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    Desafios terapêuticos da mucosite oral em oncopediatria

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    Neuroblastoma (NB) is a neoplasia of the sympathetic nervous system and the second most common extracranial malignant solid tumor in childhood. In antineoplastic therapy, oral complications can be observed in antineoplastic therapy, among them oral mucositis (OM). It is an acute mucosa inflammation resulting from the toxicity of chemotherapy drugs. This case report emphasizes the management of OM and its influence on the systemic condition and quality of life. A female patient, nine years old, presented a recurrence of metastatic NB after first-line treatment.She was admitted to the hospital unit for oncological therapy in the pediatric oncology ward, complaining of severe pain in the oral cavity and oropharynx associated with severe febrile pancytopenia. On physical examination, she presented dysphagia and severe weight deficit, which weakened the swallowing of her saliva. According to the World Health Organization (WHO), the intraoral exam revealed third-grade OM lesions on the lips, anterior gum, and oropharynx. Treatment consisted of removing local debris, cleaning the oral cavity with 0.12% chlorhexidine, and using a flexible, sterile cotton swab, aiming for daily local microbial control. In addition, photobiomodulation (660 nm, 50 mW, 2 J/cm2, 90 seconds) was applied to the erythematous and hemorrhagic bed, punctually in the areas of the lesion and sweeps in the oropharynx region (interspersed sessions). Racealphatocopherol acetate (vitamin E) was prescribed for antioxidant action and lip hydration. Concomitant with mucositis, the patient had severe febrile pancytopenia, requiring cefepime 150 mg/kg/day, with previous collection of blood cultures, granulocyte colonystimulating factor, fluconazole, hydration, and nutritional support. Blood cultures were negative. The consequences of mucositis contributed to malnutrition and worsened quality of life. It is concluded that the interdisciplinary dental intervention enabled physical and emotional restoration, enabling a better quality of life for the patient.O Neuroblastoma (NB) é uma neoplasia do sistema nervoso simpático, e o segundo tumor sólido maligno extracraniano mais comum da infância. Na terapia antineoplásica, complicações orais podem ser observadas, dentre elas a mucosite oral (MO). Trata-se de uma inflamação aguda da mucosa, proveniente da toxicidade dos quimioterápicos. Este relato de caso enfatiza o manejo da MO, bem como sua influência na condição sistêmica e qualidade de vida. Paciente do sexo feminino, nove anos, apresentou recidiva de NB metastático, após tratamento de primeira linha. Admitida na unidade hospitalar para tratamento oncológico na enfermaria de pediatria oncológica, queixando-se de dor intensa em cavidade bucal e orofaringe, associada a pancitopenia severa febril. Ao exame físico apresentava disfagia e déficit ponderal grave, que debilitava a deglutição da própria saliva. O exame intraoral revelou lesões de MO grau 3, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em lábios, gengiva anterior e orofaringe. O tratamento consistiu em remoção de debris local, higiene da cavidade bucal com clorexidina 0,12% e utilizando haste flexível de algodão estéril tipo “Swab”, visando controle microbiano local, diariamente. Além disso, foi aplicado no leito eritematoso e hemorrágico fotobiomodulação (660 nm, 50 mW, 2 J/cm2, 90 segundos) pontualmente nas áreas do leito da lesão e em varredura na região de orofaringe (sessões intercaladas). Foi prescrito acetato de racealfatocoferol (vitamina E) para ação antioxidante e hidratação dos lábios. Concomitante a mucosite, a paciente apresentou pancitopenia febril severa, sendo necessário uso de cefepima 150 mg/kg/dia, com coleta prévia de hemoculturas, fator estimulador de colônias de granulócitos, Fluconazol, hidratação e suporte nutricional. As hemoculturas foram negativas. As consequências da mucosite contribuíram para desnutrição e piora da qualidade de vida. Conclui-se que a intervenção odontológica em interdisciplinaridade, possibilitou o restabelecimento físico e emocional, possibilitando melhor uma qualidade de vida da paciente

    Desafios terapêuticos da mucosite oral em oncopediatria

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    O Neuroblastoma (NB) é uma neoplasia do sistema nervoso simpático, e o segundo tumor sólido maligno extracraniano mais comum da infância. Na terapia antineoplásica, complicações orais podem ser observadas, dentre elas a mucosite oral (MO). Trata-se de uma inflamação aguda da mucosa, proveniente da toxicidade dos quimioterápicos. Este relato de caso enfatiza o manejo da MO, bem como sua influência na condição sistêmica e qualidade de vida. Paciente do sexo feminino, nove anos, apresentou recidiva de NB metastático, após tratamento de primeira linha. Admitida na unidade hospitalar para tratamento oncológico na enfermaria de pediatria oncológica, queixando-se de dor intensa em cavidade bucal e orofaringe, associada a pancitopenia severa febril. Ao exame físico apresentava disfagia e déficit ponderal grave, que debilitava a deglutição da própria saliva. O exame intraoral revelou lesões de MO grau 3, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em lábios, gengiva anterior e orofaringe. O tratamento consistiu em remoção de debris local, higiene da cavidade bucal com clorexidina 0,12% e utilizando haste flexível de algodão estéril tipo “Swab”, visando controle microbiano local, diariamente. Além disso, foi aplicado no leito eritematoso e hemorrágico fotobiomodulação (660 nm, 50 mW, 2 J/cm2, 90 segundos) pontualmente nas áreas do leito da lesão e em varredura na região de orofaringe (sessões intercaladas). Foi prescrito acetato de racealfatocoferol (vitamina E) para ação antioxidante e hidratação dos lábios. Concomitante a mucosite, a paciente apresentou pancitopenia febril severa, sendo necessário uso de cefepima 150 mg/kg/dia, com coleta prévia de hemoculturas, fator estimulador de colônias de granulócitos, Fluconazol, hidratação e suporte nutricional. As hemoculturas foram negativas. As consequências da mucosite contribuíram para desnutrição e piora da qualidade de vida. Conclui-se que a intervenção odontológica em interdisciplinaridade, possibilitou o restabelecimento físico e emocional, possibilitando melhor uma qualidade de vida da paciente

    Avaliação do conhecimento e da percepção de cirurgiões-dentistas e estudantes de odontologia acerca de desordens potencialmente malignas

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    Background: Potentially malignant disorders (PMD) are conditions of the oral cavity that present a significant risk for the development of cancer. Thus, early diagnosis becomes essential in the prognosis of oral lesions. Therefore, assessing the knowledge profile of these disorders is essential to identify gaps in education and to promote alternatives to improve the quality of their diagnosis. Objective: Evaluate the perception of brazilian dentists and dental students about their knowledge and ability to identify PMD. Methods: A cross-sectional study was carried out using an online questionnaire. Two questionnaires with 24 questions were applied, one for students and other for dentists, divided into three sections: demographic and academic data, training, attitudes and self-perception about potentially malignant disorders and knowledge of potentially malignant disorders. Statistical analysis involved Pearson, Mann-Whitney and Kruskal-Wallis tests. Results: The study consisted of 209 participants, 76 dentists and 133 dentistry students. Most participants never attended a course that involved the diagnosis of potentially malignant disorders. The score of knowledge about potentially malignant disorders ranged from 0 to 10 points, with a mean of 6.29±1.77 among students and 7.01±1.82 among dentists. The highest rate of correct answers was for questions that discussed clinical management and the definition of disorders. The questions with the lowest rate of correct answers were about lesions that are not considered potentially malignant, malignancy potential and the definition of Carcinoma in Situ. Conclusion: There are gaps in the knowledge of dental students and dentists in the identification of potentially malignant disorders. Therefore, more training and investments in education and periodic follow-up of patients with such disorders are needed in order to prevent potential malignant transformations.Introdução: As desordens potencialmente malignas (DPM) são condições da cavidade oral que apresentam risco significativo para o desenvolvimento do câncer. Desse modo, o diagnóstico precoce torna-se essencial no prognóstico de lesões orais. Para isso, analisar o perfil de conhecimento acerca dessas desordens é fundamental ao identificar lacunas na educação e promover alternativas para melhorar a qualidade no diagnóstico. Objetivo: Avaliar a percepção de cirurgiões-dentistas (CDs) e estudantes de Odontologia brasileiros acerca de seu conhecimento e capacidade de identificar DPM. Métodos: Foi realizado um estudo transversal através de aplicação de questionário online. Foram aplicados dois questionários com 24 questões, um para estudantes e outro para CDs, divididos em três seções: dados demográficos e acadêmicos, treinamento, atitudes e autopercepção sobre DPM e conhecimento de DPM. A análise estatística envolveu os testes de Pearson, Mann-Whitney e Kruskal-Wallis. Resultados: O estudo foi composto por 209 participantes, 76 CDs e 133 estudantes de odontologia. A maioria dos participantes nunca realizou curso que envolvia o diagnóstico de desordens potencialmente malignas. A pontuação sobre o conhecimento de DPM variou de 0 a 10 pontos, sendo a média entre estudantes de 6,29±1,77 e entre CDs de 7,01±1,82. A maior taxa de acertos foi para as questões que discutiam a conduta clínica e a definição das desordens. Já as questões com menor taxa de acertos foram sobre lesões que não são consideradas potencialmente malignas, potencial de malignização e definição de Carcinoma in Situ. Conclusão: Há lacunas no conhecimento de estudantes de odontologia e CDs na identificação das desordens potencialmente malignas. Logo, essa deficiência reforça a necessidade de mais treinamentos e investimentos em educação, bem como de acompanhamento periódico de pacientes com tais desordens, a fim de prevenir potenciais transformações malignas

    Desafios terapêuticos da mucosite oral em oncopediatria: um relato de caso

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    Neuroblastoma (NB) is a neoplasm of the sympathetic nervous system, and the second most common extracranial malignant solid tumor in childhood. In antineoplastic therapy, oral complications can be observed, including oral mucositis (OM). It is an acute inflammation of the mucosa, resulting from the toxicity of chemotherapeutic drugs. This case report emphasizes the management of OM, as well as its influence on the systemic condition and quality of life. A 9-year-old female L.M.M.F, diagnosed two months ago with metastatic neuroblastoma with local recurrence, was admitted to the hospital unit, complaining of severe pain in the oral cavity and oropharynx. On physical examination, he had dysphagia and severe weight deficit, which weakened the swallowing of his own saliva. The intraoral examination revealed grade 3 OM lesions, according to the World Health Organization (WHO), on the lips, anterior gingiva and oropharynx. The treatment consisted of removal of local debris, hygiene of the oral cavity with 0.12% chlorhexidine and swab, aiming at local microbial control, daily. In addition, photobiomodulation (Photon Lase III - PL7336, DMC) was applied to the erythematous and hemorrhagic bed at a 90 degree angle to a lip contact surface (660 nm, 50 mW, 2 J / cm 2, 90 seconds) punctually in the areas of the lesion bed and in sweeping in the oropharynx region (interspersed sessions). Racealfatocopherol acetate (vitamin E) was prescribed for antioxidant action and hydration of the lips. Knowing the possibility of bacteremia, it was decided that all treatment would be accompanied by antibiotic therapy with cefepime 1 mg / day. After 7 days, there was complete remission of the lesion. It is concluded that the dental intervention in interdisciplinarity, allowed the physical and emotional restoration, allowing a better quality of life of the patient.O Neuroblastoma (NB) é uma neoplasia do sistema nervoso simpático, e o segundo tumor sólido maligno extracraniano mais comum da infância. Na terapia antineoplásica, complicações orais podem ser observadas, dentre elas a mucosite oral (MO). Trata-se de uma inflamação aguda da mucosa, proveniente da toxicidade dos quimioterápicos. Este relato de caso enfatiza o manejo da MO, bem como sua influência na condição sistêmica e qualidade de vida. Uma paciente L.M.M.F, 9 anos, sexo feminino, diagnosticada há dois meses, com neuroblastoma metastático com recidiva local, deu entrada na unidade hospitalar, queixando-se de dor intensa em cavidade bucal e orofaringe. Ao exame físico apresentava disfagia e déficit ponderal grave, que debilitava a deglutição da própria saliva. O exame intraoral revelou lesões de MO grau 3, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em lábios, gengiva anterior e orofaringe. O tratamento consistiu em remoção de debris local, higiene da cavidade bucal com clorexidina 0,12% e suabe, visando controle microbiano local, diariamente. Além disso, foi aplicado no leito eritematoso e hemorrágico fotobiomodulação (Photon Lase III - PL7336, DMC) em um ângulo de 90 graus em relação a uma superfície de contato labial (660 nm, 50 mW, 2 J / cm 2, 90 segundos) pontualmente nas áreas do leito da lesão e em varredura na região de orofaringe (sessões intercaladas). Foi prescrito acetato de racealfatocoferol (vitamina E) para ação antioxidante e hidratação dos lábios. Sabendo da possibilidade de bacteremia, decidiu-se que todo tratamento seria acompanhado de terapia antibiótica com cefepima 1 mg/dia. Após 7 dias, houve remissão total da lesão. Conclui-se que a intervenção odontológica em interdisciplinaridade, possibilitou o restabelecimento físico e emocional, possibilitando melhor uma qualidade de vida da paciente
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