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    Da pedagogia da hegemonia burguesa ao difícil caminho de construção de uma contra-hegemonia: o protagonismo do MST nas lutas de reistência no governo Lula

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    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Sócio-Econômico. Programa de Pós-Graduação em Serviço Social.A conjuntura política brasileira, particularmente, no período (2003-2010) que gerara grande expectativa em boa parte da esquerda no Brasil, principalmente, no âmbito dos movimentos sociais e organizações da sociedade civil, acabou por disseminar a perplexidade, a decepção e a frustração da classe trabalhadora no país. O PT não havia amadurecido uma agenda política alternativa que pudesse orientar a transição para um outro padrão de desenvolvimento, mantendo a política econômica do neoliberalismo, em um contexto de crise do capital. Além de provocar, ousadamente, um processo de desmobilização e despolitização crescente das massas subalternas. Neste sentido, a presente dissertação tem como tema as expressões da sociedade civil e luta de classes e as tensões no governo Lula e o MST. O objetivo norteador é realizar um estudo do MST enquanto movimento organizativo da sociedade civil vinculado às classes subalternas nos dois mandatos do governo petista, com vistas à identificação e análise das principais propostas, estratégias e formas de luta nos campos político e social bem como as ações que buscaram tencionar a atual direção social, política e econômica do governo, e em que medida contribuíram para a construção de um novo projeto societário. O estudo é de natureza qualitativa e de caráter exploratório e documental, sendo fundamental para subsidiar o desvendamento do objeto. Do ponto de vista teórico-metodológico, o método crítico-dialético se afigurou como suporte para a compreensão das contradições dos processos sociais contemporâneos e as lutas travadas para o seu enfrentamento na disputa de hegemonia, o que permitiu ir além das aparências dos fatos buscando mostrar o protagonismo do MST nas lutas de resistência no governo Lula. A pesquisa sinaliza que os sem-terra, organizados sob a forma de MST, repõem os antagonismos que produzem a luta de classes que se tenciona entre um processo de expropriação permanente dos trabalhadores e uma luta mediada pela dialética da resistência na perspectiva da "classe para si", ao se colocar diante da tarefa histórica de superação da ordem burguesa. Razão que nos leva a assinalar o seu potencial revolucionário (ainda que "episódico") frente às configurações da "questão social", ao tempo que possibilita desnudar uma intervenção regressiva do Estado que é orientada, paulatinamente, para a "pequena política", através das respostas sociais governamentais pulverizadas à "assistencialização" dos processos de luta pela terra, reforma agrária e mudanças sociais no país. Nesse cenário, procuramos evidenciar os traços de disputa e resistência protagonizados por esses sujeitos e que são potencializados nas experiências auto-organizativas das massas e que convidam à "universalização" da luta das classes subalternas numa efetiva disputa contra-hegemônic

    PERFIL DISCENTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA – UNIPAMPA BAGÉ

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    Este trabalho é resultado de uma pesquisa aplicada pelo Núcleo de Desenvolvimento Educacional da Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA aos estudantes com ingresso no ano de 2016, matriculados nos cursos de graduação presencial do Campus Bagé desta Universidade, situada na mesorregião Metade Sul do Rio Grande do Sul. Tem como objetivo central identificar e conhecer o perfil socioeconômico dos discentes ingressantes, com vistas a qualificar as políticas educacionais institucionais. E a partir disso, aprimorar o planejamento de ações, projetos e programas no campo educacional. Enquanto instrumento metodológico de pesquisa, optou-se por um questionário estruturado com perguntas de múltipla escolha disponibilizado online na página do campus. Foi respondido por 346 acadêmicos. Os resultados contém informações pessoais, aspectos socioeconômicos, socioculturais e psicossociais, desenhando assim, o perfil dos novos estudantes. O perfil discente da UNIPAMPA Bagé se caracteriza, predominantemente, em “jovens-adultos”, solteiros, do sexo feminino, sem filhos, com faixa etária entre 18 e 25 anos de idade, saudáveis, de cor branca, oriundos da cidade sede do campus, onde residem com seu grupo familiar e deste dependem financeiramente. Egressos de escola pública, concluintes do ensino médio regular, com maior grau de dificuldade nas áreas do conhecimento da Matemática e suas Tecnologias. A maioria ingressou na Universidade por meio da Lista de Espera/SiSU, através da modalidade de ampla concorrência. Tem conhecimento básico em línguas estrangeiras e informática. Além disso, pratica leitura com frequência, costuma ler livros literários e conteúdos da internet. Prefere o esporte como principal atividade de lazer. A escolha da UNIPAMPA para cursar o Ensino Superior se deve pela qualidade dos cursos, para a maioria dos discentes. E o atendimento de aptidões e interesses dos alunos foi o principal motivo pela opção do curso de graduação, já que a perspectiva profissional após a conclusão do curso é trabalhar na área de formação. Verificou-se um número pouco expressivo de estudantes com necessidades educacionais especiais, destes a maioria apresenta deficiência visual, com demanda para atendimento específico na área de acessibilidade. A diversidade juvenil caracteriza o perfil discente da UNIPAMPA Campus Bagé, embora prevaleçam elementos socioeconômicos em comum. Mesmo com trajetórias diversas, esses “jovens-adultos” explicitam múltiplas necessidades, demandas e desejos que os colocam como protagonistas do processo educativo na Educação Superior Pública. Palavras-chave: Perfil Socioeconômico; Universidade; Educação Pública.
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