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Malformações arteriovenosas: apresentações pulmonares e cerebrais
As malformações arteriovenosas (MAV) são anomalias congênitas que afetam a estrutura vascular e podem ocorrer tanto no pulmão quanto no cérebro. A fisiopatologia da MAV envolve um desvio anormal do fluxo sanguíneo arterial para as veias, sem passar pelos capilares, o que pode causar hipoxemia, insuficiência cardíaca e outras complicações. Os sintomas das malformações arteriovenosas pulmonares (MAVP) incluem dispneia, cianose, hemoptise e embolia pulmonar. Já as malformações arteriovenosas cerebrais (MAVC) podem apresentar sintomas como convulsões, cefaléia, hemorragia intracerebral e déficits neurológicos. Quanto à epidemiologia, a prevalência da MAVP é rara e ocorre duas vezes mais em mulheres do que em homens, exceto em recém-nascidos, enquanto a MAVC é mais comum, com uma prevalência estimada de varia de 1,12 a 1,42 casos por 100.000 pessoas/ano. Múltiplos fatores, como anormalidades vasculares, modificações moleculares e alterações de fluxo das artérias e veias, influenciam significativamente no desenvolvimento de MAVs. O diagnóstico da MAV envolve a realização de exames de imagem, como radiografia de tórax, tomografia computadorizada (TC) e ressonância nuclear magnética (RNM). Já a abordagem terapêutica da MAVP pode envolver embolização arterial ou cirurgia, dependendo da extensão da lesão. Já a MAVC pode ser tratada com embolização endovascular, cirurgia ou radioterapia, também dependendo das características da lesão. Assim, com o diagnóstico e tratamento adequados, muitos pacientes podem ter uma qualidade de vida satisfatória e prevenir complicações graves
Trombose venosa profunda: aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico
A Trombose Venosa Profunda (TVP) é uma condição médica grave caracterizada pela formação de um coágulo sanguíneo dentro das veias profundas do corpo, principalmente nas pernas. Quanto à epidemiologia, trata-se de uma doença comum em todo o mundo, afetando entre 2,5% a 5% da população. A prevalência da TVP aumenta com a idade e é maior em homens do que em mulheres. A fisiopatologia da TVP envolve a formação de coágulos sanguíneos nas veias profundas das pernas, o que pode ocorrer devido a uma variedade de fatores, incluindo imobilização prolongada, tabagismo, cirurgias, trauma, câncer, uso de contraceptivos orais, gravidez e pós-parto, fatores genéticos e obesidade. Quanto às manifestações clínicas, destacam-se dor, inchaço e vermelhidão nas pernas afetadas, bem como sensação de calor na pele sobre a veia afetada. No entanto, muitos casos de TVP são assintomáticos, o que torna o diagnóstico precoce desafiador. O diagnóstico da TVP envolve avaliação clínica, exames laboratoriais, exames de imagem, como ultrassonografia doppler, que podem detectar a presença de coágulos sanguíneos nas veias profundas das pernas. Já a abordagem terapêutica envolve o uso de medicamentos como anticoagulantes, que ajudam a prevenir a formação de novos coágulos sanguíneos e reduzem o risco de complicações graves. Em alguns casos, a remoção do coágulo pode ser necessária para prevenir complicações. A prevenção da TVP também é importante, especialmente em pessoas com fatores de risco, e pode envolver a mudança de estilo de vida e o uso de medicamentos preventivos