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Estado da visão das crianças dos jardins de infância do Agrupamento de Escolas Alto dos Moinhos
Mestrado em Gestão e Avaliação de Tecnologias em SaúdeAlterações da visão tornaram-se problemas de saúde pública de grande importância, identificados pela DGS e assinalados no Programa Nacional de Saúde da Visão. Estudos apontam para 3 a 4% das crianças com estrabismo, 20% com algum tipo de erro refrativo e a taxa de prevalência da ambliopia entre 1 e 2.5%. Quanto mais tarde estas alterações forem detetadas e tratadas mais difícil a recuperação total. Em outubro de 2017 foram realizados rastreios da visão nos Jardins de Infância pertencentes ao Agrupamento de Escolas Alto dos Moinhos, no Concelho de Sintra. Foi realizado um estudo transversal quantitativo, cujo objetivo geral era identificar a frequência de alterações da visão em crianças em idade pré-escolar. Os instrumentos de recolha de dados foram um protocolo de observação, em que se avaliava a acuidade visual, equilíbrio oculomotor, estereopsia e visão cromática, e um questionário para os encarregados de educação. Das 182 crianças inscritas foram observadas 171 com idades entre os 2 e os 6 anos, 55%(94) do género masculino e 45%(77) do feminino. Seis (3,5%) usavam correção óptica e 44(25,7%) apresentavam baixa de AV, destas em 28(16,4%) a diferença era de 2/10 ou mais entre os 2 olhos. O estrabismo foi detetado em 3,5% das crianças, estando associado a diminuições de AV de um ou dos 2 olhos, em 2/10 ou mais. A estereopsia encontra-se alterada em 23,4%(40) das crianças e a visão cromática com alterações em 1,8%(3). Mais de 50% das crianças nunca tinham feito uma observação da visão, no entanto 72,5%(124) dos pais manifestaram intenção de o fazer antes da criança ir para a escola. O rastreio revelou ser o método indicado à deteção precoce de problemas visuais e deveria fazer parte dos planos de intervenção nos cuidados de saúde primários.ABSTRACT - Vision changes have become major public health problems identified by the DGS and in the National Vision Health Program. Studies indicate that there are 3-4% of children with strabismus, 20% had some type of refractive error and the prevalence of amblyopia is between 1 and 2.5%. The later these changes are detected and treated the more difficult is the full recovery. In October 2017, vision screening was carried out in the Kindergartens belonging to the Alto dos Moinhos School Group, in the Municipality of Sintra. A quantitative cross-sectional study was conducted, whose general objective was to identify the frequency of vision changes in pre-school children. The data collection instruments were an observation protocol, which evaluated visual acuity, oculomotor balance, stereopsis and color vision, and a questionnaire for the parents.
Of the 182 children enrolled were observed 171 children aged 2 to 6 years, 55%(94) of males and 45%(77) female. Six (3.5%) had an optic correction and 44 (25.7%) had a low VA, of those in 28(16.4%) the difference was 2/10 or more between the 2 eyes. Strabismus was detected in 3.5% of the children, being associated with AV decreases of one or both eyes, in 2/10 or more. Stereopsis is altered in 23.4%(40) of the children and the color vision with alterations in 1.8%(3). More than 50% of the children had never made a visual observation, however, 72.5%(124) of the parents expressed an intention to do so before the child went to school. Screening revealed to be the method for early detection of visual problems and should be part of the primary care intervention plans.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Impacto subsequente a infeção por COVID-19: mudanças estruturais da retina, da coroide e no nervo ótico
A conjuntivite, a uveíte, a vasculite, a retinite e a neuropatia ótica têm sido documentadas em modelos animais como possíveis complicações oculares de doenças infeciosas com neurotropismo semelhante ao SARS COV. Considerando a retina uma extensão do SNS e o neurotropismo dos CoVs pode justificar se o uso de metodologias não invasivas como a OCT para caracterizar a retina, coroide e nervo ótico de pacientes infectados com COVID 19 dada a hipótese de uma possível neurodegeneração associada ao coronavírus. Assim, torna-se importante avaliar a espessura das camadas mais internas da retina com envolvimento descrito em outras doenças neurodegenerativas e metabólicas. Objetivo do estudo: Descrever as alterações que ocorrem ao nível da espessura da retina, complexo de células ganglionares fibras nervosas peri-papilares e coróde sub foveal em pacientes infetados por COVID 19 comparando as com um grupo controlo.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Alterações morfométricas na retina, coroide e nervo ótico após infeção por SARS-CoV-2
O novo coronavírus responsável pela síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV- 2) surgiu associado à pandemia por COVID-19. A enzima conversora da angiotensina 2 (ACE-2), com aparente importância na COVID-19, pela interação com as proteínas na superfície do vírus, tem expressão em vários tecidos oculares e várias alterações como conjuntivite, uveíte, vasculite e neurite foram descritas inicialmente em modelos animais. Em estudos mais recentes, embora na maioria em doentes COVID-19 moderados/grave, tem sido descrito o comprometimento da superfície ocular anterior e do polo posterior reforçando a ideia de neurotropismo (pela facilidade de envolvimento do sistema nervoso central) que classicamente é descrito em outros coronavirus. Algumas alterações do polo posterior incluem o compromisso vascular/ isquémico tornando relevante também a observação da coroide. A SARS-CoV-2 tem sido associada à diminuição das camadas internas da retina e à presença de lesões hiperrefletivas, micro-hemorragias e manchas algodonosas. No entanto, o envolvimento da retina e a coróide em doentes previamente infetados com COVID-19 ainda não é totalmente compreendido. De forma a clarificar o envolvimento dos fatores de neuro-degeneração e vasculares, descritos em indivíduos recuperados de COVID-19 moderada/grave, é fundamental perceber que alterações existem ao nível da retina interna e da coroide, em indivíduos recuperados de COVID-19 ligeira.
Questão de investigação: Existem alterações morfométricas da retina, coroide e nervo ótivo em indivíduos recuperados de COVID-19 ligeira?info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Ocular repercussions in COVID-19 patients: structural changes of the retina and choroid
This project was partially supported by an IDI&CA grant [IPL/2020/OCLOVID-19_ESTeSL] by H&TRC- Health &
Technology Research Center, ESTeSL- Escola Superior de Tecnologia da Saúde, Instituto Politécnico de Lisboa.Background: Neurotropic capabilities of SARS-COVs allow viruses to reach the central nervous system by hematogenous neuronal dissemination. The human retina, as an extension of the Central Nervous System, may have some neurodegenerative and/or vascular modifications related to COVID-19. Objectives: To evaluate choroidal and inner neural layers in participants previously recovered from COVID-19 compared to the control group using optical coherence tomography. Methods: With a cross-sectional approach, the sample (n = 96), consisting of patients who have recovered from COVID-19 (n = 56) and healthy participants control group (n = 40) were ophthalmologically characterized. The neurodegenerative and vascular histological assessment was performed using SD-OCT and the mean thickness was measured in Early Treatment Diabetic Retinopathy Study (ETDRS) subfields. The retinal nerve fiber layer, Ganglion cell layer, and subfoveal choroidal thickness were obtained through semi-automatic measurement. Results: A total of 40 controls (27 women [67.5%]) and 56 COVID-19 participants (34 women [60.8%]) were included in this first report. There were retinal thickness significant differences in nearly all inner ETDRS subfields: nasal 3 mm (p = .025), I3 (p = .049), and temporal 3 mm (p = .009). Also, a decrease in neural layers was found in the nasal 3 mm (p = .049) and temporal 3 mm (p = .029) during ganglion cell layer assessment. The peripapillary retinal nerve fiber layer thickness was thinner in the COVID-19 group in superior temporal (p = .019), nasal (p = .002), inferior temporal (p = .046), and global (p = .014). Concerning the subfoveal choroidal measurement, an increase was observed in the COVID-19 group (p = .002). Conclusion: Participants who had recovered from COVID-19 showed a non-glaucomatous neuropathy trend pattern. We found differences closer to the classic description of the “bow-tie” observed in other neurological as compressive neuropathies at the chiasma location. OCT assessment also showed an increase in choroidal thickness as a result of vascular changes.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Alterações na retina, coróide e nervo ótico secundárias a SARS-CoVs-2
O novo coronavírus responsável pela síndrome respiratória aguda grave (SARSCoV- 2) surgiu associado a pandemia que hoje vivemos (COVID-19). Como para outros vírus respiratórios altamente contagiosos, as gotículas respiratórias são a principal via de transmissão do SARS-CoV-2. No entanto, outras formas de transmissão foram consideradas - filme lacrimal e saco conjuntival. O contacto próximo com indivíduos infetados e as mãos contaminadas poderão facilitar a sua transmissão mesmo em doentes que não apresentem queixas ou sintomas oculares. O olho pode ser, não só a porta de entrada dos CoVs2, mas também um dos órgãos alvo dos mesmos: conjuntivites, uveítes, vasculites, retinites, nevrites óticas. Apesar de grande parte da atenção dos estudos ser sobre o comprometimento do trato respiratório, o envolvimento da
superfície ocular como a lágrima são também referidos em outros CoVs2 e a sua relação deve ser valorizada e estudada enquanto forma de contágio e transmissão. Enquanto ameaça a saúde publica em todo o mundo, a infeção por SARS-CoV-2, realça a necessidade de estudos para a caracterização e compreensão da doença mas também a transmissão de forma a adequar as respostas às necessidades de saúde inerentes. Apesar de grande parte da atenção dos estudos ser sobre o neurotropismo destes coronavírus (não só pela sua disseminação hematogénea mas também por via neuronal retrógrada) e ao possível compromisso vascular/isquémico, com as suas eventuais sequelas no SNC2-3 e envolvimento da retina humana pretendemos descrever as características tomográficas retinianas e coroideias de doentes previamente com COVID-19. Objetivo do estudo: Caracterizar diferentes métricas corio-retinianas em participantes recuperados de COVID-19 comparativamente ao grupo-controlo.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Ocular repercussions in COVID-19 patients: structural changes of the retina and choroid
Purpose: In March 2022, after 1 year of the emergence of the pandemic by Covid-10 in Portugal, 3413013 positive cases were recorded. The eye can be not only the gateway for coronaviruses (CoV) but also one of their target organs. Conjunctivitis, uveitis, vasculitis, retinitis, and optic neuritis have been documented in animal models. Although most studies focus on respiratory tract involvement, ocular surface involvement such as tears are also reported in other CoVs and their relationship should be valued and studied as a form of treatment, contagion, and transmission. Also, the neurotropism of CoVs, not only through hematogenous dissemination but also through the retrograde neuronal route, associated or not with vascular/ischemic compromise of COVID-19 and its brain sequela may justify the use of non-invasive methodologies to characterize the retina and choroid of patients infected with COVID-19. The possible neurodegeneration associated with the coronavirus will be important to assess the thickness of the innermost layers of the upper hemiretin, with involvement described in other neurodegenerative diseases.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Alterações na coroide, retina e nervo ótico subsequentes a COVID-19
Projeto IPL/2020/Oclovid19_ESTeSLEm março de 2022, foram registados 3413013 casos positivos (total acumulado). Conjuntivite, uveíte, vasculite, retinite e neuropatia óptica foram documentadas em modelos animais como possíveis complicações infeciosas com comportamento neurotropico semelhante ao SARS-COV. Considerando a retina uma extensão do SNC e o neurotropismo dos CoVs, a caracterização da retina, coroide e nervo ótico de pacientes infectados com COVID-19 poderá ser relevante devido a possíveis mecanismos de neurodegeneração e vascularização poderem estar envolvidos. Objetivo: Descrever as alterações que ocorrem ao nível da espessura da retina, complexo de células ganglionares, fibras nervosas peri-papilares e coróde sub-foveal em pacientes infetados por COVID-19 Vs grupo controlo.info:eu-repo/semantics/publishedVersio