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    A família e os efeitos da guarda parental na relação e apoio familiar dos adolescentes

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    Revista de Psicologia da Criança e do Adolescente. - ISSN 1647-4120. - V. 10, n. 1 (Janeiro-Dezembro 2019). - p. 75-84.Este estudo teve como objetivo estudar o suporte social na família e os efeitos da guarda parental na comunicação com os pais e na relação familiar. Participaram no estudo 8125 adolescentes portugueses em que 52,7% são do género feminino, que frequentavam o 6º, 8º, 10º e 12º ano de escolaridade em Portugal Continental, no âmbito do estudo do Health Behaviour in School aged Children (HBSC). Os jovens foram questionados se os seus pais vivam na mesma casa e se não viviam, como era a guarda parental. Foram também questionados sobre o nível de satisfação com a vida, apoio familiar, satisfação com a relação familiar e a facilidade em comunicar com a mãe e o pai. Os resultados indicam que os adolescentes que vivem no sistema de guarda partilhada referem ter melhor relação com a família e referem ter mais facilidade em comunicar com o pai. Considerando que o número de divórcios tem vindo a aumentar, são ainda muito poucos os jovens que referem viver no sistema de guarda partilhada, onde há um maior contacto com ambos os progenitores, sendo que a maioria refere que vive com um dos progenitor e raramente ou nunca vê o outro progenitor. Deverão ser desenvolvidos mais estudos nesta temática para compreender qual a guarda parental, após a separação, que tem melhor impacto na vida dos adolescentes numa situação que só por si poderá criar stress nos adolescentes.This study aimed to study social support among family members, and the effects of parental custody in communication with parents and in the family relationship. A total of 8125 Portuguese adolescents participated in the study, with 52,7% being female, attending the 6th, 8th, 10th and 12th grade in Portugal, as part of the Health Behaviour in School aged Children (HBSC) . The young people were asked if their parents lived in the same house, and if they did not live how was the parental guard. They were also questioned about the level of life satisfaction, family support, satisfaction with the family relationship and the ease of communicating with mother and father. The results indicate that the adolescents living in the shared custody system report having a better relationship with the family and reported being able to communicate with the father more easily. Considering that the number of divorces has increased, there are still very few young people who report living in the shared custody system, where there is greater contact with both parents, most of whom report that they live with one of the parents and rarely or never sees the other parent. More studies on this topic should be developed to understand which parental custody, after separation, has a better impact on the life of adolescents in a situation that in itself can create stress in adolescents

    É bom ter, ou não ter, amigos durante a adolescência? : eis a questão, sempre atual!

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    Revista de Psicologia da Criança e do Adolescente. - ISSN 1647-4120. - V. 10, n. 1 (Janeiro-Dezembro 2019). - p. 85-94.O objetivo do presente estudo foi analisar a importância dos amigos no desenvolvimento de competências sociais e no bem-estar dos adolescentes portugueses. Participaram no estudo 5695 adolescentes portugueses, com média de idades de 15,46 anos (DP=1,80), que frequentavam o 8º,10º e 12º ano de escolaridade em Portugal continental, no âmbito do estudo do Health Behaviour in School aged Children (HBSC). Foram realizadas comparações de médias (ANOVA) entre os adolescentes que não têm amigos e os que têm um ou mais amigos e um modelo de regressão logística para analisar a condição de não ter amigos. Os adolescentes que têm um ou mais amigos revelaram médias superiores para a satisfação com a vida, competências sociais, relação com a família e tempo de ecrã. Por outro lado, os adolescentes que não têm amigos têm média superior de alienação social e sintomas psicológicos. O impacto negativo de não ter amigos ao longo da adolescência é evidente e influencia o desenvolvimento de competências socias e a relação dos adolescentes com a família. Prevenir o isolamento social e as suas consequências é essencial, assim como, incluir os pares nos programas desenvolvidos. Os resultados encontrados salientam o papel essencial dos amigos para o bem-estar, para o desenvolvimento de competências sociais e para o relacionamento dos adolescentes com a família.The main of the present study was to analyse the importance of friends in the development of social skills and in the adolescent’s wellbeing. A total of 5695 Portuguese adolescents with a mean age of 15.46 (SD=1.80), attending the 8th, 10th and 12th years of schooling in mainland Portugal were included in the Health Behaviour in School-aged Children (HBSC) study. Comparisons of means (ANOVA) were performed between adolescents who do not have friends and those who have one or more friends and a logistic regression model to analyse the condition of having no friends. Adolescents who have one or more friends showed higher averages for life satisfaction, social skills, family relationship and screen time. On the other hand, adolescents who do not have friends have a higher average of social alienation and psychological symptoms. The negative impact of not having friends during adolescence is evident and influences the development of social skills and the relation of the adolescents with the family. Preventing social isolation and its consequences is essential, as is the inclusion of peers in developed programs. The results highlight the essential role of friends for well-being, for the development of social skills and the relationship of adolescents with family

    A escola e a transição para a universidade : idades transacionais e o seu impacto na saúde : notas a partir do estudo HBSC/OMS

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    Revista de Psicologia da Criança e do Adolescente. - ISSN 1647-4120. - v. 6, n. 2 (Julho-Dezembro 2015). - p. 77-92.A entrada na Universidade é uma época de transição, onde os jovens enfrentam novos desafios (pessoais, sociais e académicos) com impacto no seu estilo de vida. Utilizando o questionário HBSC da OMS na sua versão online, inquiriram-se 3345 estudantes do 10º ano, 12º ano e universitários, com uma média de idades de 15,9 anos (DP=0,68), 18,1 anos (DP=0,71) e 22,1 anos (DP=3,94), respetivamente. Os resultados obtidos sugerem diferentes perfis no que diz respeito ao risco e à proteção na transição da escola para o ensino superior. Apesar de existirem alguns comportamentos que têm uma evolução positiva com o aumento da idade e que podem ser protetores para a saúde; destacam-se os comportamentos com uma evolução negativa, como são os relacionados com os hábitos de sono, o consumo de substâncias psicoativas, e o não uso de preservativo, sobretudo no ano anterior à entrada no ensino superior; comprometendo consequentemente a saúde e o bemestar dos jovens. Esta investigação vem reforçar a necessidade de dar maior atenção aos comportamentos de saúde dos adolescentes na sua transição para a universidade, enfatiza a importância do papel das escolas secundárias e das universidades enquanto instituições promotoras de saúde, e demonstra a urgência do reforço das políticas públicas neste sentido.Admission to university is considered a time of transition, in which young people face new challenges (personal, social and academic) which may cause impact in their lifestyle. An online version of the questionnaire HBSC/WHO was administered to 3 345 students enrolled in 10th grade, 12th grade, and university, with an average age of 15.9 years (SD = 0.68), 18.1 years (SD = 0.71) and 22.1 years (SD = 3.94), respectively. Results suggest different profiles with regard to risk and protection in the transition from high school to university. Although there are some behaviors that follow a positive trend with the increase in age and that can be protective for health; the majority of behaviors follow a negative trend, such as those related to sleeping habits, consumption of psychoactive substances, and the lack of condom use, especially in the year before admission to university, thus compromising the health and well-being of young people. This research reinforces the need for greater attention to health behaviors of adolescents that are enrolling in university, emphasizes the importance of both high schools and universities as institutions that can promote health, and demonstrates the urgency of reinforcing public policies in this matter

    Dream teens : adolescentes autónomos, responsáveis e participantes

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    Revista de Psicologia da Criança e do Adolescente. - ISSN 1647-4120. - v. 6, n. 2 (Julho-Dezembro 2015). - p. 47-58.O Dream Teens é um projeto que envolve jovens portugueses dos 11 aos 18 anos. Fornece uma formação e uma estrutura de apoio para que as suas vozes sejam ouvidas e promove a sua participação numa variedade de contextos e cenários na área da saúde, da educação e da cidadania ativa. O projeto Dream Teens (webpage: http://dreamteens.aventurasocial.com/; blog em inglês: http://www.dreamteens2014-2015.blogspot.pt; e blog em português: http://www.dreamteensaventurasocial.blogs.sapo.pt/) teve início em maio de 2014. O objetivo do presente estudo é compreender o conceito, a dinâmica, a extensão e alguns resultados preliminares do projeto Dream Teens, centrandose principalmente no estudo do processo e das experiências dos jovens. Este documento apresenta ainda um conjunto de recomendações para as políticas públicas.This article presents Dream Teens, a project which involves Portuguese adolescents from 11 to 18 years and provides a specific training and a support structure that allows their voices are heard and promote their participation in a variety of contexts and policy arenas in the areas of health, education and active citizenship. The Dream Teens project (webpage: http://dreamteens.aventurasocial.com/http://dreamteens.aventurasocial.com; blog in English: http://www.dreamteens2014-2015.blogspot.pt/; blog in portuguese: http://www.dreamteensaventurasocial.blogs.sapo.pt/), begun in May, 2014. The objective of this article is to understand the concept, the dynamic, the extent and some preliminary results of the Dream Teens project, focusing mainly on the process and on the experiences of young people. This paper also presents a set of recommendations concerning public policies

    Promoção da saúde mental nas escolas : Projeto ES´COOL

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    Revista de Psicologia da Criança e do Adolescente. - ISSN 1647-4120. - V. 8, n. 1 (Janeiro-Junho 2017). - p. 173-184.O Projeto ES´COOL – Promoção da Saúde Mental nas Escolas, surgiu devido à necessidade de colmatar a lacuna existente na área da saúde mental em contexto escolar. O projeto tem como objetivo promover a saúde mental dos adolescentes através da formação de professores e outros profissionais de educação. Propõe o desenvolvimento da literacia nesta área e um programa de competências pessoais e sociais, que inclui a prevenção dos sintomas das perturbações de ansiedade, perturbações do humor, a promoção do bem-estar, da resiliência e autorregulação dos adolescentes, da saúde mental em contexto escolar. Pretende possibilitar um eficaz encaminhamento e uma intervenção precoce com maior eficácia em situações complexas e promover o diálogo com pais e outros agentes educativos sobre a saúde mental. O Projeto irá ocorrer em três fases e irá incluir educadores de infância, professores do 1º e 2º ciclos do ensino básico e secundário e professores do ensino especial de escolas nacionais. Com a formação ES´COOL pretende-se criar nas escolas um ciclo gerador de projetos promotores de bem-estar e saúde mental nos adolescentes portugueses.The ES’COOL Project arises because of the gap in the promotion of mental health in a school context, especially in the training of teachers. The main goal of “ES´COOL” is to promote adolescents’ mental health through capacity building of school teachers and school staff. The program aims the development of personal and social skills, and includes the prevention of anxiety and depression symptoms and the promotion of resiliency, and self-regulation in adolescents. The training aims to enable effective referral and early intervention in complex situations and promote dialogue with parents and school staff about mental health. The project will occur in three phases and will include teachers from primary and secondary schools (from 1st to 12th grade), kindergarten teachers and special education teachers covering schools from all the regions of Portugal. With the ES’COOL training, it is intended to create in schools a cycle that generates projects promoting well-being and mental health in Portuguese adolescents

    Influence of parental monitoring and communication with parents in adolescents’ well-being and risk behaviors

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    Revista de Psicologia da Criança e do Adolescente. - ISSN 1647-4120. - V. 3, n. 2 (Julho-Dezembro 2012). - p. 293-314.O presente estudo tem como objectivo analisar se os jovens que apresentam uma menor monitorização por parte dos pais são aqueles que estão menos satisfeitos com a vida e com a família, são mais infelizes, não gostam da escola, têm mais sintomas físicos e psicológicos e apresentam mais comportamentos de risco (consumo de substâncias e violência). Se essa tendência se verificar, analisar se a facilidade em comunicar com os pais poderá moderar a esta relação e surgir como factor protector. Metodologia: A amostra do presente estudo é constituída por jovens que participaram no estudo HBSC- Health Behaviour in School – Aged children, em 2010, em Portugal continental, sendo constituída por 3494 jovens do 8º e 10º ano de escolaridade com uma média de idades de 14.94, em que 46.4% são rapazes e 53.6% são raparigas. Resultados: Os resultados demonstram que são as raparigas e os jovens mais novos que referem ter uma maior monitorização por parte dos pais. Os jovens que têm menos monitorização parental são aqueles que são menos satisfeitos com a família e com a vida, são mais infelizes, gostam menos da escola, apresentam mais sintomas psicológicos e são também aqueles que consomem mais substâncias e são mais violentos. A interacção entre a monitorização parental e a comunicação com os pais apenas surgiu na satisfação com a família e nos sintomas psicológicos para a comunicação com a mãe. Conclusão: A monitorização parental surge como factor protector na vida dos adolescentes nomeadamente nos comportamentos de risco e no bem-estar

    Peer group influence and parental monitoring : differences between genders

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    Revista de Psicologia da Criança e do Adolescente. - ISSN 1647-4120. - V. 3, n. 2 (Julho-Dezembro 2012). - p. 237-259.O objetivo do presente estudo foi analisar se o tipo de amigos influencia os comportamentos de risco e o bem-estar dos adolescentes de forma diferenciada entre os géneros e se a monitorização parental poderá moderar essa influência também de forma diversa entre os géneros. A amostra utilizada neste estudo foi constituída pelos sujeitos participantes no estudo português realizado em Portugal Continental em 2006, parte integrante do estudo Europeu HBSC – Health Beaviour in School-Aged Children. O estudo português incluiu alunos dos 6º, 8º e 10º anos do ensino público regular com média de idades de 14 anos (DP=1.9). A amostra nacional é constituída por 4877 estudantes. Os resultados indicaram que a influência do grupo de pares age de forma idêntica em rapazes e raparigas, assim, para ambos os géneros quando os adolescentes têm mais amigos com comportamentos de risco envolvem-se mais em comportamentos de risco, quando têm mais amigos com comportamentos de protecção têm maior bem-estar. Para a moderação da monitorização dos pais nessa influência, não se verificou efeito significativo para a maioria das variáveis, nem diferenças na moderação entre os géneros

    A escola e os adolescentes : qual a influência da família e dos amigos?

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    Revista de Psicologia da Criança e do Adolescente. - ISSN 1647-4120. - N. 1 (Abril 2010). - p. 101-116.O objectivo do presente estudo foi verificar como a relação com a família e o grupo de pares pode influenciar o gosto dos adolescentes pela escola. A amostra é constituída pelos sujeitos participantes no estudo realizado em Portugal Continental, que integra o estudo Europeu HBSC - Health Beaviour in School-aged Children. O estudo decorreu durante o mês de Janeiro de 2006, incluindo alunos do 6.º, 8.º e 10.º anos de escolaridade de escolas públicas do país, com média de idades igual a 14 anos, num total de 4877 adolescentes. O instrumento utilizado foi o questionário do HBSC, que no estudo português seguiu o formato indicado no protocolo (Currie, et al., 2001). Os resultados revelaram que são as raparigas e os jovens do 6.º ano os que mais gostam da escola. Ficou igualmente demonstrado que os alunos que gostam da escola são os que percepcionam que têm boa capacidade escolar, estão inseridos num grupo de pares sem envolvimento em comportamentos de risco e que fazem actividades ambientais. O mesmo acontece com os adolescentes que afirmam que nunca se embriagaram, nunca fumaram e que não consumiram drogas no último mês e que têm um maior controlo por parte dos pais. Os jovens que referem que não têm amigos são aqueles que não gostam da escola. Os resultados encontrados salientam a importância do relacionamento positivo com os pais e com os pares no envolvimento que os adolescentes mantêm com o contexto escolar. (Inês Camacho... [et al.]

    A influência da família no consumo de substâncias nos adolescentes portugueses

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    Revista de Psicologia da Criança e do Adolescente. - ISSN 1647-4120. - N. 2 (2010). - p. 191-208.O presente estudo tem como objectivo verificar a influência da família (comunicação com os pais e controlo parental) no consumo de substâncias (bebidas alcoólicas, tabaco e drogas). (Inês Camacho, et al.

    Estilo de vida dos adolescentes socialmente isolado

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    Revista de Psicologia da Criança e do Adolescente. - ISSN 1647-4120. - N. 2 (2010). - p. 157-173.O objectivo do presente estudo foi analisar o estilo de vida dos adolescentes que afirmam não ter nenhum amigo intimo. A amostra foi constituída pelos sujeitos participantes no estudo realizado em Portugal Continental, que integra o estudo Europeu HBSe- Health Beaviour in School-aged Children. Os resultados encontrados no presente estudo indicam que a falta de amigos pode levar a um estilo de vida com maior envolvimento em comportamentos de risco (maior consumo de tabaco, maior consumo de substancias ilícitas, menos felicidade, gostar menos da escola e ser mais vezes provocados na escola). E ainda que a percepção de satisfação com a vida e de bem-estar encontram-se mais associados à maior quantidade de amigos. Estar satisfeito com a vida ter maior bem-estar são sentimentos mais frequentes nos adolescentes com mais amigos. Verificou-se que existem várias consequências negativas em não ter amigos, que devem ser consideradas em intervenções direccionadas aos adolescentes. (Gina Tomé, [et al.]
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