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Limiares de Comando e Sensibilidade Agudos e Crônicos em Cabos-Eletrodos com e sem Liberaçao de Esteróides em Pacientes Chagásicos
A estimulaçao cardĂaca artificial Ă© um instrumento terapĂŞutico eficaz para o tratamento dos distĂşrbios de ritmo e conduçao do estĂmulo elĂ©trico natural do coraçao. Neste estudo, foram avaliados retrospectivamente 157 portadores de cardiomiopatia chagásica crĂ´nica atendidos do Serviço de Eletrofisiologia e Marcapasso do Hospital de ClĂnicas da Universidade Federal de Uberlândia, que, no perĂodo de 1987 a 2001, receberam implantes de cabos-eletrodos liberadores e nao-liberadores de esterĂłides. O objetivo foi avaliar as variaçoes dos limiares de comando e sensibilidade de átrio e ventrĂculo direitos no momento do implante e por ocasiao da troca do gerador de pulso. Verificou-se que, nos cabos-eletrodos sem liberaçao de esterĂłides, a variaçao dos limiares de comando atrial e ventricular foi maior na fase crĂ´nica que na fase aguda. Esse achado, entretanto, nao teve significância estatĂstica
Limiares de Comando e Sensibilidade Agudos e Crônicos em Cabos-Eletrodos com e sem Liberaçao de Esteróides em Pacientes Chagásicos
A estimulaçao cardĂaca artificial Ă© um instrumento terapĂŞutico eficaz para o tratamento dos distĂşrbios de ritmo e conduçao do estĂmulo elĂ©trico natural do coraçao. Neste estudo, foram avaliados retrospectivamente 157 portadores de cardiomiopatia chagásica crĂ´nica atendidos do Serviço de Eletrofisiologia e Marcapasso do Hospital de ClĂnicas da Universidade Federal de Uberlândia, que, no perĂodo de 1987 a 2001, receberam implantes de cabos-eletrodos liberadores e nao-liberadores de esterĂłides. O objetivo foi avaliar as variaçoes dos limiares de comando e sensibilidade de átrio e ventrĂculo direitos no momento do implante e por ocasiao da troca do gerador de pulso. Verificou-se que, nos cabos-eletrodos sem liberaçao de esterĂłides, a variaçao dos limiares de comando atrial e ventricular foi maior na fase crĂ´nica que na fase aguda. Esse achado, entretanto, nao teve significância estatĂstica
Prevenção secundária de morte sĂşbita cardĂaca na cardiopatia chagásica crĂ´nica e função ventricular quase-normal
Introdução: A cardiopatia chagásica crĂ´nica (CCC) engloba complexo espectro de apresentações, nĂŁo sendo incomuns episĂłdios de morte arrĂtmica em portadores de função ventricular esquerda preservada (FVEP) ou quase normal (FVEQN). MĂ©todos: Avaliação retrospectiva de 7 portadores de CCC por 4 anos, com FVEP, submetidos a implante de cardiodesfibrilador implantável (CDI) devido taquicardia ou fibrilação ventricular (TV/FV). Foram realizadas avaliações clĂnica, estrutural e eletrocardiográfica. Resultados: Idade mĂ©dia: 57,5±4,45 anos e 71,4% do sexo masculino. Função ventricular esquerda (FVE) inicial foi de 56,14%±4,45, com alterações contrácteis em 100% e hipocinesia inferior em 85,7%. Classe funcional I: 100% sem modificações ao eguimento.
Escore de Rassi avaliado previamente ao evento foi de 4,85±0,89. SĂncope constituiu a apresentação inicial em 100%, mĂ©dia de 2 episĂłdios por paciente e intervalo de 4 semanas entre os mesmos. Houve alterações em 85,71% dos eletrocardiogramas, sendo bloqueio de ramo direito
a principal. TV sustentada foi encontrada em 100%; sĂtio epicárdico em 71,42% e saĂda anterolateral do ventrĂculo esquerdo em 57,14%. A FVE sequencial foi de 54%±3,31; sem alterações contráteis novas. Amiodarona e betabloqueadores foram os fármacos utilizados. Terapias apropriadas aconteceram em 100%; mĂ©dia de 2,1 choques por paciente, com 52,63% dos registros nos primeiros 14 meses. NĂŁo foram evidenciados Ăłbitos, terapias inapropriadas ou tempestade elĂ©trica. ConclusĂŁo: O elevado nĂşmero de terapias corrobora o risco arrĂtmico desta população, ratifica a importância do dispositivo e alerta para a eficácia da terapia clĂnica. SĂncope pode estar associada a maior risco de eventos arrĂtmicos na CCC
Pneumopatia Secundária ao uso de Amiodarona
A amiodarona, droga amplamente utilizada, sobretudo em arritmias cardĂacas, nao está isenta de efeitos colaterais. Ainda que pouco freqĂĽente e com poucos casos descritos na literatura, a pneumopatia secundária ao seu uso tem incidĂŞncia estimada em 5 a 7%, a depender da dose utilizada. Doses superiores a 400mg/dia estao associadas ao aumento do nĂşmero de casos. As manifestaçoes clĂnicas podem variar de afecçao subaguda a quadro agudo com evoluçao progressiva, rápida e fatal. Este estudo relata dois casos de pacientes assistidas no Serviço de Eletrofisiologia e Marcapasso do Hospital de ClĂnicas da Universidade Federal de Uberlândia que apresentaram comprometimento pulmonar decorrentes do uso de amiodarona
Ablaçao de arritmias cardĂacas por radiofrequĂŞncia em pacientes portadores de marcapasso cardĂaco definitivo e cardiodesfibriladores implantáveis (CDI)
Taquiarritimias supraventriculares e ventriculares podem ser observadas em portadores de marcapasso (MP) e a ablaçao por radiofrequĂŞncia Ă© indicada de modo semelhante a nao portadores de MP. Deve-se, porĂ©m, tomar alguns cuidados, pois esse tipo de procedimento pode alterar o gerador, os cabos-eletrodos e todo o funcionamento do MP, sendo necessária sua reprogramaçao, assim como dos cardiodesfibriladores implantáveis. Pacientes com fibrilaçao atrial crĂ´nica submetidos Ă terapia de ressincronizaçao cardĂaca e aqueles com circuitos arritmogĂŞnicos sao exemplos de casos que comprovadamente se beneficiam da ablaçao
Pneumopatia Secundária ao uso de Amiodarona
A amiodarona, droga amplamente utilizada, sobretudo em arritmias cardĂacas, nao está isenta de efeitos colaterais. Ainda que pouco freqĂĽente e com poucos casos descritos na literatura, a pneumopatia secundária ao seu uso tem incidĂŞncia estimada em 5 a 7%, a depender da dose utilizada. Doses superiores a 400mg/dia estao associadas ao aumento do nĂşmero de casos. As manifestaçoes clĂnicas podem variar de afecçao subaguda a quadro agudo com evoluçao progressiva, rápida e fatal. Este estudo relata dois casos de pacientes assistidas no Serviço de Eletrofisiologia e Marcapasso do Hospital de ClĂnicas da Universidade Federal de Uberlândia que apresentaram comprometimento pulmonar decorrentes do uso de amiodarona
Ablaçao de arritmias cardĂacas por radiofrequĂŞncia em pacientes portadores de marcapasso cardĂaco definitivo e cardiodesfibriladores implantáveis (CDI)
Taquiarritimias supraventriculares e ventriculares podem ser observadas em portadores de marcapasso (MP) e a ablaçao por radiofrequĂŞncia Ă© indicada de modo semelhante a nao portadores de MP. Deve-se, porĂ©m, tomar alguns cuidados, pois esse tipo de procedimento pode alterar o gerador, os cabos-eletrodos e todo o funcionamento do MP, sendo necessária sua reprogramaçao, assim como dos cardiodesfibriladores implantáveis. Pacientes com fibrilaçao atrial crĂ´nica submetidos Ă terapia de ressincronizaçao cardĂaca e aqueles com circuitos arritmogĂŞnicos sao exemplos de casos que comprovadamente se beneficiam da ablaçao
Prevalência de bloqueios atrioventriculares em pacientes da Atençao Básica de Saúde: análise por telemedicina
INTRODUÇAO: Bloqueios atrioventriculares constituem um grupo de alteraçoes da conduçao do impulso elĂ©trico cardĂaco detectáveis pelo eletrocardiograma. Os recursos da telemedicina para laudos de eletrocardiograma Ă distância tĂŞm auxiliado de modo expressivo na identificaçao precoce de achados clinicamente significantes. Esses pacientes, sobretudo os com bloqueios atrioventriculares de 2Âş e 3Âş graus, quando nao prontamente identificados e/ou tratados, apresentam alta morbimortalidade. Dados sobre a prevalĂŞncia de bloqueios atrioventriculares na populaçao brasileira sao escassos. O presente estudo avaliou a prevalĂŞncia de bloqueios atrioventriculares em uma grande populaçao atendida pelo Sistema Unico de SaĂşde.
MÉTODOS: Estudo retrospectivo observacional em que foram acessados 269.578 eletrocardiogramas do banco de dados de um serviço de telemedicina com sede em um hospital terciário da cidade de Sao Paulo (SP) no perĂodo de setembro de 2010 a setembro de 2015. O serviço atende remotamente a 112 unidades pĂşblicas de saĂşde em quatro estados das regioes Sul, Sudeste e Centro-Oeste do PaĂs. Foram pesquisados os termos conforme árvore de diagnĂłsticos estruturada com base nas diretrizes brasileiras. Os exames repetidos por excesso de artefatos e/ou com dados incompletos foram excluĂdos.
RESULTADOS: Foram validados 239.003 eletrocardiogramas, com prevalência de bloqueios atrioventriculares de 3,23%. A média de idade da populaçao com bloqueios atrioventriculares foi de 65,15 ± 17,03 anos, sendo 53,82% do sexo masculino. Dentre os bloqueios atrioventriculares, os classificados como de 1º grau e 2º grau do tipo I corresponderam a 3,13% da populaçao total.
CONCLUSAO: Em uma grande amostra populacional, notou-se alta prevalência de bloqueios atrioventriculares. Sexo masculino e idade avançada estao estatisticamente relacionados com maior prevalência de bloqueios atrioventriculares
Alteraçoes anatomopatológicas de coraçoes de pacientes chagásicos portadores de marcapasso definitivo endocárdico
OBJETIVO: Descrever as lesoes morfológicas, macro e microscópicas, associadas ao marcapasso definitivo (MP) em coraçoes de pacientes falecidos com cardiopatia chagásica crônica e compará-las com as descritas em outras cardiopatias.
MÉTODO: Foram estudados 22 coraçoes de pacientes chagásicos crĂ´nicos (16 homens e seis mulheres) de 26 a 86 anos de idade (mĂ©dia de 54 anos) portadores de MP definitivo endocárdico. Foram retirados fragmentos das paredes das quatro câmaras, do septo interventricular e da ponta cardĂaca, bem como de tecidos que envolviam os cabos-eletrodos e de áreas de aderĂŞncias para processamento histolĂłgico. As caracterĂsticas do exsudato leucocitário nos sĂtios de implante e no miocárdio ventricular foram analisadas por meio da tĂ©cnica de imuno-histoquĂmica.
RESULTADOS: Inflamaçao e trombose nos sĂtios de implante resultaram em encapsulamento fibroso das pontas dos cabos-eletrodos que permaneceram firmemente aderidos ao endocárdio adjacente. Nos sĂtios de implante, linfĂłcitos B e T ocorreram em proporçoes semelhantes, diferentemente dos focos da miocardite chagásica ventricular, na qual foi observado marcante predomĂnio de linfĂłcitos T.
CONCLUSAO: Os cabos-eletrodos nao sao estruturas biologicamente inertes; sua permanĂŞncia produz constante estĂmulo trombogĂŞnico, assim como processo inflamatĂłrio e fibrogĂŞnico nos sĂtios dos implantes. A organizaçao de trombos vermelhos e/ou de fibrina que se formam em torno dos cabos-eletrodos parece responsável por seu encapsulamento e por frequentes aderĂŞncias Ă s estruturas adjacentes. As lesoes cardĂacas associadas aos MP na cardiopatia chagásica crĂ´nica dos casos estudados foram semelhantes Ă s descritas em outras cardiopatias
Alteraçoes anatomopatológicas de coraçoes de pacientes chagásicos portadores de marcapasso definitivo endocárdico
OBJETIVO: Descrever as lesoes morfológicas, macro e microscópicas, associadas ao marcapasso definitivo (MP) em coraçoes de pacientes falecidos com cardiopatia chagásica crônica e compará-las com as descritas em outras cardiopatias.
MÉTODO: Foram estudados 22 coraçoes de pacientes chagásicos crĂ´nicos (16 homens e seis mulheres) de 26 a 86 anos de idade (mĂ©dia de 54 anos) portadores de MP definitivo endocárdico. Foram retirados fragmentos das paredes das quatro câmaras, do septo interventricular e da ponta cardĂaca, bem como de tecidos que envolviam os cabos-eletrodos e de áreas de aderĂŞncias para processamento histolĂłgico. As caracterĂsticas do exsudato leucocitário nos sĂtios de implante e no miocárdio ventricular foram analisadas por meio da tĂ©cnica de imuno-histoquĂmica.
RESULTADOS: Inflamaçao e trombose nos sĂtios de implante resultaram em encapsulamento fibroso das pontas dos cabos-eletrodos que permaneceram firmemente aderidos ao endocárdio adjacente. Nos sĂtios de implante, linfĂłcitos B e T ocorreram em proporçoes semelhantes, diferentemente dos focos da miocardite chagásica ventricular, na qual foi observado marcante predomĂnio de linfĂłcitos T.
CONCLUSAO: Os cabos-eletrodos nao sao estruturas biologicamente inertes; sua permanĂŞncia produz constante estĂmulo trombogĂŞnico, assim como processo inflamatĂłrio e fibrogĂŞnico nos sĂtios dos implantes. A organizaçao de trombos vermelhos e/ou de fibrina que se formam em torno dos cabos-eletrodos parece responsável por seu encapsulamento e por frequentes aderĂŞncias Ă s estruturas adjacentes. As lesoes cardĂacas associadas aos MP na cardiopatia chagásica crĂ´nica dos casos estudados foram semelhantes Ă s descritas em outras cardiopatias