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Estimulação cerebral profunda na Doença de Parkinson: evidências de estudos de longa duração
A Doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa crônica que afeta principalmente idosos, mas pode ocorrer em adultos jovens. É a segunda doença neurodegenerativa mais comum, após o Alzheimer. A DP afeta 1% dos indivíduos acima de 60 anos em países industrializados. Sua causa envolve fatores genéticos e ambientais, como exposição a pesticidas e envelhecimento. A Estimulação Cerebral Profunda (DBS) é um tratamento que simula lesões cerebrais, melhorando sintomas motores e não motores. O presente estudo tem como objetivo analisar evidências de estudos sobre a eficácia da DBS no tratamento da DP. Trata-se de uma revisão sistemática de estudos quantitativos que utiliza as bases de dados PubMed (Medline), Cochrane Library e Scientific Electronic Library Online (SciELO) para selecionar artigos científicos. Os estudos incluídos abrangem o período de 2013 a 2023 e estão em inglês, abordando a DBS no tratamento da DP. A DBS melhora diversos sintomas motores e não motores, resultando em uma melhor qualidade de vida para os pacientes. Tais benefícios são sustentados mesmo em estágios avançados da Doença de Parkinson, a qual consiste em fornecer pulsos de corrente elétrica a áreas cerebrais profundas através de eletrodos implantados cirurgicamente, geralmente quando a terapia medicamentosa já não é eficaz. Em um estudo com 82 pacientes, a terapia com DBS resultou em uma redução de ± 52% nos sintomas motores do UPDRS sob medicação antes da cirurgia. A melhora nos sintomas motores com a estimulação, em comparação com a ausência de estimulação e medicação, foi de ± 61% no primeiro ano e ± 39% de 8 a 15 anos após a cirurgia (antes da reprogramação). A medicação foi reduzida em ± 55% após 1 ano e ± 44% após 8 a 15 anos, com a maioria dos pacientes mostrando melhorias após a reprogramação. De acordo com as literaturas analisadas, a DBS é uma terapia eficaz para a DP. Enfatiza-se a importância da inovação contínua e dos novos estudos para explorar as facetas não investigadas desse campo. Com a abordagem dos aspectos clínicos, cirúrgicos, tecnológicos e científicos, destacam-se os benefícios, limitações e desafios a serem superados. Ademais, inovações tecnológicas na DBS, como a estimulação direcional, adaptativa e a telemedicina estão sendo exploradas. Em suma, este artigo fornece evidências sobre os benefícios da DBS na DP, ressaltando a necessidade de pesquisas adicionais para otimizar tal intervenção terapêutica e melhorar a qualidade de vida dos pacientes
Inibidores de Janus quinase (JAK) como agentes terapêuticos para Artrite Reumatoide: eficácia e segurança
A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune crônica que afeta principalmente as articulações, resultando em inflamação, dor e danos progressivos nas estruturas articulares, resultando em inflamação, dor e danos progressivos. O tratamento da artrite reumatoide (AR) tem sido uma área de constante evolução, com o objetivo de controlar os sintomas, prevenir danos articulares e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Nos últimos anos, os inibidores de Janus Quinase (JAK) surgiram como uma classe promissora de medicamentos no arsenal terapêutico disponível. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo analisar a eficácia e segurança do tratamento da artrite reumatoide com inibidores de JAK (JAKi). Para isso, foram selecionados três artigos que avaliaram o uso dos JAKi, publicados entre 2013 a 2023, nas bases de dados PubMed (Medline), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Cochrane Library. Observaram-se resultados com melhora estatisticamente significativa na obtenção de respostas ACR20, ACR50 e ACR70 com o baricitinibe em comparação com o placebo (p < 0,05). As razões de chances (odds ratio) calculadas, juntamente com os intervalos de confiança de 95% correspondentes, corroboraram esses achados, com razões de chances de 2,50 (IC 95%: 1,80-3,47) para ACR20, 2,12 (IC 95%: 1,47-3,06) para ACR50 e 1,78 (IC 95%: 1,23-2,57) para ACR70. Ademais, observou-se segurança ao adicionar os JAKi à terapia combinada com o metotrexato para o tratamento da AR, sem aumento do risco de malignidade. Em suma, os inibidores de JAK são eficazes no tratamento da artrite reumatoide, ao proporcionarem melhorias significativas nos sintomas e nas respostas clínicas dos pacientes. Além disso, apresentaram um perfil de segurança favorável, com uma incidência semelhante de eventos adversos graves em comparação com o placebo. Esses resultados sugerem que o baricitinibe pode ser uma opção terapêutica viável para o manejo da artrite reumatoide. No entanto, são necessários estudos adicionais para avaliar a eficácia e segurança em diferentes populações de pacientes, bem como para investigar o perfil de segurança a longo prazo
Avaliação dos efeitos neurobiológicos e psicológicos dos procedimentos estéticos
Este artigo de revisão de literatura avalia os efeitos neurobiológicos e psicológicos dos procedimentos estéticos. Foram selecionados vinte estudos científicos relevantes nas bases de dados PubMed e Cochrane. Os resultados indicam que os procedimentos estéticos podem melhorar significativamente a autoestima, satisfação com a aparência e bem-estar psicológico dos pacientes. As mudanças neurobiológicas em áreas do cérebro relacionadas à ansiedade e ao estresse sugerem que os efeitos psicológicos dos procedimentos estéticos podem estar relacionados à mudança na atividade cerebral. No entanto, ainda há lacunas no conhecimento em relação aos mecanismos neurobiológicos subjacentes aos efeitos psicológicos dos procedimentos estéticos. Os procedimentos mais comuns, como botox, preenchimentos e cirurgias plásticas, estão relacionados à melhoria na autoestima e na satisfação com a aparência. A prática ética e responsável na medicina estética é fundamental para garantir a segurança dos pacientes. A revisão de literatura contribui para o avanço do conhecimento científico sobre o tema e destaca a importância de orientar pacientes e profissionais de saúde sobre os efeitos neurobiológicos e psicológicos dos procedimentos estéticos. Conclui-se que os procedimentos estéticos podem ser uma opção válida para melhorar a aparência e o bem-estar psicológico, desde que sejam realizados por profissionais qualificados e éticos. Futuras pesquisas devem focar em investigar os mecanismos neurobiológicos subjacentes aos efeitos psicológicos dos procedimentos estéticos e fornecer orientação mais precisa para pacientes e profissionais de saúde