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    COMPARAÇÃO DO PERFIL DE FORÇA ISOCINÉTICA ENTRE ROTADORES INTERNOS E EXTERNOS DOS OMBROS EM JOVENS NADADORES

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    Em qualquer modalidade desportiva o equilíbrio muscular é de extrema importância para a manutenção da funcionalidade das articulações. Na natação, devido à repetitiva utilização dos músculos do ombro, existe uma maior propensão para lesões nesta articulação, essencialmente motivadas pelos desequilíbrios entre rotadores internos (RI) e rotadores externos (RE) [1]. O objectivo do presente estudo é avaliar os níveis de força muscular de RI e RE do ombro e determinar possíveis descompensações entre os mesmos e entre braço dominante e não dominante. MÉTODOS Foram avaliados 40 nadadores dextros (sexo masculino), divididos em dois grupos: Grupo 1(G1), juvenis (nascidos em 1992/93) e grupo 2(G2), infantis (nascidos em 1994/95). Apenas foram admitidos nadadores sem historial clínico ao nível dos ombros, sem treino de força prévio e com o mínimo de 2 anos de prática. G1 (n=19), altura [média (dp)] 168.6 (6.5) (cm); peso 59.6 (6.0) (Kg), treinos/semana 587.3 (127.4) (minutos); tempo de treino 5.3 (1.6) (anos) e G2 (n=21); altura 160.5 (12.2); peso 50.4 (10.8); treinos/semana 418.5 (121.6); tempo de treino 4.1 (2.2). O pico máximo de força (peak torque) dos RI e RE dos ombros foi medido numa acção concêntrica a 60º/s (3 repetições) e a 180º/s (20 repetições) utilizando um dinamómetro isocinético (Biodex System 3 - Biodex Corp., Shirley, USA). Todos os testes foram realizados segundo os protocolos definidos para este equipamento [2]. Para a análise estatística foi utilizado o Teste-T para amostras independentes, com o nível de significância de p< 0.05. RESULTADOS Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas para o peak torque (Nm) entre os RI e RE do mesmo ombro para ambos os grupos, quer a 60º/s quer a 180º/s (tabela 1). No entanto, não foram encontradas diferenças com significado estatístico entre os RI e RE do membro dominante e não dominante. Tabela 1: Valores [média (dp)] de peak torque (Nm) dos Rotadores internos e Rotadores Externos dos ombros direito e esquerdo nas repetições a 60º/s e 180º/s. 60º/s 180º/s Ombro Dtº Ombro Esqº Ombro Dtº Ombro Esqº RI RE p* RI RE p* RI RE p* RI RE p* G1 Juvenis 35.8 (7.9) 25.8 (4.7) 0.001 32.7 (6.7) 23.9 (5.1) 0.001 27.1 (6.3) 20.8 (3.5) 0.001 25.1 (4.4) 18.7 (3.2) 0.002 G2 Infantis 23.4 (6.5) 19.0 (5.4) 0.048 22.4 (5.4) 16.8 (6.1) 0.027 18.4 (5.1) 15.5 (3.4) 0.049 18.3 (4.1) 13.8 (3.9) 0.001 *valores de p – Test-T para amostras independentes DISCUSSÃO Os resultados evidenciam que nadadores jovens envolvidos num programa de treino sofrem descompensações entre os RI e RE do mesmo ombro, quer ao nível da capacidade de produção de força máxima (3 repetições a 60º/s), quer de força resistente (20 repetições a 180º/s). Os nossos resultados estão de acordo, na generalidade, com outros estudos prévios, em que os valores unilaterais de RI são superiores aos de RE [3,4]. No entanto em estudos com atletas adultos não se verificaram diferenças significativas entre RI e RE [4]. A descompensação encontrada no nosso estudo parece aumentar com o número de anos de prática e aumento de horas de treino, sendo os presentes resultados idênticos aos do trabalho de Ramsi et al (2004) [1], que sugere como principal causa o fraco aumento dos níveis de força nos RE comparativamente aos ganhos produzidos nos RI durante o decorrer da época. No entanto convém salientar que a descompensação mencionada poderá dever-se, não exclusivamente a causas que se relacionam directamente com a força muscular, mas também com níveis de flexibilidade e técnica de nado [5]. Em conclusão, para que se possa conseguir uma maior estabilidade e equilíbrio unilateral entre os RI e RE dos ombros em nadadores jovens, recomenda-se o início de trabalho de força compensatório em programas de treino em idades muito jovens (infantis ou mesmo antes)

    Rotator cuff isokinetic strength of young group aged swimmers in a competitive training program

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    In any given sports activity, muscular or movement instability is pointed out as having a high influence for the maintenance of correct joint functionality. In swimming, due to the repetitive use of shoulder muscles, there is a higher tendency to promote injuries at the shoulder joint, especially when instability between the internal (IR) and external (ER) shoulder rotators is present. The aims of this study were to evaluate the rotator cuff isokinetic strength in order to determine any possible muscular over compensation or imbalance, and to assess differences between the dominant and non-dominant side, of young group aged swimmers. Forty young aged swimmers in a competitive training program were evaluated, and divided in two groups. Only subjects without any previous history of strength training were included. Group 1 (n=19), age 15 to 16 (years); height [mean (SD)] 168.6 (6.5) (centimeters); weight 59.6 (6.0) (kilograms), training/week 113.7 (12.6) (minutes); experience 5.3 (1.6) (years) and Group 2 (n=21); age 13 to 14; height 160.5 (12.2); weight 50.4 (10.8); training/week 88.6 (17.7); experience 4.1 (2.2) (years). The maximal unilateral isokinetic strength was measured (Biodex System 3) on the shoulder IR and ER during concentric action at 60°/second, bilaterally. Data was examined by the application of appropriate statistical tests for the analysis of variance. Statistical differences were found on peak torque (Nm) at the agonist/antagonist ratio measured unilaterally [Group 1: right shoulder 35.8 (7.9) (IR) and 25.8 (4.7) (ER) (p=0.001) and left shoulder 32.7 (6.7) (IR) and 23.9 (5.1) (ER) (p=0.001) / Group 2: right shoulder 23.4 (6.5) (IR) and 19.0 (5.4) (ER) (p=0.048) and left shoulder 22.4 (5.4) (IR) and 16.8 (6.1) (ER) (p=0.027)]. However, no statistical differences were found between the maximal rotation strength measured bilaterally [Group 1: ER (p=0.280) and IR (p=0.246) / Group 2: ER (p=0.186) and IR (p=0.522)]. Young swimmers involved in a competitive training program can suffer from unilateral over compensation at shoulder IR or ER. This compensation seems to increase with the number of training years. To enable a higher stability between the internal and external shoulder rotators it is recommended that shoulder muscle strengthening should be considered in young aged swimmers training programs

    Rotator cuff isokinetic strength of young group aged swimmers in a competitive training program

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    Introduction: In any given sports activity, muscular or movement instability is pointed out as having a high influence for the maintenance of correct joint functionality. In swimming, due to the repetitive use of shoulder muscles, there is a higher tendency to promote injuries at the shoulder joint, especially when instability between the internal (IR) and external (ER) shoulder rotators is present. The aims of this study were to evaluate the rotator cuff isokinetic strength in order to determine any possible muscular over compensation or imbalance, and to assess differences between the dominant and non-dominant side, of young group aged swimmers. Methods: Forty young aged swimmers in a competitive training program were evaluated, and divided in two groups. Only subjects without any previous history of strength training were included. Group 1 (n=19), age 15 to 16 (years); height [mean (SD)] 168.6 (6.5) (centimeters); weight 59.6 (6.0) (kilograms), training/week 113.7 (12.6) (minutes); experience 5.3 (1.6) (years) and Group 2 (n=21); age 13 to 14; height 160.5 (12.2); weight 50.4 (10.8); training/week 88.6 (17.7); experience 4.1 (2.2) (years). The maximal unilateral isokinetic strength was measured (Biodex System 3) on the shoulder IR and ER during concentric action at 60°/second, bilaterally. Data was examined by the application of appropriate statistical tests for the analysis of variance. Results: Statistical differences were found on peak torque (Nm) at the agonist/antagonist ratio measured unilaterally [Group 1: right shoulder 35.8 (7.9) (IR) and 25.8 (4.7) (ER) (p=0.001) and left shoulder 32.7 (6.7) (IR) and 23.9 (5.1) (ER) (p=0.001) / Group 2: right shoulder 23.4 (6.5) (IR) and 19.0 (5.4) (ER) (p=0.048) and left shoulder 22.4 (5.4) (IR) and 16.8 (6.1) (ER) (p=0.027)]. However, no statistical differences were found between the maximal rotation strength measured bilaterally [Group 1: ER (p=0.280) and IR (p=0.246) / Group 2: ER (p=0.186) and IR (p=0.522)]. Conclusion: Young swimmers involved in a competitive training program can suffer from unilateral over compensation at shoulder IR or ER. This compensation seems to increase with the number of training years. To enable a higher stability between the internal and external shoulder rotators it is recommended that shoulder muscle strengthening should be considered in young aged swimmers training programs
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