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    Longevidade de adultos de Anastrepha coronilli Carrejo e González (Diptera: Tephritidae) em condições de laboratório.

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    A utilização de dietas artificiais no processo de criação de moscas-das-frutas em laboratório é um passo importante no conhecimento da biologia das moscas-das-frutas. Este trabalho teve como objetivo verificar os efeitos de dietas à base de açúcar refinado e extrato de levedura na longevidade dos adultos de Anastrepha coronilli. Exemplares de A. coronilli foram obtidos de frutos de goiaba-de-anta, Bellucia grossularioides (L.) Triana (Melastomataceae), coletados em campo, direto da planta ou recém-caídos no solo. Os frutos foram acondicionados em bandejas de plástico cobertas por organza e transportados até o Laboratório de Entomologia da Embrapa Amapá, em Macapá. Os pupários obtidos foram acondicionados em câmaras climatizadas, sob condições controladas de temperatura (26 ± 0,5oC), umidade relativa do ar (70 ± 10%) e fotofase (12 horas), até a obtenção dos adultos. Após emergirem, os exemplares da A. coronilli foram transferidos para gaiolas medindo 20 x 10 x 10 cm, num total de três casais por gaiola, todos com até 24h de vida. Foram utilizadas 10 gaiolas com dieta à base de açúcar refinado e 10 gaiolas com dieta artificial composta de extrato de levedura Bionis® YE MF. Todas as gaiolas foram mantidas em sala com temperatura média de 26 ± 2°C, umidade relativa de 75 ± 10% e fotoperíodo de 12 horas. As moscas-das-frutas alimentadas à base de açúcar refinado sobreviveram no mínimo dois dias e no máximo 66 dias (média de 35,6 dias). As moscas-das-frutas que se alimentaram com dieta à base de extrato de levedura (Bionis) viveram no mínimo um dia e no máximo 117 dias (média de 49,3 dias). Os resultados obtidos demonstraram que a dieta à base de extrato de levedura foi mais eficaz na nutrição das moscas-das-frutas, provavelmente devido à presença de aminoácidos necessários ao desenvolvimento e maturação sexual do inseto. Por outro lado, o açúcar não fornece os nutrientes necessários ao pleno desenvolvimento do inseto.US38

    Índices de infestação de Geissospermum argenteum Woodson (Apocynaceae) por Anastrepha atrigona Hendel (Diptera: Tephritidae) em Laranjal do Jari, Amapá.

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    Geissospermum argenteum Woodson, conhecida como "quina", é uma espécie vegetal nativa da Amazônia, frequentemente utilizada por populações tradicionais no tratamento da malária. No estado do Amapá, frutos dessa espécie comumente são infestados por Anastrepha atrigona Hendel. Este trabalho teve o objetivo de avaliar o índice de infestação de frutos de G. argenteum por A. atrigona em áreas de floresta de terra firme no município de Laranjal do Jari, Amapá. Foram coletadas 20 amostras (30 frutos por amostra) nos dias 30 e 31/05/2013 (latitudes 00° 41' a 00° 47' e longitudes 52°22' a 52°28'), totalizando 600 frutos (8,8 kg). Em campo os frutos foram processados segundo metodologia utilizada para obtenção de moscas- das-frutas (amostras individualizadas) e conduzidos ao Laboratório de Entomologia da Embrapa Amapá, em Macapá. O material foi examinado a cada cinco dias, sendo os pupários retirados e transferidos para frascos de plástico, contendo uma fina camada de vermiculita umedecida. Todas as amostras apresentaram infestação por A. atrigona, variando de 46,0% a 93,0% dos frutos infestados (média de 74,1 ± 2,52%). Considerando apenas os frutos infestados, o índice médio de infestação foi de 8,4 ± 0,59 pupários/fruto (variando de 2,3 a 12,3 pupários/fruto). O maior número de pupários obtidos de um fruto foi 36, sendo muito frequente a obtenção de mais de 20 pupários/fruto. Deve-se considerar que a infestação pode ser ainda maior, visto que outros fatores podem contribuir para subestimar o índice de infestação: 1) quando coleta-se frutos caídos no solo, algumas larvas podem já ter abandonado os frutos, partindo para o processo de pupação no solo; 2) a alta infestação dos frutos pode prejudicar o desenvolvimento das larvas, causando mortalidade de algumas delas; e 3) a longa distância dos pontos de coleta, no sul do Estado, até a capital, bem como as condições de trafegabilidade da rodovia podem contribuir para aumentar a mortalidade de larvas. O presente estudo evidencia a importância de G. argenteum na manutenção populacional de A. atrigona no Estado do Amapá. Ressalta-se que A. atrigona não é considerada uma espécie-praga, contudo contribui para a manutenção de espécies de parasitoides de moscas-das-frutas.US39

    Hospedeiros silvestres de neosilba spp. (diptera: lonchaeidae) no Estado do Amapá.

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    As florestas de várzea e de terra firme constituem os dois maiores ambientes florestais do estado do Amapá, considerando estrutura, diversidade e representatividade espacial. Entretanto, estudos sobre a diversidade de insetos nesses ambientes são escassos. O presente estudo teve como objetivo, elaborar uma lista de espécies de lonqueídeos associados a frutos em florestas de várzea e de terra firme no estado do Amapá. Os estudos foram conduzidos em duas parcelas, cada qual medindo 1 ha. A primeira (floresta de várzea) coletas de frutos de diversas espécies vegetais, a cada 15 dias, no período de junho de 2008 a maio de 2009. Em toda a área demarcada era feita uma varredura coletando-se frutos da planta e recém-caídos no solo. No Laboratório de Entomologia da Embrapa Amapá os frutos foram processados segundo metodologia utilizada para obtenção de dípteros frugívoros. Na floresta de várzea foram coletadas amostradas de frutos de 11 espécies vegetais. Contudo, foi constatado a emergência de lonqueídeos somente de Gustavia augusta L. (Lecythidaceae), Metrodorea flavida Krause (Rutaceae) e Quararibea guianensis Aubl. (Malvaceae). Na terra firme foram amostradas 10 espécies vegetais. Somente Eschweilera coriacea (DC.) Mori (Lecythidaceae) e Pouteria sp. (Sapotaceae) apresentaram infestação por esses dípteros. Cinco espécies de Lonchaeidae foram registradas: Neosilba zadolicha McAlpine & Steyskal em M. flavida e Q. guianensis; Neosilba mcalpiniei Strikis em E. coriacea; Neosilba nigrocaerulea (Malloch) e Neosilba pseudozadolicha Strikis em Pouteria sp.; e Neosilba sp. em G. augusta. Neosilba zadolicha foi a espécie mais abundante, representando 90% dos indivíduos coletados. É a espécies do gênero Neosilba que apresenta a mais ampla distribuição geográfica e diversidade de hospedeiros no Brasil, sendo considerada importante praga de frutos cultivados nas regiões Nordeste e Sudeste do país. Ressalta-se que os espécimes utilizados para a descrição de N. mcalpiniei e N. pseudozadolicha foram obtidos neste estudo. Portanto, estudos focados nesta família devem ser incentivados na região Amazônica, em especial no que tange a ecologia e biologia. Deve-se salientar que parte significativa das espécies de insetos da região ainda é desconhecida da ciência. Assim, a geração de conhecimento sobre a família Lonchaeidae na Amazônia é fundamental, pois algumas espécies assumiram recentemente status de pragas em diferentes culturas no Brasil.US110
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