3 research outputs found

    Aquele evento, esta memória: notas sobre a antropologia das diásporas africanas no Novo Mundo

    Get PDF
    Neste artigo de 1991, David Scott analisa importantes marcos da antropologia estadunidense acerca dos povos de ascendência africana no Novo Mundo: o trabalho de Melville Herskovits, nos anos 1920 a 1940, e o de Richard Price, nos anos 1970 e 1980 – dando ênfase às pesquisas de ambos entre os Saamaka do Suriname, que figuram como “uma espécie de metonímia antropológica” nas discussões sobre a diáspora africana nas Américas. Scott buscará compreender como a “ciência da cultura” fundada por Boas construiu “o Negro do Novo Mundo” como objeto teórico e passou a fornecer o vocabulário autorizado capaz de identificá-lo e de representá-lo. O autor tece críticas ao modo como tal antropologia constrói uma narrativa de continuidades entre memórias precisas no presente e os tropos “África” e “escravidão” em passados autênticos e verificáveis, para depois propor aquelas que considera serem as tarefas teóricas adequadas para o complexo campo discursivo da “tradição”

    [Translation] Aquele evento, esta memória: notas sobre a antropologia das diásporas africanas no Novo Mundo

    Get PDF
    Translation by Rogerio Brittes W. Pires and Julia Sauma of: Scott, David (1991). "That Event, This Memory: Notes on the Anthropology of African Diasporas in the New World." Diaspora: A Journal of Transnational Studies, vol. 1 no. 3, p. 261-284: Resumo: Neste artigo de 1991, David Scott analisa importantes marcos da antropologia estadunidense acerca dos povos de ascendência africana no Novo Mundo: o trabalho de Melville Herskovits, nos anos 1920 a 1940, e o de Richard Price, nos anos 1970 e 1980 – dando ênfase às pesquisas de ambos entre os Saamaka do Suriname, que figuram como “uma espécie de metonímia antropológica” nas discussões sobre a diáspora africana nas Américas. Scott buscará compreender como a “ciência da cultura” fundada por Boas construiu “o Negro do Novo Mundo” como objeto teórico e passou a fornecer o vocabulário autorizado capaz de identificá-lo e de representá-lo. O autor tece críticas ao modo como tal antropologia constrói uma narrativa de continuidades entre memórias precisas no presente e os tropos “África” e “escravidão” em passados autênticos e verificáveis, para depois propor aquelas que considera serem as tarefas teóricas adequadas para o complexo campo discursivo da “tradição”

    Pequena história da ideia de fetiche religioso: de sua emergência a meados do século XX

    No full text
    A ideia de fetiche religioso, fruto do encontro afro-europeu na costa da Guiné há cerca de quatro séculos percorreu um longo caminho, desde seu uso por viajantes e comerciantes, passando pela sua apropriação pela filosofia iluminista, sua radicalização e popularização no positivismo e no evolucionismo, até ser criticada, entrar em declínio e ser considerada estéril pela antropologia modernista. O objetivo deste artigo é lançar uma luz sobre tal trajetória, não de maneira desinteressada, mas dentro de um contexto contemporâneo de reavaliação da ideia de fetiche enquanto ferramenta heurística, o que sugere uma paralela reavaliação da história do conceito
    corecore