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Concentrações de cinetina na indução de brotações in vitro de mangabeira
A mangabeira (Hancornia speciosa Gomes), espécie da família Apocynaceae, é uma planta silvestre que vegeta espontaneamente desde os tabuleiros costeiros e baixadas litorâneas do Nordeste, até as áreas de cerrado na região central do Brasil. Possui grande importância econômica como espécie frutífera e na recuperação de áreas degradadas (Vieira Neto, 1994).
Sua propagação sexuada se caracteriza, assim como para outras espécies, por produzir indivíduos heterogêneos. Estudos indicam ainda, que suas sementes são extremamente recalcitrantes, o que tem limitado a obtenção de mudas destinadas à implantação de pomares comerciais.
A propagação vegetativa por meio de estaquia e enxertia, para a mangabeira, ainda não se consolidou como uma técnica viável, enquanto técnicas de cultivo in vitro têm se mostrado bastante eficientes (Soares, 2005). Dentre estas, a micropropagação tem grande aplicação prática na área de produção comercial vegetal. Sua utilização permite obter plantas com o mesmo genótipo, em larga escala e em curto espaço de tempo, a partir de pequenos fragmentos de tecidos.
Dentre os fatores que controlam a morfogênese in vitro, destacam-se os reguladores de crescimento. As citocininas, juntamente com as auxinas, são as classes mais utilizadas. De acordo com Grattapaglia & Machado (1998), para o sucesso da multiplicação in vitro, o tipo de citocinina e a sua concentração são os fatores mais importantes a serem observados.
O presente trabalho teve como objetivo o estudo do efeito de diferentes concentrações de cinetina na indução de brotações in vitro de mangabeira
Anatomia foliar de Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich. (Bignoniaceae) propagadas in vitro, in vivo e durante a aclimatização Leaf anatomy of Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich. (Bignoniaceae) propagated in vitro, in vivo and during the acclimatization
As mudas propagadas por técnicas de micropropagação geralmente apresentam alterações significativas induzidas pelas condições in vitro, que diminuem a capacidade de sobrevivência após a transferência para o ambiente ex vitro, sendo fundamental a avaliação da mudança estrutural durante o processo de adaptação. Objetivou-se com este trabalho, identificar as diferenças anatômicas foliares entre plantas de Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich. (ipê amarelo), cultivadas in vitro, in vivo e durante a aclimatização. Foram utilizadas plântulas mantidas por 43 dias em sala de crescimento, com 20, 40, 60 e 80 dias de aclimatização e mudas de 90 dias cultivadas em viveiro. As plântulas foram obtidas via cultura de embriões em meio MS e transplantadas para tubetes contendo plantmax®, para aclimatização em viveiro, sob 50% de sombreamento. Nas mesmas condições da aclimatização, foram produzidas as mudas in vivo. Cortes transversais e paradérmicos foram preparados de acordo com técnicas usuais em microtecnia vegetal. As plântulas in vitro apresentam os tecidos foliares pouco diferenciados e estômatos maiores e mais abertos, exigindo maiores cuidados na etapa inicial de aclimatização. Aos 60 dias de aclimatização as novas folhas produzidas possuem alguns aspectos anatômicos que podem conferir maior eficiência fotossintética e maior capacidade de regulação hídrica das plantas.The seedlings spread by micropropagation techniques, usually show significant alterations induced by the conditions in vitro, which decrease the survival capacity after the transfer to conditions ex vitro. The evaluation of the structural change during the acclimatization is necessary for the understanding of this adaptation process. The objective of this research was to identify the anatomical differences among the seedlings cultivated in vitro, in vivo and acclimatized plants of Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich. (yellow ipe), species with great medicinal and ornamental interest. One used seedlings maintained for 43 days in growth chamber, with 20, 40, 60 and 80 days of acclimatization and seedlings after 90 days of cultivation in vivo. Seedlings were obtained from culture of embryos in half BAD and transplanted to tubes containing plantmax®, for aclimatização in nursery house under 50% of shad. In the same conditions of the acclimatization the seedlings in vivo were produced. Transversal and paradermal sections were prepared using the usual microthecniques. The results showed that the seedlings in vitro have the leaf tissue little differed and the stomata are open and bigger, demanding greater cares in the initial stage of acclimatization. At 60 days of acclimatization the new leaves produced have some anatomical aspects that can originate higher photosynthetic efficiency and better water regulation capacity of the plants
Indução de calos em embriões de mangabeira
A mangabeira (Hancornia speciosa Gomes), espécie arbórea do Cerrado, apresenta grande potencial como planta frutífera e produtora de borracha. No entanto, com a inexistência de plantios racionais e tecnificados, o extrativismo é, atualmente, sua única forma de exploração, constituindo-se, assim, numa grande barreira para o aproveitamento de todas as suas potencialidades.
Sua propagação sexuada se caracteriza, assim como para outras espécies, por produzir indivíduos heterogêneos. Estudos indicam ainda, que suas sementes são extremamente recalcitrantes, o que tem limitado a obtenção de mudas destinadas à implantação de pomares comerciais.
A propagação vegetativa por meio de estaquia e enxertia, para a mangabeira, ainda não se consolidou como uma técnica viável, enquanto técnicas de cultivo in vitro têm se mostrado bastante eficientes (Soares, 2005). Várias são as modalidades de cultura de tecidos, podendo ser por via direta, pelo desenvolvimento de novos órgãos diretamente do explante ou indireta, via cultura de calos.
Calo é um grupo ou massa de células vegetais com crescimento desordenado, as quais podem apresentar certo grau de diferenciação (Torres et al., 2000). Essa massa de células, segundo George (1993), desenvolve-se em resposta a injúrias físicas ou químicas.
De acordo com Grattapaglia & Machado (1998), para ocorrer a indução do calo, qualquer tecido pode ser utilizado como explante. Entretanto, procura-se utilizar aqueles que contenham maior proporção de tecido meristemático ou que apresentem maior capacidade de expressar a totipotência.
Vietez & San-José (1996) afirmam que, muitas vezes é necessário o suprimento exógeno de reguladores de crescimento para a indução de calos. Essa indução é regulada pela interação e balanço entre os reguladores sintéticos fornecidos e os hormônios produzidos internamente pelo explante.
O balanço auxina/citocinina é, na maioria das vezes, determinante na calogênese. Dentre os reguladores de crescimento mais utilizados na indução de calos destacam-se o 2,4-D (ácido 2,4-diclorofenoxiacético), ANA (ácido naftalenoacético), BAP (6benzilaminopurina) e, mais recentemente, o TDZ (thidiazuron).
O presente trabalho teve como objetivo o estudo do efeito de diferentes concentrações de 2,4-D na indução de calos em embriões de mangabeira
Efeito de diferentes concentrações de AIB na multiplicação in vitro de Hancornia speciosa Gomes.
A mangabeira (Hancornia speciosa Gomes), espécie arbórea nativa do Cerrado, apresenta um grande potencial como planta frutífera e na recuperação de áreas degradadas (Vieira Neto, 1994).
O estabelecimento de plantios comerciais da espécie tem sido dificultado pelo curto período de armazenamento das sementes e pelo insucesso da sua propagação assexuada pelos métodos tradicionais.
Neste contexto, a micropropagação surge como uma alternativa a ser utilizada, com a finalidade de obtenção de um grande número de plantas uniformes, independente da época do ano (Borthakur, et al., 1999).
Segundo Bonga (1985), por ser de manipulação relativamente fácil, principalmente devido ao tamanho do explante utilizado, e por originar plantas, em geral, geneticamente mais estáveis, a proliferação de gemas axilares é a técnica mais utilizada para a multiplicação in vitro de plantas lenhosas, como a mangabeira.
De acordo com Sano & Almeida (1998), observam-se diversos padrões de multiplicação, dependendo da espécie cultivada. Entretanto, quanto maior o número de brotos, menor será o seu comprimento. A vantagem de se obter brotos normais e alongados (maiores do que 1,5 cm) é que esses enraízam mais facilmente do que brotos curtos.
O crescimento e a organogênese in vitro são altamente dependentes da interação entre as substâncias de crescimento que ocorrem naturalmente na planta (hormônios) e os análogos sintéticos (reguladores de crescimento), os quais são adicionados ao meio de cultura (George, 1996).
Quoirin & Lepoivre (1977) constataram que, embora nem sempre as auxinas sejam necessárias no meio de multiplicação, essa classe de reguladores é usada com o intuito de estimular o crescimento das partes aéreas. De acordo com Lundergan & Janick (1979), a presença de uma auxina no meio de multiplicação anula o efeito inibitório das citocininas sobre o alongamento dos explantes. Dentre as auxinas mais usadas nos meios de multiplicação, destacam-se ANA (ácido naftalenoacético), AIB (ácido indolbutírico) e AIA (ácido indolacético).
O presente trabalho teve como objetivo o estudo do efeito de diferentes concentrações de AIB no processo de multiplicação in vitro de mangabeira
Callus induction in leaf segments of Croton urucurana Baill Indução de calos em segmentos foliares de sangra d'água (Croton urucurana Baill)
Croton urucurana Baill., a species belonging to the family Euphorbiaceae, can be useful in the recovery of degraded riparian areas. In the traditional medicine, it is widely used as cicatrizant and in the treatment of rheumatism. However, its seeds present dormancy and low viability, making the propagation of this species a challenge. With the objective of establishing an alternative route for the propagation, the effect of different concentrations of 2,4-D (2,4- dichlorophenoxyacetic acid) with BAP (6-benzylaminopurine) or TDZ (thidiazuron) and of NAA (1-naphthaleneacetic acid) with BAP and their possible combinations were evaluated for callus induction in leaf segments. Callus fresh mass was evaluated forty-five days after inoculation. The isolated use of BAP and the combination of NAA with BAP did not promote calogenesis in leaf segments. Even though the combination of 2,4-D with BAP or TDZ had induced the formation of callus, it was the isolated use of 2,4-D that provided the highest callus fresh mass.<br>A sangra d'água, espécie pertencente à família Euphorbiaceae, apresenta potencial na recuperação de matas ciliares degradadas e é extensamente utilizada na medicina tradicional, como cicatrizante e no tratamento de reumatismos. Entretanto, suas sementes apresentam dormência e baixa viabilidade, dificultando a propagação desta espécie. Avaliou-se o efeito de diferentes concentrações de 2,4-D e BAP ou TDZ e de ANA e BAP, com suas possíveis combinações, na indução de calos em segmentos foliares de sangra d'água. Quarenta e cinco dias após a inoculação, foi avaliado o peso fresco dos calos. O uso de BAP isoladamente e a combinação entre ANA e BAP não promoveram calogênese em segmentos foliares de sangra d'água. Embora a combinação de 2,4-D e BAP ou TDZ tenha induzido a formação de calos, o uso isolado de 2,4-D proporcionou o maior peso fresco destes