26 research outputs found

    Comportamentos de consumo de haxixe e saúde mental em adolescentes: Estudo comparativo

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    O presente estudo teve como objectivos avaliar a situação acerca dos comportamentos de consumo de haxixe, em adolescentes inseridos em meio escolar, estudar a influência de variáveis como, a situação familiar, o grau de influência do grupo de pares nas decisões e as expectativas, no início e na manutenção do consumo daquela substância. Pretendeu-se ainda avaliar a existência ou não de relações entre este consumo e a saúde mental dos adolescentes. Os participantes foram 221 adolescentes de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 13 e os 17 anos e que frequentavam entre o 8.º ano e o 10.º ano de escolaridade, do ensino regular diurno, em escolas dos arredores de Lisboa. Como instrumentos de medida, construiu-se um questionário (Questionário sobre Comportamentos de Consumo de Haxixe), baseado num já existente para avaliar o consumo de álcool, que depois de ser sujeito a pré-teste, foi administrado juntamente com a adaptação para a população portuguesa do Mental Health Inventory, o Inventário de Saúde Mental. Os resultados mostraram que a maioria dos jovens não consome haxixe (n=181; 81,9%). Daqueles que o fazem (n=40; 18,1%), 42,5% são consumidores experimentais, 27,5% são ocasionais, 20% são habituais e 10% são abusivos. A maioria (27,5%) afirma ter tido a sua primeira experiência com o haxixe aos 13 anos, sendo os motivos principais do consumo a procura de relaxamento (31,3%) e de diversão (36,8%). Os amigos da mesma idade são os principais companheiros de consumo (62,0%), sendo a rua o local eleito pela maioria para o mesmo (51,0%). Quando comparados os dois grupos de participantes (consumidores versus não consumidores), verificou-se que, no grupo de consumidores existe uma tendência para a escolaridade se apresentar afectada (40% reprovaram), com as reprovações a surgirem em maior número a partir do 9.º ano de escolaridade (12,5%; 16,7% no 10.º ano). Quanto à situação familiar verificou-se a existência de uma maior percentagem de pais de consumidores que se encontram separados (15,0%) ou divorciados (25,0%). Expectativas de maior descontração com consequente aumento da diversão (p=.000), de menor nervosismo (p=.000) e de o haxixe ser menos prejudicial do que o tabaco (p=.005), foram altas nos consumidores. Este grupo classifica o haxixe como uma droga leve (72,5%) ou como não sendo uma droga (27,5%), sendo o principal motivo que apresentam para se consumir, a diversão (55.0%). As diferenças entre os dois grupos quanto à influência da idade e do grupo de pares nas decisões e/ou actos, foram estatisticamente significativas (p=.007 e p=.042, respectivamente). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos quanto à saúde mental. De tudo isto se conclui que a frequência de utilização desta substância e o significado que ela tem, difere de jovem para jovem. Torna-se importante levar em consideração este facto e, nesta base, delinear programas de prevenção que promovam o diálogo entre os pais e o adolescente, a resiliência deste e as suas competências sociais, com direcção ao bem-estar e a um crescimento saudável

    Comportamentos de consumo de haxixe e saúde mental em adolescentes: Estudo comparativo

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    O presente estudo teve como objectivos avaliar a situação acerca dos comportamentos de consumo de haxixe, em adolescentes inseridos em meio escolar, estudar a influência de variáveis como, a situação famíliar, o grau de influência do grupo de pares nas decisões e as expectativas, no início e na manutenção do consumo daquela substância. Pretendeu-se ainda avaliar a existência ou não de relações entre este consumo e a saúde mental dos adolescentes. Os participantes foram 221 adolescentes de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 13 e os 17 anos e que frequentavam entre o 8.º ano e o 10.º ano de escolaridade, do ensino regular diurno, em escolas dos arredores de Lisboa. Como instrumentos de medida, construiu-se um questionário (Questionário sobre Comportamentos de Consumo de Haxixe), baseado num já existente para avaliar o consumo de álcool, que depois de ser sujeito a pré-teste, foi administrado juntamente com a adaptação para a população portuguesa do Mental Health Inventory,o Inventário de Saúde Mental. Os resultados mostraram que a maioria dos jovens não consome haxixe (n=181; 81,9%). Daqueles que o fazem (n=40; 18,1%), 42,5% são consumidores experimentais, 27,5% são ocasionais, 20% são habituais e 10% são abusivos. A maioria (27,5%) afirma ter tido a sua primeira experiência com o haxixe aos 13 anos, sendo os motivos principais do consumo a procura de relaxamento (31,3%) e de diversão (36,8%). Os amigos da mesma idade são os principais companheiros de consumo (62,0%), sendo a rua o local eleito pela maioria para o mesmo (51,0%). Quando comparados os dois grupos de participantes (consumidores versus não consumidores), verificou-se que, no grupo de consumidores existe uma tendência para a escolaridade se apresentar afectada (40% reprovaram), com as reprovações a surgirem em maior número a partir do 9.º ano de escolaridade (12,5%; 16,7% no 10.º ano). Quanto à situação familiar verificou-se a existência de uma maior percentagem de pais de consumidores que se encontram separados (15,0%) ou divorciados (25,0%). Expectativas de maior descontração com consequente aumento da diversão (p=.000), de menor nervosismo (p=.000) e de o haxixe ser menos prejudicial do que o tabaco (p=.005), foram altas nos consumidores. Este grupo classifica o haxixe como uma droga leve (72,5%) ou como não sendo uma droga (27,5%), sendo o principal motivo que apresentam para se consumir, a diversão (55.0%). As diferenças entre os dois grupos quanto à influência da idade e do grupo de pares nas decisões e/ou actos, foram estatisticamente significativas (p=.007 e p=.042, respectivamente). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos quanto à saúde mental. De tudo isto se conclui que a frequência de utilização desta substância e o significado que ela tem, difere de jovem para jovem. Torna-se importante levar em consideração este facto e, nesta base, delinear programas de prevenção que promovam o diálogo entre os pais e o adolescente, a resiliência deste e as suas competências sociais, com direcção ao bem-estar e a um crescimento saudável

    A necrópole da I Idade do Ferro de Palhais (Beringel, Beja). Resultados preliminares de uma intervenção de emergência no Baixo-Alentejo

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    O presente artigo pretende apresentar os dados preliminares da intervenção arqueológica de minimização, efectuada pela empresa ArqueoHoje no âmbito da construção do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, nomeadamente do Bloco de Rega do Pisão e suportada pela EDIA, no sítio de Palhais (Beringel, Beja). Trata‐se de uma necrópole da I Idade do Ferro que revelou a existência de um recinto funerário, aparentemente de forma quandrangular, três sepulturas de inumação e uma sepultura de incineração. Nas sepulturas de inumação os corpos encontram‐se depostos em posição fetal e orientados a oeste. Da componente artefactual estão ausentes as cerâmicas e destaca‐se a presença de elementos de adorno (constituídos essencialmente por contas de colar diversas, um escaravelho egípcio, um pendente de prata, um “amuleto” de cerâmica, um fecho de cinturão e uma fíbula de bronze), para além de armas de ferro e de dois conjuntos de toucador de bronze. Da componente artefactual da sepultura de incineração, destaca‐se a presença de uma urna a chardon e de um recipiente de motivos radiais, pintados a vermelho e coroado com ornitomorfos. Apesar da filiação regional de alguns dos objectos de Palhais, nomeadamente no que se refere à coroplastia, são muito próximos os paralelos com necrópoles da Baixa Andaluzia e da Estremadura espanhola, ao nível da componente artefactual e dos rituais funerários. A aparente antiguidade do conjunto artefactual (séculos VII‐VI a.C.), sugere um enquadramento para a necrópole de Palhais em momentos cronológicos antigos dentro da I Idade do Ferro, anteriores à fase de generalização do fenómeno tumular da restante região do Baixo‐Alentejo, nomeadamente da zona de Ourique

    Linhas de trabalho para a Educação Pré-Escolar

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    UID/LIN/03213/2013 PEst-OE/LIN/UI3213/2014Este documento foi elaborado no âmbito do “Estudo de avaliação do impacto da aplicação do Português Língua Não Materna no sistema educativo português e definição de medidas prospetivas para a oferta desta área curricular nos Ensinos Básico e Secundário”.publishersversionpublishe

    Proposta de Orientações Programáticas de Português Língua Não Materna para os Ensinos Básico e Secundário

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    UID/LIN/03213/2013 PEst-OE/LIN/UI3213/2014Este documento foi elaborado no âmbito do “Estudo de avaliação do impacto da aplicação do Português Língua Não Materna no sistema educativo português e definição de medidas prospetivas para a oferta desta área curricular nos Ensinos Básico e Secundário”.publishersversionpublishe

    Protótipos de materiais e recursos para o ensino do Português Língua não Materna nos Ensinos Básico e Secundário

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    UID/LIN/03213/2013 PEst-OE/LIN/UI3213/2014Este documento foi elaborado no âmbito do “Estudo de avaliação do impacto da aplicação do Português Língua Não Materna no sistema educativo português e definição de medidas prospetivas para a oferta desta área curricular nos Ensinos Básico e Secundário”.publishersversionpublishe

    Práticas Rituais no Bronze do Sudoeste – Alguns dados

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    Esta comunicação, baseada essencialmente nas intervenções arqueológicas de que temos sido responsáveis em algumas áreas da bacia do Guadiana, abarca um período cronológico balizado pelo denominado Horizonte de Ferradeira, de um lado, e pelas primeiras manifestações orientalizantes, do outro, integrável naquilo que H. Schubart (1975) denominou de Bronze do Sudoeste. Dois tipos de contextos arqueológicos foram objecto de análise tendo em vista a identificação e caracterização de práticas rituais: as sepulturas/necrópoles e as áreas de habitat

    A ocupação sidérica do Passo Alto (V.V. de Ficalho, Serpa)

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    O povoado proto‐histórico do Passo Alto situa‐se no Baixo Alentejo, em Vila Verde de Ficalho (concelho de Serpa), na confluência da ribeira de Vidigão com o rio Chança, afluente do Guadiana. Tem sido objecto de escavações arqueológicas programadas, as quais permitiram não só identificar e datar um sistema complexo de defesa atribuível a uma primeira ocupação humana do Bronze Final, mas também registar estruturas habitacionais datáveis da I Idade do Ferro. É a ocupação sidérica do Passo Alto que será o objecto essencial desta comunicação. O sítio arqueológico do Passo Alto ocupa uma área grosseiramente triângular, delimitada pelas margens abruptas do Chança e do seu afluente Vidigão, a qual desce algumas dezenas de metros em direcção ao vértice formado por aquelas duas ribeiras. Na encosta oeste da colina entalhada entre as ribeiras do Chança e do Vidigão existe uma pequena plataforma, delimitada por um muro, já muito desconjuntado, que a separa da zona mais íngreme que cai para a ribeira do Vidigão. A escavação desta plataforma permitiu verificar a existência de uma estrutura habitacional, sendo nela facilmente reconhecíveis diversos compartimentos rectangulares, de pequena dimensão. A sua planta é semelhante a outras já registadas e investigadas no Alto Alentejo. Os artefactos recolhidos são, na sua quase totalidade, de cerâmica. Destacam‐se os contentores de tamanho médio decorados com dedadas no colo junto ao bordo e com mamilos verticais e os decorados com incisões em V ou em zig‐zag também junto ao bordo. Estas cerâmicas, bem como as cerâmicas cinzentas, importadas, apontam para uma ocupação do séc. VI a.C. Foi identificada a utilização de cortiça e de madeira de urze, medronheiro, oliveira, catapereiro e de uma leguminosa, testemunhando a presença regional de matagais esclerófilos mediterrânicos, urzais semi‐naturais e charnecas

    Mortality from gastrointestinal congenital anomalies at 264 hospitals in 74 low-income, middle-income, and high-income countries: a multicentre, international, prospective cohort study

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    Summary Background Congenital anomalies are the fifth leading cause of mortality in children younger than 5 years globally. Many gastrointestinal congenital anomalies are fatal without timely access to neonatal surgical care, but few studies have been done on these conditions in low-income and middle-income countries (LMICs). We compared outcomes of the seven most common gastrointestinal congenital anomalies in low-income, middle-income, and high-income countries globally, and identified factors associated with mortality. Methods We did a multicentre, international prospective cohort study of patients younger than 16 years, presenting to hospital for the first time with oesophageal atresia, congenital diaphragmatic hernia, intestinal atresia, gastroschisis, exomphalos, anorectal malformation, and Hirschsprung’s disease. Recruitment was of consecutive patients for a minimum of 1 month between October, 2018, and April, 2019. We collected data on patient demographics, clinical status, interventions, and outcomes using the REDCap platform. Patients were followed up for 30 days after primary intervention, or 30 days after admission if they did not receive an intervention. The primary outcome was all-cause, in-hospital mortality for all conditions combined and each condition individually, stratified by country income status. We did a complete case analysis. Findings We included 3849 patients with 3975 study conditions (560 with oesophageal atresia, 448 with congenital diaphragmatic hernia, 681 with intestinal atresia, 453 with gastroschisis, 325 with exomphalos, 991 with anorectal malformation, and 517 with Hirschsprung’s disease) from 264 hospitals (89 in high-income countries, 166 in middleincome countries, and nine in low-income countries) in 74 countries. Of the 3849 patients, 2231 (58·0%) were male. Median gestational age at birth was 38 weeks (IQR 36–39) and median bodyweight at presentation was 2·8 kg (2·3–3·3). Mortality among all patients was 37 (39·8%) of 93 in low-income countries, 583 (20·4%) of 2860 in middle-income countries, and 50 (5·6%) of 896 in high-income countries (p<0·0001 between all country income groups). Gastroschisis had the greatest difference in mortality between country income strata (nine [90·0%] of ten in lowincome countries, 97 [31·9%] of 304 in middle-income countries, and two [1·4%] of 139 in high-income countries; p≤0·0001 between all country income groups). Factors significantly associated with higher mortality for all patients combined included country income status (low-income vs high-income countries, risk ratio 2·78 [95% CI 1·88–4·11], p<0·0001; middle-income vs high-income countries, 2·11 [1·59–2·79], p<0·0001), sepsis at presentation (1·20 [1·04–1·40], p=0·016), higher American Society of Anesthesiologists (ASA) score at primary intervention (ASA 4–5 vs ASA 1–2, 1·82 [1·40–2·35], p<0·0001; ASA 3 vs ASA 1–2, 1·58, [1·30–1·92], p<0·0001]), surgical safety checklist not used (1·39 [1·02–1·90], p=0·035), and ventilation or parenteral nutrition unavailable when needed (ventilation 1·96, [1·41–2·71], p=0·0001; parenteral nutrition 1·35, [1·05–1·74], p=0·018). Administration of parenteral nutrition (0·61, [0·47–0·79], p=0·0002) and use of a peripherally inserted central catheter (0·65 [0·50–0·86], p=0·0024) or percutaneous central line (0·69 [0·48–1·00], p=0·049) were associated with lower mortality. Interpretation Unacceptable differences in mortality exist for gastrointestinal congenital anomalies between lowincome, middle-income, and high-income countries. Improving access to quality neonatal surgical care in LMICs will be vital to achieve Sustainable Development Goal 3.2 of ending preventable deaths in neonates and children younger than 5 years by 2030

    Monitoring tourism destinations: the challenge for a collaborative network: The case of SMAT

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    “If you can’t measure it, you can’t manage it”. This aphorism comes to our mind whenever we are concerned with the sustainable tourism planning and management of a destination. Indeed, without an efficient monitoring system engaging all stakeholders and covering all the tourism activities, it’s impossible to perform a rigorous assessment of tourism impacts. In order to achieve the twofold goals of tourism management is necessary to practice: competitiveness and sustainability. The goal of this paper is to present the Tourism Observatory of Central Portugal (TOCP) and the strategies used to surpass the most evident difficulties during the initial stage of data collecting process implementation. The relevant eight attributes to this Observatory can be described, namely by: the frequency of the barometers, the information availability, the reliability of the methods, the geographical and sectorial scopes, the usefulness of the produced information as a support to forecasting and innovation and the guarantee of a long-term perspective. Moreover, this paper describes the methods of data collecting, the functionalities of an online platform, the structure of stakeholders’ network and its coordination, and the relevant indicators that are assessed. Although the European Tourism Indicators System (ETIS) stands as the basic reference for the TOCP, some relevant adaptations were introduced, like for instance in cases when the official institutions do not have the statistical data required for the core indicators. In particular, the lack of statistical data seems more evident at local/municipal level. In consequence, the monitoring model described in this paper presents and discusses the approach adopted to deal with lack of statistical data. This approach consists of generating a rhizomatic and collaborative network of tourism stakeholders, each of them providing specific inputs to the monitoring system.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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