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    Potencial e limites da pesquisa participativa para o planejamento da gestão e do uso dos recursos naturais: o caso do município de Uruará na região da Transamazônica

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    O Programa Agro-ecológico da Transamazônica (PAET) foi iniciado em 1993 na região da Transamazônica, por meio de uma parceria entre uma federação regional que reúne várias organizações de agricultores (MPST) e uma equipe multidisciplinar de pesquisa e desenvolvimento (LAET).            O município de Uruará, típico de “fronteira econômica”, foi selecionado para uma experiência de pesquisa e planejamento participativos, com um enfoque especial sobre o uso dos recursos florestais. Um diagnostico sobre uso dos recursos naturais e sobre os aspectos econômicos da exploração madeireira e suas consequências. Alternativas foram discutidas com as populações e algumas delas foram adotadas e iniciadas. Este artigo discute o potencial e os limites de uma abordagem participativa para planificação local. Existem contradições entre os diferentes grupos locais, e não somente os usuários mas também outros atores locais. A dinâmica de uma participação local e da construção de um projeto coletivo é complexa e não pode ser separada da construção da democracia

    Os níveis pertinentes para a pesquisa - ação sobre a gestão dos recursos naturais nas regiões de fronteira: o caso da Transamazônica

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    A busca atual de uma gestão adequada dos recursos naturais para o seu uso sustentável coloca a questão dos níveis mais pertinentes de pesquisa e de intervenção: estabelecimentos agrícolas, comunidades, ou coletividades locais, organizações formais, a região, estado como um todo? Ou, então, um espaço institucional de articulação destes diversos níveis? E em função de que critérios decidir? A partir de observações e da analise de resultados de uma pesquisa-ação desenvolvida dentro do Programa Agro-ecológico da Transamazônica – PAET, em parceria com o Movimento pela Sobrevivência na Transamazônica – MPST e uma equipe interdisciplinar de pesquisa-desenvolvimento – LAET, propõe-se estudar estas questões no contexto de uma área da fronteira agrícola amazônica aberta nos anos 1970, onde hoje predomina a agricultura familiar em que se pesem a instância de grandes fazendas de criação bovina e uma forte tendência à concentração fundiária. São examinados possíveis níveis de intervenção: o lote familiar, com possibilidade de exploração mais intensiva e diversificada; a localidade, ainda que carente de maior coesão social; o município como espaço de interação de negociação da decisão, porém com limitada competência legislativa nas áreas fundiárias e ambientais; a região, enfim. A sugestão conclusiva seria de privilegiar o nível de estabelecimentos no plano de intervenções de natureza tecnológica, o município e a região no plano politico e institucional
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