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    Relação entre os distúrbios do sono e o desenvolvimento de Alzheimer

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    Introdução: O sono faz-se importante por permitir um momento de descanso mental e físico e, por envolver uma diversidade de processos metabólicos que corroboram com o equilíbrio biológico seja a curto ou longo prazo. Os distúrbios do sono podem ser permissivos à deterioração da função cognitiva e do comprometimento funcional, facilitando a patogênese da doença de Alzheimer (DA). Tal doença manifesta-se como um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal com comprometimento cognitivo e de memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais. Com o exposto, a importância do sono notoriamente vem ganhando maior espaço nas pautas científicas, assim como sua relação com outras possíveis doenças orgânicas, e compõe assunto dessa revisão de literatura. Objetivo: Analisar a possível associação entre os distúrbios de sono e patologias neurodegenerativas, com destaque para a doença de Alzheimer (DA). Metodologia: Revisão sistemática de literatura, composta por oito artigos em idioma Inglês e Português, referentes à temática abordada, publicados entre os anos de 2017 e 2019. Os descritores aplicados no banco de dados Scielo e Pubmed foram: “demência”, “Alzheimer”, “circadian rhytm”, “neurodegenerações”. Resultados: Contrariando o entendimento convencional de que o sono prejudicado em pacientes com doença de Alzheimer é uma consequência dessa patologia, vários estudos epidemiológicos recentes sugeriram que o distúrbio do sono poderia ser um fator de risco para declínio cognitivo e DA. Evidências recentes mostraram que a interrupção do sono é um fator de risco para a doença em questão. Do mesmo modo, pode começar anos ou mesmo décadas antes do início da DA, visto que a fragmentação do sono prejudica a consolidação da memória em animais e humanos e tem demonstrado ser um potente fator de risco para a demência analisada. Um dos estudos analisados revelou que indivíduos cognitivamente normais com problemas de sono autorrelatados têm maior probabilidade de ter biomarcadores de DA, como níveis mais baixos de Aβ42, acúmulo de Aβ e níveis mais altos de proteína Tau total e Tau fosforilada no líquido cefalorraquidiano, fatores que estão intimamente relacionados à neurodegenerações e possíveis acometimento funcionais. Outros estudos, concomitantemente, demonstraram que a privação do sono e a disfunção do ritmo circadiano podem levar ao metabolismo disfuncional da proteína tau como a hiperfosforilação que, por sua vez, pode desencadear demências e outras doenças mesmo na ausência de alterações de Aβ, já que sua presença ou padrão de fosforilação e agregação parecem correlacionar-se com a progressão da cognição. Entretanto, ainda não é devidamente evidenciada a associação entre a exposição a distúrbios circadianos crônicos, como o trabalho noturno durante a meia-idade, pode aumentar o risco de DA. Finalmente, os mecanismos moleculares que ligam o sistema circadiano à patogênese da DA ainda são pouco compreendidos. Conclusão: Diante do estudo, torna-se possível concluir que o sono afeta vários domínios da função cognitiva, incluindo a atenção e a consolidação da memória. Além disso, percebe-se também a evolução de pesquisas voltadas ao assunto, relacionando-o desde disfunções metabólicas até disfunções neurais, como é visto na doença de Alzheimer. Contudo, tal associação ainda carece de pesquisas complementares

    Impacto psicossocial do câncer em adolescentes

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    Introdução: A neoplasia, em países desenvolvidos, é considerada a segunda causa de morte na infância (crianças de 1 a 14 anos), correspondendo a cerca de 4% a 5% dos óbitos nessa faixa etária, e é a principal causa de morte nos adolescentes e adultos jovens (de 15 a 29 anos). No Brasil, entre os anos de 2009 a 2013, a taxa média de mortalidade por neoplasias entre 0 a 19 anos, variou entre 42,33 e 49,17 por milhão. No ponto de vista clínico, os tumores pediátricos apresentam menores períodos de latência e em geral, crescem rapidamente e são mais invasivos, porém respondem melhor a quimioterapia. O período da adolescência compreende diversas mudanças de ordem física e emocional como: mudanças corporais, crescimento físico e formação da identidade. Quando o câncer acomete esses indivíduos surgem outras alterações: efeitos colaterais, distanciamento dos amigos, familiares e escola. Objetivo: Analisar os processos psicossociais dos pacientes adolescentes acometidos com câncer desde o surgimento da doença até as repercussões após a cura. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura baseada em artigos científicos publicados em revistas indexadas nas bases de dados PubMed, SciELO e Bireme/BVS. Os descritores utilizados nas buscas foram câncer, adolescência, qualidade de vida e impacto psicossocial. Foram selecionados 20 artigos, em idioma inglês e português, publicados entre 2009 e 2019 com pelo menos um dos descritores citados acima. Resultados: O adolescente portador de doença crônica pode ter seu desenvolvimento físico e emocional afetado, podendo apresentar desajustes psicológicos decorrentes da enfermidade, do tratamento ou das hospitalizações. Jovens portadores de câncer, com frequência desenvolvem o que tem sido chamado de estilo repressivo adaptativo. A doença leva a um comprometimento da imagem corporal, dificuldades na socialização, sexualidade e independência do adolescente. Muitos adolescentes retrocedem no processo de desenvolvimento e conquista de autonomia, além de o processo de hospitalização causar uma despersonalização do jovem. O episódio de câncer pediátrico é um contexto potencialmente estressante e aversivo para pacientes, familiares e profissionais de saúde. Para o adolescente, o contexto de tratamento é marcado pela aversividade de efeitos colaterais e procedimentos médicos, incerteza sobre a possibilidade de cura e sequelas, desvalorização pessoal, sensação de vulnerabilidade, ameaça e fragilidade, prejuízos em relações interpessoais, transformação da rotina, preocupação com familiares, expectativas de cura e retorno às atividades cotidianas, medo de falecimento, dificuldades para verbalizar sentimentos e prejuízos ao desenvolvimento. Conclusão: É possível concluir com o presente estudo que a severidade da doença e suas repercussões marcam o adolescente de maneira peculiar. Compreender os fatores psicossociais que estão presentes no episódio de câncer pediátrico promove instrumentos para o desenvolvimento e realização de intervenções eficientes, que possam diminuir os custos emocionais e instrumentais característicos dessa realidade

    O uso de drogas ilícitas na gravidez e as consequências para a mãe e para o feto / The use of illicit drugs in pregnancy and the consequences for the mother and fetus

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    O uso de drogas ilícitas na gravidez é uma temática preocupante. As substâncias contidas em diferentes tipos de drogas ilícitas causam consequências para a mãe e para o feto no período pré-natal e, para o recém-nascido no período pós-natal. É notório que a facilidade crescente ao acesso as drogas vem incrementando em quantidade e gravidade as consequências materno-fetais. Este trabalho tem por objetivo ressaltar a importância dos aspectos clínicos, epidemiológicos e fisiopatológicos do uso de drogas ilícitas durante a gravidez através de uma revisão integrativa da literatura. A busca foi realizada a partir de fontes secundárias de vinte artigos nos bancos de dados Scielo, Medline e PubMed. Após avaliar quanto a prevalência e gravidade de intercorrências optou-se pelo enfoque em três principais drogas: crack, cocaína e maconha. A partir da análise dos artigos, concluiu-se que a maconha é a droga de maior prevalência de uso e a cocaína e seus derivados (crack) provocam abundantes alterações materno-fetais

    Há relação entre distúrbios metabólicos e alterações vestibulococleares? / Is there a relationship between metabolic disorders and vestibulocochlear dysfunctions?

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    Os distúrbios vestibulococleares são de ordem multifatorial e possuem distintos fatores agravantes à sua condição, sendo de grande importância a discussão dessa temática para adequada abordagem do paciente com referido distúrbio. A orelha interna despende muita energia para seu adequado funcionamento, especialmente a estria vascular, cuja energia é oriunda da circulação sanguínea através da captação tecidual de oxigênio e glicose. Baseado na premissa de que distúrbios metabólicos podem afetar o ambiente da orelha interna, este trabalho tem por objetivo identificar correlação entre distúrbios metabólicos e disfunções vestibulococleares.  Fora realizada uma busca a partir de fontes secundárias de dezesseis artigos nos bancos de dados Scielo, Medline e PubMed em junho de 2020 e, um livro referência da área otorrinolaringológica. A análise dos artigos evidenciou que os distúrbios metabólicos podem afetar diretamente o sistema vestibular e coclear, causando sintomatologia como vertigem, tontura e zumbido; assim como podem interferir de forma secundária na patologia pré-existente, funcionando como fator agravante vestibulococlear. Hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia e distúrbios no metabolismo da glicose, despontam como os mais frequentes distúrbios geradores de disfunção vestibulococlear. Essa pesquisa apontou que a redução, ou remissão, das queixas otoneurológicas pelos pacientes acometidos por distúrbios metabólicos, esteve intimamente relacionada ao tratamento da doença base metabólica, seja com dietas restritivas ou tratamento medicamentoso. É imperativo o correto rastreio metabólico frente às queixas vestibulococleares para otimização terapêutica. 

    Os riscos neurológicos ocasionados pela infecção do vírus da Dengue, Zika, Chikungunya em adultos

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    Este estudo realiza uma revisão integrativa dos resultados de cinco artigos sobre as complicações neurológicas associadas às infecções por arbovírus transmitidos pelos vírus da Dengue, Zika e Chikungunya. Essas infecções são uma crescente preocupação na saúde pública global devido à sua disseminação e aos distúrbios neurológicos graves que podem causar. Essa mini revisão tem como objetivo analisar tais consequências neurológicas, como também destacar a importância da vigilância e do manejo clínico adequado para prevenir complicações graves. A metodologia utilizada neste estudo é uma revisão integrativa de literatura, seleção dos artigos seguiu critérios específicos de inclusão e exclusão, e a busca foi realizada em bases de dados científicas renomadas, utilizando descritores específicos combinados com operadores booleanos. Os resultados deste estudo mostram que as infecções por Dengue, Zika e Chikungunya podem levar a sérias complicações neurológicas, como encefalite, síndrome de Guillain-Barré e diversas neuropatias. O Zika vírus apresenta afinidade por células neurais, explicando danos tanto pré-natais quanto em adultos. Em infecções por Chikungunya e Dengue, altos níveis de neperiana no líquido cefalorraquidiano indicam resposta imunológica ativa. Em suma, apesar de não apresentar resultados clínicos evidentes da patologia neurológica, os estudos analisados demonstram que há indicadores fortemente ligados com estas complicações, tornando necessário uma rigorosa atenção aos estudos futuros sobre a temática e de um tratamento clínico adequado para melhorar os resultados para os pacientes

    Associação da Lipoenxertia no tratamento de cicatrizes de queimadura: um relato de caso / Association of Lipoenxertia in the treatment of burn scars: a case report

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    Queimaduras são grandes responsáveis pelas taxas atuais de morbimortalidade e gastos em assistência no Brasil. Além das afecções estéticas, a cicatrização pós-queimadura pode trazer prejuízos à qualidade de vida do paciente dentro de seu desenvolvimento funcional, social e psicológico. No entanto, apesar de notáveis progressos no manejo da cicatrização de feridas, as opções terapêuticas ainda são um desafio para a classe médica, já que não há uma terapia padrão-ouro que elimine de forma totalmente eficaz o excesso de tecido cicatricial. Nesse contexto, a lipoenxertia surge como uma técnica terapêutica promissora que consiste na injeção de tecido adiposo autólogo para reconquistar um pouco do suporte mecânico e vascular da região subcutânea previamente destruída nas queimaduras graves com o apoio das propriedades regenerativas dos componentes celulares carregados nas amostras. Portanto, o presente trabalho objetiva descrever o caso de uma paciente adulta, vítima de queimaduras, apresentando a evolução dos resultados sob a luz dos mecanismos de ação envolvidos no reparo da cicatriz pela enxertia de gordura autóloga realizada em consonância com a literatura

    Abordagem terapêutica de seletividade alimentar em crianças com tea: uma mini revisão integrativa

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    Essa mini revisão de literatura aborda como a seletividade alimentar afeta e manifesta-se na vida de crianças com transtorno do espectro autista (TEA). Desse modo, a revisão evidencia os desafios que as crianças diagnosticadas com TEA possuem no âmbito nutricional e social, gerando a necessidade de tratamentos que mitiguem esses danos. A metodologia envolveu uma busca de artigos na base de dados da Scielo, PUBMED e Google Acadêmico, resultando em 5 artigos pertinentes após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. Os resultados pontuam que as crianças com TEA podem sentir dificuldade em incorporar alimentos novos devido a diversos aspectos sensoriais, dentre eles podemos citar cheiro, cores, visão, texturas, formatos, sabor, temperatura e, além de serem muito sensíveis a aspectos sensoriais, elas apresentam também uma inflexibilidade quanto à sua rotina. A discussão enfatiza a seletividade alimentar associada à sensibilidade sensorial e ao fato de muitas famílias acabarem aceitando que a criança só consegue comer determinados alimentos, mantendo a restrição que pode acarretar carência nutricional e prejudicar o organismo, pois a ingestão de macro e micronutrientes está relacionada com a ingestão de energia, o sistema imunológico, a neuroproteção, bem como o funcionamento adequado do organismo. A conclusão salienta a necessidade de terapias que visam ampliar as sensações das crianças para reduzir os impactos da seletividade alimentar e ressalta a importância da alimentação como meio de socialização para que as crianças com TEA possam ter uma melhor interação social

    Neuroplasticidade e estilo de vida: qual a relação? / Neuroplasticity and lifestyle: what is the relationship?

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    O gradativo rompimento do pensamento de que o cérebro é um conjunto de multiestruturas isoladas permitiu a estruturação de um novo conceito: o cérebro é um órgão dinâmico e adaptável frente às exigências impostas ao mesmo. Diante desse cenário, a neuroplasticidade ganha relevância, posto que, de acordo com C. H. Phelp (1990), trata-se de uma mudança adaptativa estrutural e funcional do sistema nervoso, que “ocorre em qualquer estágio da ontogenia, como função de interações com o ambiente interno ou externo ou, ainda, como resultado de injúrias, de traumatismos ou de lesões que afetam o ambiente neural”. Objetivo: Revisar possíveis associações entre neuroplasticidade e estilo de vida. Metodologia: Foi realizado busca de livros e artigos, nacionais e internacionais, utilizando a Biblioteca Virtual em Saúde – BVS MS e o PubMed. Utilizou-se como descritores: plasticidade neuronal, exercícios aeróbicos, yoga, e estilo de vida. 12 artigos foram selecionados e revisados, mas apenas 7 foram incluídos. Resultados: Yoga e exercícios aeróbicos foram às relações mais significativas encontradas referentes a estilo de vida, ao lado da demonstração da relação entre neuroplasticidade e patologia de Alzheimer. Conclusão: Há relação entre neuroplasticidade e estilo de vida, porém, há diminuta amostragem de estudos sobre a temática. Ainda, os mecanismos que demonstram o vínculo descrito são pouco compreendidos, inferindo e demandando maior volume de estudos esclarecedores sobre a tematica

    Revista de Ciências Médicas e Biológicas

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    Pombos domésticos (Columba livia) são frequentemente encontrados em ambientes urbanos e carreiam grandes quantidades de microrganismos como bactérias (família Enterobacteriaceae) e fungos (Cryptococcus, Histoplasma e Candida), sendo alguns deles causadores de doença em humanos. Entre as penas desses hospedeiros, vive a mosca chamada Pseudolynchia canariensis (Diptera: Hippoboscidae), um inseto hematófago que pode albergar micro-organismos patogênicos ao homem. O objetivo deste estudo foi pesquisar a flora normal associada à P. canariensis coletada em pombos urbanos encontrados nos prédios da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Foram capturados 30 pombos, dos quais foram coletados P. canariensis. Foi realizada pesquisa para isolamento de bactérias e fungos das pernas e peças bucais dos insetos. Grande número de espécies de microorganismos foi detectado, algumas delas patogênicas aos seres humanos, como as bactérias Escherichia coli, Streptococcus, Staphylococcus, Pseudomonas e Bacillus spp e os fungos Aspergillus sp., Candida parapsilosis, Fusarium sp., Penicillium sp. e Trichophyton sp. Pela primeira vez se descreve a presença desses microorganismos associadas aos pombos domésticos e seus ectoparasitas, sugerindo risco às pessoas que frequentam os prédios da UFTM, visto que os pombos, bem como a P. canariensis, podem ser fontes de agentes infecciosos.Salvado
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