8 research outputs found
Caiman yacare (Daudin, 1802).
Caiman yacare é encontrado nas regiões alagadas do nordeste e leste da Bolívia, no Pantanal brasileiro e afluentes do rio Madeira, no Paraguai e no nordeste da Argentina. Sua extensão de ocorrência estimada para o território brasileiro é de 547.865 km². Os levantamentos populacionais confirmam que, no Pantanal brasileiro, Caiman yacare apresenta uma das mais vigorosas populações naturais de crocodilianos no mundo, com densidades superiores a 100 ind/km², distribuídos por toda planície Pantaneira. O tamanho populacional em toda essa região está na ordem de milhões de indivíduos. Aparentemente, esta espécie apresenta maior resiliência às alterações ambientais e à caça do que as demais espécies de crocodilianos brasileiros. Há conectividade com populações dos países vizinhos, porém não se sabe o quanto influenciam o estoque populacional no Brasil. Está presente em várias unidades de conservação, inclusive de proteção integral. Embora a caça ilegal no Pantanal para o comércio de peles tenha reduzido, o comércio ilegal para carne tem sido documentado, o que representa um aspecto preocupante para a conservação da espécie aliado às alterações no seu ambiente. Mas ainda assim, Caiman yacare foi avaliado como Menos Preocupante (LC).Disponível em: https://salve.icmbio.gov.br. Acesso em: 17 nov. 2022
Caiman latirostris (Daudin, 1802).
Caiman latirostris apresenta ampla distribuição latitudinal na América do Sul, compreendendo Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. No território brasileiro, ocorre nas Regiões Hidrográficas do São Francisco, Atlântico Nordeste Oriental, Atlântico Leste, Atlântico Sudeste, Atlântico Sul, Paraná e do Uruguai, com registros do Nordeste ao Sul do país. Essa espécie é encontrada naturalmente nos biomas Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Pampa, tendo sido introduzida no Pantanal. Sua extensão de ocorrência estimada para o Brasil é de 2.626.662 km², correspondendo a mais de 70% da distribuição global; com densidades variáveis ao longo de sua distribuição. Caiman latirostris ocorre em ambientes lênticos, sendo frequentemente encontrado em lagoas marginais, manguezais, brejos e pântanos de água doce e salgada, preservados ou antropizados. Também é registrada para várias unidades de conservação, inclusive de proteção integral. De modo geral, há conectividade com populações dos países vizinhos, porém não se sabe o quanto influenciam o estoque populacional no Brasil. As pressões antrópicas, associadas à pressão de caça relativamente alta em certas regiões, pode afetar a conectividade e, consequentemente, o fluxo gênico entre subpopulações em escala micro e macrogeográfica, mas ainda assim, Caiman latirostris foi avaliado como Menos Preocupante (LC).Disponível em: https://salve.icmbio.gov.br. Acesso em: 17 nov. 2022
Caiman crocodilus (Linnaeus, 1758).
Caiman crocodilus habita praticamente todos os tipos de ambientes de zonas úmidas de baixa altitude na região Neotropical, sendo a espécie dentre os crocodilianos com maior distribuição na América Latina. No Brasil, ocorre naturalmente na região Norte e em parte das regiões Centro-Oeste e Nordeste, sua extensão de ocorrência estimada para o país é de 5.525.664 km². É uma espécie adaptável a ambientes antropizados, podendo ser encontrada em todos os habitat fluviais e lacustres presentes dentro de sua área de distribuição, ocorrendo em grande número ao longo das bacias Amazônica e Tocantins/Araguaia, especialmente em rios de água branca. Embora C. crocodilus sofra pressão devido ao uso ilegal (caça), destruição e perda de habitat, principalmente em decorrência de implantação de barragens e desmatamento das margens dos rios, não há evidência de diminuição da população no Brasil. Há conectividade com populações dos países vizinhos, porém não se sabe o quanto influenciam o estoque populacional no Brasil. Além disso, ocorre em várias unidades de conservação, inclusive de proteção integral. Por essas razões, Caiman crocodilus foi avaliado como Menos Preocupante (LC).Disponível em: https://salve.icmbio.gov.br. Acesso em: 17 nov. 2022
Melanosuchus niger (Spix, 1825).
Melanosuchus niger corre em sete países da América do Sul, sendo que a maior parte de sua distribuição é em território brasileiro, onde é encontrado nas regiões hidrográficas Amazônica e Tocantins/Araguaia, com ampla distribuição. No Brasil, sua extensão de ocorrência foi estimada em 3.575.374 km². Essa espécie ocupa ampla diversidade de áreas alagáveis, incluindo os grandes rios e suas lagoas marginais, várzeas e igapós, além de savanas sazonais inundáveis. Embora possa ser afetada pela perda de habitat e caça, acredita-se que a espécie não tenha sofrido redução populacional significativa, encontrando-se atualmente estável. Há conectividade com populações dos países vizinhos, à exceção da drenagem da Guiana Francesa, porém não se sabe o quanto influenciam o estoque populacional no Brasil. Além disso, ocorre em várias unidades de conservação, inclusive de proteção integral. Por essas razões, Melanosuchus niger foi avaliado como Menos reocupante (LC).Disponível em: https://salve.icmbio.gov.br. Acesso em: 17 nov. 2022
Paleosuchus trigonatus (Schneider, 1801).
Paleosuchus trigonatus é encontrado em grande parte da Amazônia brasileira e em outros nove países da América do Sul. Sua extensão de ocorrência estimada para o território brasileiro é de 4.058.730 km². A espécie enfrenta pressões antrópicas como fragmentação de habitat, causada pelo desmatamento de áreas de preservação permanente e perda de conectividade de rios e pequenos riachos, além da caça. Apesar dessas ameaças, acredita-se que até o momento não tenha sofrido redução populacional significativa, no entanto, a tendência populacional é desconhecida. Ainda assim, a conservação da espécie é dependente da manutenção da conectividade dos seus habitat amazônicos. Há conectividade com populações dos países vizinhos, porém não se sabe o quanto influenciam o estoque populacional no Brasil. Além disso, ocorre em várias unidades de conservação, inclusive de proteção integral. Por essas razões, Paleosuchus trigonatus foi avaliado como Menos Preocupante (LC).Disponível em: https://salve.icmbio.gov.br. Acesso em: 17 nov. 2022
Paleosuchus palpebrosus (Cuvier, 1807).
Paleosuchus palpebrosus ocorre em dez países da América do Sul, porém, a maior parte de sua distribuição está no Brasil, ocorrendo em quase todos os Estados. Sua extensão de ocorrência estimada para o território brasileiro é de 7.536.119 km². Ocorre naturalmente em baixas densidades, ocupando ambientes de veredas, riachos, cabeceiras de rios e floresta inundada. Embora em algumas localidades a espécie enfrente ameaças da caça, oriunda de conflitos com moradores ribeirinhos, fragmentação, modificação e perda de habitat; causados por diversas atividades humanas, em especial a construção de hidrelétricas; acredita- se que a espécie não tenha sofrido redução populacional significativa a ponto de colocá-la em risco de extinção. No entanto, sua conservação é dependente da manutenção de áreas de preservação permanente, tanto de rios como de riachos, nascentes e veredas, e da conectividade hidrológica nesses ambientes. Há conectividade com populações dos países vizinhos, porém não se sabe o quanto influenciam o estoque populacional no Brasil. Além disso, a espécie ocorre em várias unidades de conservação, inclusive de proteção integral. Por essas razões, Paleosuchus palpebrosus foi avaliado como Menos Preocupante (LC).Disponível em: https://salve.icmbio.gov.br. Acesso em: 17 nov. 2022