14 research outputs found
Angiotensin Converting Enzyme Gene Polymorphisms and Coronary Risk in a Portuguese Population
Introdução: A história familiar de doença das
artérias coronárias (DAC) constitui um
poderoso marcador de risco de DAC,
independente dos factores de risco
tradicionais. Poderá ser descodificado
reconhecendo os polimorfismos associados ao
aumento de risco. Têm surgido resultados
contraditórios em relação à ligação entre os
polimorfismos do gene da enzima de conver são da angiotensina (ECA) e o risco de DAC.
Objectivo: Com o presente trabalho
pretendemos avaliar se os polimorfismos do
gene da ECA constituem factor de risco de
doença das artérias coronárias.
Métodos: Estudo caso-controlo, incluindo
517 controlos escolhidos aleatoriamente dos
cadernos eleitorais, sem história sugestiva de
DAC e 301 doentes com história de enfarte
agudo do miocárdio ou doença coronária
confirmada por coronariografia, com pelo
menos 75 % de obstrução de um dos vasos
coronários. Tentou-se que os casos e controlos
não fossem significativamente diferentes em
termos de sexo e idade.
Os polimorfismos dialélicos do gene da ECA
foram tipados por amplificação por PCR. Os
produtos de amplificação eram identificados
em gel de poliacrilamida, por electroforese.
Os dados foram avaliados recorrendo ao SPSS
for Windows,Background: A family history of coronary
heart disease (CHD) is a strong risk marker
for the disease, independently of classical
risk factors. It could be decoded by
recognizing the polymorphisms associated
with increased risk. Renin-angiotensin
system genes are candidate genes in CHD
and the deletion allele of the angiotensin
converting enzyme (ACE) has been reported
as deleterious. However, there is
disagreement as to the role of the
insertion/deletion polymorphism of the ACE
gene in coronary risk.
Aim: To evaluate whether ACE gene
polymorphisms constitute a CHD risk factor.
Methods: We conducted a population-based
case-control study of 301 subjects with a
history of myocardial infarction or
angiographic evidence of coronary heart
disease and 510 age- and gender-matched
controls, without CHD, living in a region with
high CHD mortality rates. Blood samples
were taken, DNA extracted and genotypes
determined by the polymerase chain reaction
(PCR). Amplification products were identified
by agarose gel electrophoresis.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Pulse wave velocity and coronary risk stratification.
Introdução: A compliance arterial ou
distensibilidade é uma determinante
fundamental nas doenças cardiovasculares,
apresentando grande interesse a sua medição
não invasiva. A velocidade da onda de pulso
(VOP) é usada, actualmente, como um índice
de distensibilidade arterial.
Objectivos: Avaliar se a VOP constitui um
factor de risco, independente, para doença
das artérias coronárias (DAC). Investigar se
a determinação da mesma pode constituir
uma ferramenta útil, na estratificação do
risco cardiovascular, tanto nos indivíduos
assintomáticos, como nos doentes com DAC
População e Métodos: 811 indivíduos,
301 consecutivos com DAC, confirmada
por coronário-angiografia, média de idade
53,7±10,0 anos e 510 assintomáticos,
seleccionados das listas eleitorais, média
de idade 46,1±10,0 anos. Os indivíduos
assíntomáticos formavam o grupo A e eram
subdivididos em A1 (grupo sem HTA,
dislipidémia e ou diabetes) e A2 (grupo com
HTA, dislipidémia, e ou diabetes). Os doentes
coronários constituiam o grupo B, também
sub dividido em B1 sem HTA, dislipidémia e
ou diabetes e B2 com HTA, dislipidemia e ou
diabetes. Os dados foram expressos em média
± desvio padrão (DP). O teste t de Student foi
usado para comparar as variáveis contínuas e
o c2 para comparar as variáveis categóricas.
A força da correlação independente entre
as variáveis contínuas foi avaliada segundo
Pearson. Finalmente, foi efectuado um modelo
de regressão logística (step by step) para
avaliar quais as variáveis que se relacionavam de forma significativa e independente com
a DAC. A análise estatística foi efectuada
através do software SPSS for Windows, sendo o
valor de p <0,05 considerado significativo.
Resultados: Comparando os dois grupos,
A1 e A2, no primeiro, a média da VOP foi
significantemente mais baixa em relação ao
A2. Comparando o grupo B1 e B2, também no
grupo B1 a média da VOP é mais baixa. No
grupo A1 a VOP correlacionou-se, segundo
Pearson, com a idade, pressão arterial sistólica
(PAS), diastólica e média, IMC, glicémia,
colesterol total, LDL, relação CT/HDL, ApoB,
triglicerídeos, ingestão de álcool, relação
cintura/anca (C/A), e proteína C reactiva(as).
A correlação foi inversa com o colesterol HDL.
No grupo A2 a correlação da VOP foi positiva
com a idade, PAS, PAM, PAD, glicémia, CT/
HDL e pressão do pulso (PP). No grupo B1
a correlação foi positiva e significante com a
idade, PAS, PAM, PAD e PP. Foi inversa com
a fracção de ejecção do VE. No grupo B2, foi
positiva e significante com a idade, PAS, PAM,
relação C/A, PP e homocisteína.
Conclusão: A VOP foi sempre, quer nos
indivíduos assintomáticos quer nos doentes
coronários, mais elevada nos grupos com
maior número de factores de risco. Esta
constatação sugere influência cumulativa
dos factores de risco, no processo de rigidez
arterial. Correlacionou-se de forma positiva
e significativa, com alguns dos factores de
risco clássicos e alguns dos novos marcadores
bioquímicos de risco. Após análise de
regressão logística, manteve-se na equação de
forma significativa, mostrando ser um factor
de risco independente para DAC. Assim, a
avaliação da distensibilidade arterial, através
da medição da VOP, poderá representar um
método simples, rápido e não invasivo, capaz
de estratificar o risco de DAC, tanto nos
indivíduos assintomáticos com nos doentes
coronários.BACKGROUND:
Arterial compliance or stiffness is an important determinant of cardiovascular disease and there is considerable interest in its noninvasive measurement. Pulse wave velocity (PWV) is widely used as an index of arterial stiffness.
AIM:
To determine whether PWV is useful for risk stratification in both healthy individuals and coronary patients.
METHODS:
Control subjects, n=510, aged 46.1 +/- 11 years, with no history of coronary disease, were selected from electoral rolls, and coronary patients, n=301, aged 53.7 +/- 10 years, were selected from hospital patients with a history of coronary artery disease (CAD) confirmed by coronary angiogram (at least 75% obstruction of one of the main coronary vessels). The asymptomatic subjects without CAD formed Group A, and were subdivided into A1 (without hypertension, dyslipidemia and/or diabetes) and A2 (with hypertension, dyslipidemia and/or diabetes). The coronary patients formed Group B, who were also subdivided into B1, without these classic risk factors, and B2 with hypertension, dyslipidemia and/or diabetes. We used the Student's t test to compare continuous variables and the chi-square test to compare categorical data. The strength of correlation between continuous variables was tested by Pearson's linear correlation. Independent variables predictive of CAD were determined by backward logistic regression analysis. The statistical analysis was performed using SPSS for Windows version 11.0 and data were expressed as means +/- SD; a p value of 0.05 was considered significant.
RESULTS:
Comparing the two groups A1 and A2, mean PWV was significantly lower in group A1. Comparing B1 and B2, mean PWV was also significantly lower in group B1. In group A1, PWV was significantly and positively correlated with age, body mass index, waist-to-hip ratio, alcohol consumption, total/HDL cholesterol ratio, systolic, diastolic and mean blood pressure (BP), blood glucose, apo B, triglycerides, and high-sensitivity C-reactive protein, unlike HDL which was inversely correlated (Pearson's coefficient). In group A2, PWV was significantly and positively correlated with age, alcohol consumption, total/HDL cholesterol ratio, systolic, diastolic and mean BP, blood glucose and pulse pressure (PP), but not HDL, which was inversely correlated with PWV. In group B1, PWV was only significantly and positively correlated with age, systolic, mean, and diastolic BP and PP, and presented a significant inverse correlation with ejection fraction. However, in the high-risk coronary population (group B2), there was a positive correlation with age, waist-to-hip ratio, systolic and mean BP, PP and homocysteine. After stepwise logistic regression, PWV remained in the model and proved to be a significant and independent risk factor for CAD.
CONCLUSION:
The results of our study show that PWV is higher in high-risk groups and significantly correlated with many classic and new CAD risk markers, suggesting that there is a cumulative influence of risk factors in the development of arterial stiffness. We believe that PWV is a useful index of vascular status and hence cardiovascular risk and that it may be useful for risk stratification in both asymptomatic and coronary patients.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Gene-Gene Interaction Affects Coronary Artery Disease Risk
Introdução: Existem vários estudos que
comparam doentes coronários e controlos, no
sentido de determinar quais os polimorfismos
que apresentam risco acrescido de doença das
artérias coronárias (DC). Os seus resultados
têm sido muitas vezes contraditórios, mas
apresentam uma limitação suplementar:
avaliam os polimorfismos um a um, quando
na natureza os polimorfismos não existem
isolados. Põe-se a questão se serão mais
importantes associações de polimorfismos
mutados no mesmo gene ou em genes
diferentes.
Objectivo: Com o presente trabalho
pretendemos avaliar o risco da associação de
polimorfismos em termos de aparecimento de
DC no mesmo gene ou em genes diferentes.
Metodologia: Estudámos em 298 doentes
coronários e 298 controlos sãos o risco
associado aos polimorfismos (genótipos
considerados de risco), DD da Enzima de
Converaão da Angiotensina (ECA) I/D; GG da
ECA 8, MM do Angiotensinogénio (AGT) 174;
TT do AGT 235; TT da Metiltetrahidrofolato
Reductase (MTHFR) 677; AA da MTHFR
1298;RR da Paraoxonase1 (PON1) 192 e MM
da PON1 55. Posteriormente avaliámos o risco
ligado às associações no mesmo gene (DD da
ECA + GG da ECA 8; MM do AGT174 + TT
do AGT 235; TT da MTHFR 677 + AA da
MTHFR 1298). Finalmente, nos polimorfismos
que isoladamente apresentavam significância,
avaliámos o risco das associações de
polimorfismos a níveis funcionais diferentes (ECA + AGT; ECA + MTHFR; ECA + PON1.
Finalmente através de um modelo de regressão
logística fomos determinar quais as variáveis
que se relacionavam de forma significativa e
independente com a DC.
Resultados: Os polimorfismos isolados como:
ECA DD [P<0.0001], ECA 8 GG [P=0,023],
e MTHFR 1298 AA [P=0,049]), apresentaram
uma frequência mais elevada nos casos,
associando-se de forma significativa ao grupo
com DC. A associação de polimorfismos no
mesmo gene não teve efeito sinergístico ou
aditivo e não aumentou o risco de DC. A
associação polimórfica em genes diferentes
aumentou o risco de DC quando comparada
com o risco do polimorfismo isolado. No caso
da associação da ECA DD ou ECA 8 GG
com a PON1 192 RR, o risco quadruplicou
(OR passou de 1,8 para 4,2). Após regressão
logística o hábito tabágico, a história familiar,
o fibrinogénio, diabetes, a associação ECA
DD ou ECA 8 GG com a MTHFR 1298 AA
e a interacção ECA DD ou ECA 8 GG com
a PON1 192 RR permaneceram na equação,
mostrando ser factores de risco independente
para DC.
Conclusões: A associação de polimorfismos
mutados no mesmo gene nunca aumentou o
risco do polimorfismo isolado. A associação
com interacção de polimorfismos mutados
em genes diferentes, pertencentes a sistemas
fisiopatológicos e enzimáticos diferentes,
esteve sempre associada a maior risco do
que cada polimorfismo por si. Este trabalho
levanta, pela primeira vez, a possibilidade
de tentativa de compreensão do risco
genético coronário em conjunto e não de cada
polimorfismo por si.Introduction: Various studies have compared
coronary artery disease (CAD) patients
with controls in order to determine which
polymorphisms are associated with a higher
risk of disease. The results have often been
contradictory. Moreover, these studies
evaluated polymorphisms in isolation and not
in association, which is the way they occur in
nature.
Objective: Our purpose was to evaluate the
risk of CAD in patients with associated
polymorphisms in the same gene or in different
genes.
Methods: We evaluated the risk associated
with ACE DD, ACE 8 GG, AGT 174MM, AGT
235TT, MTHFR 677TT, MTHFR 1298AA,
PON1 192RR and PON1 55MM in 298
CAD patients and 298 healthy individuals.
We then evaluated the risk of associated
polymorphisms in the same gene (ACE DD
+ ACE 8 GG; AGT 174MM + AGT 235TT;
MTHFR 677TT + MTHFR 1298AA).
Finally, for the isolated polymorphisms
which were significant, we evaluated the risk
of polymorphism associations at different
functional levels (ACE + AGT; ACE +
MTHFR; ACE + PON1). Multiple logistic
regression was used to identify independent
risk factors for CAD.
Results: Isolated polymorphisms including
ACE DD (p<0.0001), ACE 8 GG (p=0.023), and MTHFR 1298AA (p=0.049) presented
with a significantly higher frequency in the
CAD group. An association of polymorphisms
in the same gene did not have an additive
or synergistic effect, nor did it increase the
risk of CAD. Polymorphic associations in
different genes increased the risk of CAD,
compared with the isolated polymorphisms.
The association of ACE DD or ACE 8 GG
with PON1 192RR increased the risk of CAD
fourfold (1.8 to 4.2). After logistic regression
analysis, current smoking, family history,
fibrinogen, diabetes, and the ACE DD or
ACE 8 GG + MTHFR 1298AA and ACE DD
or ACE 8 GG + PON1 192RR associations
remained in the model and proved to be
independent predictors of CAD.
Conclusions: The association of
polymorphisms in the same gene did not
increase the risk of the isolated polymorphism.
The association of polymorphisms in genes
belonging to different enzyme systems was
always linked to increased risk compared to
the isolated polymorphisms.
This study may contribute to a better
understanding of overall genetic risk for
CAD rather than that associated with each
polymorphism in isolation.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Polymorphism of the ACE Gene is Associated with Extent and Severity of Coronary Disease
Introdução: Os doentes com doença das
artérias coronárias (DAC) apresentam
extensão da doença e evolução muito
variáveis, que muito vezes nos escapam e que
ultrapassam os factores de risco tradicionais.
As diferenças poderão, pelo menos em parte,
ser explicáveis por polimorfismos genéticos
menos favoráveis que lhe estejam associados.
Os polimorfismos do gene da ECA têm sido
profusamente avaliados, embora se
desconheça a ligação entre estes
polimorfismos e a extensão da DAC.
Objectivo: Os autores pretendem avaliar se os
polimorfismos do gene da enzima de conver são da Angiotensina I (ECA) constituem um
marcador da extensão e gravidade da DAC.
Métodos: Estudo descritivo, em 296 doentes
com história de enfarte do miocárdio ou
doença coronária confirmada por
coronariografia, com pelo menos 75 % de
obstrução de um dos vasos coronários.
A quantificação da gravidade e extensão, foi
feita segundo o score de Leaman, de acordo
com o número de artérias com redução do
diâmetro superior a 75 %, e com o número de
segmentos coronários afectados.
Os genotipos do ECA, foram tipados por
amplificação por PCR e os produtos de
amplificação separados por electroforese em
gel de poliacrilamida. Calculou-se a média e desvio padrão dos
scores coronários dos três polimorfismos e os
valores foram comparados estatisticamente
recorrendo ao teste T de Student para
amostras independentes.
Resultados e Conclusão: O genotipo DD
aparece neste estudo claramente ligado à
extensão da DAC, com um alto grau de
significância. A confirmar-se este conceito,
poderá justificar-se fazer uma prevenção
secundária particularmente cuidadosa nos
doentes vasculares portadores deste genotipo.Background: The progression and extent of
coronary heart disease (CHD) are extremely
variable and in many instances independent
of conventional risk factors.
The differences may be partly explained by
less favorable genetic polymorphisms that are
associated with them. The polymorphisms of
the angiotensin I converting enzyme (ACE)
gene have been thoroughly evaluated, but the
connection between them and the extent of
CHD is unknown.
Aims: Our study is aimed at determining
whether any or all of the polymorphisms of
the ACE gene are markers of the extent and
severity of CHD.
Methods: This was a descriptive study of 296
patients with a history of myocardial
infarction or with coronary disease confirmed
by coronary angiography. The severity of
CHD was quantified according to Leaman’s
score (based on the number of arteries with
more than 75 % reduction in diameter and the
number of affected coronary segments). The
ACE genotypes were determined by specific
polymerase chain reaction amplification and
the segments were subjected to
polyacrylamide gel electrophoresis. The mean coronary score and standard deviation of the
three polymorphisms were calculated and the
values statistically compared using the
Student’s t test for independent samples.
Results: 296 patients with a mean age of
5510.3 years, 234 male, were evaluated.
Conclusion: The study clearly shows that the
DD genotype is linked to the extent of CHD,
with a high level of significance. If this is
confirmed, careful secondary prevention is
indicated in patients with this genotype.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Human Paraoxonase Gene Polymorphisms and Coronary Artery Disease Risk
Introdução: As doenças complexas como a
doença das artérias coronárias (DAC), a
hipertensão e a diabetes, são usualmente
causadas pela susceptibilidade individual a
múltiplos genes, factores ambientais e pela
interacção entre eles. As enzimas da
paraoxonase humana (PON), particularmente a
PON1, têm sido implicadas na patogenia da
aterosclerose e da DAC. Dois polimorfismos
comuns na região codificante do gene, com
substituição Glutamina (Q) /Arginina (R) na
posição 192 e Leucina /Metionina na posição
55 influenciam a actividade da PON1. Vários
estudos têm investigado a associação entre os
polimorfismos da PON1 e a DAC, com
resultados contraditórios.
Objectivo: 1- Avaliar a associação dos
polimorfismos da PON1 com o risco de DAC.
2-Estudar a interacção destes polimorfismos
com outros situados em genes candidatos
diferentes, na susceptibilidade para o
aparecimento da DAC.
Material e Métodos: Estudámos em 298
doentes coronários e 298 controlos saudáveis,
através de um estudo caso/controlo, o risco de
DAC associado aos polimorfismos da PON1,
192Q/R e 55L/M. Numa segunda fase
avaliámos o risco das interacções polimórficas
PON1 192 RR + MTHFR 1298 AA; PON1
192 R/R + ECA DD; PON1 192 R/R + ECA 8
GG. Finalmente construímos um modelo de
regressão logística (no qual entraram todas as
variáveis genéticas, ambientais e bioquímicas,
que tinham mostrado significância estatística
na análise univariada), para determinar quais
as que se relacionavam de forma significativa e
independente com DAC.
Resultados: Verificámos que o genótipo PON155 MM tinha uma distribuição superior na
população doente mas não atingia significância
estatística como factor de risco para DAC. O
PON1 199 RR apresentou um risco relativo
80% superior relativamente à população que o
não possuía (p=0,04). A interacção da PON1
192 RR e da MTHFR 1298 AA, polimorfismos
sedeados em genes diferentes, apresentou um
risco relativo de DAC de 2,76
(OR=2,76;IC=1,20- 6,47; P=0,009), bastante
superior ao risco de cada polimorfismo isolado,
assim como a associação da PON1 RR + ECA
DD (com polimorfismos também sedeados em
genes diferentes), que apresentou um risco
337% superior relativamente aos que não
possuíam esta associação (OR=4,37;IC=1,47-
13,87; P=0,002). Da mesma forma a associação
entre a PON1 RR e ECA 8 GG, revelou um
risco ainda mais elevado (OR=6;23; IC=1,67-
27,37; P<0,001). Após modelo de Regressão
Logística as variáveis que ficaram na equação
representando factores de risco significativos e
independentes para DAC, foram os hábitos
tabágicos, doença familiar, diabetes,
fibrinogénio, Lp (a) e a associação PON1 192
RR + ECA 8 GG. Esta última associação
apresentou, na regressão logística, um
OR=14,113; p=0,018
Conclusões: O genótipo PON1 192 RR
apresentou, se avaliado isoladamente, um risco
relativo de DAC 80% superior relativamente à
população que não possuía este genótipo. A
associação deste polimorfismo com outros
polimorfismos sedeados em genes diferentes,
codificando para diferentes enzimas e
pertencendo a sistemas fisiopatológicos
distintos (MTHFR1298 AA, ECA DD e ECA 8
GG), aumentou sempre o risco de eclosão da
DAC. Após correcção para os outros factores
de risco clássicos e bioquímicos, a associação
PON1 192 RR + ECA 8 GG, continuou a ser
um factor de risco significativo e independente
para CAD.Background: Complex diseases such as
coronary artery disease (CAD), hypertension
and diabetes are usually caused by individual
susceptibility to multiple genes, environmental
factors, and the interaction between them. The
paraoxonase 1 (PON1) enzyme has been
implicated in the pathogenesis of
atherosclerosis and CAD. Two common
polymorphisms in the coding region of the
PON1 gene, which lead to a glutamine
(Q)/arginine (R) substitution at position 192
and a leucine (L)/methionine (M) substitution
at position 55, influence PON1 activity. Studies
have investigated the association between these
polymorphisms and CAD, but with conflicting
results.
Aims: 1) To evaluate the association between
PON1 polymorphisms and CAD risk; and 2) to
study the interaction between PON1
polymorphisms and others in different
candidate genes.
Methods: We evaluated the risk of CAD
associated with PON1 Q192R and L55M
polymorphisms in 298 CAD patients and 298
healthy individuals. We then evaluated the risk
associated with the interaction of the PON1
polymorphisms with ACE DD, ACE 8 GG and
MTHFR 1298AA. Finally, using a logistic
regression model, we evaluated which variables
(genetic, biochemical and environmental) were
linked significantly and independently with
CAD.
Results: We found that the PON1 55MM
genotype was more common in the CAD population, but this did not reach statistical
significance as a risk factor for CAD, while
PON1 192RR presented an 80% higher
relative risk compared to the population
without this polymorphism. The interaction
between PON1 192RR and MTHFR 1298AA,
sited in different genes, increased the risk for
CAD, compared with the polymorphisms in
isolation (OR=2.76; 95% CI=1.20-6.47;
p=0.009), as did the association of PON1
192RR with ACE DD, which presented a
337% higher risk compared to the population
without this polymorphic association
(OR=4.37; 95% CI=1.47-13.87; p=0.002).
Similarly, the association between PON1
192RR and ACE 8 GG was linked to an even
higher risk (OR=6.23; 95% CI=1.67-27.37;
p<0.001). After logistic regression, smoking,
family history, fibrinogen, diabetes, Lp(a) and
the association of PON1 192RR + ACE 8 GG
remained in the regression model and proved
to be significant and independent risk factors
for CAD. In the regression model the latter
association had OR=14.113; p=0.018.
Conclusion: When analyzed separately, the
PON1 192RR genotype presented a relative
risk for CAD 80% higher than in the
population without this genotype. Its
association with other genetic polymorphisms
sited in different genes, coding for different
enzymes and belonging to different
physiological systems, always increased the
risk for CAD. After correction for other
conventional and biochemical risk factors, the
PON1 192RR + ACE 8 GG association
remained a significant and independent risk
factor for CAD.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Long range gene flow beyond predictions from oceanographic transport in a tropical marine foundation species
Abstract The transport of passively dispersed organisms across tropical margins remains poorly understood. Hypotheses of oceanographic transportation potential lack testing with large scale empirical data. To address this gap, we used the seagrass species, Halodule wrightii, which is unique in spanning the entire tropical Atlantic. We tested the hypothesis that genetic differentiation estimated across its large-scale biogeographic range can be predicted by simulated oceanographic transport. The alternative hypothesis posits that dispersal is independent of ocean currents, such as transport by grazers. We compared empirical genetic estimates and modelled predictions of dispersal along the distribution of H. wrightii. We genotyped eight microsatellite loci on 19 populations distributed across Atlantic Africa, Gulf of Mexico, Caribbean, Brazil and developed a biophysical model with high-resolution ocean currents. Genetic data revealed low gene flow and highest differentiation between (1) the Gulf of Mexico and two other regions: (2) Caribbean-Brazil and (3) Atlantic Africa. These two were more genetically similar despite separation by an ocean. The biophysical model indicated low or no probability of passive dispersal among populations and did not match the empirical genetic data. The results support the alternative hypothesis of a role for active dispersal vectors like grazers
Impacts of ocean acidification on marine shelled molluscs
International audienceOver the next century, elevated quantities of atmospheric CO2 are expected to penetrate into the oceans, causing a reduction in pH (-0.3/-0.4 pH unit in the surface ocean) and in the concentration of carbonate ions (so-called ocean acidification). Of growing concern are the impacts that this will have on marine and estuarine organisms and ecosystems. Marine shelled molluscs, which colonized a large latitudinal gradient and can be found from intertidal to deep-sea habitats, are economically and ecologically important species providing essential ecosystem services including habitat structure for benthic organisms, water purification and a food source for other organisms. The effects of ocean acidification on the growth and shell production by juvenile and adult shelled molluscs are variable among species and even within the same species, precluding the drawing of a general picture. This is, however, not the case for pteropods, with all species tested so far, being negatively impacted by ocean acidification. The blood of shelled molluscs may exhibit lower pH with consequences for several physiological processes (e.g. respiration, excretion, etc.) and, in some cases, increased mortality in the long term. While fertilization may remain unaffected by elevated pCO(2), embryonic and larval development will be highly sensitive with important reductions in size and decreased survival of larvae, increases in the number of abnormal larvae and an increase in the developmental time. There are big gaps in the current understanding of the biological consequences of an acidifying ocean on shelled molluscs. For instance, the natural variability of pH and the interactions of changes in the carbonate chemistry with changes in other environmental stressors such as increased temperature and changing salinity, the effects of species interactions, as well as the capacity of the organisms to acclimate and/or adapt to changing environmental conditions are poorly described