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    Entre o escargot e o camarão: intersecção entre a memória coletiva da bélle époque e a memória individual no universo poético de Adalcinda Camarão

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    O presente artigo visa apresentar a intersecção entre a memória coletiva da Belle Époque e a memória individual no universo poético da escritora amazônida Adalcinda Camarão. Antes mesmo de adentrar nas cenas da vida amazônica por meio da poética da escritora paraense, é mister apresentar a Amazônia da Bèlle Époque, no final do século XIX e início do século XX em que a Amazônia vivencia uma experiência cultural e artística, de um lado, embalada pela sociedade da borracha, a “elite da alta goma”, e, por outro, a grande miséria que marca muitos países como o Brasil. O ciclo da borracha marcou Belém com os projetos de reforma urbana, no governo de Antônio Lemos, que contribuiu para a construção do imaginário de “Paris nos trópicos”, onde houve a tentativa de transformar a cidade de Belém em uma capital francesa. Daí, surge a memória coletiva que Michel Pollack nos apresenta contrapondo-se com a memória individual que Halbwachs nos aponta. A memória coletiva e a memória individual se cruzam e se entrelaçam no universo poético de Adalcinda Camarão, em que a escritora apresenta cenas da vida amazônica marajoara e belenense envoltas em saudades, teias de memórias e vivências
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