24 research outputs found

    Editorial

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    Editoria

    Estudos da deficiência, educação de surdos e atribuições no trabalho docente

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    A questão que motiva este artigo é o contraste entre as políticas de educação inclusiva e as formulações dos movimentos de surdos. O objetivo principal é desenvolver um estudo bibliográfico, a partir das contribuições dos estudos sobre a deficiência, de questões referentes ao trabalho docente com surdos frente à nova política de inclusão das pessoas deficientes nas escolas regulares de ensino. O artigo está organizado a partir de três perguntas que orientam a argumentação: 1) Como se constituiu os estudos sobre a deficiência?; 2) A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é uma língua?; e 3) Quais novas atribuições estão postas para os docentes que atuam na educação de pessoas surdas? Admite-se aqui que as demandas dos movimentos de pessoas surdas parecem não ser alcançadas pela legislação, que, apesar de avançada, não atende as necessidades de se trabalhar em perspectivas outras, para além de um ensino homogeneizador e normalizador de corpos.Palavras-chave: Educação inclusiva. Estudos da deficiência. Língua Brasileira de Sinais.Disability studies, deaf education and assignments in teaching workThe question that motivates this article is the contrast between the policies of inclusive education and the formulations of deaf movements. The main objective is to develop a bibliographic study, based on the contributions of studies on disability, of issues related to teaching work with deaf people considering the new policy of inclusion of disabled people in regular schools. The article is organized around three questions which guide the discussion: 1) How were the studies on disability set up?; 2) Is the Brazilian Sign Language (Libras) a language?; and 3) Which new attributions are put to teachers working in the education of deaf people? It is assumed here that the demands of the movements of deaf people seem to be not achieved by legislation, though advanced, does not meet the needs of working in other perspectives, beyond a homogenizing and normalizing teaching of bodies.Keywords: Inclusive education; Studies on disability; Brazilian Sign Languag

    Materiais do Ministério de Educação do Brasil: das concepções de linguagem às políticas linguísticas para o ensino de surdos

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    This article discusses Brazil’s federal government's linguistic policies through an analysis of the teaching materials provided for the formation of language teachers for deaf students. The research question is: what conception of language teaching predominated as an official policy throughout these materials? The objective is to describe, contextualize and analyze the linguistic policies proposed in these materials, pointing out the changes that have occurred according to their constitutive discourses. This research is centered on Bakhtin’s and Bakhtin Circle’s dialogical perspective of language, especially on Bakhtin’s (2016) and Volóchinov’s (2017) conception of language. The methodological procedures consisted of the contextualization of the educational policies applied to the editing of Brazil’s Ministry of Education’s four teaching materials published from 1979 to 2010 and the analysis of their official discourse based on the categorization of conceptions of language and linguistic policies. The results show that the first language policy, adopted from 1979 to 1995, based its conception of language in special education on speech and writing rehabilitation; from 1997 to 2002, the second policy based its teaching design on the grammars of Portuguese and the Língua Brasileira de Sinais  (LIBRAS) through signs, sentences and dialogues in context; the third policy, implemented from 2003 to 2010, was based on the development of reading skills and production of texts in Portuguese as L2 and Libras as L1; written Portuguese language and LIBRAS are correlated in the Specialized Educational Service (SES) field as a policy of inclusion in public teaching systems.En este artículo, el tema que está siendo discutido es sobre la política lingüística del gobierno federal a través de los materiales didácticos y pedagógicos dirigidos, específicamente, a la formación de profesores que enseñan lenguaje para sordos. De acuerdo con lo expuesto, el problema principal es: ¿Cuál es la concepción de la enseñanza de esta lengua que, predominaba como política oficial en estos materiales didácticos y pedagógicos? En este sentido, el objetivo de este artículo es describir, contextualizar y analizar la política lingüística propuesta en estos materiales, indicando los cambios que ocurrieron, según los discursos constitutivos. Por lo tanto, se trata de una investigación centrada en la perspectiva dialógica del lenguaje de Bakhtin y del Círculo, especialmente, en la del lenguaje de Bakhtin (2016) y Volóchinov (2017). Para el desarrollo metodológico se destacó el contexto de la política educativa de la publicación de los 4 materiales didácticos y pedagógicos del Ministerio de Educación y Cultura - MEC, entre 1979 y 2010; así como, el análisis de los discursos oficiales de los mismos a partir de las siguientes categorías: 1. concepciones del lenguaje y 2. política lingüística.  Los resultados indican que la primera política lingüística de la concepción de lengua en la educación especial, adoptada entre 1979 y 1995, se fundamenta en la rehabilitación del habla y la escritura. La segunda, entre 1997 y 2002, en la gramática del portugués y en el Língua Brasileira de Sinais – Libras, mediante signos, frases y diálogos en contextos. Finalmente, la tercera, entre 2003 y 2010, se fundamenta en la lectura y producción de textos en portugués como L2, teniendo el Lenguaje de Señas de Brasil (Libras) como L1. La lengua portuguesa escrita y el Lenguaje de Señas de Brasil (Libras) están correlacionan dentro de la Atención Educacional Especializada (AEE), como política de inclusión en los sistemas escolares públicos.Neste artigo, analisa-se a política linguística do governo federal por meio dos materiais didático-pedagógicos direcionados à formação de professores do ensino de língua para surdos. A questão problema é: qual concepção de ensino de língua predomina como política oficial nesses materiais? O objetivo é descrever, contextualizar e analisar a política linguística proposta nesses materiais, indicando as mudanças que ocorreram, conforme os discursos constitutivos. Trata-se de uma pesquisa centrada na perspectiva dialógica da linguagem de Bakhtin e do Círculo, em especial, na concepção de linguagem de Bakhtin (2016) e Volóchinov (2017), no que tange a discussão de política linguística de formação dos professores da educação de surdos entre 1979 e 2010. Os resultados indicam que a primeira política linguística a concepção de língua na educação especial, adotada, entre 1979 e 1995, é baseada na reabilitação da fala e da escrita; a segunda, entre 1997 e 2002, é baseada na gramática de Língua Portuguesa e da Língua Brasileira de Sinais-Libras por meio de sinais, frases e diálogos em contextos; a terceira, entre 2003 e 2010, é baseada na leitura e produção de textos em Língua Portuguesa como L2, tendo a Libras como L1; a Língua Portuguesa escrita e a Língua de Sinais estão correlacionadas no espaço de Atendimento Educacional Especializado (AEE), como política de inclusão nas redes públicas de ensino

    ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA SURDOS QUE NÃO DOMINAM A LIBRAS: ESTUDO SOBRE O DESENVOLVIMENTO LINGUÍSTICO DE UM SURDO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

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    O objetivo deste artigo é discutir o ensino de Língua Portuguesa para surdos que não dominam a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Trata-se de uma pesquisa participante realizada durante dezoito meses com um aluno surdo que não dominava esse meio de comunicação, a Libras, mas que interagia com o mundo por meio de uma língua própria, criada com fins imediatos. Nos resultados da pesquisa constata-se que o ensino de língua portuguesa por meio de uma Língua de Sinais Emergentes para surdos que não dominam a Libras é possível, desde, é claro, que as metodologias de ensino sejam adaptada

    MEMÓRIAS DE TRADUTORES E INTÉRPRETES DA LIBRAS: PERFIS E ETAPAS DA PROFISSÃO

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    Essa pesquisa objetiva-se analisar e compreender os perfis e as etapas que constituem a carreira de Tradutores e Intérpretes da Libras (TIL). A pesquisa ancora-se em Halbwachs (1990) e Bosi (1993) sobre memória, bem como Huberman (2000) e Cavaco (1999) acerca da vida profissional de professores. O foco são as narrativas de vida de 11 (onze) TIL’s. Os resultados apontam: perfis com gêneros, formações, atuações diversificadas. As etapas da carreira de TIL’s são: i) O enlace - entrada; ampliação; formação; ii) O meneio - polivalência e questionamento; iii) O desenlace - distanciamento e o afastamento. Conclui-se que as demandas destinadas aos TIL’s devem levar em conta a etapa que cada TIL se encontra

    O estágio supervisionado de Libras: o acontecimento inconcluso e a prática educativa intercultural crítica

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    Nesse estudo tem-se como objetivos: a) analisar o Estágio Supervisionado de futuros professores de Libras; b) refletir sobre o Estágio Supervisionado como um acontecimento inconcluso; c) pensar na busca e na efetivação de uma prática educativa intercultural crítica no contexto do Estágio Supervisionado. O estudo deu-se com 17 (dezessete) universitários que cursam a Licenciatura Letras-Libras, com idade de 20 a 50 anos, sendo 15 mulheres e 02 homens. Para a coleta de dados utiliza-se um questionário com 05 questões mistas (fechadas e abertas). A análise dos dados ocorreu por meio do processo de categorização. Elabora-se mapas conceituais para melhor explanar as categorias evidenciadas no estudo. Os resultados apontam para o Estágio Supervisionado como um acontecimento que se deu em escolas que realizavam aulas para surdos e ouvintes ao mesmo tempo. Isso reverbera na aprendizagem do aluno surdo. Nesse estágio há a reflexão crítica sobre erros e acertos e a busca de uma prática educativa intercultural. Conclui-se que é imprescindível uma maior articulação do pensamento bakhtiniano com a perspectiva da interculturalidade e as leituras de base freireana. Isso tudo trará uma rica contribuição para a transformação da educação e da realidade escolar

    NARRATIVAS DE UM SUJEITO SURDO HOMOSSEXUAL:: UMA ANÁLISE DIALÓGICA

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    Este artigo tem por objetivo analisar as relações de alteridade, por meio da análise dialógica de narrativa de vida de um sujeito surdo homossexual. Tem como referencial conceitual os achados de Bakhtin e do Círculo. Nessa análise, utiliza-se a entrevista semiestruturada para conformar as narrativas de vida. Tais narrativas foram categorizadas como ocorrências de alteridades do reconhecimento, da normalidade e do armário. Os resultados apontam que os discursos manifestados no campo da família são marcados com predominância de alteridades, uma alteridade da normalidade, em razão de condicionar o reconhecimento amoroso a partir da sexualidade do sujeito.   Palavras-chave: Sujeito surdo; Homossexualidade; Narrativa de vida; Relações de alteridade

    Para além da escrita e da leitura: as possibilidades de aprendizagem com o multiletramento

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    Neste artigo discute-se as várias formas de construir significados que vão desde a junção de letras e sílabas até as propostas de alfabetizar na perspectiva do multiletramento. O principal objetivo é discutir o uso do multiletramento nas práticas docentes. Trata-se de um texto teórico que fundamenta o uso de imagens, sinais, oralidade, escrita e movimentos do corpo. O texto está organizado para responder três perguntas: qual a natureza das criticas que se faz ao ensino centrado na escrita alfabética? O que é trabalhar na perspectiva do multiletramento? Como trabalhar com práticas comunicativas do multiletramento? Palavras-chave: escrita, alfabetização, multiletramento

    Do (re)conhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) à luta pela construção de uma política linguística bilíngue em Breves-Pará

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    A luta da comunidade surda do município de Breves-Pará pelo reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e por uma política linguística bilíngue é marcada por ações do movimento social surdo contra a colonialidade linguística. Contra essa colonialidade há a resistência da comunidade surda. Neste estudo objetiva-se analisar o processo histórico de reconhecimento da Libras à luta pela construção de uma política linguística bilíngue em Breves. A pesquisa foi efetivada por meio de estudo documental, pesquisa bibliográfica e análise de narrativas de vida. Para isso, cinco professores/as – quatro do gênero feminino e um do masculino – do movimento de educação especial e de surdos de Breves foram entrevistados. Os resultados indicam que as políticas linguísticas municipais, assim como as nacionais, são pautadas pelo controle da educação inclusiva, por meio do Atendimento Educacional Especializado (AEE), em detrimento dos discursos reivindicatórios de reconhecimento político e social da Libras

    O estágio supervisionado de Libras: o acontecimento inconcluso e a prática educativa intercultural crítica

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    Nesse estudo tem-se como objetivos: a) analisar o Estágio Supervisionado de futuros professores de Libras; b) refletir sobre o Estágio Supervisionado como um acontecimento inconcluso; c) pensar na busca e na efetivação de uma prática educativa intercultural crítica no contexto do Estágio Supervisionado. O estudo deu-se com 17 (dezessete) universitários que cursam a Licenciatura Letras-Libras, com idade de 20 a 50 anos, sendo 15 mulheres e 02 homens. Para a coleta de dados utiliza-se um questionário com 05 questões mistas (fechadas e abertas). A análise dos dados ocorreu por meio do processo de categorização. Elabora-se mapas conceituais para melhor explanar as categorias evidenciadas no estudo. Os resultados apontam para o Estágio Supervisionado como um acontecimento que se deu em escolas que realizavam aulas para surdos e ouvintes ao mesmo tempo. Isso reverbera na aprendizagem do aluno surdo. Nesse estágio há a reflexão crítica sobre erros e acertos e a busca de uma prática educativa intercultural. Conclui-se que é imprescindível uma maior articulação do pensamento bakhtiniano com a perspectiva da interculturalidade e as leituras de base freireana. Isso tudo trará uma rica contribuição para a transformação da educação e da realidade escolar
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