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    SISTEMA DE PLANTIO DIRETO DE HORTALIÇAS: UMA ALTERNATIVA DE MANEJO SUSTENTÁVEL DO SOLO E INTERAÇÃO ENTRE HORTICULTORES E ACADÊMICOS DO IFC

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    A horticultura é de grande importância para o Estado de Santa Catarina, tradicionalmente realizada por minifundiários que tiram o sustento desse cultivo. No estado catarinense grande parte da agricultura familiar ocupa áreas de baixa aptidão agrícola e fragilidade ambiental. As práticas de cultivo e manejo são de forma convencional e intensiva, expondo o solo a perdas de matéria orgânica, degradação da estrutura e perda de fertilidade, que ao longo dos anos pode inviabilizar o cultivo. O presente trabalho teve como objetivo promover interações entre a comunidade acadêmica do IFC e a comunidade externa, produtores ou alunos de outras instituições, se utilizando de demonstrações das técnicas bases do Sistema de Plantio Direto de Hortaliças em dias de campo. O experimento foi implantado na área experimental do Curso de Agronomia do IFC - Concórdia. A hortaliça utilizada foi a cebola, cultivada sob sete sistemas de cultivo, com o uso das coberturas de solo: Milheto (1), Crotalária (2), Crotalária + Milheto + Trigo Mourisco (3), Crotalária + Milheto + Trigo Mourisco plantio em verde (4); um tratamento sem cobertura alguma (5); e outro implantado sob plantio convencional (com preparo do solo) sem palha (6) e com adição de palhada pós plantio da hortaliça (7). Após as avaliações de produtividade e análise econômica os os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, apresentando significância as médias foram agrupadas pelo teste de Scott-Knott (p<0,05), com auxílio do software estatístico SisVar. Após a análise observou-se que tanto para a produtividade quanto para a rentabilidade não houveram diferenças entre os diferentes sistemas de cultivo utilizados. Com isso, é possível concluir que é viável cultivar cebola em sistema conservacionista do solo.  A fim de divulgar o cultivo em Sistema Plantio Direto de Hortaliças (SPDH) foram realizados dias de campo com alunos dos cursos Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio e Agronomia do Campus, no momento da colheita da cebola. Além disso, será exposto na Tecnoeste 2022 canteiros com diferentes plantas de cobertura e serão distribuídas cartilhas, com informações básicas para a implantação do SPDH

    AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE TÉCNICA/ECONÔMICA DO PLANTIO DIRETO DE CEBOLA EM SUCESSÃO A DIFERENTES COBERTURAS DE SOLO

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    O cultivo de hortaliças em Santa Catarina ocorre, preponderantemente, em áreas de relevo acidentado, com preparo convencional, com intenso revolvimento do solo. Esse manejo predispõe a uma rápida degradação da estrutura física, perdas de solo, água e nutrientes através de processos erosivos, resultando em degradação ambiental. O sistema plantio direto é uma alternativa para evitar esses processos, favorecendo a estruturação do solo, a infiltração de água, a diminuição da compactação e o controle de plantas daninhas. O objetivo do estudo foi avaliar a viabilidade técnica e econômica do cultivo da cebola em sistema plantio direto. O trabalho foi conduzido no Instituto Federal Catarinense – Campus Concórdia, SC. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições. A cebola foi transplantada na densidade de 250 mil plantas ha-1, em sucessão às culturas de cobertura: Capim Sudão (10,9 t ha-1 de MS) (S); Crotalária (2,9 t ha-1 de  MS) (C); Consórcio Capim Sudão + Trigo Mourisco + Crotalária (4,4 t ha-1 de  MS)  dessecado (S+C+T) e o mesmo consórcio não dessecado (7,0 t ha-1 de MS) (S+C+T PV); sem cobertura (SC); plantio convencional (PC); PC com adição de palhada (9,8 t ha-1 de MS) pós plantio da hortaliça (PC+P). Foram avaliadas a temperatura do solo, na camada 0 e 5 cm, às 10h, 13h e 16h (ºC); a densidade (g cm³), a porosidade (cm3 cm-3) e a umidade gravimétrica (g g-1) e volumétrica (cm cm-1) na camada 0-10 e 10-20 cm; massa verde (MV) e seca (MS) das plantas espontâneas (kg ha-1) e incidência das plantas (nº/m²); resistência do solo a penetração de 0-50 cm (Mpa), além da avaliação da produtividade da cebola (Mg ha-1), massa média dos bulbos (kg-1) e também foi realizada a avaliação econômica dos sistemas utilizando os dados disponíveis e a metodologia adotada pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (CEPA/EPAGRI). Os dados foram submetidos à análise de variância e, mediante significância estatística, as médias foram agrupadas pelo teste de Scott-Knott (p<0,05), com auxílio do software estatístico SisVar®. A cobertura com palhada resultou em menor temperatura e amplitude térmica do solo, principalmente em S+C+T PV e PC+P. Os tratamentos sem palhada tiveram as maiores temperaturas, com máxima de 49,3 °C em SC, às 13h, e variação térmica de 25,9 ºC, entre as 13h e 16h.  A densidade do solo, porosidade, umidade gravimétrica e volumétrica não foram afetados pela cobertura utilizada. A resistência do solo a penetração é maior na camada de 10-20 cm para PD e C. A cobertura do solo, excetuando S+C+T PV, reduziu o número e, consequentemente, a MS das plantas espontâneas em 53 e 63%, respectivamente, quando comparado aos tratamentos sem cobertura. A produtividade média foi de 41,2 Mg ha-1, e a massa média dos bulbos 0,17 kg-1, não sendo afetados pelo sistema de cultivo. É economicamente viável o cultivo em plantio direto. A cobertura do solo, é vantajosa por apresentar maior controle de plantas daninhas, diminuição da variação diária de temperatura do solo e por manter as características físicas adequadas para a cultura. É possível cultivar cebola em sistema conservacionista do solo sem perdas de produtividade
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