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Amor que vai, desamor que vem. Maus tratos nas relações de intimidade: aleatoriedade ou prévia (de)limitação da herança parental?
A presente investigação visa apurar se existem esquemas parentais (EPs)
ou mal-adaptativos precoces (EMPs) que predisponham à escolha, por parte
de mulheres vítimas de violência na intimidade, de parceiros potencialmente
agressores. Adicionalmente pretende identificar como se manifesta a
vitimação com os tipos de relacionamento amoroso de reparação narcísica.
O estudo, de cariz quantitativo, recorre a três instrumentos (QEP, QE e
ITRA) preenchidos por 27 mulheres com idades compreendidas entre os 23-
67 anos, das quais 10 sofreram algum tipo de violência numa relação de
intimidade. Este estudo concluiu que existem EPs e EMPs que parecem
predispor à escolha de parceiros amorosos abusivos. Estas escolhas
amorosas parecem estar relacionadas com a tendência para enveredar por
tipos de relacionamento amoroso mais patológico, nomeadamente, os tipos
evitante-desnarcisante e eufórico-idealizante. Posto isto, criou-se um modelo
que caracteriza vítimas e não-vítimas de violência nas relações de
intimidade com uma precisão de 96,3% com base nos resultados dos
instrumentos anteriores; When sorrow replaces love
Violence in intimate relationships: Randomness or effects of parental heritage?
Abstract:
This research aims at determining whether there are schemas originated by
parenting styles (PSs) or early maladaptive schemas (EMSs) that
predispose women, who were victims of violence in their intimate
relationships, to choose abusive romantic partners. Additionally it intends to
identify how victimization reveals itself through romantic relationship types
that are due to repair the Self narcissistic vulnerabilities. This quantitative
study relies on three instruments (PSQ, SQ, ITRA) filled by 27 women with
ages between 23-67, 10 of which were victims of violence in their intimate
relationships. This study concludes that there are PSs and EMSs that seem
to predispose to the choice of abusive romantic partners. These romantic
choices seem to be related with the predisposition to more pathological
romantic relationship types, namely, the avoidant-devaluate and euphoricidealizing
types. Following this, a model was created to characterize
individuals as victims or non-victims of violence in their intimate
relationships with a precision of 96.3%, based on the results of the
instruments above