%) como neurotuberculose, neurocriptococose e leucoencefalopatia multifocal progressiva, e encaminhados para CP por apresentaram declínio funcional progressivo ou refratariedade ao tratamento, sem proposta curativa. A média de Karnofsky e Palliative Performance Scale (PPS) foi de 30 e 20 respectivamente. O tempo médio de internação foi de 104 dias, 2 pacientes tiveram alta e mantém seguimento ambulatorial pela equipe, e 03 (33%) evoluíram para óbito sem distanásia. Conclusão: PVHA com dificuldade de adesão à terapia antirretroviral, pacientes com doença avançada, quadros demenciais, e neurológicos graves se beneficiam de abordagem multidisciplinar de uma equipe de CP visando conforto, controle de sintomas e orientações ao paciente e familiar sobre cuidados e propostas diante da doença crônic