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Temperaturas de armazenamento de alimentos em estabelecimentos comerciais na cidade de Santa Maria, RS
A temperatura correta do armazenamento de alimentos é de extrema importância para a sua conservação, sendo este um dos itens essenciais na prevenção das toxinfecções alimentares. O presente estudo teve como objetivo avaliar as temperaturas dos equipamentos de conservação nos estabelecimentos que comercializam alimentos na cidade de Santa Maria, RS. A avaliação consistiu em um estudo descritivo observacional, onde se inspecionou cada unidade de observação durante o período de abril a outubro de 2003. Foram verificadas as temperaturas de 506 equipamentos de armazenamento de alimentos, sendo 327 de resfriamento, 173 de congelamento e 6 estufas de aquecimento pertencentes a 154 estabelecimentos comerciais de Santa Maria, RS. As aferições foram realizadas com termômetro à laser e termômetro digital. Também foi utilizado um termohigrômetro para medir a temperatura interna do alimento, temperatura ambiente e umidade. Os equipamentos de resfriamento apresentaram temperaturas médias inadequadas em 29,7% dos estabelecimentos, sendo a câmara fria o equipamento que apresentou o maior índice de adequação (94,2%). Os equipamentos de congelamento dos alimentos apresentaram alto índice de temperatura inadequada (86,1%) e todas as estufas de aquecimento analisadas apresentaram-se inadequadas. Não houve correlação entre a temperatura do ambiente e umidade com a temperatura do equipamento, bem como entre a temperatura interna do alimento com a do equipamento. Este estudo mostrou que os conservadores de alimentos nos estabelecimentos comerciais de Santa Maria, RS apresentaram alto índice de inadequação em suas temperaturas, um problema que pode causar sérios riscos à saúde do consumidor, necessitando de uma vigilância mais eficiente
Production of aflatoxins by Aspergillus flavus and of fumonisins by Fusarium species isolated from Brazilian sorghum Avaliação da toxigenidade das cepas de Aspergillus flavus e Fusarium spp. isoladas de amostras de sorgo
Fifty-nine Aspergillus flavus and 35 Fusarium verticillioides strains, isolated from freshly harvested (10) and stored (130) Brazilian sorghum samples, were tested regarding their ability to produce aflatoxins (coconut milk agar) and fumonisins (rice culture), respectively. Aflatoxins B1 and B2 were detected by TLC, and fumonisins B1 and B2 were analyzed by HPLC. Thirty-eight (64.4%) A. flavus strains produced detectable levels of aflatoxins at concentrations ranging from 12.00 to 3282.50 µg/kg (AFB1 + AFB2), while thirty two (91%) F. verticillioides strains produced FB1 at concentrations ranging from 0.12 to 5.38 µg/g. Two F. proliferatum strains produced low fumonisin levels. The toxigenic potential of A. flavus (64.4%) and F. verticillioides (91.5%) strains observed in sorghum samples indicates that rigorous control should be directed at the storage conditions of these products to minimize contamination with toxigenic deteriorating fungi, preventing further hazard to human and animal health.<br>A produção de aflatoxinas por 59 cepas de Aspergillus flavus e fumonisinas por 35 cepas de Fusarium verticillioides isoladas de amostras de grãos de sorgo recém colhido (10 amostras) e armazenado (130 amostras), foram avaliadas. A detecção de aflatoxinas (AFB1 e AFB2) foi efetuada por Cromatografia em Camada Delgada (CCD) e fumonisinas (FB1 e FB2) foram analisadas por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). Os resultados demonstram a produção de AFB1 e AFB2 em 38 cepas (64,4%) de A. flavus cujos níveis variaram de 12,00 a 3282,50 µg/kg. Referente às cepas de F. verticillioides, 32 (91%) produziram FB1, nas concentrações de 0,12 a 5,38 µg/g. Baixos níveis de fumonisinas foram detectados em 2 cepas de F. proliferatum. A constatação da potencialidade toxígena das cepas de A. flavus (64,4%) e de F. verticillioides (91,5%) nesta investigação, revelam a importância da pesquisa de aflatoxinas e fumonisinas nas amostras de sorgo. Diante disto, sugere-se o controle rigoroso das condições de armazenamento de sorgo, visando minimizar a contaminação por fungos deteriorantes toxígenos, evitando riscos à saúde humana e animal
Classificação Macroscópica, identificação da microbiota fúngica e produção de aflatoxinas em híbridos de milho Macroscopic classification, identification of fungal microbiota and aflatoxins production in corn hybrids
Com o objetivo de medir o potencial de resistência de 5 diferentes híbridos de milho, logo após a colheita, ao crescimento de fungos e produção de aflatoxinas (AFs), foram avaliados os seguintes parâmetros: 1) aspecto macroscópico dos grãos, sendo os grãos de cada híbrido classificados como íntegros, danificados por insetos (DI) ou danificados por fungos (DF); 2) contaminação fúngica dos híbridos; 3) potencial para resistência à produção de AFs, através do cultivo de Aspergillus parasiticus, linhagem NRRL 2999, sobre grãos de cada híbrido estudado; 4) consumo de matéria seca dos híbridos pelo cultivo fúngico. Como resultado, observou-se que 38% do milho de todos os híbridos apresentaram comprometimento macroscópico, sendo 26,7% DI e 11,3% DF. Os híbridos recém-colhidos apresentaram contaminação fúngica por Penicillium sp. (14,3%); Aspergillus sp. (23,6%) e Fusarium sp. (57,1%). O potencial de produzir AFs pelos diferentes híbridos em cultivos por 5 e 10 dias apresentou diferença somente com relação à aflatoxina G2 em cultivos por 5 dias. A média de consumo de matéria seca dos híbridos de milho foi de 1,25 e 2,69% submetidos ao cultivo de fungos por períodos de 5 e 10 dias, respectivamente.To determine the resistance of five different recently harvested corn hybrids to fungal growth and aflatoxins (AFs) production the following parameters were measured: 1) Macroscopic aspect of the grain and each hybrid classified as whole, damaged by insects (DI) or damaged by fungi (DF); 2) Fungal contamination of hybrids 3) Resistance to AFs production, through the culture of Aspergillus parasiticus, NRRL 2999 strain, on each hybrid grain studied and 4) Consumption of dry matter of hybrids by the fungal culture. It was observad that 38% of all corn hybrids had macroscopic damage, being 26.7% DI and 11.3% DF. The recently harvested hybrids showed fungal contamination by Penicillium sp. (14.3%); Aspergillus sp. (23.6%) and Fusarium sp. (57.1%). The production of AFs by the different hybrids cultured for 5 and 10 days showed difference only when compared to aflatoxin G2 cultured for 5 days. The average dry matter consumption of corn hybrids was of 1.25 and 2.69%, submitted to fungal culture for 5 and 10 days respectively
Mycoflora and aflatoxigenic species in derivatives of milled rice
Thirty samples of rough rice stored for 6, 12 and 24 months in government authorized warehouses of the state of Rio Grande do Sul, Brazil, were simultaneously collected. After milling of the product, 90 samples (30 of polished rice, 30 of rice bran and 30 of rice hull) were evaluated for their mycoflora, aflatoxigenic species and aflatoxin contamination. The following fungi, listed in decreasing order of frequency, were isolated on Potato-Dextrose Agar: Aspergillus spp., Nigrospora spp., Penicillium spp.; Fusarium spp.; Mucor spp.; Cladosporium spp.; Trichosporon spp. and non-sporulated fungi. The degree of fungal contamination (colony forming units per gram of product) was lowest in polished rice, increasing progressively in samples of rice bran and rice hull. Among the Aspergillus species, A. flavus and A. candidus were isolated most frequently. Of the A. flavus isolates, 52.6% strains were found to be toxigenic and produced only Group B aflatoxins. Analysis of the 90 samples did not reveal the presence of aflatoxins in the rice derivatives