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    Resistência às polimixinas : caracterização molecular (foco no gene mcr-1) e avaliação de métodos de detecção

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    Até recentemente a resistência às polimixinas era descrita como resultado de mutações cromossômicas, porém em novembro de 2015, foi relatada a resistência plasmidial às polimixinas mediada pelo gene mcr-1. A técnica de referência para determinar a suscetibilidade às polimixinas é a microdiluição em caldo, porém é uma técnica laboriosa, demorada para liberação dos resultados e relativamente cara. Neste contexto, os objetivos deste trabalho foram investigar a presença do gene mcr-1 em isolados de enterobactérias e estabelecer a caracterização molecular dos isolados positivos para o gene mcr-1, bem como avaliar diferentes metodologias para detecção da suscetibilidade às polimixinas frente a bactérias Gram-negativas. Foram avaliados 4778 isolados clínicos, obtidos entre os anos de 2013 e 2018, provenientes de um estudo de vigilância para o monitoramento de isolados com sensibilidade reduzida aos carbapenêmicos. A pesquisa do gene mcr-1 foi realizada através de PCR. Para os isolados positivos para o gene mcr-1 foi realizada a avaliação do perfil de suscetibilidade a diversos antibióticos, e em três isolados foi avaliada a capacidade de mobilidade plasmidial, através das técnicas de conjugação e transformação, bem como a realização do sequenciamento do genoma total em equipamento Illumina MiSeq. Diferentes metodologias foram avaliadas para determinar a suscetibilidade às polimixinas. Dentre elas, o Teste Rápido NP Polimixinas, os testes comerciais Policimbac® e Ágar superpolimixinas®, bem como modificações do teste de eluição da colistina (CBDE). Dos 4778 isolados clínicos analisados, 5 (0,1%) foram positivos para o gene mcr-1. Dentre os cinco isolados, três eram E. coli (3431F, 5798F e 6699F) e dois K. pneumoniae (3111F e 6701F), sendo todos coprodutores de mcr-1 e blaKPC-2. Os cinco isolados apresentaram resistência aos antimicrobianos ertapenem, meropenem, imipenem e ciprofloxacino, sensibilidade à tigeciclina e suscetibilidade variável aos aminoglicosídeos. Frente à colistina, todos isolados apresentaram baixo nível de resistência (CIM 4μg/mL), exceto o isolado K. pneumoniae 6701F que foi sensível (CIM 0,25 μg/mL). Dos 3 isolados (3431F, 3111F e 5798F) submetidos à técnica de conjugação foi demonstrado que o plasmídeo contendo o gene mcr-1 dos isolados foi transferido por conjugação para a cepa receptora E. coli J53. Através do sequenciamento do genoma pode-se observar que todos os genes mcr-1 estavam presentes em plasmídeo do grupo de incompatibilidade IncX4, sendo que E. coli 3431F pertencia à ST744; E. coli 5798F à ST457 e K. pneumoniae 3111F pertencia à ST437. O Teste Rápido NP Polimixinas apresentou alta sensibilidade (98%) e especificidade (98%) quando comparado ao método de referência (microdiluição em caldo), sendo que 88,7% dos isolados positivaram em menos de 2 horas. Já os testes comerciais Policimbac® e Ágar Superpolimixinas® obtiveram altos valores de sensibilidade (98% e 94,1%, respectivamente), porém com baixas especificidades, 77% para o Policimbac® e 75,4% para o Ágar Superpolimixinas®. As modificações (CBM, MPT e CSTT) do teste CBDE apresentaram bons valores de sensibilidade (95,35%, 88,37% e 93,02%, respectivamente) e especificidade (84%, 80% e 88%, respectivamente) para isolados de Enterobacterales, porém o valor de Erros Muito Importantes (Very Major Errors – VME – 4,65% para CBM; 11,63% para MPT e 6,98% para CSTT) e Erros Importantes (Major Errors – ME – 16% para CBM; 20% para MPT e 12% para CSTT) foram menos satisfatórios. Para isolados não fermentadores, nenhuma das modificações foi considerada aceitável, porém cabe mencionar que o número de isolados foi pequeno para estabelecer uma conclusão final. Este estudo contribuiu para o conhecimento molecular e epidemiológico dos isolados carreadores do gene mcr-1 no Rio Grande do Sul – Brasil, confirmando que todos os plasmídeos carreando o gene mcr-1 descritos no Brasil pertencem ao grupo de incompatibilidade plasmidial IncX4, o que indica a alta afinidade entre essa família plasmidial e o gene mcr-1 no país. Além disso, a descoberta de um isolado pertencente à ST437, a qual é considerada uma ST de alto risco pela elevada prevalência associada ao gene blaKPC no Brasil é de grande preocupação. Ademais, podemos constatar que a metodologia mais adequada como triagem na detecção da resistência às polimixinas seria o Teste Rápido NP Polimixinas, o qual dentre as metodologias testadas foi a que apresentou os melhores resultados, bem como a redução no tempo de detecção da resistência observada em comparação com o teste referência.Polymyxin resistance used to be related to chromosomal mutations, but in November 2015, the plasmid transferable polymyxin resistance, mediated by the mcr-1 gene, was described. The reference method for determining susceptibility profile to polymyxins is broth microdilution (BMD), however, it is laborious, times consuming and relatively expensive. The aims of this study were to investigate the presence of mcr-1 gene in enterobacterial isolates with reduced susceptibility to carbapenems in Rio Grande do Sul; to characterize to the molecular level the isolates harboring the mcr-1 gene and to evaluate differents polymyxins susceptibility tests against Gram-negative bacteria. We screened a total of 4,778 clinical isolates with reduced carbapenem susceptibility between 2013 and 2018 obtained in a surveillance study. The mcr-1 gene was screened by PCR reaction. The susceptibility profile to several antibiotics was evaluated for the mcr-1 positive isolates; three mcr-1 positive isolates were evaluated their plasmid mobility through conjugation and transformation techniques. These three isolates were also subjected to whole genome sequencing (WGS) carried out in an Illumina MiSeq plataform. Different methods were evaluated to determine susceptibility to polymyxins: the Rapid Polymyxins NP Test, the Policimbac®, Superpolymyxins® agar and the modification of the colistin broth disk elution (CBDE). Among the 4,778 clinical isolates analyzed, 5 (0.1%) were positive for the mcr-1 gene: 3 were E. coli (3431F, 5798F and 6699F) and 2 K. pneumoniae (3111F and 6701F). These 5 isolates were co-producers of the blaKPC-2 gene. All mcr-1 positive isolates were resistant to ertapenem, meropenem, imipenem and ciprofloxacin; susceptible to tigecycline and the susceptibility to aminoglycosides was variable. All isolates presented low level resistance to colistin (MIC 4μg/mL), except the K. pneumoniae 6701F which was susceptible to colistin (MIC 0.25μg/mL). The mcr-1 carryng plasmids of the three isolates (3111F, 3431F and 5798F) were successfully transferred to E. coli by conjugation and analyses of the WGS of these isolates indicated that the mcr-1 gene was located in an IncX4-type plasmid. E. coli 3431F belonged to ST744, E. coli 5798F to ST457 and K. pneumoniae 3111F to ST437. The Rapid Polymyxin NP test presented high sensitivity (98%) and specificity (98%) when compared with the reference method (BMD), furthermore, for 88.7% of the isolates the results were obtained within 2 hours. The Policimbac® and Superpolymyxins® agar presented high sensitivity (98% and 94.1%, respectively) but lower specificity (77% for the Policimbac® and 75.4% for Superpolymyxins® agar). The modifications (CBM, MPT and CSTT) of the CBDE test presented a good sensitivity (95.35%, 88.37% and 93.02%, respectively) and specificity (84%, 80% and 88%, respectively) for Enterobacterales, however the Very Major Errors (VME – 4.65% to CBM; 11.63% to MPT and 6.98% to CSTT) and Major Errors (ME - 16% to CBM; 20% to MPT and 12% to CSTT) were less satisfactory. None of the CBDE modifications were considered acceptable for non-fermenting isolates although only a reduced number of isolates was tested. This study showed that the prevalence of mcr-1 gene is very low among enterobacterial isolates with reduced susceptibility to carbapenems. Moreover, it was possible to establish that the plasmids harbouring the mcr-1 gene belong to the plasmid incompatibility group IncX4, indicating a high affinity between this plasmid and the mcr-1 gene in the Brazil. The fact that the K. pneumoniae mcr-1 isolate belonged to the ST437, which is considered a high risk clone associated with blaKPC gene in Brazil is of great concern. The test with best performance to be used as screening to detect of resistance to polymyxins was the Rapid Polymyxin NP test, which also is a much faster technique in comparison to the reference method

    Transferência horizontal de genes mediada pelo plasmídeo pCF10 em Enterococcus faecalis: impacto sobre a disseminação de linhagens multirresistentes e evolução da virulência / Horizontal gene transfer mediated by pCF10 plasmid in Enterococcus faecalis: Impact on the spread of multidrug resistant strains and evolution of virulence

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    Introdução: E. faecalis é uma bactéria Gram-positiva multirresistente a antibióticos que possui uma vasta capacidade de transferir genes de resistência, em grande parte através da conjugação de plasmídeos responsívos a feromônios, sendo o pCF10 um dos mais estudados até o momento.Objetivo: Analisar a iniciação da conjugação mediada pelo plasmídeo pCF10, bem como os sistemas de regulação do plasmídeo e implicações fenotípicas da transferência de genes relacionados ao aumento da virulência e resistência a antibióticos em E. faecalis. Conclusão: O plasmídeo pCF10 pode carrear genes que codificam resistência a antibióticos e fatores de virulência intra e inter espécies bacterianas, particularmente, elevando o  risco de infecções por E. faecalis e a problemática do surgimento de micro-organismos multirresistente

    O impacto do cuidado farmacêutico na adesão à terapia antirretroviral / The impact of pharmaceutical care on adherence to antiretroviral therapy

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    O HIV é o vírus causador da AIDS, uma patologia caracterizada por comprometer o sistema imunológico do portador, tornando-o sujeito a infecções oportunistas. Seu tratamento é feito com antirretrovirais, fármacos que retardam a progressão da infecção. Quando há boa adesão, a terapia garante aumento na sobrevida, redução das infecções oportunistas e dos índices de mortalidade. Na Farmácia Clínica, o modelo de adesão é o cuidado farmacêutico. O Amazonas registrou 632 novos casos de HIV em 2020.  Objetivos: Avaliar o impacto clínico do cuidado farmacêutico na adesão ao tratamento de pessoas que vivem com HIV. Metodologia: Estudo prospectivo composto por pacientes que fazem tratamento pelo SUS na Policlínica Dr. Antônio Reis em Manaus. Os pacientes foram submetidos a um questionário online. A adesão foi avaliada por meio do teste de Morisky Green adaptado. A descrição do modelo interdisciplinar foi avaliada com observação do sistema implantado na unidade e as dificuldades foram relatadas pela equipe multidisciplinar Resultados: 76% faz uso do esquema 2x1 e 24% utiliza o 3x1. 18% não sabem a diferença entre HIV e Aids. 42% não compreende a correlação entre o vírus e a imunidade. 70% foram orientados pelo farmacêutico quanto à ação do medicamento. 32% possuem dificuldade para tomar o medicamento. O SAE conta com 1.055 pacientes ativos. Desse total, 383 pacientes são heterossexuais, 68 bissexuais, 337 homossexuais e 267 não declaram a orientação sexual. 82% já pensaram em desistir do tratamento, por motivos relacionados ao preconceito e estigma. 74% já sofreram preconceito. Conclusão: o farmacêutico é essencial para as atividades do SAE na educação em saúde, acolhimento, rastreio e manejo de efeitos adversos. O processo de adesão é dificultado pelo estigma e sorofobia

    Resistência às polimixinas : caracterização molecular (foco no gene mcr-1) e avaliação de métodos de detecção

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    Até recentemente a resistência às polimixinas era descrita como resultado de mutações cromossômicas, porém em novembro de 2015, foi relatada a resistência plasmidial às polimixinas mediada pelo gene mcr-1. A técnica de referência para determinar a suscetibilidade às polimixinas é a microdiluição em caldo, porém é uma técnica laboriosa, demorada para liberação dos resultados e relativamente cara. Neste contexto, os objetivos deste trabalho foram investigar a presença do gene mcr-1 em isolados de enterobactérias e estabelecer a caracterização molecular dos isolados positivos para o gene mcr-1, bem como avaliar diferentes metodologias para detecção da suscetibilidade às polimixinas frente a bactérias Gram-negativas. Foram avaliados 4778 isolados clínicos, obtidos entre os anos de 2013 e 2018, provenientes de um estudo de vigilância para o monitoramento de isolados com sensibilidade reduzida aos carbapenêmicos. A pesquisa do gene mcr-1 foi realizada através de PCR. Para os isolados positivos para o gene mcr-1 foi realizada a avaliação do perfil de suscetibilidade a diversos antibióticos, e em três isolados foi avaliada a capacidade de mobilidade plasmidial, através das técnicas de conjugação e transformação, bem como a realização do sequenciamento do genoma total em equipamento Illumina MiSeq. Diferentes metodologias foram avaliadas para determinar a suscetibilidade às polimixinas. Dentre elas, o Teste Rápido NP Polimixinas, os testes comerciais Policimbac® e Ágar superpolimixinas®, bem como modificações do teste de eluição da colistina (CBDE). Dos 4778 isolados clínicos analisados, 5 (0,1%) foram positivos para o gene mcr-1. Dentre os cinco isolados, três eram E. coli (3431F, 5798F e 6699F) e dois K. pneumoniae (3111F e 6701F), sendo todos coprodutores de mcr-1 e blaKPC-2. Os cinco isolados apresentaram resistência aos antimicrobianos ertapenem, meropenem, imipenem e ciprofloxacino, sensibilidade à tigeciclina e suscetibilidade variável aos aminoglicosídeos. Frente à colistina, todos isolados apresentaram baixo nível de resistência (CIM 4μg/mL), exceto o isolado K. pneumoniae 6701F que foi sensível (CIM 0,25 μg/mL). Dos 3 isolados (3431F, 3111F e 5798F) submetidos à técnica de conjugação foi demonstrado que o plasmídeo contendo o gene mcr-1 dos isolados foi transferido por conjugação para a cepa receptora E. coli J53. Através do sequenciamento do genoma pode-se observar que todos os genes mcr-1 estavam presentes em plasmídeo do grupo de incompatibilidade IncX4, sendo que E. coli 3431F pertencia à ST744; E. coli 5798F à ST457 e K. pneumoniae 3111F pertencia à ST437. O Teste Rápido NP Polimixinas apresentou alta sensibilidade (98%) e especificidade (98%) quando comparado ao método de referência (microdiluição em caldo), sendo que 88,7% dos isolados positivaram em menos de 2 horas. Já os testes comerciais Policimbac® e Ágar Superpolimixinas® obtiveram altos valores de sensibilidade (98% e 94,1%, respectivamente), porém com baixas especificidades, 77% para o Policimbac® e 75,4% para o Ágar Superpolimixinas®. As modificações (CBM, MPT e CSTT) do teste CBDE apresentaram bons valores de sensibilidade (95,35%, 88,37% e 93,02%, respectivamente) e especificidade (84%, 80% e 88%, respectivamente) para isolados de Enterobacterales, porém o valor de Erros Muito Importantes (Very Major Errors – VME – 4,65% para CBM; 11,63% para MPT e 6,98% para CSTT) e Erros Importantes (Major Errors – ME – 16% para CBM; 20% para MPT e 12% para CSTT) foram menos satisfatórios. Para isolados não fermentadores, nenhuma das modificações foi considerada aceitável, porém cabe mencionar que o número de isolados foi pequeno para estabelecer uma conclusão final. Este estudo contribuiu para o conhecimento molecular e epidemiológico dos isolados carreadores do gene mcr-1 no Rio Grande do Sul – Brasil, confirmando que todos os plasmídeos carreando o gene mcr-1 descritos no Brasil pertencem ao grupo de incompatibilidade plasmidial IncX4, o que indica a alta afinidade entre essa família plasmidial e o gene mcr-1 no país. Além disso, a descoberta de um isolado pertencente à ST437, a qual é considerada uma ST de alto risco pela elevada prevalência associada ao gene blaKPC no Brasil é de grande preocupação. Ademais, podemos constatar que a metodologia mais adequada como triagem na detecção da resistência às polimixinas seria o Teste Rápido NP Polimixinas, o qual dentre as metodologias testadas foi a que apresentou os melhores resultados, bem como a redução no tempo de detecção da resistência observada em comparação com o teste referência.Polymyxin resistance used to be related to chromosomal mutations, but in November 2015, the plasmid transferable polymyxin resistance, mediated by the mcr-1 gene, was described. The reference method for determining susceptibility profile to polymyxins is broth microdilution (BMD), however, it is laborious, times consuming and relatively expensive. The aims of this study were to investigate the presence of mcr-1 gene in enterobacterial isolates with reduced susceptibility to carbapenems in Rio Grande do Sul; to characterize to the molecular level the isolates harboring the mcr-1 gene and to evaluate differents polymyxins susceptibility tests against Gram-negative bacteria. We screened a total of 4,778 clinical isolates with reduced carbapenem susceptibility between 2013 and 2018 obtained in a surveillance study. The mcr-1 gene was screened by PCR reaction. The susceptibility profile to several antibiotics was evaluated for the mcr-1 positive isolates; three mcr-1 positive isolates were evaluated their plasmid mobility through conjugation and transformation techniques. These three isolates were also subjected to whole genome sequencing (WGS) carried out in an Illumina MiSeq plataform. Different methods were evaluated to determine susceptibility to polymyxins: the Rapid Polymyxins NP Test, the Policimbac®, Superpolymyxins® agar and the modification of the colistin broth disk elution (CBDE). Among the 4,778 clinical isolates analyzed, 5 (0.1%) were positive for the mcr-1 gene: 3 were E. coli (3431F, 5798F and 6699F) and 2 K. pneumoniae (3111F and 6701F). These 5 isolates were co-producers of the blaKPC-2 gene. All mcr-1 positive isolates were resistant to ertapenem, meropenem, imipenem and ciprofloxacin; susceptible to tigecycline and the susceptibility to aminoglycosides was variable. All isolates presented low level resistance to colistin (MIC 4μg/mL), except the K. pneumoniae 6701F which was susceptible to colistin (MIC 0.25μg/mL). The mcr-1 carryng plasmids of the three isolates (3111F, 3431F and 5798F) were successfully transferred to E. coli by conjugation and analyses of the WGS of these isolates indicated that the mcr-1 gene was located in an IncX4-type plasmid. E. coli 3431F belonged to ST744, E. coli 5798F to ST457 and K. pneumoniae 3111F to ST437. The Rapid Polymyxin NP test presented high sensitivity (98%) and specificity (98%) when compared with the reference method (BMD), furthermore, for 88.7% of the isolates the results were obtained within 2 hours. The Policimbac® and Superpolymyxins® agar presented high sensitivity (98% and 94.1%, respectively) but lower specificity (77% for the Policimbac® and 75.4% for Superpolymyxins® agar). The modifications (CBM, MPT and CSTT) of the CBDE test presented a good sensitivity (95.35%, 88.37% and 93.02%, respectively) and specificity (84%, 80% and 88%, respectively) for Enterobacterales, however the Very Major Errors (VME – 4.65% to CBM; 11.63% to MPT and 6.98% to CSTT) and Major Errors (ME - 16% to CBM; 20% to MPT and 12% to CSTT) were less satisfactory. None of the CBDE modifications were considered acceptable for non-fermenting isolates although only a reduced number of isolates was tested. This study showed that the prevalence of mcr-1 gene is very low among enterobacterial isolates with reduced susceptibility to carbapenems. Moreover, it was possible to establish that the plasmids harbouring the mcr-1 gene belong to the plasmid incompatibility group IncX4, indicating a high affinity between this plasmid and the mcr-1 gene in the Brazil. The fact that the K. pneumoniae mcr-1 isolate belonged to the ST437, which is considered a high risk clone associated with blaKPC gene in Brazil is of great concern. The test with best performance to be used as screening to detect of resistance to polymyxins was the Rapid Polymyxin NP test, which also is a much faster technique in comparison to the reference method

    Abordagem One Health (saúde única) e a dengue: Vigil Sanit Debate, Rio de Janeiro, 2023, v.11: e02125 | Publicado em: 04/12/2023

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    Introduction: Dengue has evolved from a sporadic disease to a major public health problem, becoming one of the most widespread mosquito-borne re-emerging diseases worldwide. In this context, the ideals of a system that integrates human health with nature are rescued through the One Health approach, which is a global strategy that highlights the need for a holistic and transdisciplinary approach and incorporates multisectoral expertise to deal with human, animal and ecosystem health. Objective: To describe the proposals based on the One Health concept for coping with dengue globally. Method: Literature review based on the PRISMA model, using PubMed and Google Scholar databases. Results: Most publications report the importance of the participation of authorities, health professionals and the community in the design and implementation of vector prevention and control measures. Other approaches were also found, such as the importance of: collecting epidemiological data for the detection of virus circulation; creating risk maps based on epidemiological data; designing vector control maps based on environmental variables; and using biocontrol tools and pesticides in the fight against arbovirus vectors. Conclusions: Integrating all knowledge and actions to mitigate the advance of dengue is the safest and most effective option. They are sustainable options that depend for the most part on the efforts of the population. In relation to the current scientific scenario, it is possible to observe the growth of the search for sustainable sources of vector control.Introdução: A dengue evoluiu de uma doença esporádica a um grande problema de saúde pública, tornando-se uma das doenças reemergentes transmitidas por mosquitos mais difundidas em todo o mundo. Neste contexto, os ideais de um sistema que integra a saúde humana à natureza são resgatados por meio da One Health, que é uma estratégia global que destaca a necessidade de uma abordagem holística e transdisciplinar e incorpora a expertise multissetorial para lidar com a saúde humana, animal e dos ecossistemas. Objetivo: Descrever as propostas baseadas no conceito One Health para o enfrentamento da dengue no âmbito global. Método: Revisão da literatura baseada no modelo PRISMA, utilizando as bases de dados PubMed e Google Scholar, no período de cinco anos. Resultados: A maioria das publicações relataram a importância da participação das autoridades, dos profissionais de saúde e da comunidade na formulação e no cumprimento das medidas de prevenção e controle dos vetores. Outras abordagens também foram encontradas como: a importância do levantamento de dados epidemiológicos para a detecção da circulação do vírus, a criação de mapas de risco baseados em dados epidemiológicos, a criação de mapas de controle de vetores baseados em variáveis ambientais e o uso de ferramentas de biocontrole e pesticidas no combate aos vetores de arboviroses. Conclusões: Integrar todos os conhecimentos e as ações para mitigar o avanço da dengue é a opção mais segura e eficaz, e é um caminho sustentável e que depende, em sua maior parte, dos esforços da população. Em relação ao cenário científico atual, é possível observar o crescimento das buscas por fontes sustentáveis de controle de vetores
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