20 research outputs found
O nojo pelo homem de Zaratustra
Resumo: Para Nietzsche, o homem que se reconhece como criador de sentidos e de valores, ao assumir essa sua condição apaixonada e alegremente, pode então superar a decadência, a fraqueza e o cansaço típicos do niilismo. Um homem desse tipo é identificado freqüentemente como “nobre” ou “senhor”. Uma característica marcante do tipo nobre é o que Nietzsche chama de pathos da distância. É nosso objetivo analisar o que significa exatamente esse pathos e, ademais, relacioná-lo com o grande nojo pelo homem que sente Zaratustra e da necessidade que esse personagem tem de livrar-se de tal nojo.Palavras-chave: pathos da distância; Zaratustra; nobreza; nojo; solidão.Abstract: For Nietzsche, the man who recognizes himself like a creator of sense and values can overcome the nihilism's decay, weakness and fatigue. One man of this kind is frequently identified by the words “noble” or “sir”. One striking character of the noble type is that Nietzsche calls pathos of distance. Is our goal to analyze what means that pathos and relate it with the disgust of man that Zarathustra feelings.Key-words: pathos of distance; Zarathustra; nobility; disgust; loneliness
RESENHA SOBRE “NIETZSCHE ET VOLTAIRE”
MÉTAYER, Guillaume. Nietzsche et Voltaire: de la liberté de l’esprit et de la civilisation. Paris : Flammarion, 2011, 435p
LEITURAS DE NIETZSCHE: perversão e fidelidade à letra
Neste texto, partiremos de passagens do texto de Nietzsche em que ele mesmo se analisa enquanto escritor e estilista, para tentarmos então definir qual seja seu estilo e em que medida é possível, para seu leitor, a compreensão de seu texto. Nesse sentido, pensaremos sobre a possibilidade ou não de o comentador ser fiel ou não ao texto nietzscheano
Deleuze e a imagem: um problema estético
Este artigo busca investigar possíveis significações da palavra “imagem”, que se depreendam dos textos de Deleuze sobre as artes, através de uma pesquisa filológica que respeita a cronologia de suas obras. Essa noção de imagem, fundamental para a Estética, aparece em seus comentários sobre Proust, o cinema, Bacon e Beckett, principalmente, seja com o uso do termo “imagem”, seja com os termos “signo” e “ideia”, àquele correlatos. Assim, verifica-se um vácuo na década de 70, de modo que, se a noção de signo é estudada na década anterior, ao tratar de Proust, e a de ideia, em Diferença e repetição, o tema “imagem” é retomado nas duas décadas subsequentes com toda a intensidade, ao abordar a pintura de Bacon, o universo cinematográfico e a obra teatral e televisiva de Beckett.
Recebido: 10/10/2017Aceito: 11/04/201
La signification de l’éthique chez Nietzsche
Bien que Nietzsche critique la morale, il arrive que les commentateurs trouvent chez lui une éthique. Cependant, ce qui leur manque, c’est une recherche philologique leur offrant la possibilité d’utiliser le mot « éthique » sans pour autant trahir les écrits nietzschéens. Cet article se propose précisément de procéder à cette recherche et son hypothèse centrale est que, contrairement au terme « morale », la signification de l’éthique doit être assimilée à une physio-psychologie
Sade et la valorisation de l’indifférence : le paradoxe de la tolérance libertine
Il s’agit de présenter la façon dont Sade valorise l’indifférence. Pour cela, nous réfléchirons au rôle de la nature en tant que critère axiologique et, comme son corollaire, au rôle de l’égoïsme en tant que force motrice de l’homme. C’est à partir de la caractérisation sadienne de la nature que nous pouvons également nous demander quelle est la fonction de l’indifférence et son rapport avec la tolérance