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    As transformações espaciais resultantes da inserção de redes técnicas em São Gonçalo: o Sistema UHOS (Ultra Heavy Over Size) e a sua refuncionalização com o projeto Cidade da Pesca.

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    Esta investigação visa analisar as transformações ocorridas no Leste Metropolitano do Rio de Janeiro após a inserção do COMPERJ em Itaboraí. Com base na dinamização que o complexo petroquímico traria a região, outros projetos logísticos de infraestrutura foram desenvolvidos, sendo a construção de redes técnicas um fator primordial para a conexão de fluxos no território. Entre as cidades de São Gonçalo e Itaboraí, foi construído a estrada UHOS, um sistema logístico de circulação de cargas especiais e de grandes dimensões para o COMPERJ. Trata-se de um porto de atracação e armazenamento, uma estrada que atravessa diferentes comunidades, um parque industrial, e tem ligação com importantes vias como a BR-101 e o Arco Metropolitano. As interferências desse sistema criaram uma conexão interna entre bairros carentes, promovendo a formação de novas territorialidades. Essas infraestruturas desencadearam outros investimentos industriais e imobiliários, movidos pela expectativa de crescimento econômico na região. Após o fim da utilização do sistema UHOS pela Petrobrás, um acordo com a administração local definia a reutilização dessas infraestruturas para a criação de um plano de desenvolvimento de políticas públicas para o crescimento econômico na região. A partir deste acordo, foi proposto o projeto Cidade da Pesca, um novo complexo industrial que traria uma nova centralidade no setor de pesca no Estado do Rio de Janeiro. No entanto, em meio às dificuldades da gestão local em empreender projetos de impacto regional, a concretização do projeto de refuncionalização das infraestruturas tem estado cada vez mais distante.Cette recherche a pour objectif d’analyser les transformations survenues dans l’est métropolitain de Rio de Janeiro après l’insertion de COMPERJ à Itaboraí. Forts du dynamisme que le complexe pétrochimique apporterait à la région, d'autres projets d'infrastructure logistique ont été développés et la construction de réseaux techniques est un facteur primordial pour la connexion des flux sur le territoire. Dans les villes de São Gonçalo et Itaboraí, le système UHOS a été mis au point. Il s’agit d’un système logistique destiné à la circulation des charges spéciales et volumineuses pour COMPERJ. C'est un port d'accostage et de stockage et une route qui traverse différentes communautés, un parc industriel et des connexions avec des itinéraires importants, le BR101 et l'Arc métropolitain. Les interférences de ce système ont créé une connexion interne entre les quartiers défavorisés, favorisant ainsi la formation de nouvelles territorialités. Ces infrastructures ont déclenché d'autres investissements industriels et immobiliers motivés par les perspectives de croissance économique de la région. Après la fin de l'utilisation du système UHOS par Petrobras, un accord avec l'administration locale a défini la réutilisation de ces infrastructures afin de créer un plan de développement des politiques publiques pour la croissance économique de la région. Par conséquent, le projet de la ville de la pêche a été proposé, un nouveau complexe industriel qui apporterait une nouvelle centralité au secteur de la pêche dans l'État de Rio de Janeiro. Cependant, parmi les difficultés de la gestion locale à entreprendre des projets ayant un impact régional, la mise en œuvre du projet de ré-fonctionnalisation des infrastructures a été de plus en plus distante.Esta investigación tiene como objetivo analizar las transformaciones que ocurrieron en el Este Metropolitano de Río de Janeiro después de la inserción de COMPERJ en Itaboraí. Sobre la base de la dinamización que el complejo petroquímico traería a la región, se desarrollaron otros proyectos de infraestructura logística, siendo la construcción de redes técnicas un factor clave para la conexión de los flujos en el territorio. Entre las ciudades de São Gonçalo e Itaboraí, se construyó la carretera UHOS, un sistema logístico para la circulación de cargas especiales y grandes para COMPERJ. Es un puerto de atraque y almacenamiento, una carretera que cruza diferentes comunidades, un parque industrial y está conectado a carreteras importantes como la BR-101 y el Arco Metropolitano. Las interferencias de este sistema crearon una conexión interna entre barrios desfavorecidos, promoviendo la formación de nuevas territorialidades. Estas infraestructuras desencadenaron otras inversiones industriales e inmobiliarias, impulsadas por la expectativa de crecimiento económico en la región. Tras el final del uso de Petrobras del sistema UHOS, un acuerdo con la administración local definió la reutilización de estas infraestructuras para crear un plan de desarrollo de políticas públicas para el crecimiento económico en la región. Sobre la base de este acuerdo, se propuso el proyecto “ciudad pesquera”, un nuevo complejo industrial que aportaría una nueva centralidad al sector pesquero en el estado de Río de Janeiro. Sin embargo, en medio de las dificultades de la administración local para emprender proyectos de impacto regional, la realización del proyecto de refuncionalización de infraestructura ha sido cada vez más distante.This research aims to analyze the transformations that occurred in the Metropolitan East of Rio de Janeiro after the insertion of COMPERJ in Itaboraí. Based on the dynamism that the petrochemical complex would bring the region, other logistical infrastructure projects were developed, and the construction of technical networks is a prime factor for the connection of flows in the territory. In the cities of São Gonçalo and Itaboraí, the UHOS system was developed, a logistic system for the circulation of special and large loads for COMPERJ. It is a port of berthing and storage and a road between different communities, an industrial park and has connection with important routes, for example the BR101 and the Arco Metropolitano. The interferences of this system created an internal connection between needy neighborhoods, promoting the formation of new territorialities. These infrastructures triggered other industrial and real estate investments driven by the expectation of economic growth in the region. After the end of the use of the UHOS system by Petrobrás, an the deal with the local administration defined the reuse of these infrastructures to create a development plan in public policies for economic growth in the region. Therefore, the Cidade da pesca project was proposed, a new industrial complex that would bring a new centrality in the fishing sector in the State of Rio de Janeiro. However, amid the difficulties of local management in undertaking projects with a regional impact, the implementation of the project of refunctionalization of infrastructures has been increasingly distant

    Espaço e Economia: a necessidade de olharmos o mundo a partir das suas periferias

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    Espaço e Economia: Revista Brasileira de Geografia Econômica apresenta seu décimo-nono número, com um conjunto de artigos, trilha de pesquisa e resenha submetidos em fluxo contínuo ao periódico, e um dossiê, organizado pelos professores Marcio Rufino Silva, Denise de Alcantara, Leandro Dias de Oliveira e André Santos da Rocha, sobre o Oeste Metropolitano do Rio de Janeiro, com contribuições importantes de pesquisadores sobre este segmento do espaço metropolitano fluminense. Nesta edição conta..

    2020: o ano para jamais esquecer

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    Eis uma das missões mais nobres das ciências históricas: lembrar o que alguns insistem em esquecer. Mais que um tópico intelectual, trata-se de agenda política da maior relevância para os praticantes de uma geografia comprometida com as lutas sociais. Nesse sentido, 2020 deverá ser lembrado como o ano em que o capitalismo foi parcialmente interrompido exatamente pelo fato de que os trabalhadores estavam confinados em casa ― aqueles que a possuem, ressalte-se. Quase dois séculos depois da publ..

    Ano IX, número 19

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    Espaço e Economia: Revista Brasileira de Geografia Econômica, além dos artigos em fluxo contínuo, inclui nesta edição o Dossiê Oeste Metropolitano do Rio de Janeiro, organizado pelos professores Marcio Rufino Silva, Denise de Alcantara, Leandro Dias de Oliveira e André Santos da Rocha (PPGGEO e PPGDT-UFRRJ)
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