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    O COGITO CARTESIANO COMO GRITO DE INDEPENDÊNCIA DA RAZÃO

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    Tematizamos o contexto intelectual em que o cogito cartesiano foi pronunciado ao interrogarmos sua reverberação política num século em que as pesquisas eram obrigadas a se debruçar sobre o que chamaremos “mundo de papel”. Nosso objetivo é trazer à tona que o uso per se da razão precisava ganhar espaço em meio à constituição escolástica do fazer científico. Para tanto, nos servimos da seguinte metodologia: esboçaremos os pilares do fazer científico da época de Descartes para caracterizarmos o berço do cogito. Vincularemos ao contexto a precaução de Descartes em publicações que o indisporiam às autoridades. Abordaremos o tema do cogito de modo a esboçar como ele se adequa aos tribunais da inquisição ao mesmo tempo em que subverte o mundo de papel. Por fim, apontaremos com desconfiança que o texto de Descartes diz, talvez, um pouco mais do que aquilo que nele se lê, pois queremos lançar o leitor num campo aberto para novas reflexões

    A NOÇÃO DE PENSAMENTO EM DESCARTES

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    Neste artigo, procuramos introduzir o leitor às noções imprescindíveis para a compreensão da noção de pensamento em Descartes. A noção marca o modo de pensar do ocidente, mas, embora seu nome tenha sido popularizado, sua filosofia é reproduzida com desfalques significativos por reiteradas vezes. Tem seus elementos tratados superficialmente ou é contemplada por extensas discussões que se dedicam a meandros técnicos alcançados apenas por especialistas. Em ambos casos, notamos nisso um problema. Sendo uma filosofia que serve de gênese a toda discussão que a sequenciou, a clarificação de seus elementos imprescindíveis é um ganho ao âmbito acadêmico e popular. Por isso, tematizamos a noção de pensamento – noção central à sua filosofia – a partir das Meditações, obra capital da metafísica cartesiana. Nossa metodologia, entretanto, visa recorrer também ao Discurso do Método, às segundas objeções e respostas – um apêndice do texto original das Meditações – e à primeira parte dos Princípios da Filosofia. Queremos entregar ao leitor um espectro fiel à coerência a obra como um todo. As Meditações trazem concepções implícitas, que tais obras elucidam com propriedade. Ao final, concluiremos quais os elementos indispensáveis à noção de pensamento em Descartes e daremos uma compreensão rigorosa e abrangente da noção em tela
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