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INTERPRETANDO O LÍQUOR – COMO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS PODEM AJUDAR NO RACIOCÍNIO CLÍNICO
Introdução: A meningite bacteriana sofreu grandes mudanças epidemiológicas após a introdução dos antibióticos e vacinas, passando de uma condição letal para tratável e prevenível. Compreender essas mudanças no perfil epidemiológico em nível local permitem planejar estratégias de terapia empírica. As alterações de líquor possuem papel fundamental nessa avaliação. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal dos casos notificados de meningite entre janeiro de 2010 e junho de 2015 no Complexo Hospital de Clínicas – Universidade Federal do Paraná. Foram analisados a celularidade e citologia do líquor e os agentes etiológicos. Para as etiologias bacterianas, foi avaliado dados epidemiológicos. Resultados: Foram notificados 504 casos de meningite no período avaliado. A meningite asséptica foi a classificação epidemiológica mais comum. As meningites bacterianas com confirmação etiológica causadas por Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae ou Haemophilus influenzae ocorreram em 8,7% dos casos notificados, sendo que 30% delas ocorreram em menores de 1 ano. A N. meningitidis correspondeu a 61% desses casos, enquanto que S. pneumoniae a 34%. As meningites neutrofílicas com mais de 75% de neutrófilos são causadas por tais bactérias em mais da metade (53%). A meningite asséptica é a segunda principal etiologia (20%) seguida de perto pela meningite tuberculosa (17%). Os casos de meningite meningocócica se concentram em crianças até 1 ano (56% dos casos), a meningite pneumocócica se concentra nos adultos entre 18 e 50 anos (46%) e idosos (27%). Conclusões: O conhecimento da epidemiologia local através da interpretação do líquor, somada à avaliação da faixa etária são importantes aliados da avaliação clínica para determinação do agente etiológico mais provável e podem ajudar na decisão terapêutica
Dysthanasia: nursing professionals' perception
Dysthanasia means slow and painful death without quality of life. This study aimed to know whether nurses identify dysthanasia as part of the final process of the lives of terminal patients hospitalized at an adult ICU. This is an exploratory-qualitative study. Data were collected through semi-structured interviews with ten nurses with at least one year of experience in an ICU, and interpreted through content analysis. Results indicate that nurses understand and identify dysthanasia, do not agree with it and recognize elements of orthonasia as the adequate procedure for terminal patients. We conclude that nurses interpret dysthanasia as extending life with pain and suffering, while terminal patients are submitted to futile treatments that do not benefit them. They also identify dysthanasia using elements of orthonasia to explain it.Distanasia significa muerte lenta, con sufrimiento y sin calidad de vida. En esta investigación se buscó conocer si los enfermeros identifican la distanasia como parte del proceso final de la vida de personas en estado terminal, internadas en una UTI para adultos. El estudio es de naturaleza exploratoria, con abordaje cualitativo. Los datos fueron recolectados por medio de entrevista semiestructurada con 10 enfermeros con un mínimo de un año de experiencia en UTI; los datos fueron interpretados por el análisis de contenido. Se obtuvo como resultado que los enfermeros comprenden e identifican la distanasia y se oponen a la misma, presentando elementos de ortotanasia como procedimiento adecuado para pacientes en estado terminal. Se concluye que los enfermeros interpretan la distanasia como el prolongamiento de la vida con dolor y sufrimiento, en el cual los pacientes terminales son sometidos a tratamientos fútiles que no traen beneficios. También identifican la distanasia, usando elementos de la ortotanasia para hacerla explicita.Distanásia significa morte lenta, sofrida e sem qualidade de vida. Nesta pesquisa buscou-se conhecer se os enfermeiros identificam a distanásia como parte do processo final da vida de pessoas em terminalidade, internadas em UTI adulto. O estudo é de natureza exploratória, com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada com 10 enfermeiros com, no mínimo, um ano de experiência em UTI, e interpretados pela análise de conteúdo. Teve-se como resultado que os enfermeiros compreendem e identificam a distanásia e se opõem à mesma, trazendo elementos da ortotanásia como procedimento adequado para pacientes em terminalidade. Conclui-se que os enfermeiros interpretam a distanásia como o prolongamento de vida com dor e sofrimento, onde os pacientes terminais são submetidos a tratamentos fúteis que não trazem benefícios. E também identificam a distanásia, usando elementos da ortotanásia para explicitá-la
Study of avidity of antigen-specific antibody as a means of understanding development of long-term immunological memory after Vibrio cholerae O1 infection
The avidity of antibodies to specific antigens and the relationship of avidity to memory B cell responses to these antigens have not been studied in patients with cholera or those receiving oral cholera vaccines. We measured the avidity of antibodies to cholera toxin B subunit (CTB) and Vibrio cholerae O1 lipopolysaccharide (LPS) in Bangladeshi adult cholera patients (n = 30), as well as vaccinees (n = 30) after administration of two doses of a killed oral cholera vaccine. We assessed antibody and memory B cell responses at the acute stage in patients or prior to vaccination in vaccinees and then in follow-up over a year. Both patients and vaccinees mounted CTB-specific IgG and IgA antibodies of high avidity. Patients showed longer persistence of these antibodies than vaccinees, with persistence lasting in patients up to day 270 to 360. The avidity of LPS-specific IgG and IgA antibodies in patients remained elevated up to 180 days of follow-up. Vaccinees mounted highly avid LPS-specific antibodies at day 17 (3 days after the second dose of vaccine), but the avidity waned rapidly to baseline by 30 days. We examined the correlation between antigen-specific memory B cell responses and avidity indices for both antigens. We found that numbers of CTB- and LPS-specific memory B cells significantly correlated with the avidity indices of the corresponding antibodies (P < 0.05; Spearman's ρ = 0.28 to 0.45). These findings suggest that antibody avidity after infection and immunization is a good correlate of the development and maintenance of memory B cell responses to Vibrio cholerae O1 antigens
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