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Balanço de gases de efeito estufa em sistemas leiteiros de clima tropical.
A pecuária leiteira brasileira é atividade relevante em termos econômicos e sociais. A agropecuária nacional é responsável por 28,5% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa (GEE), sendo a atividade leiteira responsável por cerca de 3% das emissões de GEE do Brasil em 2020. O objetivo deste estudo foi estimar o potencial de emissão de metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e dióxido de carbono (CO2), remoção de GEE e balanço de carbono na produção primária, bem como a composição química e padrões higiênico-sanitários de leite de propriedades leiteiras em condições tropicais, considerando os diferentes sistemas de produção. Foram selecionadas 18 propriedades leiteiras, de acordo com seu sistema de produção, classificadas em sistemas com acesso ao pasto (AP) e confinados (C). Foi realizada uma visita em cada propriedade para aplicação de questionário e coleta de dados. A metodologia utilizada para obtenção das estimativas de emissões e remoções de GEE apresentadas, neste estudo, fundamentou-se nas diretrizes do Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa, do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climáticas e do Quarto Inventário Nacional de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa. Após o cálculo das emissões de GEE, foram contabilizadas as remoções de GEE e, posteriormente, calculou-se o balanço de carbono dos sistemas de produção. Por fim, foi calculada a quantidade de árvores necessárias para a neutralização do sistema de produção. Ademais, foram analisados dados de composição e padrões higiênico-sanitários do leite. Inicialmente, foram realizadas análises descritivas no R com o auxílio do software RStudio. Em seguida, realizou-se o teste de Monte Carlo com o objetivo de avaliar o efeito dos sistemas de produção. Os sistemas AP foram caracterizados como semi-intensivos, apresentando média de 97,68 hectares (ha), menor produtividade de 6.213,33 kg leite/lactação (p<0,001) e 19,13 litros leite/dia (p<0,001), maior teor de gordura do leite (3,93%) (p=0,007) e maior relação concentrado:leite (média 0,46 kg concentrado/litro leite) (p=0,045) comparados aos sistemas C. Além disso, apresentaram menor emissão de CH4 entérico (134,48 kg CH4/vaca/ano) (p=0,017), de CH4 dos dejetos (43,24 kg CH4/vaca/ano) (p=0,042), de N2O direto dos dejetos (0,61 kg N2O/vaca/ano) (p=0,015), N2O indireto dos dejetos (0,84 kg N2O/vaca/ano) (p=0,035), menor intensidade de emissão de GEE provenientes dos dejetos (1.839,18 kg CO2eq/vaca lactante/ano) (p=0,025), bem como maior intensidade de remoção de GEE, média de 0,175 kg CO2eq/kg FPCM comparados aos sistemas confinados. Os sistemas C, por sua vez, foram caracterizados como sistemas intensivos, apresentando média de 95,80 ha, com maior produtividade (10.089,92 kg leite/lactação) (p<0,001) e 31,67 litros leite/dia (p<0,001). Além disso, sistemas C apresentaram menores intensidade de emissão proveniente do CH4 entérico (0,557 kg CO2eq/kg FPCM) (p <0,001), produção e aquisição de alimentos (0,361 kg CO2eq/kg FPCM) (p=0,009), intensidade de emissão de GEE (1,173 kg CO2eq/kg FPCM) (p<0,001) e, consequentemente, menor intensidade do balanço de carbono (1,137 kg CO2eq/kg FPCM) (p<0,001) comparados aos sistemas AP. Em relação à composição e padrões higiênico-sanitários, todas as propriedades apresentaram-se dentro do padrão estabelecido pela IN 58, referente ao leite cru refrigerado. Para ambos os sistemas, verificou-se que a maior fonte de GEE foi a fermentação entérica (47,4%), seguida da produção e aquisição de alimentos (33,8%) e dejetos (18,8%). Em conclusão, os sistemas de produção AP e C demonstraram desempenhos semelhantes em termos de volume anual de leite produzido e eficazes em manter padrões higiênico-sanitários. No entanto, sistemas AP apresentaram maior teor de gordura no leite. Os sistemas C demonstraram-se mais sustentáveis em relação à intensidade de emissão de GEE por leite produzido e corrigido para gordura e proteína, embora sistemas AP tenham apresentado maior capacidade de remoção de GEE, além de área disponível para plantio de árvores em comparação com sistemas C, podendo contribuir positivamente para a mitigação das mudanças climáticas, desde que sejam adotadas práticas de manejo adequadas.Orientação: Renata Tieko Nassu, Embrapa Pecuária Sudeste. Co-Orientação: Teresa Cristina Alves, Embrapa Pecuária Sudeste
Avaliação da composição química do leite e contagem de células somáticas de vacas das raças Holandesa e Jersolanda.
A cadeia produtiva do leite é uma das principais atividades econômicas do Brasil, com geração de emprego e renda. Atualmente, os produtores recebem bonificação monetária, de acordo com os parâmetros de qualidade do leite, como composição química e Contagem de Células Somáticas (CCS). O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química do leite e CCS, de vacas da raça Holandesa (H1) e Jersolanda (HJ). As coletas de amostra de leite foram realizadas na Embrapa Pecuária Sudeste, Fazenda Canchim, São Carlos, São Paulo, no período de Janeiro/2007 à Dezembro/2020 e encaminhadas para a Clínica do Leite, na ESALQ/ USP, Piracicaba, São Paulo. Os dados resultantes foram submetidos ao teste t de Student a 5% de significância, utilizando-se o software XLSTAT. Os resultados observados neste trabalho, referentes à composição do leite, atendem a IN nº76 em vigor, atualmente, que estabelece critério de qualidade em relação às características físicas, químicas e microbiológicas do leite. Concluiu-se que a raça HJ foi a que apresentou leite de melhor qualidade, de acordo com teor de gordura, proteína, lactose, extrato seco total (EST), extrato seco desengordurado (ESD) e contagem de células somáticas (CCS)
Efeito dos períodos de águas e seca na qualidade do leite cru.
Os produtores de leite no Brasil recebem bonificação monetária conforme parâmetros de qualidade do leite, como composição química e contagem de células somáticas (CCS)
Beef quality from animals raised in three different grazing systems.
The increase in greenhouse gas emissions (GHG) is considered one of the leading causes of global warming, and enteric methane (CH4) from beef cattle represents an important emission source in the agricultural sector [1]
Application of the check-all-that-apply (CATA) method in beef produced in three different grazing systems.
The intercropping of grasses with pigeon pea (Cajanus cajan cv. BRS Mandarin) is an alternative to mitigate greenhouse gas emissions (GHG), increase forage availability throughout the seasons, enhance protein intake, and improve animal productivity [1]
Enteric methane emissions expressed by carcass productivity of Nellore cattle raised in different pasture systems.
In 2023, the population reached the mark of 8 billion people in the world, and projections indicate that this number will increase to 9.7 billion by 2050 [1]
Análises descritivas de produção e sanidade de glândula mamária geradas pelo software DelPro 5.3 do sistema de ordenha voluntária (VMS).
Os sistemas de ordenha voluntária (VMS) são cada vez mais utilizados em fazendas produtoras de leite, otimizando a produção sem que seja necessário o aumento do rebanho e de mão de obra, além de possibilitar o diagnóstico precoce da mastite
Efeito do tempo e temperatura na perda de água por cocção de carne bovina processada pelo método sous vide.
A técnica sous vide é um método de processamento no qual o alimento é embalado a vácuo e cozido de forma controlada a uma temperatura entre 65ºC e 95ºC
Meat quality of cattle raised on pastures with pigeon pea intercropping as a strategy for mitigating greenhouse gases: preliminary results.
Pigeon pea (Cajanus cajan (L.) Mill sp.) intercropped with Brachiaria acts as a protein bank and green fertilizer, as well as having the potential to reduce greenhouse gas (GHG) emissions in the production system