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    CAFEÍNA NO CONTROLE DO CARRAPATO BOVINO

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    Carrapatos são aracnídeos ectoparasitas hematófagos responsáveis pela transmissão de inúmeras doenças aos animais como cães, gatos, bovinos, equinos e seres humanos. Por serem ectoparasitas, passam parte de seu ciclo de vida na pele do hospedeiro, onde obtêm elementos básicos de sobrevivência e perpetuação da espécie, sem fornecer nada em troca ao hospedeiro e, ainda causar lesões com prejuízos orgânicos e doenças como a febre maculosa, doença de Lyme, anaplasmose, babesiose, erliquiose e tularemia. Após ingerir sangue do hospedeiro, a fêmea se desprende do mesmo e deposita milhares de ovos no ambiente, morrendo em seguida. Assim sendo, 5% do número total de parasitas estarão efetivamente parasitando os bovinos e 95% estarão no solo, na fase de vida livre. Sabe-se que a maior parte dos controles aplicados sobre os carrapatos age nos 5% dos parasitas que estão no animal, enquanto a grande maioria está no solo aguardando nova infestação. Diante do contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar a eficácia in vitro de um produto comercial a base de cafeína, que possui em sua composição 0,0075 gramas (g) de metilxantina derivada da planta Ilex paraguariensis. Para tanto, foram coletadas 80 teleóginas da família Ixodidae, oriundas de bovinos não tratados há menos de 21 dias com carrapaticidas convencionais (banho e/ou pulverização) e há 50 dias com carrapaticidas injetáveis, provenientes de duas propriedades rurais da região de Concórdia-SC. Os carrapatos foram retirados dos animais de maneira cuidadosa, sendo depositados inicialmente em potes plásticos perfurados, para permitir circulação de ar. Em seguida foi realizado o teste de biocarrapaticidograma, sendo utilizadas 10 fêmeas ingurgitadas para cada placa de Petri, testando-se o produto a base de cafeína em pó, e o mesmo produto na versão líquida, realizando-se ainda um grupo controle negativo em água destilada, para cada propriedade estudada. Todos os carrapatos foram mergulhados no produto a ser testado por cinco minutos. Após isto, foi feita a secagem das teleóginas com papel toalha, remoção dos resíduos, e colocada a parte do abdômen na placa com fita crepe, deixando de fora o aparelho ovipositor, para assim fazer as análises de oviposição, afim de investigar a eficiência do produto e se há diferenças quanto a eficácia do produto em pó e líquido. As placas foram mantidas em estufa à 27ºC por 21 dias. A média de postura de ovos foi de 0,26±0,14g para a cafeína líquida, enquanto a biomassa das fêmeas era de 1,96±0,13g e o índice de oviposição (IO) de 0,13±0,06, dando um média de 36,63±3,39% de eficácia. Para a versão em pó do produto a média de postura dos ovos foi maior com 0,39±0,05g, para uma biomassa de fêmeas de 1,88±0,08 g, IO de 0,21±0,01, e eficácia inferior de 2,46±8,27%. A versão líquida do produto, demonstrou ser mais efetiva, visto que o pó teve que ser retirado para que as teleóginas ficassem bem aderidas à fita adesiva, retirando-se o efeito residual do produto. Conclui-se que há efeito inseticida da cafeína frente ao carrapato bovino, mas ainda abaixo do esperado, sendo necessário testar doses maiores do produto

    IMPORTÂNCIA DO ADEQUADO MANEJO PRÉ E PÓS-PARTO EM VACAS LEITEIRAS

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    O adequado manejo nos períodos pré e pós-parto em vacas leiteiras é fundamental para a saúde, o conforto e a produtividade dos animais. O período pré-parto constitui os 60 dias que antecedem o parto, sendo uma etapa crítica, uma vez que a imunidade das vacas diminui fisiologicamente durante este período. Para que os animais possam recuperar o escore corporal (que deve ser mantido entre 3 a 3,5 em uma escala de 5); além de ocorrer a regeneração adequada da glândula mamária e prevenir-se a mastite, as vacas passam pelo processo de secagem (interrupção da ordenha) nos sessenta dias antes do parto, com a aplicação intramamária de antimicrobianos específicos, de longa duração. Já nos 30 dias que antecedem o parto é necessário separar as vacas em um lote pré-parto; interromper o fornecimento de sal mineral e fornecer aos animais uma ração específica para vacas em período de transição, a qual contribuirá com os nutrientes em quantidades adequadas para esta fase. Erros de manejo durante o período do pré-parto podem levar a alterações como hipocalcemia, edema de úbere e retenção placentária. Considerando o período pós-parto, é importante o monitoramento da cetose; o fornecimento de ração balanceada; manter a vacinação dos animais em dia e minimizar os fatores de estresse, oferecendo adequadas condições de ambiência, especialmente evitando-se o estresse térmico. O exame reprodutivo das vacas no período pós-parto, realizado pelo médico veterinário, auxilia na prevenção da ocorrência de metrites e mastite, além de possibilitar a avaliação da viabilidade do animal para próximas coberturas/parições. Além das vacas, é importante verificar as condições de saúde dos bezerros neonatos, garantindo-se a adequada colostragem dos mesmos; desinfecção umbilical; higiene e ambiência. Devido à relevância do tema, o objetivo da presente atividade é orientar produtores, alunos de cursos relacionados às Ciências Agrárias, bem como demais visitantes, sobre os principais cuidados que devem ser tomados com as vacas nos períodos pré e pós-parto, bem como o adequado manejo inicial dos bezerros, visando à preservação da saúde e conforto dos animais e, consequentemente, à sua maior produtividade. Espera-se, com a presente atividade, deixar claro aos visitantes que, com medidas simples de manejo, é possível reduzir consideravelmente as perdas decorrentes de doenças e de óbitos dos animais, especialmente nos períodos pré e pós-parto, que são naturalmente críticos
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