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Associação entre força de preensão manual e ângulo de fase em idosos da Estratégia Saúde da Família: um estudo transversal
Introduction: Handgrip Strength (HGS) is an indicator of health and functionality of the elderly, which decreases over time, impacted by aspects including changes in body composition. Objective: to investigate the association between the Standardized Phase Angle (SPhA) and HGS in community-dwelling Primary Health Care (PHC) elderly individuals. Methodology: cross-sectional study, with people aged 60 or over, assisted in the PHC. The dependent variable was the HGS measured using a dynamometer. The main independent variable was the SPhA based on gender and age range, calculated from the phase angle obtained by bioimpedance. Block-by-block logistic regression was performed, including variables that were associated with a critical level lower than 10% in the model. Results: of the 296 individuals assessed, 28.0% had low HGS and 15.9% had SPhA < -1.65°. The variables inserted in the final logistic regression model, together with the SPhA, were gender, age group, Body Mass Index (BMI) and Calf Circumference (CC). The analysis showed that SPhA < -1.65° increases the chance of the elderly person having low HGS, both in the unadjusted analysis (OR = 2.71; 95% CI 1.43-5.15) and in the final model (OR = 2.35; 95%CI 1.14-4.87). Conclusion: the SPhA was associated with HGS, regardless of the interaction with sex, age group, BMI and WC. Its use can contribute to the evaluation of the elderly, especially when HGS measurement is not possible.Introdução: a Força de Preensão Manual (FPM) é um indicador de saúde e funcionalidade do idoso, que diminui com o passar do tempo, impactada por aspectos como mudanças na composição corporal. Objetivo: investigar a associação entre o Ângulo de Fase Padronizado (AFP) e FPM em idosos comunitários da Atenção Primária à Saúde (APS). Metodologia: estudo transversal, com pessoas de 60 anos ou mais, atendidos na APS. A variável dependente foi a FPM medida com dinamômetro e a independente principal foi o AFP com base no sexo e faixa etária, calculado a partir do ângulo de fase obtido pela bioimpedância. Foi realizada a regressão logística com entrada por bloco, sendo incluídas no modelo as variáveis que apresentaram associação com nível crítico menor do que 10%. Resultados: dos 296 indivíduos avaliados, 28,0% exibiram baixa FPM e 15,9% apresentaram AFP < -1,65°. As variáveis inseridas no modelo final de regressão logística, juntamente com o AFP, foram sexo, faixa etária, Índice de Massa Corporal (IMC) e Circunferência da Panturrilha (CP). A análise mostrou que o AFP < -1,65° aumenta a chance do idoso apresentar baixa FPM, tanto na análise sem ajuste (OR = 2,71; IC 95% 1,43-5,15), quanto no modelo final (OR = 2,35; IC 95% 1,14-4,87). Conclusão: o AFP mostrou-se associado à FPM, independentemente da interação com sexo, faixa etária, IMC e CP. A sua utilização pode contribuir na avaliação de idosos, especialmente quando a aferição da FPM não for possível.
Oral pigmented lesions:a retrospective analysis from Brazil
Pigmented lesions are uncommon in the oral mucosa, and studies investigating the incidence and types of these lesions are desired to improve the diagnostic knowledge of clinicians. The aim of this study was to analyze the distribution of oral pigmented lesions in a Brazilian population. A retrospective descriptive cross-sectional study was performed. Oral pigmented lesions were retrieved from the files of two oral and maxillofacial pathology services from Brazil over a 45-year period (1974-2019). The clinical data and the diagnoses of each case were retrieved and included in a Microsoft Excel® database. From 77.074 lesions diagnosed in this period, 761 (0.99%) represented pigmented lesions of the oral mucosa, including 351 (46.1%) melanocytic and 410 (53.9%) non-melanocytic lesions, with a higher incidence in females (73.2%) between the fourth and seventh decades of life. Amalgam tattoo (53.6%) represented the most common lesion, followed by melanotic macule (18.3%) and racial pigmentation (10.8%). Other pigmented lesions included nevus (9.9%), post-inflammatory pigmentation (3%), melanoma (2.1%), melanoacanthoma (1.4%), smoker's melanosis (0.4%), drug-induced pigmentation (0.3%), and melanotic neuroectodermal tumor of infancy (0.1%). The buccal mucosa was the most commonly affected site (25.2%), followed by the alveolar ridge (14.5%), and gingiva (11.8%). The current findings were similar to previous studies with minor differences due methodology and characteristics of the services from where lesions were retrieved. The knowledge of these data may contribute to a better understanding of oral pigmented lesions and assist clinicians to better recognize and manage them
Diagnóstico e manejo terapêutico da pancreatite aguda: uma visão abrangente
A pancreatite aguda é uma afecção inflamatória do pâncreas que resulta da ativação prematura das enzimas pancreáticas dentro do órgão, levando a danos teciduais e inflamação localizada. Sua etiologia engloba uma variedade de causas, incluindo cálculos biliares, abuso de álcool, trauma abdominal, medicamentos tolerantes e mutações genéticas. A doença manifesta-se clinicamente por sintomas como dor abdominal intensa e náuseas, podendo progredir para complicações sistêmicas graves. O diagnóstico é comprovado por meio da avaliação clínica, exames laboratoriais e de imagem, com a tomografia abdominal computadorizada desempenhando um papel crucial para classificação e conduta. O tratamento da pancreatite aguda consiste principalmente em medidas de suporte. Inclui a reanimação volêmica precoce, a administração adequada de analgésicos para o alívio da dor e a oferta de suporte nutricional. O uso de opioides parenterais, como hidromorfona, é comumente empregado, dado a preferência em relação à morfina devido ao seu potencial de aumentar a pressão no esfíncter da ampola hepatopancreática. A nutrição enteral precoce é recomendada, uma vez que se associa a uma menor taxa de complicações em comparação com a nutrição tardia ou o jejum. Em casos graves e complicações, como complicações extra-pancreáticas e necrose infectada, são necessários cuidados intensivos, com internação em unidade de terapia intensiva. A prevenção e o tratamento adequado das causas subjacentes da pancreatite aguda são fundamentais para evitar recorrências e complicações futuras. A terapêutica deve ser individualizada, considerando a gravidade da doença e a resposta do paciente. O diagnóstico precoce e o manejo adequado da pancreatite aguda desempenham um papel crucial na redução da morbidade e da mortalidade associada a essa condição clínica
A importância da atenção primária à saúde no cuidado ao paciente hipertenso / The importance of primary health care in the care of hypertensive patients
Este artigo buscou analisar a produção científica acerca da relevância da Atenção Primária à Saúde (APS) na assistência ao paciente hipertenso. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) está associada a diversas complicações cardiovasculares, vasculares e renais. Ações propostas na atenção primária, que é a porta de entrada e o centro articulador do Sistema Único de Saúde, são imprescindíveis na promoção da qualidade de vida, uma vez que possuem grande potencial de identificar as demandas de saúde da população, o que garante maior acesso a ferramentas de prevenção de doenças, promoção à saúde, além do tratamento e redução de agravos resultantes dos níveis pressóricos elevados. Contudo, salienta-se que, por ser uma doença multifatorial com determinantes biológicos e socioculturais, a atuação das equipes de saúde é um grande desafio. A educação em saúde se mostrou um dos principais dispositivos para viabilizar a promoção da saúde na atenção básica no Brasil e constitui-se como uma estratégia para mudanças nos hábitos de vida do paciente. Logo, reforça-se a importância da implantação de políticas nacionais de saúde pública, pautadas em abordagens multiprofissionais e interdisciplinares, que favoreçam a prevenção às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e reduza a sobrecarga nos demais níveis de atenção
Pre or perioperative period: when is the best time to produce platelet-rich plasma in dogs?
When evaluating published studies on the production of platelet-rich plasma (PRP), it is possible to observe that there is no consensus on when blood should be collected and processed. Some perform blood collection before surgery, prior to the administration of drugs, fluids, or any surgical trauma, while others collect blood during the perioperative period. The present objective was to determine the best moment for PRP production based on the platelet count. Blood samples were collected from 20 healthy female dogs at two distinct moments: before surgery, prior to anesthesia and fluid therapy (M0), and later, in the operation room, after administration of the anesthetics and intravenous fluids (M1). To obtain PRP, blood was centrifuged at 1200 rpm for ten minutes, then at 1600 rpm for ten minutes. Results showed that the blood collected at M1 had a 29% decrease in platelet count compared to M0 (highly significant statistical difference). It is recommended that blood collection, which is an essential step for producing platelet-rich plasma, shall be done during the pre-operative period.Published studies about production of platelet-rich plasma (PRP), demonstrate differences related to the moment in when blood should be collected and processed. Blood collection could be performed before surgery, prior to the administration of drugs, fluids, or any surgical trauma, while others collect blood during the perioperative period. The present objective was to determine if blood collection and processing in the pre or perioperative periods would result in different platelet concentrations, and consequently, what period is recommended to prepare a best PRP. Blood samples were obtained from 20 healthy female dogs at two distinct moments: before surgery, prior to the administration of drugs and fluids (M0), and later, in the operation room, after administration of anesthetics and intravenous fluids (M1). To obtain PRP, blood was centrifuged at 1200 rpm for ten minutes, then at 1600 rpm for ten minutes. Results showed that blood collected at M1 had a 29% decrease in platelet count compared to M0 (highly significant statistical difference), what interferes directly in PRP quality, and therefore, it is concluded that blood collection and PRP processing should be realized at M0
Regionalização da saúde no Brasil: uma perspectiva de análise
Este artigo visa a contribuir com o debate sobre a política de regionalização do SUS e a constituição das regiões de saúde no Brasil. Compreendê-las pressupõe reconhecer a dicotomia entre saúde coletiva e saúde individual - que marca a história da saúde pública brasileira - e identificar as diferentes racionalidades que conduzem esse processo. Tais racionalidades permitem não apenas considerar o legado da municipalização no atual processo de regionalização, como também estabelecer nexos entre dois campos do conhecimento fundamentais para o debate, a epidemiologia e a geografia. A epidemiologia clínica, ao privilegiar a saúde individual, fundamenta um modelo assistencial que prioriza a otimização de recursos. O reconhecimento da saúde no seu conceito ampliado, na epidemiologia social, fundamenta um modelo de atenção voltado para os determinantes sociais. Com a geografia, podem-se formular regiões funcionais, baseadas na teoria de Christaller, ou regiões lablachianas, que reconhecem a estrutura social loco/regional, possibilitando a intervenção nos determinantes ou condicionantes da maneira de adoecer e morrer das populações
Repercussão da terapia de suplementação de proteína em detrimento das alterações na composição muscular de idosos: uma revisão: Repercussion of protein supplementation therapy to the detriment of changes in muscle composition in the elderly: a review
INTRODUÇÃO: O ato de envelhecer traz consigo inúmeras mudanças fisiológicas, dentre elas, destaca-se a sarcopenia, que por vezes pode levar a perda da capacidade funcional, podendo prejudicar a mobilidade e por fim acarretar em acidentes graves ou mortes. A atual concentração diária recomendada de proteína por quilograma não foi projetada para uma população em fase de envelhecimento, o que pode levar a uma concentração de proteína insuficiente. A suplementação proteica surgiu como forma alternativa de preservar a manutenção muscular. OBJETIVO: Analisar os efeitos da suplementação proteica na manutenção da capacidade funcional muscular na população idosa. METODOLOGIA: Para tanto, foi realizada uma revisão integrativa da literatura de aspecto qualitativo, no qual, a partir de uma pesquisa em bases de dados selecionadas, baseou-se em estudos que apresentaram efeitos da suplementação proteica na manutenção da capacidade funcional muscular de idosos. Ao final foram selecionados seis estudos que contemplavam o tema em questão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A melhora do estado nutricional está relacionada ao desempenho muscular, com base nisso, foram analisados nos estudos os seguintes aspectos: ganho de massa muscular, exercício físico em jejum, membros inferiores, velocidade da marcha e outros parâmetros funcionais e 25-hidroxivitamina D, todos colocando-se em comparação com a suplementação proteica como forma intervencionista e de manutenção da capacidade funcional muscular. Ainda, foi realizada uma análise da suplementação dietética com aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs) em relação a desnutrição. CONCLUSÃO: A análise dos dados supracitados revelou a relevância da busca pela melhoria na qualidade de vida e bem-estar da população senil, de maneira que o consumo diário recomendado de proteína seja preconizado como principal medida para manutenção da massa muscular nesta parcela populacional. Deve-se estimular o consumo diário de alimentos ricos em proteínas, tais como carnes, ovos, leite e derivados e suplementos alimentares, quando sua prescrição se faz necessária. Diante da corroboração da sarcopenia no aumento da incidência de quedas em idosos, se faz necessário orientar e estimular a população senil para a prática regular de exercício físico resistido, além do acompanhamento de equipe multidisciplinar
ATLANTIC EPIPHYTES: a data set of vascular and non-vascular epiphyte plants and lichens from the Atlantic Forest
Epiphytes are hyper-diverse and one of the frequently undervalued life forms in plant surveys and biodiversity inventories. Epiphytes of the Atlantic Forest, one of the most endangered ecosystems in the world, have high endemism and radiated recently in the Pliocene. We aimed to (1) compile an extensive Atlantic Forest data set on vascular, non-vascular plants (including hemiepiphytes), and lichen epiphyte species occurrence and abundance; (2) describe the epiphyte distribution in the Atlantic Forest, in order to indicate future sampling efforts. Our work presents the first epiphyte data set with information on abundance and occurrence of epiphyte phorophyte species. All data compiled here come from three main sources provided by the authors: published sources (comprising peer-reviewed articles, books, and theses), unpublished data, and herbarium data. We compiled a data set composed of 2,095 species, from 89,270 holo/hemiepiphyte records, in the Atlantic Forest of Brazil, Argentina, Paraguay, and Uruguay, recorded from 1824 to early 2018. Most of the records were from qualitative data (occurrence only, 88%), well distributed throughout the Atlantic Forest. For quantitative records, the most common sampling method was individual trees (71%), followed by plot sampling (19%), and transect sampling (10%). Angiosperms (81%) were the most frequently registered group, and Bromeliaceae and Orchidaceae were the families with the greatest number of records (27,272 and 21,945, respectively). Ferns and Lycophytes presented fewer records than Angiosperms, and Polypodiaceae were the most recorded family, and more concentrated in the Southern and Southeastern regions. Data on non-vascular plants and lichens were scarce, with a few disjunct records concentrated in the Northeastern region of the Atlantic Forest. For all non-vascular plant records, Lejeuneaceae, a family of liverworts, was the most recorded family. We hope that our effort to organize scattered epiphyte data help advance the knowledge of epiphyte ecology, as well as our understanding of macroecological and biogeographical patterns in the Atlantic Forest. No copyright restrictions are associated with the data set. Please cite this Ecology Data Paper if the data are used in publication and teaching events. © 2019 The Authors. Ecology © 2019 The Ecological Society of Americ
Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil: setting the baseline knowledge on the animal diversity in Brazil
The limited temporal completeness and taxonomic accuracy of species lists, made available in a traditional manner in scientific publications, has always represented a problem. These lists are invariably limited to a few taxonomic groups and do not represent up-to-date knowledge of all species and classifications. In this context, the Brazilian megadiverse fauna is no exception, and the Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil (CTFB) (http://fauna.jbrj.gov.br/), made public in 2015, represents a database on biodiversity anchored on a list of valid and expertly recognized scientific names of animals in Brazil. The CTFB is updated in near real time by a team of more than 800 specialists. By January 1, 2024, the CTFB compiled 133,691 nominal species, with 125,138 that were considered valid. Most of the valid species were arthropods (82.3%, with more than 102,000 species) and chordates (7.69%, with over 11,000 species). These taxa were followed by a cluster composed of Mollusca (3,567 species), Platyhelminthes (2,292 species), Annelida (1,833 species), and Nematoda (1,447 species). All remaining groups had less than 1,000 species reported in Brazil, with Cnidaria (831 species), Porifera (628 species), Rotifera (606 species), and Bryozoa (520 species) representing those with more than 500 species. Analysis of the CTFB database can facilitate and direct efforts towards the discovery of new species in Brazil, but it is also fundamental in providing the best available list of valid nominal species to users, including those in science, health, conservation efforts, and any initiative involving animals. The importance of the CTFB is evidenced by the elevated number of citations in the scientific literature in diverse areas of biology, law, anthropology, education, forensic science, and veterinary science, among others