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    Bosque Cuauhtémoc: revelando valores e definindo diretrizes para a conservação de um jardim histórico em Morélia, México

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    This article is based on the workshop Valorization of Bosque Cuauhtémoc and Guidelines for its Conservation. Bosque Cuauhtémoc is a green space of expressive size located in the historic center of the Mexican city of Morelia, which is a UNESCO world heritage site. Due to its historical, botanical and landscape attributes, the park was defined as an example of “integration of man with nature”, within the framework of “a historic garden”. The workshop was based on the Florence Charter (1981) and on contributions from specialists in historic gardens, a field visit made by Brazilian and Mexican participants during the workshop, and a study of iconographic and cartographic sources, as well as other historical records, previously collected and made available. This article is divided into five parts. It starts by introducing the object and methodology of the workshop, then describes the origins of the park, and its process of formation and transformation over time. It then uses the six categories of landscape structure, plant architecture, buildings, visuals, uses, and incongruities, to demonstrate the characteristics of this historic garden and analyze the current problems in these areas. This leads to a set of guidelines for the conservation of the Bosque Cuauhtémoc as a cultural asset. Finally, the text highlights the methodological contributions from this workshop for addressing historic gardens in similar contexts, including the institutional exchange between Mexico and Brazil in this field of study.Este artigo apresenta a experiência do Workshop de Puesta en valor y Directrices hacia la Conservación del Bosque Cuauhtémoc, expressivo espaço verde localizado no centro histórico da cidade mexicana de Morelia, reconhecido como patrimônio mundial pela UNESCO. Considerando-se seus atributos históricos, botânicos e paisagísticos, o parque foi abordado como “obra integrada do homem com a natureza”, à luz da noção de “jardim histórico”. O trabalho se embasou na Carta de Florença (1981) e contribuições de especialistas em jardins históricos, em uma visita de campo realizada pelos participantes brasileiros e mexicanos durante o workshop, no estudo de fontes iconográficas e cartográficas e outros registros históricos previamente coletados e disponibilizados. Assim, o texto está estruturado em cinco partes. Inicialmente, introduz a discussão apresentando o objeto e a metodologia do workshop. A seguir, expõe as origens e o processo de formação e transformações do parque ao longo do tempo e prossegue com sua caracterização enquanto jardim histórico e com a análise da sua problemática atual, ambas conduzidas a partir de seis categorias definidas – estrutura paisagística, arquitetura vegetal, edificações, visuais, usos e dissonâncias. Por fim, o texto apresenta um plano de diretrizes para a conservação do Bosque Cuauhtémoc enquanto bem cultural, e, nas conclusões, ressalta contribuições metodológicas para abordar jardins históricos em contextos análogos e o intercâmbio institucional entre México e Brasil nesse campo de estudo

    Landscape in “concertina” towards heritage education

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    Educating for the landscape is a goal of the Landscape Laboratory at the Federal University of Pernambuco in Brazil, based on the notion that landscape awareness creates a link between cultural heritage conservation and people’s everyday lives. To this end, the concertina book entitled The Thinking Landscape was developed as a playful heritage education tool, bringing landscape awareness closer to the general public. This article presents the concertina book, which discusses the landscape as a common good through a phenomenological perspective connected to the experience of the senses. In this sense, it proposes a dialogue between the thoughts of Augustin Berque and Jean-Marc Besse and the philosophical experience of Ailton Krenak. The article concludes that the playful and creative aspect of the concertina book stimulates sensitivity to the value of the landscape and motivates an ethical approach towards the conservation of the landscape as a common good.Educar para a paisagem é uma das metas do Laboratório da Paisagem da UFPE, considerando que a consciência de paisagem permite um elo entre as ações de conservação do patrimônio cultural e a realidade cotidiana da vida das pessoas. Nesse sentido, o livro-concertina intitulado Pensar Paisagem foi desenvolvido como ferramenta lúdica de educação patrimonial para aproximar a paisagem do público geral. O presente artigo tem por objetivo apresentar a concertina, discutindo a paisagem como bem comum em uma perspectiva fenomenológica vinculada à experiência sensível. Para tanto, propõe uma interlocução entre o pensamento de Augustin Berque e Jean-Marc Besse e da vivência filosófica de Ailton Krenak. Conclui-se que o aspecto lúdico e criativo da concertina estimula a sensibilidade para o valor paisagístico, buscando motivar uma postura ética na conservação da paisagem como bem comum

    A alegoria da paisagem cultural brasileira

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    This text discusses protection of Brazil’s cultural landscape. Issues include intentions to regulate heritage preservation tool and conceptual implications of cultural landscape as cultural heritage. Recent turning points in Brazil are the suspension of the national cultural landscape instrument in 2014, and Unesco’s recognition, between 2012 and 2021, of four cultural landscapes in Brazil, despite the fact that this was still under discussion by Brazil’s national agency for heritage preservation. The text proposes a critical analysis of Brazil’s cultural landscape instrument in the field of cultural heritage, taking into account the roots of Brazilian culture formation, which includes the role of nation building and heritage preservation policies. The critique links Brazil’s cultural landscape to that which emerges from the struggle and resistance of the Brazilian people, therefore, to a mestizo landscape, which needs to be assimilated in an inclusive perspective of all subjects.O texto discute a proteção da paisagem cultural brasileira levando em conta a intenção de regulamentação de um instrumento de preservação patrimonial e as implicações conceituais da paisagem como patrimônio cultural. Toma-se como pontos de inflexão a suspensão do instrumento da chancela da Paisagem Cultural Brasileira em 2014, bem como o reconhecimento de quatro paisagens culturais do Brasil pela Unesco entre 2012 e 2021, quando este instrumento ainda está em discussão no âmbito do órgão nacional de preservação patrimonial. Neste sentido, o texto propõe uma reflexão crítica sobre o instrumento da paisagem cultural brasileira no campo do patrimônio cultural, ao lado das raízes que formam a cultura brasileira, questão associada ao contexto mais amplo que atravessa a formação nacional e, consequentemente, a regulamentação das políticas de preservação do patrimônio no Brasil. A crítica almeja atrelar a paisagem cultural brasileira àquela que emerge da luta e da resistência do povo brasileiro, portanto, a umapaisagem mestiça, que precisa ser assimilada numa perspectiva inclusiva de todos os sujeitos
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