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    Biomonitoramento indica poluição do Rio Guandu por compostos cancerígenos

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    O rio Guandu é responsável pelo fornecimento de água potável para mais de 10 milhões de pessoas da região metropolitana do Rio de Janeiro. Entretanto, diversos estudos têm demonstrado que esse rio apresenta elevados níveis de contaminação por substâncias que podem causar mutações e câncer. Portanto, é de extrema importância que providências sejam tomadas para melhorar a qualidade da água dessa bacia hidrográfica. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial do uso da enzima etoxiresorufina O-desetilase (EROD) hepática de tilápias (Oreochromis niloticus) como biomarcadora no monitoramento da qualidade da água do rio Guandu. A atividade da enzima foi determinada através de fluorimetria em frações microssomais e pós-mitocondriais de tilápias capturadas no rio Guandu e em dois sítios controles. Nossos resultados mostraram que a EROD hepática de tilápias capturadas no rio Guandu apresentou atividade 700% maior do que daquelas capturadas nos sítios controles. Esta elevada atividade da EROD nos fígados das tilápias do rio Guandu indica grande indução da subfamília de CYP1A. Diversos autores têm demonstrado que a indução desta isoforma de citocromo P-450 está associada à presença dos contaminantes bifenilas policloradas (PCB)  e dioxinas, que apresentam atividade cancerígena. Frente a estes resultados, não recomendamos o consumo de peixes capturados no rio Guandu, e sugerimos que outras pesquisas sejam feitas para que a origem destes contaminantes ambientais seja esclarecida.   Palavras-chave: Citocromo P-450, Monitoramento, Poluição, Rio Guandu, Tilapia
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