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    Narcissism and helplessness: some considerations about interpersonal relationships today

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    Este ensaio objetiva problematizar o fenômeno do narcisismo na atualidade, partindo da hipótese de que as relações interpessoais se configuram pelo desamparo em sua dimensão traumática, e não como abertura à alteridade. Isso se daria assim porque, no atual cenário social, as relações humanas tendem a não oferecer apoio e suporte alteritário para a transformação e o desenvolvimento do sujeito, pois o coloca diante de três ameaças desagregadoras: o vazio solitário, a invasão do outro e a impotência. Na ausência de relações de amparo, o outro aparece como ameaça diante da qual o narcisismo advém como possibilidade de defesa e prevalece em sua forma de narcisismo regenerador.This essay aims to discuss the phenomenon of narcissism today, starting from the hypothesis that interpersonal relationships are configured by helplessness in its traumatic dimension, and not as an opening to alterity. This would be so because, in the current social scenario, human relationships tend to lack help and alteritarian support for subjects’ transformation and development, posing three disruptive threats to them: lonely emptiness, invasion of the other and impotence. In the absence of supportive relationships, the other appears as a threat against which narcissism emerges as a possibility of defense, prevailing in the form of regenerating narcissism

    A psicanálise e o desamparo frente à crise de valores e ideais na atualidade

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    A psicanálise tem privilegiado o conceito de desamparo para tecer considerações ontológicas e éticas fundamentais sobre ser humano, constituindo um operador importante para refletir sobre as condições subjetivas da sociabilidade contemporânea, marcada por uma transição nos valores e ideais normativos sustentados pelas instituições modernas. O objetivo deste artigo é trazer uma reflexão baseada em três eixos complementares para a consideração do sofrimento a partir desse operador essencial: (1) a concepção de sublimação como um destino pulsional; (2) a concepção de trabalho como condição de elaboração psíquica e criação do laço social; (3) os limites e condições da razão diagnóstica na consideração do sofrimento psíquico. Conclui-se que o aprofundamento da compreensão do trabalho sublimatório sobre as pulsões, abordando seus efeitos simultaneamente nas dimensões individual e coletiva, seja um encaminhamento possível para contribuir no sentido de constituição de vínculos sociais integrativos e propositivos de novos ideais para a cultura da atualidade
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