17 research outputs found
Sobre o discurso da construção do conhecimento
Muitos analistas dos gêneros textuais pleiteiam a existência de um domínio pedagógico, o que torna relevante definir quais gêneros o constituem e o que eles têm em comum. Os traços mais compartilhados por esses gêneros constituiriam as características mais básicas do domínio pedagógico. É nesse sentido que o presente trabalho se insere: busca identificar traços recorrentes em três formas de textos pedagógicos que circulam em contextos educacionais – redação de aluno, textos que ocorrem em livros didáticos, fala de professor. Antes da análise, reúne algumas observações sobre os critérios que têm sido usados por pesquisadores na caracterização de gêneros pedagógicos
Footing, estrutura de participação e formato de produção no espaço on-line: um estudo da interação no Facebook
Este artigo pretende investigar a interação on-line (re)discutindo os conceitos de footing, estrutura de participação e formato de produção do sociólogo canadense Goffman (1981). Assim, propomos uma análise exploratória de posts publicados no Facebook a fim de identificar características das interações on-line e demonstrar como elas reconfiguram as noções de ouvinte, falante e interação. Os resultados das análises demonstram que os affordances - as percepções de possibilidades de uso - de sites de redes sociais provocam readequações nos conceitos de falante e ouvinte para pensar a linguagem on-line, sobretudo devido ao enfraquecimento da noção de participantes não ratificados, perante à realidade das mídias sociais da internet
IMPOLIDEZ E IDENTIDADES EM UMA INTERAÇÃO ON-LINE NO FACEBOOK: UMA ABORDAGEM SOCIODISCURSIVA
Os sites de redes sociais, como o Facebook, podem servir como um palco de disputas políticas e ideológicas onde interlocutores entram em conflito, gerando linguagem ofensiva e disputas identitárias. Este artigo objetiva apresentar contribuições que os estudos das identidades podem fornecer à análise da impolidez – uso da língua para causar ofensa – em interações on-line. Para tanto, propõe a análise qualitativa de cunho interpretativista de uma postagem e seus respectivos comentários, coletados no Facebook. Os resultados sugerem que o estudo combinado entre impolidez e identidades possibilita demonstrar que o processo de ofensa nessa plataforma on-line é normalmente inferencial, e depende de processos de identificação com a impolidez presentes nos textos.
Impolidez em textos on-line no facebook: análise das escolhas lexicais numa perspectiva textual-interativa
Com o aumento do tempo que o brasileiro passa nos sites de redes sociais, a Sociolinguística Interacional aumenta seu interesse em relação às interações nessas novas ferramentas, particularmente no Facebook – a mais utilizada no Brasil. Este artigo visa a estudar como se configura a impolidez em um texto on-line publicado no Facebook e qual o papel do léxico nos estudos da impolidez. Compreendemos aqui a (im)polidez como um fenômeno avaliativo por meio do qual é julgada a adequabilidade social dos comportamentos, normalmente rotulados como: polidos, impolidos, rudes, corteses, agressivos, excessivamente polidos etc. Por sua vez, a impolidez, segundo Culpeper e Hardaker (2017), é o termo técnico que designa os comportamentos normalmente julgados como inadequados socialmente. Para alcançarmos nosso objetivo, este trabalho propõe um estudo exploratório em que vamos analisar um texto publicado no Facebook observando as fórmulas convencionalizadas de impolidez e as escolhas lexicais sob uma perspectiva textual-interativa. Os resultados apontam que o estudo do léxico contribui enriquecendo a análise da impolidez no que diz respeito aos aspectos linguísticos e que as características da interação no Facebook estimulam o aparecimento da impolidez muito mais direcionada aos posicionamentos ideológicos dos interlocutores do que a indivíduos em separado.Palavras-chave: Interação; Impolidez; Léxico; Facebook
Estratégias de (im)polidez em interações acadêmicas virtuais
El presente trabajo pretende discutir el concepto de cortesía desde una perspectiva interaccionista, utilizando, como base para la reflexión, datos de dos géneros académicos, aulas chat y listas de discusión. En contraposición con la posición común de los trabajos seminales sobre el tema, se postula que el análisis no debe fijarse en los enunciados, sino en los comportamientos de los interactantes, es decir, no es el enunciado el que es (des)cortés, sino que, mejor, son las personas las que interpretan los enunciados concibiéndolos como poseedores de diferentes grados de (des)cortesía. Por tanto, resulta fundamental intentar identificar los factores que influyen en las percepciones de los interlocutores con respecto al fenómeno, percepciones estas de carácter dinámico