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    Common mental disorders and intimate partner violence in pregnancy

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    OBJETIVO : Investigar associação entre transtornos mentais comuns e violência por parceiro íntimo durante a gravidez. MÉTODOS : Estudo transversal realizado com 1.120 mulheres grávidas com idade entre 18 e 49 anos, cadastradas no Programa Saúde da Família da cidade do Recife, PE, entre 2005 e 2006. Os transtornos mentais comuns foram avaliados pelo Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). A violência por parceiro íntimo foi definida por atos concretos de violência psicológica, física e sexual infligidos à mulher pelo parceiro. Foram estimadas odds ratios simples e ajustadas para a associação estudada, utilizando-se análise de regressão logística. RESULTADOS : A violência psicológica foi a forma mais frequente de violência por parceiro íntimo. A prevalência de transtornos mentais comuns foi 71,0% entre as mulheres que relataram todas as formas de violência e 33,8% entre as que não relataram violência por parceiro íntimo. Os transtornos mentais mantiveram-se associados à violência psicológica (OR = 2,49, IC95% 1,8;3,5), mesmo na ausência de violência física ou sexual. Quando a violência psicológica esteve combinada com violência física ou sexual, o risco dos transtornos mentais comuns foi ainda mais elevado (3,45; IC95% 2,3;5,2). CONCLUSÕES : Ser agredido por alguém com quem você está emocionalmente envolvido pode desencadear sentimentos de impotência, baixa autoestima e depressão. A gravidez provavelmente aumenta a vulnerabilidade das mulheres aos transtornos mentais comuns.OBJECTIVE : To investigate the association between common mental disorders and intimate partner violence during pregnancy. METHODS : A cross sectional study was carried out with 1,120 pregnant women aged 18-49 years old, who were registered in the Family Health Program in the city of Recife, Northeastern Brazil, between 2005 and 2006. Common mental disorders were assessed using the Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). Intimate partner violence was defined as psychologically, physically and sexually abusive acts committed against women by their partners. Crude and adjusted odds ratios were estimated for the association studied utilizing logistic regression analysis. RESULTS : The most common form of partner violence was psychological. The prevalence of common mental disorders was 71.0% among women who reported all form of violence in pregnancy and 33.8% among those who did not report intimate partner violence. Common mental disorders were associated with psychological violence (OR 2.49, 95%CI 1.8;3.5), even without physical or sexual violence. When psychological violence was combined with physical or sexual violence, the risk of common mental disorders was even higher (OR 3.45; 95%CI 2.3;5.2). CONCLUSIONS : Being assaulted by someone with whom you are emotionally involved can trigger feelings of helplessness, low self-esteem and depression. The pregnancy probably increased women`s vulnerability to common mental disordersOBJETIVO : Investigar asociación entre trastornos mentales comunes y violencia por pareja íntima durante el embarazo. MÉTODOS : EEstudio transversal realizado con 1.120 mujeres embarazadas con edad entre 18 y 49 años, catastradas en el Programa Salud de la Familia de la ciudad de Recife, Pernambuco-Brasil, entre 2005 y 2006. Lo trastornos mentales comunes fueron evaluados por el Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). La violencia por pareja íntima fue definida por actos concretos de violencia psicológica, física y sexual infligidos a la mujer por la pareja. Se estimaron odds ratios simples y ajustados para la asociación estudiada, utilizándose análisis de regresión logística. RESULTADOS : La violencia psicológica fue la forma más frecuente de violencia por pareja íntima. La prevalencia de trastornos mentales comunes fue de 71,0% entre las mujeres que relataron todas las formas de violencia y 33,8% entre las que no relataron violencia por pareja íntima. Los trastornos mentales se mantuvieron asociados a violencia psicológica (OR= 2,49, IC95% 1,8;3,5), inclusive en ausencia de violencia física o sexual. Cuando la violencia psicológica estuvo combinada con la violencia sexual o física, el riesgo de los trastornos mentales comunes fue aún más elevado (3,45; IC95% 2,3;5,2). CONCLUSIONES : Ser agredido por alguien con quien se está emocionalmente involucrado puede desencadenar sentimientos de impotencia, baja autoestima y depresión. El embarazo probablemente aumenta la vulnerabilidad de las mujeres a los trastornos mentales comunes

    Incidência e fatores de risco para violência por parceiro íntimo no período pós-parto

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    OBJETIVO Estimar a incidência e identificar fatores de risco para violência por parceiro íntimo no pós-parto.MÉTODOS Realizamos estudo de coorte prospectivo com mulheres de 18 a 49 anos, cadastradas na Estratégia Saúde da Família da cidade de Recife, Nordeste do Brasil, entre 2005 e 2006. Das 1.057 mulheres entrevistadas durante a gestação e no puerpério, foram avaliadas 539 sem relatos de violência antes e durante a gestação. Foi construído um modelo teórico-conceitual com três blocos de fatores, hierarquicamente ordenados: características sociodemográficas, comportamentais da mulher e do parceiro e dinâmica da relação. A incidência e fatores de risco de violência por parceiro íntimo foram estimados pela Regressão de Poisson.RESULTADOS A incidência de violência no pós-parto foi 9,3% (IC95% 7,0;12,0). Violência psicológica isolada foi mais frequente (4,3%; IC95% 2,8;6,4). A sobreposição de violência psicológica com a física ocorreu em 3,3% (IC95% 2,0;5,3) e com a física ou sexual ou ambas, em quase 2,0% (IC95% 0,8;3,0) dos casos. O risco de violência por parceiro íntimo no pós-parto foi maior para mulheres: com baixa escolaridade (RR = 2,6; IC95% 1,3;5,4), sem renda própria (RR = 1,7; IC95% 1,0;2,9) e que agrediam fisicamente o parceiro sem estarem sendo agredidas (RR = 2,0; IC95% 1,2;3,4), tinham um parceiro muito controlador (RR = 2,5; IC95% 1,1;5,8) e brigavam frequentemente com seus parceiros (RR = 1,7; IC95% 1,0;2,9).CONCLUSÕES A elevada incidência de violência por parceiro íntimo no pós-parto e sua associação com aspectos da qualidade da relação entre o casal, revela a necessidade de políticas públicas que promovam a mediação de conflitos, busquem equidade social e de gênero e possibilitem formas de empoderamento das mulheres para o enfrentamento do ciclo violento.OBJECTIVE To estimate the incidence and identify risk factors for intimate partner violence during postpartum.METHODS This prospective cohort study was conducted with women, aged between 18-49 years, enrolled in the Brazilian Family Health Strategy in Recife, Northeastern Brazil, between 2005 and 2006. Of the 1.057 women interviewed during pregnancy and postpartum, 539 women, who did not report violence before or during pregnancy, were evaluated. A theoretical-conceptual framework was built with three levels of factors hierarchically ordered: women’s and partners’ sociodemografic and behavioral characteristics, and relationship dynamics. Incidence and risk factors of intimate partner violence were estimated by Poisson Regression.RESULTS The incidence of violence during postpartum was 9.3% (95%CI 7.0;12.0). Isolated psychological violence was the most common (4.3%; 95%CI 2.8;6.4). The overlapping of psychological with physical violence occurred at 3.3% (95%CI 2.0;5.3) and with physical and/or sexual in almost 2.0% (95%CI 0.8;3.0) of cases. The risk of partner violence during postpartum was increased for women with a low level of education (RR = 2.6; 95%CI 1.3;5.4), without own income (RR = 1.7; 95%CI 1.0;2.9) and those who perpetrated physical violence against their partner without being assaulted first (RR = 2.0; 95%CI 1.2;3.4), had a very controlling partner (RR = 2.5; 95%CI 1.1;5.8), and had frequent fights with their partner (RR = 1.7; 95%CI 1.0;2.9).CONCLUSIONS The high incidence of intimate partner violence during postpartum and its association with aspects of the relationship’s quality between the couple, demonstrated the need for public policies that promote conflict mediation and enable forms of empowerment for women to address the cycle of violence

    Postpartum depression among women with unintended pregnancy

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    OBJECTIVE To analyze the association between unintended pregnancy and postpartum depression. METHODS This is a prospective cohort study conducted with 1,121 pregnant aged 18 to 49 years, who attended the prenatal program devised by the Brazilian Family Health Strategy, Recife, PE, Northeastern Brazil, between July 2005 and December 2006. We interviewed 1,121 women during pregnancy and 1,057 after childbirth. Unintended pregnancy was evaluated during the first interview and postpartum depression symptoms were assessed using the Edinburgh Postnatal Depression Screening Scale. The crude and adjusted odds ratios for the studied association were estimated using logistic regression analysis. RESULTS The frequency for unintended pregnancy was 60.2%; 25.9% presented postpartum depression symptoms. Those who had unintended pregnancies had a higher likelihood of presenting this symptoms, even after adjusting for confounding variables (OR = 1.48; 95%CI 1.09;2.01). When the Self Reporting Questionnaire (SRQ-20) variable was included, the association decreased, however, remained statistically significant (OR = 1.42; 95%CI 1.03;1.97). CONCLUSIONS Unintended pregnancy showed association with subsequent postpartum depressive symptoms. This suggests that high values in Edinburgh Postnatal Depression Screening Scale may result from unintended pregnancy.OBJETIVO Analisar a associação entre gravidez não pretendida e depressão pós-parto. MÉTODOS Estudo de coorte prospectivo realizado com 1.121 mulheres grávidas de 18 a 49 anos, acompanhadas no pré-natal pela Estratégia de Saúde da Família, Recife, PE, entre julho de 2005 e dezembro de 2006. Durante a gravidez e após o parto foram entrevistadas, respectivamente, 1.121 e 1.057 mulheres. A gravidez não pretendida foi avaliada durante a primeira entrevista e os sintomas depressivos após o parto foram avaliados utilizando-se a Edinburgh Postnatal Depression Screening Scale. Foram estimados os odds ratios simples e ajustados para a associação estudada, utilizando-se análise de regressão logística. RESULTADOS A frequência de gravidez não pretendida foi de 60,2%; 25,9% apresentaram sintomas depressivos após o parto. Aquelas com gravidez não pretendida tiveram maior chance de apresentar esse desfecho, mesmo após ajuste para variáveis de confundimento (OR = 1,48; IC95% 1,09;2,01). Ao se incluir a variável Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), a associação diminuiu, mas manteve-se estatisticamente significativa (OR = 1,42; IC95% 1,03;1,97). CONCLUSÕES Gravidez não pretendida mostrou-se associada a sintomas depressivos após o parto. Isso sugere que valores elevados na Edinburgh Postnatal Depression Screening Scale podem resultar de gravidez não pretendida

    Enfrentamento da violência infligida pelo parceiro íntimo por mulheres em área urbana da região Nordeste do Brasil

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    OBJECTIVE: To describe the methods of coping adopted by women who have been subject to physical domestic violence. METHODS: A cross-sectional study designed to investigate domestic violence was carried out on the baseline data of a cohort study of 1,120 pregnant women in Recife, Northeastern Brazil. A total of 283 women aged 18 to 49, who reported physical violence by their current or most recent partner before and/or during pregnancy and who were enrolled in the Family Health Program, were eligible for this study. Data were collected through face-to-face interviews, involving a structured questionnaire, conducted between July 2005 and March 2006, and descriptive analysis was carried out. Data were gathered on the women's socio-demographic characteristics, the type and scale of the partners' physical violence, the method in which they dealt with the violence, whether help was sought and from whom, whether they had abandoned home due to violence and, if so, whether they had returned. RESULTS: Of the women who had suffered domestic violence, 57.6% had talked to someone about it, 3.5% had sought help from an official service or a person in position of authority, 17.3% had talked to someone and sought help from an official service, and 21.6% had not sought any help. Those people whose support was most frequently sought were parents (42%), a friend (31.6%) and brother / sister (21.2%). The services most frequently sought by the women were: police (57.6%), healthcare (27.1%) and religious institutions (25.4%). Of the women, 44.8% reported not having received any type of assistance; 32.1% reported having left home, for at least one night, at some point in their lives. Of these, only 5.9% reported that they did not return home. The reasons for leaving the home included the exacerbation of violence and the fear of being killed. Reasons for returning home: the hope that the partner would change and the desire to preserve the family. CONCLUSIONS: Most women who reported domestic violence seek some form of help. The primary social network (family and friends) was that most sought after by women to break the cycle of violence. The results highlight the need for raising awareness of assistance and support services and the importance of increasing and improving public service systems (police, legal, health, psycho-social care) to effectively support women in escaping situations of domestic violence.OBJETIVO: Describir las formas de enfrentamiento a la violencia física adoptadas por mujeres agredidas por pareja íntima. MÉTODOS: Estudio transversal realizado en la línea de base de estudio de cohorte, con gestantes catastradas en el Programa de Salud de la Familia en Brasil, entre julio de 2005 y marzo de 2006, en Recife, PE. Se seleccionaron 283 gestantes de 18 a 49 años con historia de violencia física por la pareja del momento o más reciente antes y/o durante la gestación. Las entrevistas se realizaron cara a cara, con cuestionario estructurado y precodificado y se realizó análisis descriptivo. Se colectó información sobre características sociodemográficas de las mujeres, tipos y gravedad de la violencia física cometida por la pareja, formas de enfrentamiento de la violencia, personas y servicios de apoyo buscados por las mujeres, motivos para que una mujer haya alguna vez abandonado y retornado a casa luego de la violencia. RESULTADOS: De las mujeres que sufrieron violencia física por la pareja intima, 57,6% conversaron con alguien, 3,5% buscaron ayuda institucionalizada, 17,3% conversaron y buscaron ayuda institucionalizada y 21,6% no procuraron ningún tipo de ayuda. Las personas más procuradas fueron los padres (42,0%), amigo/amiga (31,6%) y hermano/hermana (21,2%). Los servicios más buscados por las mujeres fueron: policía/comisaria (57,6%), servicios de salud (27,1%) e instituciones religiosas (25,4%). Relataron no haber obtenido algún tipo de ayuda 44,8% de las mujeres; 32,1% dijeron haber salido de casa alguna vez en la vida, al menos por una noche, de las cuales 5,9% no retornaron. Los motivos para dejar la casa fueron: la exacerbación de la violencia y el miedo de ser asesinada; para el retorno la esperanza de cambio en la pareja y el deseo de preservar la familia. CONCLUSIONES: Gran parte de las mujeres que sufrieron violencia por pareja íntima buscó alguna forma de ayuda. La red social primaria (familiares y amigos) fue la más procurada por las mujeres para romper el ciclo violento. Los resultados apuntan a la necesidad de mayor divulgación de servicios de apoyo y la importancia de la ampliación y calificación de la red de servicios (policía, justicia, salud, asistencia psicosocial) para que estos puedan acoger y apoyar a las mujeres, dándoles soporte efectivo para romper con la situación de VPI.OBJETIVO: Descrever as formas de enfrentamento à violência física adotadas por mulheres agredidas por parceiro íntimo. MÉTODOS: Estudo transversal realizado na linha de base de estudo de coorte, com gestantes cadastradas no Programa Saúde da Família, entre julho de 2005 e março de 2006, em Recife, PE. Foram selecionadas 283 gestantes de 18 a 49 anos com histórico de violência física pelo parceiro de então ou mais recente antes e/ou durante a gestação. As entrevistas foram realizadas face a face, com questionário estruturado e pré-codificado, e realizou-se análise descritiva. Foi coletada informação sobre características sociodemográficas das mulheres, tipos e gravidade da violência física cometida pelo parceiro, formas de enfrentamento da violência, pessoas e serviços de apoio procurados pelas mulheres, motivos para a mulher ter alguma vez abandonado e retornado a casa em razão da violência. RESULTADOS: Das mulheres que sofreram violência física pelo parceiro íntimo, 57,6% conversaram com alguém, 3,5% procuraram ajuda institucionalizada, 17,3% conversaram e procuraram ajuda institucionalizada e 21,6% não procuraram nenhuma forma de ajuda. As pessoas mais procuradas foram os pais (42,0%), amigo/amiga (31,6%) e irmão/irmã (21,2%). Os serviços mais procurados pelas mulheres foram: polícia/delegacia (57,6%), serviços de saúde (27,1%) e instituições religiosas (25,4%). Relataram não ter obtido qualquer tipo de ajuda 44,8% das mulheres; 32,1% disseram ter saído de casa alguma vez na vida, pelo menos por uma noite, das quais 5,9% não retornaram a casa. Foram motivos para deixar a casa: a exacerbação da violência e o medo de ser morta; para o retorno: a esperança de mudança do parceiro e o desejo de preservar a família. CONCLUSÕES: Grande parte das mulheres que sofriam violência por parceiro íntimo buscou alguma forma de ajuda. A rede social primária (familiares e amigos) foi a mais procurada pelas mulheres para romper o ciclo violento. Os resultados apontam a necessidade de maior divulgação dos serviços de apoio e a importância da ampliação e qualificação da rede de serviços (polícia, justiça, saúde, assistência psicossocial) para que estes possam acolher e apoiar as mulheres, dando-lhes suporte efetivo para romper com a situação de VPI

    Desigualdades raciais na mortalidade de mulheres adultas no Recife, 2001 a 2003

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    Racial inequalities are effects of social exclusion, being influenced by prejudice and discrimination. The term race is used here meaning group identity or political perception of sharing a particular racial heritage, which builds a positive social self-esteem. The study aimed to characterize the mortality pattern of black and white adult women living in Recife, between 2001 and 2003. In this cross-sectional study, 2,943 deaths of women aged between 20 and 59 years were included, identified in the Mortality Information System of the National Health System (SUS), with race/skin color white or black (black + mestizo). Proportional mortality, mortality rates and ratios were obtained. The risk of dying was 1.7 times higher for black women compared to whites. Black women had higher risk of death in all age groups and higher proportion of deaths in public hospitals, of women who did not have a partner (single, widow or separated), who were housewives or worked as domestic servants, and who were less educated. Regarding the underlying causes, black women had a higher mortality rate for all chapters of the International Classification of Diseases and for specific causes of death, except for neoplasm in women aged 20 to 29 years and for breast cancer in women aged 30 to 39 and 50 to 59 years. As age decreases, a large difference between black and white women was found in the risk of deaths caused by external causes. Among black women, there was an increase in the risk of dying due to homicides, motor vehicle accidents, ischemic heart diseases, cerebral vascular and hypertensive diseases, diabetes, and tuberculosis. The findings showed inequality in health, with disadvantages for the black women, which are the expression of human rights violation that challenges social rise and the access to decent health conditions.As desigualdades raciais, resultantes dos efeitos da exclusão social, são influenciadas pela prática de preconceitos e discriminações. O termo raça pode ser entendido como identidade coletiva ou consciência política que constrói uma auto-estima socialmente positiva. Objetivou-se caracterizar desigualdades raciais na mortalidade de mulheres adultas negras e brancas, residentes em Recife, entre 2001 e 2003. No estudo, tipo transversal, incluíram-se 2.943 óbitos de mulheres de 20 a 59 anos, captados no Sistema de Informação sobre Mortalidade, com raça/cor branca e negra (preta + parda), analisando-se a mortalidade proporcional, coeficientes de mortalidade e razões de taxas. O risco de morte de negras foi 1,7 vezes superior ao de brancas. Entre as negras identificou-se maior risco de morte em todas as faixas etárias e maior proporção de óbitos em hospitais do SUS, de mulheres sem companheiro e que exerciam serviços/atividades domésticas. Quanto às causas básicas, observaram-se maiores coeficientes de mortalidade em todos os capítulos e causas específicas, exceto por neoplasias na faixa de 20 a 29 anos e por câncer de mama nas faixas de 30 a 39 e 50 a 59 anos. Entre negras e brancas, quanto menor a idade, maior a desigualdade do risco de morte por causas externas. Em negras, ressalta-se o maior risco de morte por homicídios; acidentes de transporte; doenças isquêmicas do coração, cerebrovasculares e hipertensivas; diabetes e tuberculose. Os achados revelam iniqüidades na saúde das mulheres negras, decorrentes da violação de direitos que dificultam a ascensão social e o acesso a condições dignas de saúde

    Frequency and pattern of intimate partner violence before, during and after pregnancy

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    OBJECTIVE: To estimate the prevalence and analyze the pattern of intimate partner violence, before and during pregnancy and in the postpartum period. METHODS: This was a cohort study undertaken on 960 women aged 18 to 49 years, who were registered in the Family Health Program of the city of Recife, Northeastern Brazil, between 2005 and 2006. The women were interviewed during pregnancy and in the postpartum period, using a questionnaire adapted from the World Health Organization's Multi-country Study on Women's Health and Domestic Violence. To assess the pattern of intimate partner violence occurrences between a given time period and the subsequent period, the odds ratio (OR) was calculated with 95% confidence intervals (95%CI). RESULTS: The prevalence of intimate partner violence before, during and/or after pregnancy was estimated to be 47.4%. For the three periods separately, it was 32.4%, 31.0% and 22.6% respectively. The women who reported violence before pregnancy were 11.6 times more likely to report violence during pregnancy (95%CI: 8.3;16.2). When the women reported violence during pregnancy, the chance of reports in the postpartum period was 8.2 times higher (95%CI: 5.1;11.7). Psychological violence was more prevalent, especially during pregnancy (28.8%; 95%CI: 26.0%;31.7%). Sexual violence was less prevalent, especially after delivery (3.7%; 95%CI: 2.6%;5.0%). Physical violence diminished by almost 50% during pregnancy, in comparison with the preceding period. CONCLUSIONS: A significant proportion of women of reproductive age experience situations of intimate partner violence. The periods of prenatal and childcare consultations are opportunities for healthcare professionals to identify situations of violence.OBJETIVO: Estimar la prevalencia y analizar el patrón de violencia por pareja íntima, antes y durante la gestación y en el postparto. MÉTODOS: Estudio de cohorte realizado con 960 mujeres de 18 a 49 años, catastradas en el Programa Salud de la Familia de la ciudad de Recife, Noreste de Brasil, entre 2005 y 2006. Las mujeres fueron entrevistadas durante la gestación y en el puerperio, utilizándose un cuestionario adaptado del Estudio Multipaíses sobre la Salud de la Mujer y Violencia Domestica de la Organización Mundial de la Salud. Para evaluar el patrón de ocurrencia de la violencia por pareja íntima, entre un determinado periodo y el subsecuente, el odds ratio (OR) fue calculado con intervalos de 95% de confianza (IC95%). RESULTADOS: La prevalencia de violencia por pareja íntima antes, durante y/o después de la gestación fue estimada en 47,4% y para cada período aislado, en 32,4%, 31,0% y 22,6%, respectivamente. Las mujeres que relataron violencia antes del embarazo tuvieron chance 11,6 veces mayor (IC95%:8,3;6,2) de relatar violencia durante el embarazo. Cuando las mujeres relataron violencia durante el embarazo, el chance de relatos en el postparto fue 8,2 veces mayor (IC95%:5,1;11,7). La violencia psicológica fue la de mayor prevalencia, principalmente durante la gestación (28,8%; IC95%:26,0%;31,7%); la sexual, la menos prevalente, especialmente en el postparto (3,7%; IC95%: 2,6%;5,0%); y la física disminuyó casi 50% durante la gestación en comparación con el período anterior. CONCLUSIONES: Parcela significativa de as mujeres en edad reproductiva experimenta situaciones de violencia por pareja íntima. Los períodos de consultas de prenatal y de puericultura son oportunidades para que el profesional de salud pueda identificar situaciones de violencia.OBJETIVO: Estimar a prevalência e analisar o padrão da violência por parceiro íntimo antes e durante a gestação e no pós-parto. MÉTODOS: Estudo de coorte realizado com 960 mulheres de 18 a 49 anos, cadastradas no Programa Saúde da Família da cidade do Recife, PE, entre 2005 e 2006. As mulheres foram entrevistadas durante a gestação e no puerpério, utilizando-se um questionário adaptado do Estudo Multipaíses sobre a Saúde da Mulher e Violência Doméstica da Organização Mundial da Saúde. Para avaliar o padrão de ocorrência da violência por parceiro íntimo, entre um determinado período e o subseqüente, o odds ratio foi calculado com intervalos de 95% de confiança (IC95%). RESULTADOS: A prevalência de violência por parceiro íntimo antes, durante e/ou depois da gestação foi estimada em 47,4% e, para cada período isolado, em 32,4%, 31,0% e 22,6%, respectivamente. As mulheres que relataram violência antes da gravidez tiveram chance 11,6 vezes maior (IC95%: 8,3;16,2) de relatar violência durante a gravidez. Quando as mulheres relataram violência durante a gravidez, a chance de relatos no pós-parto foi 8,2 vezes maior (IC95%: 5,1;11,7). A violência psicológica foi a de maior prevalência, principalmente durante a gestação (28,8%; IC95%: 26,0%;31,7%); a sexual, a menos prevalente, especialmente no pós-parto (3,7%; IC95%: 2,6%;5,0%); e a física diminuiu quase 50% durante a gestação em comparação com o período anterior. CONCLUSÕES: Parcela significativa das mulheres em idade reprodutiva vivencia situações de violência por parceiro íntimo. Os períodos de consultas de pré-natal e de puericultura são oportunidades para que o profissional de saúde possa identificar situações de violência

    Previous experience of family violence and intimate partner violence in pregnancy

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    OBJECTIVE To estimate differential associations between the exposure to violence in the family of origin and victimization and perpetration of intimate partner violence in pregnancy. METHODS A nested case-control study was carried out within a cohort study with 1,120 pregnant women aged 18–49 years old, who were registered in the Family Health Strategy of the city of Recife, State of Pernambuco, Brazil, between 2005 and 2006. The cases were the 233 women who reported intimate partner violence in pregnancy and the controls were the 499 women who did not report it. Partner violence in pregnancy and previous experiences of violence committed by parents or other family members were assessed with a standardized questionnaire. Multivariate logistic regression analyses were modeled to identify differential associations between the exposure to violence in the family of origin and victimization and perpetration of intimate partner violence in pregnancy. RESULTS Having seen the mother suffer intimate partner violence was associated with physical violence in childhood (OR = 2.62; 95%CI 1.89–3.63) and in adolescence (OR = 1.47; 95%CI 1.01–2.13), sexual violence in childhood (OR = 3.28; 95%CI 1.68–6.38) and intimate partner violence during pregnancy (OR = 1.47; 95% CI 1.01 – 2.12). The intimate partner violence during pregnancy was frequent in women who reported more episodes of physical violence in childhood (OR = 2.08; 95%CI 1.43–3.02) and adolescence (OR = 1.63; 95%CI 1.07–2.47), who suffered sexual violence in childhood (OR = 3.92; 95%CI 1.86–8.27), and who perpetrated violence against the partner (OR = 8.67; 95%CI 4.57–16.45). CONCLUSIONS Experiences of violence committed by parents or other family members emerge as strong risk factors for intimate partner violence in pregnancy. Identifying and understanding protective and risk factors for the emergence of intimate partner violence in pregnancy and its maintenance may help policymakers and health service managers to develop intervention strategies

    Access to childbirth care services in the interior of Pernambuco, Northeast region of Brazil

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    OBJECTIVE: To analyze the access of women to the public health system network to childbirth care, highlighting the barriers related to the “availability and accommodation” dimension in a health macroregion of Pernambuco. METHODS: Ecological study, conducted based on hospital birth records from the Hospital Information System of the Brazilian Unified Health System (SUS), and information from the state’s Hospital Beds Regulation Center, about women residing in health macroregion II, in 2018. Displacements were reviewed considering the geographic distance between the municipality of residence and that of the childbirth; estimated time of displacement of pregnant women; ratio of shifts blocked for admission of pregnant women for delivery; and the reason for unavailability. RESULTS: In 2018, health macroregion II performed 84% of usual risk childbirths, and 46.9% of high-risk childbirths. The remaining high-risk childbirths (51.1%) occurred in macroregion I, especially in Recife. The reference maternity for high-risk childbirths in that macroregion had 30.4% of the days of day shifts and 38.9% of the night shifts blocked for admission of childbirths; the main reason was the difficulty in maintaining the full team in service. CONCLUSIONS: Women residing in the health macroregion II of Pernambuco face great barriers of access in search of hospital care for childbirth, traveling great distances even when pregnant women of usual risk, leading to pilgrimage in search of this care. There is difficulty regarding availability and accommodation in high-risk services and obstetric emergencies, with shortage of physical and human resources. The obstetric care network in macroregion II of Pernambuco is not structured to ensure equitable access to care for pregnant women at the time of childbirth. This highlights the need for restructuring this healthcare services pursuant to what is recommended by the Cegonha Network.OBJETIVO: Analisar o acesso de mulheres atendidas na rede pública aos serviços de atenção ao parto, destacando-se as barreiras relacionadas à dimensão “disponibilidade e acomodação” em uma macrorregião de saúde de Pernambuco. MÉTODOS: Estudo ecológico, realizado a partir dos registros de partos hospitalares do Sistema de Informação Hospitalar e de informações da Central de Regulação de Leitos do estado sobre mulheres residentes na macrorregião de saúde II, em 2018. Analisou-se os deslocamentos, considerando a distância geográfica entre o município de residência e o de ocorrência do parto, o tempo estimado do deslocamento das gestantes, a proporção de plantões bloqueados para admissão das gestantes para o parto e o motivo da indisponibilidade. RESULTADOS: Em 2018, a macrorregião de saúde II realizou 84% dos partos de risco habitual e 46,9% de alto risco. Os demais partos de alto risco (51,1%) ocorreram na macrorregião I, sobretudo no Recife. A maternidade de referência para partos de alto risco dessa macrorregião teve 30,4% dos dias de plantões diurnos bloqueados para admissão de partos e 38,9% dos noturnos; o principal motivo foi a dificuldade em manter a equipe completa no serviço. CONCLUSÕES: Mulheres residentes na macrorregião de saúde II de Pernambuco enfrentam grandes barreiras de acesso em busca de atendimento hospitalar para o parto, percorrendo grandes distâncias, mesmo quando gestantes de risco habitual, levando à peregrinação em busca dessa assistência. Há dificuldade de disponibilidade e acomodação nos serviços de alto risco e de emergências obstétricas, com insuficiente capacidade física e de recursos humanos. A rede de atenção obstétrica na macrorregião II de Pernambuco não está estruturada para garantir um acesso equânime à assistência das gestantes no momento do parto, o que evidencia a necessidade de sua reestruturação em aproximação ao preconizado pela Rede Cegonha

    The association of depression, anxiety, and stress with caring for a child with Congenital Zika Syndrome in Brazil; Results of a cross-sectional study.

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    BACKGROUND: Zika virus (ZIKV) infection in pregnancy can cause microcephaly and a wide spectrum of severe adverse outcomes, collectively called "Congenital Zika Syndrome" (CZS). Parenting a child with disabilities can have adverse mental health impacts, but these associations have not been fully explored in the context of CZS in Brazil. METHODOLOGY/PRINCIPAL FINDINGS: A cross-sectional study was undertaken in Recife and Rio de Janeiro, including 163 caregivers of a child with CZS (cases) and 324 caregivers with an unaffected child (comparison subjects), identified from existing studies. The primary caregiver, almost always the mother, was interviewed using a structured questionnaire to collect information on: depression, anxiety, and stress (Depression, Anxiety, and Stress Scale-DASS-21), social support (Medical Outcomes Study Social Support Scale-MOS-SSS), and socio-demographic data. Data was collected May 2017-January 2018. Ethical standards were adhered to throughout the research. A high proportion of mothers reported experiencing severe or extremely severe levels of depression (18%), anxiety (27%) and stress (36%). Mothers of children with CZS were more likely to experience symptoms of depression, anxiety andstress, compared to mothers of comparison children. These associations were more apparent among mothers living in Rio de Janeiro. These differences were reduced after adjustment for socio-economic status and social support. Among mothers of children with CZS, low social support was linked to higher levels of depression, anxiety and stress, but there was no association with socio-economic status. CONCLUSIONS/SIGNIFICANCE: Depression, anxiety and stress were very common among mothers of young children in Brazil, regardless of whether they were parenting a child with disabilities. Mothers of children with CZS may be particularly vulnerable to poor mental health, and this association may be buffered through better social support

    Delays in access to care for abortion-related complications: the experience of women in Northeast Brazil.

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    Around 18 million unsafe abortions occur in low and middle-income countries and are associated with numerous adverse consequences to women's health. The time taken by women with complications to reach facilities where they can receive appropriate post-abortion care can influence the risk of death and the extent of further complications. All women aged 18+ admitted for abortion complications to public-sector hospitals in three capital cities in the Northeastern Brazil between August-December 2010 were interviewed; medical records were extracted (N = 2,804). Nearly all women (94%) went straight to a health facility, mainly to a hospital (76.6%); the rest had various care-seeking paths, with a quarter visiting 3+ hospitals. Women waited 10 hours on average before deciding to seek care. 29% reported difficulties in starting to seek care, including facing challenges in organizing childcare, a companion or transport (17%) and fear/stigma (11%); a few did not initially recognize they needed care (0.4%). The median time taken to arrive at the ultimate facility was 36 hours. Over a quarter of women reported experiencing difficulties being admitted to a hospital, including long waits (15%), only being attended after pregnant women (8.9%) and waiting for a bed (7.4%). Almost all women (90%) arrived in good condition, but those with longer delays were more likely to have (mild or severe) complications. In Brazil, where access to induced abortion is restricted, women face numerous difficulties receiving post-abortion care, which contribute to delay and influence the severity of post-abortion complications
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