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EFEITO DE DIFERENTES DOSES DE CLOPROSTENOL SÓDICO NO PERÍODO PÓS-PARTO DE VACAS DE CORTE
O restabelecimento da atividade reprodutiva pós-parto é dependente de dois processos fisiológicos, a involução uterina e o restabelecimento da atividade luteal cíclica. Problemas ou atrasos na involução uterina podem afetar diretamente a atividade ovariana pós-parto. As prostaglandinas F2a (PGF2a) exercem uma importante função no processo de involução uterina. Entretanto, a utilização dos análogos sintéticos da PGF2a para estimular involução uterina em bovinos tem sido pequena. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de duas doses de uma mistura racêmica de cloprostenol (D+L-Cloprostenol), aplicadas no pós-parto imediato, sobre o desempenho reprodutivo de vacas mestiças de corte. Vacas de corte com parto normal foram divididas aleatoriamente em três grupos: G1(n=144), grupo controle; G2 (n=145), 0.530mg de D+L-Cloprostenol, aplicados IM de três a cinco dias após o parto, e G3 (n=145), 1.060 mg de D+L-Cloprostenol, no mesmo protocolo de G2. Foram analisados os serviços por concepção (c2), dias do parto à primeira inseminação e período de serviço. Não foram observadas diferenças no número de serviços por concepção nos três grupos (P>0.05). A média de dias do parto à primeira inseminação foi de 88,77 + 23,64ª; 77,59 + 26,95b e 76,22 + 26,28b, e o intervalo parto-concepção foi de 97.34±26.54ª; 86,38 + 28,81b; 85,23 + 30,12b, para os grupos 1, 2 e 3, respectivamente (P<0.05). O tratamento, independente da dose de cloprostenol, antecipou o reinicio da atividade reprodutiva em mais de 10 dias. A aplicação de cloprostenol sódico no pós-parto pode melhorar a eficiência reprodutiva de vacas de corte. Não existem diferenças entre as duas doses comparadas.
PALAVRAS-CHAVE: bovino; involução uterina; prostaglandinas