9 research outputs found

    Treino de músculos inspiratórios em doentes com DPOC

    Get PDF
    Resumo: Objectivo: Pretendemos investigar os efeitos de um protocolo específico de treino dos músculos inspiratórios (TMI) no comportamento da dispneia, da função pulmonar, da força dos músculos respiratórios, da tolerância ao exercício e da qualidade de vida, num grupo de doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).Amostra: Constituída por treze doentes com DPOC moderada a muito grave distribuídos por um grupo de controlo (n=5) com um valor médio de FEV1 de 43,9±10,1% do valor teórico e um grupo experimental (n=8) com um valor médio de FEV1 de 57,8±± 12,1 % do valor teórico.O grupo experimental foi sujeito a TMI por cinco semanas consecutivas e o grupo de controlo não efectuou qualquer tipo de treino, sendo apenas aconselhado a continuar com as actividades diárias até então praticadas.Resultados: A aplicação do protocolo específico de TMI melhorou significativamente a pressão máxima inspiratória (PImax) no grupo experimental (Pimax inicial - 83,3±21,4 versus Pimax final- 98,4±17,8 cmH2O; p<0,01). O mesmo aconteceu com o score de sintomas do St. George Respiratory Questionnaire (SGRQ) no grupo experimental (score inicial 58±2,2 versus score final 50±2,1; p<0,05), não se tendo verificado qualquer alteração nas variáveis avaliadas no grupo de controlo.Conclusões: A aplicação do treino de músculos inspiratórios em doentes com DPOC moderada a muito grave induziu melhoria da força dos músculos inspiratórios com repercussão na melhoria da qualidade de vida no que diz respeito aos sintomas.Rev Port Pneumol 2007; XIV (2): 177-194 Abstract: Aim: The aim of this study was to evaluate the impact a specific inspiratory muscle training (IMT) protocol had on dyspnoea, lung function, respiratory muscle pressure, tolerance to exercise and quality of life in a group of patients with ch ronic obstructive pulmonary disease (COPD)Population: We studied 13 patients with moderate to very severe COPD divided into a control group (n=5) with an average FEV1 43.9±10.1% of predicted value and an IMT group (n=8) with FEV1 57.8±12.1 % of predicted value. While this study group underwent IMT for five consecutive weeks, the control group did not undergo any kind of training.Results: Using a specific IMT protocol significantly improved maximal inspiratory pressure (MIP) in the study group (initial MIP â 83.3±21.4 versus final MIP- 98.4±17.8 cmH2O; p<0.01). The same result was seen with the St. George Respiratory Questionnaire (SGRQ) score in the study group (initial score 58±2.2 versus final score 50±2.1; p<0.05). No changes were recorded in the variables studied in the control group.Conclusions: The use of IMT in patients with moderate to very severe COPD induced an improvement in inspiratory muscle force with a consequent improvement in the quality of life in relation to symptoms.Rev Port Pneumol 2007; XIV (2): 177-194 Palavras-chave: DPOC, TMI, Key-words: COPD, IM

    Papel da oximetria nocturna no rastreio da síndroma de apneia-hipopneia obstrutiva do sono** Estudo efectuado no âmbito de um mestrado em Patologia Respiratória da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa. / Study undertaken as part of an MSc in Respiratory Pathology, Lisbon University School of Medical Sciences.

    No full text
    Resumo: Objectivo: Foi objectivo deste estudo determinar a sensibilidade e a especificidade da oximetria nocturna (ON) como método de screening diagnóstico para a síndroma de apneia-hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS), utilizando como método de referência a polissonografia (PSG).Metodologia: Foram incluídos 63 doentes com sus-peita clínica de SAHOS e exclusão de doença respiratória, sendo submetidos a uma PSG completa, incluin-do ON. Posteriormente, foram determinados: a sensibilidade, a especificidade e os valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN) da ON.Resultados: A SAHOS foi diagnosticada em 47 doentes com uma média etária de 54 anos. Verificaram-se diferenças significativas na avaliação da percentagem do tempo total de sono (TTS) com dessaturação de O2 abaixo de 90% entre doentes com SAHOS (25,4 29,7%) e sem SAHOS (1±1,5%), p<0,001. A fim de avaliar a sensibilidade, a especificidade, o VPP e o VPN, utilizámos dois pontos de corte baseados na gravidade da dessaturação. Com o primeiro ponto de corte considerámos positivos para o diagnóstico da SAHOS todos os doentes que apresentassem valores de dessaturação (saturação de O2<90%)â¥a 1% do TTS, tendo-se obtido para a ON uma sensibilidade de 76,6%, uma especificidade de 75%, um VPP de 90% e um VPN negativo de 52,2%. Utili-zando o segundo ponto de corte, foram considerados positivos todos os doentes que apresentassem valores de dessaturaçãoâ¥a 5% do TTS, tendo-se obtido uma sensibilidade de 65,9%, uma especificidade de 100%, um VPP de 100% e um VPN de 50%.Conclusões: A ON é um bom teste de screening diagnóstico da SAHOS, desde que seja excluída patologia respiratória.Rev Port Pneumol 2007; XIII (4): 525-551 Abstract: Aim: The aim of our study was to evaluate the sensitivity and specificity of Nocturnal Oximetry (NO) as a diagnostic screening tool for obstructive sleep apnoea hypopnoea syndrome (OSAHS), compared with polysomnography (PSG) as the gold standard.Methodology: 63 patients with clinical suspicion of OSAHS and exclusion of respiratory disease under-went PSG and NO. We then determined NO sensitivity, specificity, positive (PPV) and negative predictive values (NPV).Results: OSAHS was diagnosed in 47 patients with a mean age of 54 years. In the evaluation of the percentage of Total Sleep Time (TST) with oxygen desaturation below 90%, we found significant differences between patients with OSAHS (25.4±29.7%) and without OSAHS (1±1.5%), p<0,001. We used two cutoff points to evaluate sensitivity, specificity, positive (PPV) and negative predictive values (NPV), based on the severity of O2 desaturation (StO2<90%). Using the first cutoff point we diagnosed with NO as positive all the patients with TST desaturation values â¥1% of the TST. Under these circumstances we found a sensitivity of 76.6%, a specificity of 75%, a PPV of 90% and an NPV value of 52.2% for our screening test (NO). Using the second cutoff point, we diagnosed with NO as positive all the patients with TST desaturation values â¥5% of the TST. With this method we found a sensitivity of 65.9%, a specificity of 100%, a PPV of 100% and an NPV of 50%.Conclusion: NO is a useful screening test for the diagnosis of OSAHS in patients without respiratory disease.Rev Port Pneumol 2007; XIII (4): 525-551 Palavras-chave: Síndroma de apneia/hipopneia obstrutiva do sono, oximetria nocturna, Key-words: Obstructive sleep apnoea hypopnoea syndrome, nocturnal oximetr

    Fisiopatologia da Dispneia em doentes cardíacos com Congestão Pulmonar** Trabalbo vencedor ex-aqueo do Prémio Thomé Villar/Boehringer Ingelheim, 1995

    Get PDF
    SUMÃRIO: O objectivo deste estudo foi avaliar a importância da comparticipação das alterações do controlo da ventilaçõe da força dos músculos respiratórios na génese da dispneia em doentes cardíacos com estase pulmonar. Para isso comparámos 48 doentes (GI), com uma idade média de 61 anos e uma pressão capilar pulmonar (PCP) de 19,9 mmHg, com um grupo de 35 controlos (GII), com uma idade média de 62 anos. Foram efectuadas as seguintes avaliações: volumes e capacidades pulmonares pelo método de diluição do hétio e por pneumotacografia, pressão de oclusão e resposta ventilatória em hipercánia, bem como a quantificação simultânea da dispneia utilizando uma escala visual analógica. Foram também medidas as pressões máximas dos músculos respiratórios, ao nível da boca, em repouso. Os doentes cardíacos foram submetidos a cateterismo cardíaco direito com determinação do débito cardíaco por termodilui determinação. Nestes doentes encontrou-se um aumento da pressão de oclusão basal em comparação com o grupo controlo (P0,1 GI-1,7 cmH20 / GII -1,35 cmH20; p<0,001), provavelmente devido ao padrão espirométrico restritivo que apresentavam. Não se detectaram alterações na variação da P0,1 durante a prova de hiperclápnia pelo que admitimos que o controlo central da ventilação se encontrava integro. Durante esta prova e para um mesmo aumento da ventilação, os doentes cardiacos apresentaram um maior grau de dispneia. A redução das pressões máximas respiratórias, bem como o aumento da âdriveâ respiratória em repouso, poderão estar implicadas na génese da dispneia oeste grupo de doentes. ABSTRACT: The purpose of this study was to evaluate whether pulmonary congestion (PC) in cardiac patients may induce changes in the control of breathing or in the respiratory muscles strength, that could be implicated in the genesis of dyspnea in this group of patients. We have compared 48 patients (GI), with a mean age of 61 years and a mean pulmonary capillary (wedge) pressure of 19.9 mmHg, with a group of 35 controls (GII) with a mean age of 62 years. We have performed the following measurements: pulmonary volumes and capacities using the helium dilution method, airway flows by pneumotachography. We also determined the occlusion pressure and the ventilatory response to C02, with simultaneous quantification of dyspnea using a visual analogue scale. Measurements of maximal inspiratory and expiratory pressures were also performed. PC patients underwent right heart catheterization and assessment of cardiac output by thermodilution technic. Cardiac patients had an increase in the central output to breathing (P0.1 GI-1.7 cmH20/GII - l.35 cmH20; < 0.001), probably due to the respiratory restrictive pattern. Because we found no changes in the P0.1, during C02 stimulation, we admit that the central command is not altered. During the C02 stimulation, and for a similar increase in ventilation, the cardiac patients showed a higher degree of dyspnea. The reduction of maximal respiratory pressures and the increased basal respiratory drive can be important factors in the generation of dyspnea presented by these patients. Palavras-chave: dispneia, congestão pulmonar, insuficiência ventricular esquerda, : Key- words, dyspnea, pulmonary congestion, left ventricular failur

    Avaliação da dispneia e padrões ventilatórios num grupo de doentes com limitação crónica do débito aéreo candidatos a um programa de reabilitação** Comunicação apresentada na Mesa Redonda Reabilitação do Doente Respiratório â Conceitos Actuaisâ; VIII CongTesso da SPPR â Póvoa de Varzim 1992.

    No full text
    RESUMO: Com o objectivo de monitorizar doentes sujeitos a Programas de Reabilitação Respiratória (PRR) os autores elaboraram urn protocolo de exploração funcional respiratória, mediante o recurso a técnicas de avaliação do controlo da ventilação e da força dos músculos respiratórios. A fim de testar o referido protocolo, o mesmo foi aplicado a 7 doentes com Limitação Crónica do Débito Aéreo (LCDA) por Bronquite Crónica e a 7 indivíduos com Osteoartrose Periférica (OA), que constituiram o grupo de controlo. A avaliação funcional respiratória constava de: determinação dos volumes e capacidades pulmonares, avaliação dos padrões respiratórios por Pletismografia de Inductância ou Respitrace, determinação da variação da ventilação, da pressão de oclusão e da dispneia mediante a estimulação com CO2, determinação do grau de dispneia basal pela Escala do Medical Research Council e deterrninação das Pressões Máximas Respiratórias a nível da boca.Com base nas diferenças encontradas, os autores concluem que o protocolo poderá contribuir para a investigação futura quanto ao substrato fisiopatológico da doença de base e de algumas técnicas de reabilitação a ela aplicadas. SUMMARY: In order to evaluate patients involved in pulmonary rehabilitation programs the authors developed a protocol which included the evaluation of the control of breathing and of the strenght of the respiratory muscles. To test the protocol they applied it to a group of 7 patients with pulmonary airflow limitation due to chronic bronchitis and to 7 patients with osteoarthrosis who were used as controls. The following parameters were measured: pulmonary volumes and flows, ventilatory patterns using the Respitrace, degree of dyspnoea, maximal mouth respiratory pressures, ventilatory response to CO2 assessed by changes in ventilation, occlusion pressure and degree of dyspnoea.Based upon the differences found between the two groups, the authors conclude that the protocol may be useful in the baseline and in the follow-up assessment of patients included in pulmonary rehabilitation programs. Furthermore the protocol may serve as a research tool to achieve a better understanding of the pathophysiological basis of the diseases involved and also of the effects produced by the rehabilitation procedures. Key-words: dyspnoea, control of breathing, respiratory muscles, pulmonary rehabilitation programs, Palavras-chave: dispneia, controlo da ventilação, músculos respiratórios, programa de reabilitação respiratóri

    Contributo dos músculos respiratórios para a fisiopatologia da hipercápnia na doença pulmonar obstrutiva crónica estabilizada

    Get PDF
    RESUMO: Os doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (D.P.O.C.) podem desenvolver hipercápnia crónica, em dado momento da sua história natural, correspondendo o aparecimento desta condição a uma fase de maior gravidade clinica. Os mecanismos fisiopatológicos que levam à hipercapnia crónica, são ainda hoje incompletarnente compreendidos. Apesar da retenção de CO2 estar na dependência da gravidade da obstrução das vias aéreas, existe uma variabilidade consideravel na relação entre os valores de PaCO2 eo Volume Expiratório Forçado em urn segundo (FEV1). Existem outros factores, como alteraçãoes de ventilação-perfusão, perturbações do comando ventilatório, fraqueza dos músculos respiratórios, o próprio padrão respiratório e a hiperinsuflação pulmonar, que tern sido referidos como condicionadores de retenção de dióxido de carbono. Este estudo teve como objectivo avaliar o contributo dos muscúlos respiratórios para a fisiopatologia da hipercapnia na D.P.O.C. estabili zada. Para isso estudámos a drive ventilatória, o padrão respiratório, as trocas gasosas e a forç dos mlisculos respirat6rios em 50 doentes com D.P.O.C. (sendo 27 normocapnicos e 23 hipercápnicos). Os resultados foram comparados com um grupo controlo constituido por 17 indíviduos sem doença cardiorespiratória.Os volumes pulmonares foram avaliados por pletismografia. O Volume de Gás Intratorácico (TGV) foi utilizado como a medição mais aproximada da Capacidade Residual Funcional (FRC). A obstrução das vias aéreas foi avaliada mediante a determinação dos débitos forçados e da conductancia especifica (SGaw). O estudo do controlo da ventilação assentou na determinação, em repouso, da Pressão de Oclusão (PO,l), da Ventilação minuto (VâE) e ainda na variaçãao destas variáveis, mediante o estímulo hipercápnico, de acordo como metodo de Read. O padrao respiratório foi avaliado mediante a determinação do tempo inspiratório (Ti), do tempo total do ciclo respiratório (Ttot), Volume Corrente (VT), e relação VD/VT. Avaliámos as trocas gasosas mediante a determinação do coeficiente de transferência para o monóxido de carbono (TL/VA), e também pela gasometria arterial. A força dos músculos respiratórios foi avaliada mediante O recurso a testes dependentes e não dependentes da vontade. Dentro dos primeiros, utilizámos as pressões máximas estaticas ao nivel da boca e a tecnica do sniff nasal, com medição subsequente das pressões a nivel nasal, esofágico e gastrico. A estimulação magnética cervical do nervo frénico foi a unica técnica não dependente da vontade, utilizada.Os doentes hipercápnicos apresentaram graus mais acentuados de obstrução das vias aereas e de hiperinsuflação, relativamente aos doentes normocápnicos. Revelaram também menor capacidade para desenvolver pressões respiratórias, tanto mediante os testes dependentes como pelos não dependentes do esforço. Contudo, ambos os grupos de doentes apresentavam niveis elevados de P0,l, relativamente ao grupo controlo. Como as pressoõs desenvolvidas estão dependentes do grau de hiperinsuflação, a fim de compararmos normocápnicos com hipercapnicos, anulando as diferenças decorrentes do grau de hiperinsuflação, procedemos ao emparelhamento dos doentes pelo grau de hiperinsuflação, tendo obtido dois subgrupos de doentes (n=15), com graus identicos de hiperinsuflação. A comparação destes subgrupos de doentes demonstrou que cram identicos no con trolo da ventilação e padrão respiratório, diferindo apenas na capacidade de difusão para o monóxido de carbono e nas pressões geradas por estimulação magnetica cervical dos nervos frénicos. Relativamente a estas duas avaliações, os doentes hipercapnicos apresentaram valores inferiores aos dos normocapnicos.A fim de avaliar a correlação entre a PaCO2 e a função pulmonar, a drive ventilatória e a função dos músculos respiratórios efectuamos uma correlação linear de Pearson. Posteriormente, procedemos a uma analise de regressão múltipla que determinou que o grau de obstrução das vias aereas (FEV1), e a reserva de pressão potencialmente disponivel para o acto inspiratorio (P0,l/PImax), eram os principais determinantes do nivel da PaCO2 em repouso.Este estudo demonstrou que a drive central se encontrava aumentada nos doentes com D.P.O.C., encontrando-se bern preservada nos doentes hipercápnicos. Estes doentes, contudo, tinham uma reduzida capacidade do diafragma para gerar pressoes subsequentes à estimulação magnética dos nervos frénicos, sugerindo que a mesma possa ser o mecanismo promotor da hipercápnia cronica.REV PORT PNEUMOL 2001; VII (3): 191-263 ABSTRACT: Patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease (C.O.P.D.) may develop hypercapnia as the severity of the disease progresses. The mechanisms that lead to chronic hypercapnia are not completely understood. Although carbon dioxide retention is dependent on the severity of airway obstruction, there is considerable variability in the relationship between CO2 retention and forced expiratory volume in one second (FEV1). Others factors such as ventilation-perfusion mismatch, abnormalities in ventilatory control, respiratory muscle weakness, the pattern of breathing, and pulmonary hyperinflation have been reported to contribute to carbon dioxide retention. This study was designed to evaluate the role of the respiratory muscles in the pathophisiology of chronic hypercapnia in clinically stable C.O.P.D. patients. In order to do this, we studied ventilatory drive, respiratory pattern, gas exchange, and respiratory muscle strength in 27 normocapnic and 23 hypercapnic C.O.P.D. patients. The results were compared with 17 controls, without cardiorespiratory disease.Lung volumes were determined by whole body plethysmography. Thoracic Gas Volume (TGV) was used as the best available measure of Functional Residual Capacity (FRC). Airway obstruction was evaluated by forced airway flows and specific airway conductance (SGaw). The ventilatory drive was assessed by determination of occlusion pressure (PO. I), minute ventilation (VâE) at rest and the response to hypercapnia using Read rebreathing technique. The determination of inspiratory time (Ti), total time of the respiratory cycle (Ttot), tidal volume (VT) and the ratio VJVT evaluated respiratory pattern. Gas exchange was assessed by determination of carbon monoxide transfer factor (T;vA) and arterial blood gas analyses. Respiratory muscle strength was evaluated both by volitional and nonvolitional methods. We used the static mouth pressures and the sniff nasal inspiratory test with measurement of pressures at nose, gastric and esophageal levels as volitional tests. The non-volitional test used was magnetic stimulation of phrenic nerves.Hypercapnic patients were more obstructed and more hyperinflated than normocapnic patients, and developed lower respiratory muscles pressures, both with volitional and non-volitional tests. However both groups of patients had higher resting P0.l values than controls, but similar responses of this variable with CO2 stimulation. As the pressures developed by inspiratory muscles are dependent on the degree of hyperinflation, we matched two sub-groups of normocapnic and hypercapnic patients (n=15) with similar levels of hyperinflation, in order to compare both groups, excluding the influence of hyperinflation. Comparing those sub-groups of patients we found that they had a similar ventilatory drive and respiratory pattern but different diffusion capacity to CO, and different diaphragmatic pressures elicited by cervical magnetic stimulation of the phrenic roots, showing the hypercapnic patients lower values.Pearsonâ test was used to assess the relationship between static lung function, ventilatory drive and respiratory muscle function with resting PaCO2 ⢠A stepwise multiple regression analyses determined, as best predictors of resting CO2 level, the airways obstruction (FEV1) and the reserve of pressure potentially available for inspiration (PO.l/PImax) â¢This study has shown that irrespective of CO2 level, baseline central drive was increased in C.O.P.D. patients, and that neural inspiratory drive was well preserved in hypercapnic patients. These patients had a decreased capacity of the diaphragm to generate pressures elicited by magnetic stimulation compared with normocapnic patients, suggesting that this could be the promoter factor leading to chronic hypercapnia.REV PORT PNEUMOL 2001; VII (3): 191-263 RÃSUMÃ: Les malade atteints de Brochopneumopathie Chronique Obstructive (B.P.C.O) peuvent développer hypercapnie à certain moment de son histoire naturelle. Les mécanismes conduissant a lâhypercapnie chronique sont encore, aujourdâhui, object de discussion. Malgré Ia dépendance de Ia retention de CO2 de Ia gravité de lâobstruction des voies aériennes, il y a one grande variabilité entre Ia relation des valeurs de PaCO2 et le Volume Expiratoire Forcé dans un second (FEV1). II y a d'autres facteurs, comme les altérations de ventilation-perfusion, les perturbations du commande ventilatoire, Ia faiblesse des muscles respiratoires, les alterations du mode respiratoire et aussi lâhyperinsufflation pulmonaire, qui sont decrits comme responsables pour lâhypercapnie chronique.Le but du présent travail a été évaluer Ia contribution des muscles respiratoires pour Ia physiopathologie de lâhypercapnie chronique dans Ia B.P.C.O. stabilisé. De cette façon, on a étudié le contrôle ventilatoire,le mode respiratoire, les échanges gazeux et Ia force des muscles respiratoires, dans 50 malades avec B.P.C.O. (27 normocapniques et 23 hypercapniques) et 17 sujets contrôles, sans pathologie cardio-respiratoire. Les resultats des malades normocapniques ont été comparés avec les des hypercapniques et aussi les résultats de ces deux groupes avec le groupe contrôle.Les volumes pulmonaires ont été étudiés par pléthismographie. Le volume gazeux thoracique (TGV) a été utilisé comme Ia meilleure approximation de Ia capacité résiduelle fonctionnelle (FRC). Lâobstruction des voies aériennes a été evaluee par Ia determination des debits forces et par Ia conductance specifique (SGaw). La détermination au repos, de Ia pression dâocclusion (P0,l), de Ia ventilation minute (VâE) et aussi de Ia variation de ces variables après stimulation avec CO2 ont compris lâetude du controle de Ia ventilation. Le mode respiratoire a été évalue par Ia détermination de Ia durée du temps inspiratoire (Ti), de Ia duree de cycle respiratoire total (Ttot), du volume courant (VT), et du rapport volume de lâespace mort sur le volume courant (VD/VT). Les échanges gazeux ont été évalues par Ia détermination du coefficient de transfert pour le monoxyde de carbone (TL/NA) et aussi par Ia gazométrie artérielle. Nons avons etudie aussi les muscles respiratoires avec des methodes dependants et non dependants de l'effort. Les pressions maximales statiques au niveau de Ia bouche et Ia technique du sniff nasal avec Ia détermination des pressions au niveau nasal, esophagienne et gastrique ont été les méthodes dependantes de Iâeffort. La stimulation magnetique cervicale a été lâunique technique non dépendant de Iâeffort.Les malades hypercapniques ont présenté une obstruction et une hyperinsuffiation plus accentué quand on les compare avec le groupe des normocapniques. lis ont aussi développé pressions respiratoires plus réduites que les normocapniques, soi pour les méthodes dépendantes de lâeffort, comme pour Ia stimulation magnetique. Lcs deux groupes de malades respiratoires ont présenté une augmentation significative de Ia P0,l, par rapport au groupe controle. Comme les pressions développées par lcs muscles respiratoires sont en dépendance du degré de lâhyperinsuffiation, pour comparer normocapniques avec hypercapniques sans être influencé pour différences dans les volumes, nous avons groupé les malades en deux sous-groupes avec une hyperinsuffiation similaire. La comparaison entre ces deux sous-groupes a demontre quâils ne présentaient pas de différences en ce qui concerne le contrôle de Ia ventilation et le mode respiratoire. Par contre, les malades hypercapniques avaient une réduction significative de Ia capacité de transfert du monoxyde de carbone et aussi des pressions génères pour Ia stimulation magnétique.La corrélation linéaire de Pearson a été développée pour évaluer lâexistence d'eventuelle correlation entre Ia PaCO2 et Ia fonction pulmonaire, le commande ventilatoire et Ia fonction des muscles respiratoires. Après Ia même, on s'est etabli une régression multiple avec les variables qui présentaient une corrélation avec Ia PaC02 Ces résultats ont démontre que les principaux determinants de Ia PaCO2 étaient le niveau dâobstruction des voies aeriennes (FEV1) et aussi Ia reserve en pression éventuellement disponible pour lâinspiration (PO,l/Pmax).Comme conclusions principales on peut établir que le commande central de Ia ventilation était augmente dans les malades avec B.P.C.O., etant aussi bien préservé dans les malades hypercapniques. Ces malades, par contre, avaient une réduction de Ia capacité du diaphragme pour produire pressions a pres Ia stimulation magnétique, en indiquant que Ia réduction de cette capacité peut etre le mécanisme promoteur de lâhypercapnie chronique.REV PORT PNEUMOL 2001; VII (3): 191-26

    Prevalência de obstrução numa população exposta ao fumo do tabaco â Projecto PNEUMOBIL

    Get PDF
    Resumo: A espirometria não atingiu ainda a divulgação que se justificaria em patologia respiratória, ou indivíduos que se encontram em risco relativamente a esta patologia, cujo diagnóstico é insuficiente, havendo um escasso conhecimento, e consequente controlo, dos custos atribuíveis a estas doenças, com destaque para a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).O PNEUMOBIL, iniciativa que visa esta divulgação entre fumadores e ex-fumadores, foi reactivado, após 10 anos de aplicação em Portugal, revelando agora, numa amostra de 5324 indivíduos, em que cerca de 50% ainda mantêm os hábitos tabágicos, sejam do sexo masculino ou feminino, que houve uma elevada prevalência de obstrução detectada por espirometria (30% e 25%, respecti-vamente) nas pessoas rastreadas perto de centros de saúde (grupo público) e em empresas (grupo privado). Este risco não se explica em regra por exposição ocu-pacional, nem se relaciona com a maioria dos sintomas respiratórios, muito frequentes nos rastreados. Apenas a dispneia (OR=1,28; p=0,02) e os episódios frequentes de expectoração (OR=1,21; p=0,008) ou de bronquite aguda (OR=1,31; p=0,05) revelam al-guma relação com a obstrução. O reconhecimento prévio da DPOC é muito reduzi-do e a presença de obstrução não se correlaciona (p=0,204) com o assumir da condição de portador.Rev Port Pneumol 2009; XV (5): 803-846 Abstract: The use of spirometry is not yet widespread enough in chronic respiratory or at-risk patients whose diagnosis is incomplete. There is scarce knowledge and inadequate management of the burden of these diseases, particularly chronic obstructive pulmonary disease (COPD).Pneumobil, an initiative aimed at raising awareness among smokers and ex-smokers, was reactivated 10 years after its launch in Portugal. It found a large prevalence of bronchial obstruction as measured by spirometry (30% and 25% in men and women respectively) in a sample of 5324 smoke-exposed individuals, 50% current smokers, screened at state or business (private company group) health institutions. This risk is neither mainly attributable to occupational exposure nor mainly related to respiratory symptoms, which were very common in our population. Only dyspnoea (OR=1.28; p=0.02) and frequent episodes of sputum production (OR=1.21; p=0.008) or acute bronchitis (OR=1.31; p=0.05) were somewhat related to bronchial obstruction. Prior knowledge of COPD is rare and bronchial obstruction is not correlated (p=0.204) to a possible diagnosis of COPD.Rev Port Pneumol 2009; XV (5): 803-846 Palavras-chave: Fumo do tabaco, obstrução brôn-quica, DPOC, PNEUMOBIL, Key-words: Tobacco smoke, bronchial obstruction, COPD, PNEUMOBI
    corecore