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Impacto das medidas não farmacológicas para conter a pandemia por COVID-19 nas internações hospitalares por doenças respiratórias em crianças e adolescentes entre os anos de 2018 e 2021
Introdução: O ano de 2020 foi marcado pela pandemia de COVID-19, fato que obrigou a implantação de diversas medidas não farmacológicas para tentar conter a disseminação do vírus, medidas essas que durante o ano de 2021 foram sendo flexibilizadas. As intervenções para lidar com a pandemia de COVID-19 podem influenciar a incidência de outras doenças respiratórias. O presente estudo tem como objetivo avaliar o impacto das medidas não farmacológicas na incidência das internações de crianças, durante a implantação e após as flexibilizações dessas medidas, considerando principalmente o retorno das atividades escolares. Material e métodos: Estudo ecológico, realizado mediante a análise de dados das internações hospitalares pediátricas ocorridas em hospitais públicos da cidade de Porto Alegre. Foram analisados dados de pacientes com os diagnósticos de bronquiolite, asma, pneumonia, bronquite ou laringite durante os anos de 2018, 2019 e 2020. E dados de pacientes com diagnósticos de bronquiolite, asma ou pneumonia, durante o período de janeiro a julho dos anos de 2019, 2020 e 2021. Para significância estatística, adotou-se p <0,05. Resultados: Entre os anos de 2018 e 2020, 10.109 internações foram registradas pelas causas respiratórias incluídas neste estudo, e, no período de janeiro a julho dos anos de 2019, 2020 e 2021, ocorreram 4024 internações pediátricas devido às doenças incluídas. No ano de 2020 houve redução significativa na incidência média das doenças respiratórias estudadas em relação a 2018 e 2019. Quando comparamos 2021 com 2019, essa redução foi menor, porém ainda importante (-56,99 internações/100.000 crianças). Em todos os períodos estudados bronquiolite foi a doença que apresentou a maior queda. Conclusão: Com implantação de medidas não farmacológicas para conter a pandemia, houve uma redução no número de internações devido às doenças respiratórias estudadas. Após as flexibilizações, essa redução foi menor do que a do período anterior, porém ainda significativa e clinicamente importante. A manutenção da redução das internações após o retorno de atividades escolares indica que as medidas não farmacológicas podem impactar de forma muito importante na saúde infantil, mesmo após o retorno das atividades escolares.Introduction: The year 2020 was marked by the COVID-19 pandemic, a fact that forced the implementation of several non-pharmacological measures to try to contain the spread of the virus, measures that during the year 2021 were being relaxed. Interventions to deal with the COVID-19 pandemic may influence the incidence of other respiratory diseases. The present study aims to evaluate the impact of non-pharmacological measures on the incidence of hospitalizations of children, during the implementation and after the flexibilization of these measures, mainly considering the return of school activities. Material and methods: Ecological study, carried out by analyzing data from pediatric hospital admissions that occurred in public hospitals in the city of Porto Alegre. Data from patients diagnosed with bronchiolitis, asthma, pneumonia, bronchitis or laryngitis during the years 2018, 2019 and 2020 were analyzed. And data from patients diagnosed with bronchiolitis, asthma or pneumonia during the period from January to July of the years of 2019, 2020 and 2021. For statistical significance, p <0.05 was adopted. Results: Between the years 2018 and 2020, 10109 hospitalizations were registered for the respiratory causes included in this study, and, in the period from January to July of the years 2019, 2020 and 2021, there were 4024 pediatric hospitalizations due to the diseases included. In 2020, there was a significant reduction in the average incidence of respiratory diseases studied in relation to 2018 and 2019. When comparing 2021 with 2019, this reduction was smaller, but still important (-56.99 hospitalizations/100,000 children). In all periods studied, bronchiolitis was the disease that showed the greatest decrease. Conclusion: With the implementation of non-pharmacological measures to contain the pandemic, there was a reduction in the number of hospitalizations due to the respiratory diseases studied. After the flexibilities, this reduction was smaller than in the previous period, but still significant and clinically important. The continued reduction in hospitalizations after the return of school activities indicates that non-pharmacological measures can have a very important impact on child health, even after the return of school activities
NÍVEL DE DOR E GRAU DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA CARDÍACA
Objetivo: avaliar a correlação da dor e independência funcional no período pré e pós-operatório dos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Métodos: estudo prospectivo e não intervencionista composto por 24 pacientes que realizaram cirurgia cardíaca eletiva. Foram coletados os dados clínicos nos prontuários dos pacientes e realizada entrevista direta no pré-operatório e no pós-operatório. A intensidade de dor foi avaliada pela Escala Visual Numérica e a funcionalidade pela Medida de Independência Funcional. Resultados: na primeira avaliação, os pacientes não relataram dor. Na avaliação pós-operatória, os pacientes apresentaram uma média de 4,75 ± 1,91 pontos na escala de dor. A funcionalidade passou de 124,29 ± 6,38 no pré-operatório para 97,42 ± 12,73 no pós-operatório. Verificou-se correlação significativa entre dor e funcionalidade. Conclusão: ocorreu aumento da dor e redução da funcionalidade no pós-operatório de cirurgia cardíaca, além de correlação entre as variáveis, demonstrando que uanto maior a intensidade da dor, menor é a independência funcional do paciente.Descritores: Cirurgia torácica. Medição da dor. Fisioterapia. Reabilitação