23 research outputs found
Comparando técnicas terapêuticas para o manejo da úlcera péptica perfurada a partir de novos ensaios clínicos randomizados
A úlcera péptica pode ser caracterizada como um insulto à mucosa do trato digestivo superior, sendo resultado de um desequilíbrio entre ácido-pepsina do estômago e as barreiras de defesa da mucosa, a qual afeta em torno de 4 milhões de pessoas por ano em todo o mundo e com uma taxa de mortalidade de até 30%. O presente estudo de revisão buscou avaliar técnicas terapêuticas no manejo da úlcera péptica perfurada, documentadas por meio de ensaios clínicos randomizados. Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa realizada por meio da base de dados PubMed, que levou em consideração os seguintes critérios de inclusão: testes controlados e randomizados; artigos publicados nos últimos 05 anos (2018-2023); que possuíam texto completo disponível e que abordassem acerca de técnicas terapêuticas no manejo da úlcera péptica perfurada. Ficou constatado que a abordagem com stent juntamente com lavagem laparoscópica e drenagem se mostrou uma alternativa segura no manejo da úlcera duodenal perfurada. Além disso, verificou-se que a drenagem combinada endoscópica e radiológica intervencionista também se mostrou eficaz no tratamento da úlcera péptica aguda perfurada sem necessidade de anestesia geral e com um curto tempo de realização do procedimento
Testando os níveis da Hipótese Sapir-Whorf na sala de aula: uma aplicação do método Aprendizagem Baseada em Projeto
This article reports an academic experience that took place during the second academic semester of 2018, during the course Introduction to Linguistics, mandatory for the Undergraduate Course in Language at the Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ). During part of the course, we implemented an activity inspired in the Project-Based Learning (PBL) method, to deal with an item of the syllabus: the Sapir-Whorf Hypothesis (SWH). The SWH has two basic premises: (i) The language we speak and with which we think shapes the way we perceive the world; (ii) the existence of several language systems implies that people who think in different languages must perceive the world differently. Using the PBL framework, students set up an experiment involving 22 native speakers of Russian and Portuguese to verify the strong version of SWH. Although the experiment had a small number of participants and used basic methodology, its findings allowed us to observe that SWH\u27s assumptions cannot be ruled out and deserve to remain in a research agenda that is interested in looking at linguistic phenomena in a more comprehensive and less dogmatic way.Este artigo reporta uma experiência acadêmica que teve lugar durante o segundo semestre letivo de 2018, na disciplina Introdução à Linguística, obrigatória para o curso de Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Durante parte da disciplina, implementamos uma atividade inspirada no método Aprendizagem Baseada em Projeto (PBL – Project-Based Learning), para abordarmos um item do conteúdo programático: a Hipótese Sapir-Whorf (HSW). A HSW tem duas premissas básicas: (i) A língua que falamos e pensamos molda a maneira como percebemos o mundo; (ii) a existência de vários sistemas de linguagem implica que as pessoas que pensam nessas diferentes línguas devem perceber o mundo de forma diferente. Utilizando a estrutura da PBL, os alunos montaram um experimento envolvendo 22 falantes nativos de russo e português para verificar a versão forte da HBS. O experimento, embora com pequeno número de participantes e uma metodologia básica, seus achados nos permitiram observar que a avaliação dos pressupostos da HSW não podem ser descartados e merecem permanecer em uma agenda de pesquisa que se interesse em olhar para os fenômenos linguísticos de forma mais abrangente e menos dogmática
Atualizações e abordagens clínicas da pré-eclâmpsia no âmbito atual
A síndrome hipertensiva grave é responsável por complicar cerca de 15% das gestações, enquanto a PE tem uma prevalência entre 3% e 10% entre as gestantes. A pré-eclâmpsia se caracteriza pela hipertensão com lesão de órgão após as 20 semanas de gestação. Contínuo a isso, a pré-eclâmpsia sobreposta a hipertensão crônica está relacionada a gestante hipertensa ou com enfermidades renais e hipertensão gestacional que cursa sem proteinúria; a eclampsia é identificada na presença de convulsões tônico cônicas ou coma em uma gestante que não tenha transtornos mentais ou outras patologias que levem a convulsão. Logo, a abordagem terapêutica varia de acordo com a gravidade da PE, a idade gestacional e o bem-estar fetal. Compreender as atualizações e abordagens clínicas da pré-eclâmpsia no âmbito atual. Este estudo configura-se como uma revisão integrativa realizada por meio do levantamento bibliográfico nos diretórios: Google Scholare Scientific Eletronic LibraryOn-line (SciELO). Os descritores utilizados na pesquisa seguiram o DeCs( Descritoresem Saúde) e o Medical Subject Headings (MeSH), nos idiomas português e inglês, utilizando os seguintes termos: “Abordagem” (Approache), “clinica” (clinics), “pre-eclampsia”e (pre-eclampsy). Desta busca, foram encontrados 160 artigos, posteriormente submetidos aos critérios de seleção. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados entre os anos de 2014 e 2024, todos nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola, que abordavam a temática “Abordagens Clínicas da pré-eclampsia no âmbito atual”. Em geral, pré-eclâmpsia é considerada como uma doença da primeira gravidez e sua frequência varia entre 2% e 7% em mulheres nulíparas saudáveis. A nuliparidade está bem estabelecida como um fator de risco para desordens hipertensivas em gestantes. Dessa forma, atualmente o tratamento anti-hipertensivo em pacientes não gestantes já é consagrado na literatura, pelos efeitos benéficos comprovados para as pacientes, como redução dos níveis pressóricos e da morbimortalidade cardiovascular e renal, o tratamento anti-hipertensivo de gestantes com hipertensão/pré-eclâmpsia é controverso na literatura. Alguns autores recomendam o tratamento anti-hipertensivo neste grupo de pacientes, por reduzir a incidência da hipertensão grave, à custa de efeitos colaterais potencialmente iatrogênicos sobre a mãe e o feto, com base na redução do número de dias de hospitalização materna durante a gravidez, melhora do prognóstico fetal e da função renal materna. Entretanto, não tem sido demonstrado que esse tratamento reduza a incidência de complicações da gravidez, como descolamento prematuro de placenta, perda fetal no segundo trimestre, pré-eclâmpsia superposta, parto prematuro ou ainda que melhore o prognóstico materno ou perinatal. Conclui-se, que diante do diagnóstico da pré-eclâmpsia, o foco do controle clínico é a prevenção da morbimortalidade materna e perinatal, por meio: de orientações sobre os sinais de comprometimento da doença, de encaminhamento e assistência em serviços terciários e com assistência neonatal qualificada, do bom controle pressórico, da prevenção da eclâmpsia ou de sua recorrência e da identificação precoce de alterações laboratoriais, principalmente aquelas relacionadas à síndrome HELLP. Acrescenta-se ainda a avaliação do bem-estar fetal. A combinação dessas ações deve possibilitar a condução dos casos objetivando-se a realização do parto, que em cenário ideal ocorre com equilíbrio entre as repercussões materno-fetais e os impactos da prematuridade
Abordagens clínicas da doença do refluxo gastroesofágico no âmbito atual: uma revisão de literatura
A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) pode ser definida como uma condição na qual o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago desencadeia sintomas incômodos e/ou complicações (BARREIRO,B.A e et al., 2023). Ademais, a DRGE é uma das afecções digestivas mais incidentes, cerca de 20% dos adultos nos países ocidentais e aproximadamente 5% dos asiáticos são portadores da doença e a prevalência anual dos sintomas vem aumentando por volta de 4% (BARREIRO, B.A et al., 2023). Logo, este artigo tem como objetivo analisar as abordagens clinicas da doenca do refluxo gastroesofágico no âmbito atual. Dessa forma, este estudo configura-se como uma revisão integrativa realizada por meio do levantamento bibliográfico nos diretórios: Google Scholare Scientific Eletronic LibraryOn-line (SciELO). Desta busca, foram selecionados artigos entre os anos 2021 e 2023, posteriormente submetidos aos critérios de seleção. A doença do refluxo gastroesofágico está associada a uma probabilidade 5 a 7 vezes maior de desenvolver adenocarcinoma esofágico e 60% dos pacientes com câncer relatam história de DRGE. O esôfago de Barrett é uma adaptação metaplásica das células esofágicas em que a mucosa do tipo intestinal substitui a mucosa escamosa normal. Cerca de 15% dos pacientes com DRGE desenvolvem esôfago de Barret. Contínuo a isso, os tratamento mais comuns utilizados na pratica clinica são medidas não farmacológicas como dieta, sono e fitoterapia e farmacológicas como inibidores da bomba de prótons (IBPS), bloqueadores de H2 e procinéticos. Dessa forma, conclui-se que, embora a supressão ácida seja bem-sucedida no tratamento da DRGE, não parece haver uma relação clara entre a gravidade da DRGE e os níveis elevados de ácido gástrico. Ademais, a junção do tratamento farmacológico com o não farmacológico se mostrou superior a abordagem destes de forma isolada
Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) na população pediátrica: marcadores moleculares e implicações terapêuticas
A Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é uma forma comum de câncer pediátrico, representando cerca de 80% dos casos de leucemia em crianças. A patologia é caracterizada pela proliferação descontrolada de células-tronco hematopoéticas na medula óssea, e avanços recentes na pesquisa genômica têm proporcionado uma compreensão mais profunda da complexidade molecular subjacente à doença. O presente estudo tem como objetivo oferecer uma visão abrangente dos principais marcadores moleculares e implicações terapêuticas associadas à LLA na população pediátrica. Este estudo, baseado em uma revisão sistemática da literatura científica, abrange o período de 2013 a 2023, utilizando as bases de dados PubMed (Medline), Cochrane Library e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Marcadores moleculares preponderantes, como rearranjos cromossômicos específicos (t(12;21), t(1;19), t(9;22)), mutações genéticas distintivas (ETV6-RUNX1, E2A-PBX1, TP53) e amplificação do gene BCR-ABL1, têm sido objeto de estudo aprofundado. Esses marcadores desempenham um papel crucial na estratificação de risco e prognóstico, permitindo uma abordagem mais personalizada no tratamento da LLA em crianças. As implicações terapêuticas derivadas desses marcadores são vastas, destacando a promissora era das terapias direcionadas. Terapias específicas para mutações, como aquelas direcionadas à mutação BCR-ABL1, e inovações em imunoterapia estão moldando o cenário do tratamento da LLA, proporcionando resultados mais eficazes e menos tóxicos. Os resultados destacam a eficácia das terapias direcionadas e a necessidade contínua de pesquisa para otimizar a intervenção terapêutica, melhorar a qualidade de vida dos pacientes pediátricos afetados pela LLA e explorar novas facetas do tratamento. Em conclusão, este artigo fornece uma análise aprofundada dos marcadores moleculares e terapias associadas à LLA na população pediátrica, destacando avanços significativos e delineando áreas para investigação futura
Pervasive gaps in Amazonian ecological research
Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear un derstanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4
While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge
of biodiversity sensitivity to environmental changes,5–7 vast areas of the tropics remain understudied.8–11 In
the American tropics, Amazonia stands out as the world’s most diverse rainforest and the primary source of
Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepre sented in biodiversity databases.13–15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may elim inate pieces of the Amazon’s biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological com munities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus
crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced
environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple or ganism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian
Amazonia, while identifying the region’s vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most ne glected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by
2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status,
much less monitor how it is changing and what is being lostinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio
Perspectivas atuais sobre o uso de psilocibina no manejo da depressão resistente: revisão sistemática
A depressão resistente ao tratamento é um desafio global, impactando negativamente a qualidade de vida dos pacientes. Nesse contexto, a psilocibina, um composto psicodélico presente em certos cogumelos, desperta interesse como possível intervenção terapêutica. Seu potencial para influenciar positivamente o humor e a cognição, através da ativação dos receptores de serotonina no cérebro, sugere uma nova abordagem no tratamento da depressão resistente. Este estudo busca analisar as perspectivas atuais sobre o uso da psilocibina nesse contexto, destacando a necessidade de mais pesquisas sobre seus efeitos e segurança para sua integração clínica. Este estudo, baseado em uma revisão sistemática da literatura científica, abrange o período de 2016 a 2024, utilizando as bases de dados PubMed (Medline), Cochrane Library e Scientific Electronic Library Online (SciELO). No primeiro estudo, os efeitos agudos da psilocibina foram detectáveis de 30 a 60 minutos após a administração, atingindo o pico em 2 a 3 horas e diminuindo após pelo menos 6 horas. A substância foi bem tolerada, com eventos adversos leves e transitórios. Houve uma redução significativa nos sintomas depressivos, ansiedade e anedonia após o tratamento com doses altas. O segundo estudo envolveu 233 participantes distribuídos em grupos de doses diferentes. Houve uma redução significativa nos sintomas depressivos após o tratamento, com doses mais altas apresentando uma diferença estatisticamente maior em comparação com a dose mais baixa e o grupo de controle. Eventos adversos, como dor de cabeça e náusea, foram comuns entre os participantes. O terceiro estudo abordou as perspectivas futuras para o tratamento com psilocibina para depressão resistente. Recomendações incluíram equilibrar o tempo dos pacientes e terapeutas, aumentar gradualmente a intensidade das sessões e integrar a terapia sustentada ao tratamento. O envolvimento de pacientes experientes e estudos naturalísticos adicionais foi destacado como importante para abordagens mais personalizadas. Em resumo, a psilocibina mostra potencial como tratamento para a depressão resistente, com redução significativa dos sintomas depressivos e boa tolerabilidade. No entanto, são necessárias mais pesquisas para confirmar sua eficácia e segurança, destacando a importância de estudos adicionais e ensaios clínicos controlados
Pervasive gaps in Amazonian ecological research
Biodiversity loss is one of the main challenges of our time,1,2 and attempts to address it require a clear understanding of how ecological communities respond to environmental change across time and space.3,4 While the increasing availability of global databases on ecological communities has advanced our knowledge of biodiversity sensitivity to environmental changes,5,6,7 vast areas of the tropics remain understudied.8,9,10,11 In the American tropics, Amazonia stands out as the world's most diverse rainforest and the primary source of Neotropical biodiversity,12 but it remains among the least known forests in America and is often underrepresented in biodiversity databases.13,14,15 To worsen this situation, human-induced modifications16,17 may eliminate pieces of the Amazon's biodiversity puzzle before we can use them to understand how ecological communities are responding. To increase generalization and applicability of biodiversity knowledge,18,19 it is thus crucial to reduce biases in ecological research, particularly in regions projected to face the most pronounced environmental changes. We integrate ecological community metadata of 7,694 sampling sites for multiple organism groups in a machine learning model framework to map the research probability across the Brazilian Amazonia, while identifying the region's vulnerability to environmental change. 15%–18% of the most neglected areas in ecological research are expected to experience severe climate or land use changes by 2050. This means that unless we take immediate action, we will not be able to establish their current status, much less monitor how it is changing and what is being lost