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    ENTRE MIASMAS E O ANOPHELES: UMA BREVE HISTÓRIA DA MALÁRIA NO ALVORECER DA REPÚBLICA EM MANAUS (1898-1904)

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    Os primeiros anos de República em Manaus foram movimentados devido às alterações significativas na paisagem da cidade, como a construção e o nivelamento de ruas e o aterro de igarapés. Esses acontecimentos foram propiciados graças ao acúmulo de capital advindo da comercialização do látex, a ponto de a cidade ficar conhecida como a “Paris dos Trópicos”, dada o cosmopolitismo que a cidade assumira com a economia da borracha. Ao mesmo tempo em que se expandiu enquanto cidade, Manaus também assistiu a expansão de doenças como a malária, esta que protagonizou sucessivas epidemias no período da Belle Époque. No presente artigo iremos  abordar como a doença ganhou uma visibilidade diferenciada em relação à época provincial, destacando-se nos relatórios de autoridades sanitárias e dos governantes no alvorecer da República em Manaus. Para tanto utilizaremos a técnica da análise de discursos de modo a verificar as mudanças e permanências no entendimento sobre a doença entre 1898 e 1904. Ao mesmo tempo, iremos verificar como o recrudescimento da doença na cidade traz, à reboque, novos embates entre os médicos amazonenses em relação à etiologia e à transmissão da moléstia, isto é, a partir da ideia do mosquito enquanto vetor nos primeiros anos do século XX

    Slavery, health and diseases in coffee plantations of the Paraíba Fluminense Valley, Cantagalo (1815-1888)

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    Submitted by Gilvan Almeida ([email protected]) on 2016-09-26T14:06:08Z No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 196.pdf: 4309761 bytes, checksum: 3dffe122e78c1a0a6054b47ca126cb9e (MD5)Approved for entry into archive by Barata Manoel ([email protected]) on 2016-10-13T18:33:35Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 196.pdf: 4309761 bytes, checksum: 3dffe122e78c1a0a6054b47ca126cb9e (MD5)Made available in DSpace on 2016-10-13T18:33:35Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 196.pdf: 4309761 bytes, checksum: 3dffe122e78c1a0a6054b47ca126cb9e (MD5) Previous issue date: 2014Fundação Oswaldo Cruz. Casa de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.O presente estudo analisa a experiência escrava relativa à saúde e à doença em uma importante região de plantation cafeeira do Vale do Paraíba fluminense, a região de Cantagalo, entre os anos 1815 e 1888. Por meio de diversos ângulos, muitos pesquisadores debruçaram-se sobre as múltiplas características dos universos sociais escravistas em variados contextos atlânticos, examinando o cotidiano daqueles escravos, seus arranjos familiares e suas sociabilidades diversas. Os debates sobre a saúde e as causas das doenças dos cativos têm se constituído como objeto de estudos de pesquisadores de diferentes campos de conhecimento, revelando novas perspectivas a respeito de historicidades muito mais complexas do que até então se entendia. Com a análise das doenças e das condições de saúde dos cativos que viviam nas referidas plantations, pretendemos examinar suas experiências como enfermos e as respectivas ações dos senhores acionadas para o seu tratamento. Por meio da análise dos processos de inventários post-mortem e de outros envolvendo a cobrança de honorários médicos, além de manuais e relatórios médicos, investiga-se o conjunto de conhecimentos produzidos, sistematizados e disponibilizados para os cuidados da população escrava inserida em um cenário social de rápida expansão da economia cafeeira, que se caracterizou pelo crescimento demográfico e o incremento do tráfico atlântico de africanos. Nesse sentido, mundos da escravidão são revelados nessa importante paisagem social do Rio de Janeiro imperial, de cujas mudanças o trabalho escravo era peça-chave, permeando as experiências e as relações sociais tecidas entre esses trabalhadores e seus senhores.This study is an analysis of the slave experience, with particular focus on the multiple characteristics of health and disease, in the Cantagalo region of the Rio de Janeiro Paraíba Valley, an important coffee plantation area, between the years 1815 and 1888. Historiography has approached the topic from various perspectives, examining the multiple characteristics of slaves’ social universes in different Atlantic contexts through study of slaves’ daily lives, family arrangements and their different social universes. Researchers from various fields of knowledge have studied debates on slave health and the causes of diseases particular to slaves, revealing new perspectives on a historicity much more complex than previously thought. Through an analysis of the diseases and health conditions of slaves that lived on the coffee plantations in the Cantagalo region of the Rio de Janeiro Paraíba Valley, this study examines the slaves’ experience with regard to diseases and the respective actions taken by slave owners to treat sick slaves. Through the analyses of postmortem inventory documents, medical fees, manuals and medical reports, this thesis investigates the knowledge produced, systematized, and made available for the care of the slave population within the social context of the rapid expansion of the coffee economy, characterized by demographic growth and the increase of the Atlantic slave trade. In this sense, this study reveals worlds of slavery within the important social landscape of Imperial Rio de Janeiro, in which slave labor was a key part of numerous changes permeating the experiences and social relations between slaves and their owners
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