Validade dos métodos para avaliação da gordura corporal em crianças e adolescentes por meio de modelos multicompartimentais: uma revisão sistemática

OBJETIVO: Analisar a validade de métodos para avaliação de gordura corporal em crianças e adolescentes. MÉTODOS: A busca foi realizada por dois pesquisadores independentes, nas bases eletrônicas MEDLINE, BioMed Central, SciELO e LILACS. Como critérios de inclusão, os artigos deveriam ser escritos nas línguas inglesa ou portuguesa, ter utilizado como medida critério modelos multicompartimentais, com medida de gordura corporal em crianças e adolescentes não atletas. RESULTADOS: A busca preliminar resultou em 832 artigos, e após todas as etapas de seleção 12 compuseram esta revisão. Os trabalhos selecionados foram publicados entre 1997 e 2010, com amostras formadas por crianças e adolescentes com níveis de gordura corporal relativa de 20,7-41,4%. Os métodos utilizados foram: absortometria radiológica de dupla energia (58,3%), diluição de isótopos (41,6%), espessura de dobras cutânea (33,3%), pesagem hidrostática (25%), impedância bioelétrica (25%), pletismografia por deslocamento de ar (16,6%) e condutividade elétrica corporal total (8,3%). CONCLUSÃO: A partir da análise dos estudos, concluímos que os métodos diluição de isótopos e pletismografia por deslocamento de ar foram os que se apresentaram mais confiáveis, apesar do número reduzido de investigações. Já para a utilização clínica e em estudos populacionais, a equação de Slaughter et al., que utiliza a espessura das dobras cutâneas tricipital e subescapular, foi a que apresentou melhores resultados para avaliação da gordura corporal nessa população

Global prevalence and gender inequalities in at least 60 min of self-reported moderate-to-vigorous physical activity 1 or more days per week: An analysis with 707,616 adolescents

Background: Guidelines recommend that adolescents should accumulate an average of 60 min per day of moderate-to-vigorous physical activity (MVPA). However, using only this cut-off could hide important information. For instance, from a population-level point of view, increasing physical activity for those with no or low physical activity could provide more health benefits than increasing physical activity for those with intermediate levels. Also, including a more sensitive cut-point of ≥1 days per week could be an additional strategy for identifying those with low access/opportunities for physical activity practice. Thus, the current study aims to estimate the prevalence of ≥60 min of MVPA ≥1 days per week among adolescents globally, and to describe any relevant gender inequalities. Methods: We used representative datasets from 146 countries/territories collected between 2003 and 2019. MVPA was self-reported. Participants were grouped into younger (≤14 years old) and older (>14 years old) adolescents. Crude Poisson regression models were used to identify the relative differences in ≥60 min of MVPA ≥1 days per week between boys and girls, and random-effects meta-analysis models were used to identify the pooled estimates. Analyses were stratified by country and region. Results: Approximately 80% of both younger and older adolescents reported ≥60 min of MVPA ≥1 days per week. This prevalence was ≥94% in Europe and Central Asia and North America, while the estimates for the other regions were 14y = 1.09 (95%CI: 1.08‒1.10)). Conclusion: Approximately 8 out of 10 adolescents reported accumulating ≥60 min of MVPA ≥1 days per week, with notable differences between regions. Gender differences were observed in several countries, especially among the oldest adolescents. Priorities for physical activity promotion among adolescents should include increasing access/opportunities for physical activity among those who do not achieve ≥60 min of MVPA ≥1 days per week and reducing gender inequalities