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HIV infection, hepatitis B and C and syphilis in homeless people, in the city of São Paulo, Brazil
Estimar a prevalência das infecções pelo HIV, vírus das hepatites B e C, e da sífilis em moradores de rua. Estudo transversal com intervenção educativa, realizado no município de São Paulo, de 2002 a 2003. Selecionou-se amostra de conveniência de moradores de rua que utilizavam albergues noturnos, segundo os critérios: gt;18 anos e não apresentar distúrbios psiquiátricos. Em entrevistas, foram coletados dados sociodemográficos e de comportamento, e realizados exames laboratoriais para HIV, hepatite B e C e sífilis, e aconselhamento pós-teste. Participaram 330 usuários dos albergues, com 40,2 anos (média), 80,9% homens, nas ruas, em média, há um ano. Observaram-se prevalências de 1,8% de HIV, 8,5% de vírus de hepatite C, 30,6% de infecção pregressa por hepatite B, 3,3% de infecção aguda ou crônica pelo vírus hepatite B e 5,7% de sífilis. Uso consistente de preservativo foi referido por 21,3% e uso de droga injetável, por 3% dos entrevistados. A positividade para HIV foi de 10% e 50% para vírus da hepatite C entre usuários de drogas injetáveis, versus 1,5% para HIV e 7,3% para hepatite C nos demais, evidenciando associação entre esse vírus e uso de droga injetável. Prisão anterior foi referida por 7,9% das mulheres e 26,6% dos homens, com prevalência de 2,6% para HIV e 17,1% para vírus da hepatite C. As elevadas prevalências de HIV e vírus de hepatite B e C requerem programas de prevenção baseados na vacinação contra hepatite B, diagnóstico precoce dessas infecções e inserção dos moradores de rua em serviços de saúde412475
Infecção pelo HIV, hepatites B e C e sífilis em moradores de rua, São Paulo
OBJECTIVE: To estimate the prevalence of HIV infections, as well as hepatitis B and C and syphilis viruses in homeless people. METHODS: Cross-sectional study with educational intervention, conducted in the city of São Paulo, between 2002 and 2003. A convenience sample of homeless people who used night shelters was selected, according to the following criteria: aged 18 or older and not showing psychiatric disturbances. During interviews, sociodemographic and behavioral data were gathered and HIV, hepatitis B and C and syphilis laboratorial tests and post-test counseling were carried out. RESULTS: A total of 330 shelter users participated, with an average age of 40.2 years, 80.9% of them male, having lived on the streets for one year in average. Prevalences of 1.8% for HIV, 8.5% for hepatitis C virus, 30.6% for previous hepatitis B infection, 3.3% for chronic or acute infection by hepatitis B virus, and 5.7% for syphilis. The consistent use of condoms was referred to by 21.3% of interviewees and the use of injecting drugs by 3% of them. Positivity was 10% for HIV and 50% for hepatitis C virus among injectable drug users, versus 1.5% for HIV and 7.3% for hepatitis C among the others, showing an association between the virus and the use of injecting drugs. Previous imprisonment was referred to by 7.9% of women and 26.6% of men, with a prevalence of 2.6% for HIV and 17.1% for hepatitis C virus. CONCLUSIONS: The high prevalences of HIV and hepatitis B and C viruses require prevention programs based on vaccination against hepatitis B, early diagnosis of these infections and placement of homeless people into health services.OBJETIVO: Estimar a prevalência das infecções pelo HIV, vírus das hepatites B e C, e da sífilis em moradores de rua. MÉTODOS: Estudo transversal com intervenção educativa, realizado no município de São Paulo, de 2002 a 2003. Selecionou-se amostra de conveniência de moradores de rua que utilizavam albergues noturnos, segundo os critérios: >;18 anos e não apresentar distúrbios psiquiátricos. Em entrevistas, foram coletados dados sociodemográficos e de comportamento, e realizados exames laboratoriais para HIV, hepatite B e C e sífilis, e aconselhamento pós-teste. RESULTADOS: Participaram 330 usuários dos albergues, com 40,2 anos (média), 80,9% homens, nas ruas, em média, há um ano. Observaram-se prevalências de 1,8% de HIV, 8,5% de vírus de hepatite C, 30,6% de infecção pregressa por hepatite B, 3,3% de infecção aguda ou crônica pelo vírus hepatite B e 5,7% de sífilis. Uso consistente de preservativo foi referido por 21,3% e uso de droga injetável, por 3% dos entrevistados. A positividade para HIV foi de 10% e 50% para vírus da hepatite C entre usuários de drogas injetáveis, versus 1,5% para HIV e 7,3% para hepatite C nos demais, evidenciando associação entre esse vírus e uso de droga injetável. Prisão anterior foi referida por 7,9% das mulheres e 26,6% dos homens, com prevalência de 2,6% para HIV e 17,1% para vírus da hepatite C. CONCLUSÕES: As elevadas prevalências de HIV e vírus de hepatite B e C requerem programas de prevenção baseados na vacinação contra hepatite B, diagnóstico precoce dessas infecções e inserção dos moradores de rua em serviços de saúde
Impact of COVID-19 on healthcare-associated infections: Antimicrobial consumption does not follow antimicrobial resistance
Background: This study aimed to analyze the Healthcare-Associated Infections (HAI) rates and antimicrobial consumption in Intensive Care Units (ICU) in São Paulo city during the COVID-19 pandemic and compare them with the pre-pandemic period.
Methods: This cohort included all hospitals that reported HAI rates (Central-Line-Associated Bloodstream Infection ‒ CLABSI and Ventilator-Associated Pneumonia ‒ VAP), the proportion of microorganisms that caused CLABSI, the proportion of resistant microorganisms, and antimicrobial consumption from January 2017 ‒ December 2020. Hospitals were stratified by the number of beds, Central Venous Catheter (CVC) utilization rate, Mechanical-Ventilation (MV) utilization rate, and type of funding. Statistical analyses were based on time-series plots and regression models.
Results: 220 ICUs were included. The authors observed an abrupt increase in CLABSI rates after the pandemic onset. High CLABSI rates during the pandemic were associated with hospital size, funding (public and non-profit private), and low CVC use (≤ 50%). An increase in VAP rates was associated with public hospitals, and high MV use (> 35%). The susceptibility profile of microorganisms did not differ from that of the pre-pandemic period. polymyxin, glycopeptides, and antifungal use increased, especially in COVID-19 ICUs.
Conclusions: HAI increased during COVID-19. The microorganisms’ susceptibility profile did not change with the pandemic, but the authors observed a disproportionate increase in large-spectrum antimicrobial drug use